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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMAGEM ABEn1

CENTRO DE EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM

TEXTO SÍNTESE DOS FÓRUNS DE ESCOLAS E CURSOS REALIZADOS PELAS


SEÇÕES DA ABEn SOBRE O TEMA “EM TEMPO DE NOVAS DIRETRIZES
CURRICULARES NACIONAIS DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM”

INTRODUÇÃO

A Reunião Ampliada do Conselho Consultivo Nacional de Escolas e Cursos de Enfermagem,


realizada durante o 67º CBEn de São Paulo-SP em 2015, tiveram como tema “As Diretrizes
Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem”. Nessa oportunidade, o Centro de
Educação em Enfermagem da ABEn Nacional sugeriu às seções que realizassem nos Estados, antes
do CBEn, discussões sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em
Enfermagem (DCN/ENF), cujos resultados deveriam ser apresentados e debatidos no 15º
SENADEn. Em marco de 2016, para nortear o trabalho das seções, o Centro de Educação em
Enfermagem da ABEn Nacional encaminhou a Circular 01-2016, solicitando que as discussões
sobre as DCN/ENF dessem ênfase às quatro questões: o que garantir das atuais DCN/ENF? O que
mudar? O que incluir? O que retirar?

A partir daí, foram realizados 21 Fóruns nas seções estaduais, em atendimento à solicitação do
Centro de Educação em Enfermagem da ABEn Nacional, cujos resultados, através de uma síntese,
foram apresentados e discutidos na Reunião Ampliada do Conselho Consultivo Nacional de Escolas
e Cursos de Enfermagem realizada durante o 15º SENADEn. Dessa reunião foi recomendada a
ampliação da discussão sobre as DCN/ENF, incluindo marcos conceituais, teóricos e
metodológicos, eixos estruturantes e transversais, com vistas a elaboração de um projeto de
educação em enfermagem da ABEn Nacional, dando continuidade ao trabalho realizado até o
momento, em todos os Estados. Foi aprovada uma agenda de trabalho do Centro de Educação em
Enfermagem da ABEn Nacional até o 68º CBEn, a ocorrer em outubro de 2016 em Brasília-DF.

1
SGA Norte - Quadra 603 - Conjunto B Av. L2 Norte CEP 70.830-030 – Brasília - DF - Fone/Fax: (61) 226-0653/225-4473 - E-mail:
aben@abennacional.org.br - Home Page: www.abennacional.org.br

1
Como parte dessa agenda, foi proposta a elaboração de uma síntese dos Fóruns de Escolas e Cursos,
objeto deste texto.

Nesse encaminhamento, a diretora do Centro de Educação em Enfermagem da ABEn Nacional


constituiu o seguinte grupo de trabalho para elaborar o texto: Dr.ª Elizabeth Teixeira (Diretora), Dr.ª
Flávia Ramos (UFSC), Dr.ª Kenia Lara dos Santos (UFMG), Dr.ª Josicelia Dumet Fernandes
(UFBA). O texto foi organizado com base em quatro eixos: 1) Marcos conceituais, de contexto e
metodológicos; 2) Perfil e competências; 3) Conteúdos e estrutura curricular; 4) Dimensões
complementares; 5) Aspectos Gerais.

EIXOS ESTRUTURANTES DAS DCN/ENF

Parte 1 – O que foi identificado nos Relatórios

Marcos conceituais, de contexto e metodológicos

As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem (DCN/ENF) situam-


se no contexto de formação para o Sistema Único de Saúde (SUS) considerando seus princípios e
diretrizes e as políticas e ações de saúde necessárias para assegurar o acesso universal como direito
de cidadania, a equidade, a integralidade, a humanização e a qualidade da atenção à saúde no Brasil.
Este contexto implica em considerar a Atenção Primária à Saúde e as Redes de Atenção à
Saúde/RAS como orientadoras para a formação num sistema organizado em redes com prioridades
definidas pela vulnerabilidade e pelo risco à saúde e à vida.

Neste sentido, as DCN/ENF devem orientar a formação de enfermeiros comprometidos com as


necessidades individuais, coletivas e sociais da população respeitando as diversidades biológica,
étnicas, de gênero, orientação sexual, social, econômica, política, ambiental, cultural, ética,
espiritual e demais aspectos que compõem a pluralidade humana que singularizam cada pessoa,
grupo ou estrato social.

Frente ao exposto, a educação em enfermagem deve ter como princípio teórico o cuidado:

Uma atividade humana universal, intrinsecamente valiosa responsável pela continuidade da vida
humana ao longo do tempo. Constitui-se de uma ação-sentimento que se realiza entre sujeitos
portadores de direitos e deveres. O cuidado de enfermagem refere-se a uma dimensão profissional
do cuidado humano no qual trabalhadores e trabalhadoras imprimem um processo de trabalho com a
finalidade de promover, prevenir, recuperar, tratar ou reabilitar a saúde das pessoas ou
coletividades. Neste processo, a enfermagem cuida, considerando o homem na sua totalidade como

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um ser histórico e social. Nesta perspectiva, o cuidado de enfermagem contempla uma dimensão
biológica, social, psicológica, interacional e comunicativa numa prática contínua e integrada
orientada pelos conceitos de saúde, sociedade e trabalho vigentes, numa perspectiva ética.

A educação em enfermagem requer princípios-conceitos:

Ética

O processo educativo que dê conta de problematizar a complexidade da vida, da saúde e do cuidado


de enfermagem como objetos afeitos à formação do enfermeiro deve ser fundamentado na educação
emancipadora e critica. Neste sentido, a interdisciplinaridade do conhecimento, a integralidade da
formação e a interprofissionalidade das práticas são princípios metodológicos que orientam a
formação do enfermeiro, tendo como referencia o pensamento crítico na educação em enfermagem.

Parte 2 – O que suscita discussão e reflexão

Educação emancipadora e crítica

Interdisciplinaridade do conhecimento

Integralidade da formação

Interprofissionalidade das práticas

Pensamento critico na enfermagem

Outros tópicos à acrescentar

1) PERFIL E COMPETÊNCIAS

Parte 1 – O que foi identificado nos Relatórios

Art 3º - O egresso/profissional do Curso de Graduação em Enfermagem tem como perfil:

Enfermeiro, com formação generalista, humanista, crítica, reflexiva e ética, para atuar nos diferentes níveis
do cuidado na atenção à saúde com foco na promoção da saúde, prevenção de riscos e agravos, recuperação
e reabilitação, no âmbito individual e coletivo, com senso de responsabilidade social e compromisso com a
defesa da cidadania, como promotor da saúde integral do ser humano, considerando a transversalidade e
integralidade do conhecimento na perspectiva da determinação social do processo saúde/doença.
Profissional qualificado para o exercício de Enfermagem, com base no rigor técnico, científico e
intelectual e pautado em princípios da ética e bioética. Capaz de conhecer e intervir em contextos de
incertezas e complexidade sobre as necessidades de saúde/doença mais prevalentes no perfil

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epidemiológico nacional, com ênfase na sua região de atuação, identificando as dimensões bio-psicosociais
dos seus determinantes; e

Parágrafo único. A formação do Enfermeiro deve estar voltada para o atendimento às necessidades
sociais de saúde da coletividade, pautada por marco e referencial teóricos fundamentados nos princípios e
diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) e assegurar a integralidade da atenção e a qualidade e
humanização do atendimento.

Art 4º - Para o alcance do perfil profissional, o processo formativo no Curso de Graduação em


Enfermagem, deve ser desenvolvido nas seguintes áreas de atuação:

I – Cuidado de Enfermagem na Atenção à Saúde;

II – Gestão do Cuidado de Enfermagem na Atenção à Saúde (ou gestão/gerência dos serviços de saúde e
do cuidado de enfermagem;

III - Educação em Saúde/Enfermagem;

IV - Formação Docente para a Educação Profissional em Enfermagem (no caso da Licenciatura em


Enfermagem)

Parágrafo 1º. Os conteúdos de ética/bioética, epidemiologia, relações étnico-raciais e de gênero,


sustentabilidade, saúde mental e pesquisa em saúde/enfermagem terão caráter e constituição transversal,
garantindo uma formação pautada na integralidade, interdisciplinaridade e interprofissionalidade, assim
como os conhecimentos gerais e específicos, técnico e das relações humanas associados.

Parágrafo 2º. Essa característica de transversalidade implica na necessidade de redirecionamento dos


conteúdos de ensino e da pesquisa, tomando a extensão como eixo articulador, assim como da
diversificação dos cenários de ensino-aprendizagem e metodologias ativas.

Art 5º - As áreas de atuação devem estar organizadas em competências e habilidades desenvolvidas de


forma integrada e contínua com as demais instâncias do sistema de saúde, devendo capacitar o futuro
egresso a pensar criticamente, analisar os problemas de saúde/enfermagem da coletividade e de procurar
soluções para os mesmos, na perspectiva dos padrões de qualidade, da ética/bioética e dos princípios e
diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Art 6º - Área do Cuidado de Enfermagem na Atenção à Saúde

A área do Cuidado de Enfermagem na Atenção à Saúde deve estar direcionada para a formação do
enfermeiro na compreensão da condição humana em todas as suas dimensões, nos diversos ciclos da vida,
favorecendo o acesso universal à saúde, a equidade como direito à cidadania e o cuidado de enfermagem

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em atendimento aos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde, assim como aos princípios da ética
e bioética, através do exercício das competências e habilidades (ou dimensões), a seguir apresentadas.

1. Reconhecer a saúde como direito e condições dignas de vida, atuando de forma a garantir a
integralidade da assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços
preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso, em todos os níveis de
complexidade do sistema.

1. Desenvolver ações de prevenção de riscos e agravos, promoção, proteção e reabilitação da saúde,


tanto em nível individual quanto coletivo, considerando a diversidade humana que singulariza cada pessoa
ou cada grupo social.

2. Desenvolver o cuidado de enfermagem, nos diferentes cenários da prática profissional, de forma


sistematizada e integral, à criança, adolescente, mulher, adulto e idoso, considerando os pressupostos dos
modelos clínicos e epidemiológicos, assim como a legislação e as políticas de saúde vigentes, utilizando as
diversas tecnologias para o cuidar em enfermagem.

3. Intervir no processo de saúde-doença, garantindo a qualidade da assistência/cuidado de


enfermagem em seus diferentes níveis de atenção à saúde, com ações de promoção, prevenção, proteção e
reabilitação à saúde, na perspectiva da integralidade da assistência.

4. Assegurar que a prática do enfermeiro seja realizada de forma integrada e contínua com as demais
instâncias do sistema de saúde e com a amplitude da cidadania, sendo capaz de pensar criticamente, de
analisar os problemas de saúde da coletividade e de procurar soluções para os mesmos, atuando de acordo
com os padrões de qualidade e princípios da ética e bioética.

5. Integrar as ações de enfermagem às ações multiprofissionais, dialogando e interagindo com outros


profissionais da equipe de saúde e desempenhando a comunicação terapêutica com usuários, familiares e
comunidades.

6. Desenvolver ações de educação popular na promoção da saúde, considerando a especificidade dos


diferentes grupos sociais e dos distintos processos de vida, saúde, trabalho e adoecimento, conciliando as
necessidades dos indivíduos, família e comunidade, e atuando como sujeito de transformação social.

7. Cuidar da sua saúde física e mental e buscar seu bem-estar como cidadão e como enfermeiro.

Art 7º Área da Gestão do Cuidado de Enfermagem na Atenção à Saúde (ou gestão/gerência dos
serviços de saúde e do cuidado de enfermagem)

A área da Gestão do Cuidado de Enfermagem na Atenção à Saúde deve estar direcionada para a formação
do enfermeiro para o reconhecimento dos princípios, diretrizes e políticas de saúde, assim como para a

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coordenação das ações de gerenciamento do cuidado em enfermagem, através do exercício das
competências e habilidades (ou dimensões), a seguir apresentadas.

1. Desenvolver a gestão do Cuidado de Enfermagem na Atenção à Saúde, no âmbito individual e


coletivo, considerando os diferentes contextos, demandas de saúde, características profissionais dos
agentes da equipe de Enfermagem, no sentido de qualificar os processos de trabalho e seus resultados.

2. Desenvolver ações gerenciais de avaliação, planejamento, logística, acompanhamento,


monitoramento e controle social, no processo de trabalho em Enfermagem, nos serviços de saúde, além de
utilizar os instrumentos gerenciais que qualificam o cuidado de enfermagem e assistência à saúde.

3. Promover, através de ações de liderança, a articulação da equipe de enfermagem com os demais


agentes e instituições componentes da rede de atenção à saúde, além de fortalecer a integração
ensino/serviço.

4. Promover a utilização das tecnologias contemporâneas de comunicação e informação para


planejamento, gestão, organização e fortalecimento do trabalho em equipe.

5. Gerenciar tanto da força de trabalho quanto dos recursos físicos, materiais e de informação e de
tecnologia do cuidado.

6. Reconhecer a comunicação e o acolhimento como ferramentas indispensáveis ao processo de trabalho do


enfermeiro, garantindo a confidencialidade das informações a ele confiadas, na interação com o usuário,
profissionais de saúde e o público em geral, assim como a veracidade das informações compartilhadas.

7. Desenvolver a comunicação verbal, não-verbal e habilidades de escrita e leitura, assim como o


domínio de, pelo menos, uma língua estrangeira, além da língua portuguesa.

8. Desenvolver ações de avaliação, sistematização e tomada de decisões baseadas em evidências


científicas e princípios humanísticos, no âmbito da assistência, gerência, ensino e pesquisa, visando
procedimentos e práticas de qualidade e de garantia da segurança dos usuários e do trabalho do enfermeiro.

9. Assumir a liderança da equipe de enfermagem, na horizontalidade das relações interpessoais,


mediada pela interação, diálogo e respeito ao outro, assim como promover, de forma efetiva e eficaz, a
qualificação da equipe de Enfermagem por meio dos processos de educação permanente.

10. Assessorar órgãos, empresas e instituições, públicas e/ou privadas, em projetos que contribuam
para a saúde da coletividade.

11. Atuar no processo de luta pela valorização da profissão, participando ativamente das organizações
políticas, culturais e científicas da Enfermagem e demais setores da sociedade.

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Art 8º Área da Educação em Saúde/Enfermagem

As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem (DCN/ENF) estabelecem os


princípios, fundamentos, finalidades e procedimentos da formação de enfermeiros, pautados nas
concepções do aluno como sujeito do seu processo de formação, da articulação entre teoria e prática, da
diversificação dos cenários de aprendizagem, de metodologias ativas, da articulação da pesquisa com o
ensino e extensão, da flexibilidade curricular, da interdisciplinaridade, da incorporação de atividades
complementares, da avaliação da aprendizagem, do processo de acompanhamento, avaliação e gestão do
curso, assim como da sua terminalidade. São estabelecidas pela Câmara de Educação Superior do
Conselho Nacional de Educação, para aplicação em âmbito nacional, na organização, desenvolvimento e
avaliação dos projetos pedagógicos dos Cursos de Graduação em Enfermagem das Instituições do Sistema
de Ensino Superior.

A área da Educação em Saúde/Enfermagem deve estar direcionada para a formação técnico-científica do


enfermeiro como sujeito do processo formativo, tendo o professor como orientador/facilitador desse
processo, utilizando-se de metodologias ativas que confiram qualidade ao exercício profissional. Nessa
direção, espera-se que os alunos construam um conjunto de conhecimentos, referentes a conceitos,
procedimentos e atitudes relacionados à enfermagem, através das competências e habilidades (ou
dimensões), a seguir apresentadas.

1. Desenvolver o processo de aprender a aprender, como parte das atividades de ensino-


aprendizagem, partindo de conhecimentos e experiências prévias, desenvolvendo a curiosidade e buscando
respostas cientificamente consolidadas, para o desenvolvimento de sua prática profissional na articulação
entre o ensino, o trabalho, a cidadania e a gestão no Sistema de Saúde vigente.

2. Reconhecer-se como futuro profissional com responsabilidade e compromisso com a sua formação
e com o treinamento/estágios das futuras gerações de profissionais, estimulando e desenvolvendo a
mobilidade acadêmico/profissional, a formação e a cooperação por meio de redes nacionais e
internacionais.

3. Reconhecer-se como sujeito do seu processo formativo, utilizando metodologias ativas de ensino-
aprendizagem utilizando abordagens inovadoras que estimulem a aprendizagem significativa, como o uso
das diversas tecnologias em favor da educação como estratégias pedagógicas.

4. Desenvolver o processo de aprender a aprender pautado nos princípios da formação de um


profissional proativo, crítico-reflexivo, numa perspectiva plural e de respeito às diversidades, considerando
o contexto histórico, político, jurídico e ético, devendo-se ter em mente que não há um modelo de

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formação único e universal, e que será expresso e construído por meio do projeto pedagógico de cada
instituição.

5. Participar da construção de projetos pedagógicos inovadores, que priorizem uma organização


pautada na integralidade e que possibilitem a inserção diversificada dos estudantes nos cenários de práticas
em saúde, desde o primeiro ano do curso, fortalecendo a integração teoria/prática e
ensino/serviço/comunidade, assim como a possibilidade de curricularização da extensão e maior relação e
comprometimento com a realidade social e atenção à saúde.

6. Desenvolver formação técnico-científica que confira qualidade ao exercício profissional, assumindo


a responsabilidade e compromisso com os processos de educação permanente para a equipe e futuros
profissionais, assim como da educação em saúde.

7. Propor, desenvolver e aplicar pesquisas e/ou outras formas de produção de conhecimento que
objetivem a qualificação da prática profissional e o cuidado de enfermagem na atenção à saúde.

8. Compreender que a enfermagem é histórica e socialmente determinada, construindo a percepção


dos elementos cognitivos, afetivos, sociais e culturais que constituem a identidade própria do enfermeiro.

9. Compreender o trabalho da enfermagem, sua gênese e transformação, e os múltiplos fatores que


nela intervêm, como produtos da ação humana;

Parte 2 – O que suscita discussão e reflexão

Formação por competência

Áreas de Atuação

Licenciatura

Outros tópicos à acrescentar

2) Conteúdos e estrutura curricular

Parte 1 – O que foi identificado nos Relatórios

Quanto aos conteúdos essenciais para o Curso de Graduação em Enfermagem – Formato


atual do Art. 6º e 7º com inclusões (AZUL) e exclusões (VERMELHO)

Art. 6º Os conteúdos essenciais para o Curso de Graduação em Enfermagem devem estar


relacionados com o processo saúde-doença do cidadão, da família e da comunidade, integrado à
realidade epidemiológica e profissional, em consonância com os princípios do Sistema Único de

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Saúde (SUS), com vistas à integralidade e continuidade das ações do cuidar em enfermagem. Os
conteúdos devem contemplar:

I - Ciências Biológicas e da Saúde – contempla os conteúdos interdisciplinares, teóricos e práticos,


de base moleculares e celulares dos processos normais e alterados, da estrutura e função dos
tecidos, órgãos, sistemas e aparelhos, além de bases farmacológicas, aplicados às situações
decorrentes do processo saúde-doença no desenvolvimento da prática de Enfermagem;

II - Ciências Humanas, Políticas e Sociais – incluem-se os conteúdos referentes às diversas


dimensões da relação indivíduo, família e comunidade (ou individuo/coletividade), contribuindo
para a compreensão dos determinantes sociais, políticos, antropológicos, filosóficos,
comportamentais, psicológicos, ecológicos, éticos e legais, nos níveis individual e coletivo, do
processo saúde-doença em seus múltiplos aspectos de determinação, ocorrência e intervenção.
Inclui também as bases teórico- filosóficas que fomentem o raciocínio crítico e político sobre a
realidade em sociedades históricas.

III - Ciências da Enfermagem - neste tópico de estudo, incluem-se:

a) Fundamentos de Enfermagem: contempla os conteúdos teóricos, técnicos e


metodológicos que fundamentam a construção e aplicação dos instrumentos e tecnologias
inerentes ao trabalho do Enfermeiro e da Enfermagem em nível individual e coletivo; inclui
as teorias de enfermagem e a sistematização da assistência de enfermagem (OU Descrever
as etapas propostas na Resolução 358/2009 COFEN: Coleta de dados de Enfermagem;
Diagnóstico de Enfermagem; Planejamento de Enfermagem; Implementação; Avaliação de
Enfermagem)

b) Processo de cuidar em Enfermagem: os conteúdos teóricos, práticos e a prática clínica


que compõem a assistência de Enfermagem em nível individual e coletivo prestada à
criança, ao adolescente, ao homem, à mulher e ao idoso (ou aos seres humanos nos
diferentes ciclos de vida), considerando os determinantes socioculturais, econômicos e
ecológicos do processo saúde-doença, bem como os princípios éticos, legais e humanísticos
inerentes ao cuidado de Enfermagem;

c) Gestão em saúde (ou em serviços de saúde) e em Enfermagem: os conteúdos teóricos e


práticos do processo gerencial do processo de trabalho em saúde e de enfermagem (ou:
para o planejamento, avaliação e administração do processo de trabalho e do cuidado de
enfermagem).

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d) Educação em saúde e Enfermagem: os conteúdos pertinentes à capacitação pedagógica
do enfermeiro, independente da Licenciatura em Enfermagem nos processos de formação
profissional, educação permanente e continuada, educação em saúde e preceptoria

e) Investigação em saúde e enfermagem – conteúdos que estimulem o desenvolvimento da


pesquisa científica, considerando as necessidades de saúde individuais e coletivas, as
diversas formas de saber, respondendo às de desenvolvimento científico e tecnológico.
Inclui conteúdos referentes a metodologia cientifica, a enfermagem baseada em evidências,
a ética e bioética em pesquisa na produção e divulgação do conhecimento para o exercício da
enfermagem.

f) Temas transversais: conteúdos que envolvam conhecimentos, experiências e reflexões


acerca do cuidado inclusivo, tecnologias de informação e comunicação educação ambiental e
sustentabilidade, ética, educação para as relações étnico-raciais e de gênero, qualidade e
segurança do cuidado (e conhecimento básico em uma língua estrangeira).

§ 1º Os conteúdos curriculares, as competências e as habilidades a serem desenvolvidos na


formação do enfermeiro devem conferir-lhe a capacidade acadêmica e profissional para atender as
demandas e necessidades prevalentes e prioritárias da população conforme realidade
epidemiológica da região e país, em consonância com as políticas públicas.

§ 2º Este conjunto de competências, conteúdos e habilidades deve promover no aluno e no


enfermeiro a capacidade de desenvolvimento intelectual e profissional autônomo e permanente.
(OU manter e incluir: sistemático, autônomo, crítico e reflexivo).

Art. 7º Na formação do Enfermeiro, além dos conteúdos teóricos e práticos desenvolvidos ao


longo de sua formação, nos vários cenários de prática, ficam os cursos obrigados a incluir no
currículo o estágio supervisionado nos serviços de atenção básica, de média e alta complexidade,
nos dois últimos semestres do Curso de Graduação em Enfermagem. (OU: em serviços da rede de
atenção a saúde nos dois últimos semestres do Curso de Graduação em Enfermagem, podendo se
estender até 03 semestres) (OU na rede pública e privada, ambulatórios, rede básica de serviços de
saúde, empresas, serviços de diagnóstico por imagem, e comunidades existentes no âmbito geral e
de populações tradicionais) .

Parágrafo Único. Na elaboração da programação e no processo de supervisão do aluno, em estágio


curricular supervisionado, pelo professor, será assegurada efetiva participação dos enfermeiros do
serviço de saúde onde se desenvolve o referido estágio (OU No processo de desenvolvimento de
estágio curricular supervisionado, a supervisão do acadêmico , deverá ser realizada de forma semi-

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direta por docente da instituição de ensino superior a qual o acadêmico pertence). A carga horária
mínima do estágio curricular supervisionado deverá totalizar 20% (vinte por cento) da carga horária
total do Curso de Graduação em Enfermagem proposto, com base no Parecer/Resolução específico
da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, sendo 50% na rede básica e
50% na área hospitalar (ou média e alta complexidade).

§ 1º A preceptoria exercida por profissionais do serviço de saúde terá supervisão de docentes


próprios da Instituição de Educação Superior (IES);

§ 2º A carga horária do estágio curricular será de no mínimo 20% (vinte por cento) a no
máximo 30% (trinta por cento) da carga horária total do Curso de Graduação em
Enfermagem.

Parte 2 – O que suscita discussão e reflexão

Atividade Prática em Laboratório

Atividade Prática em Campo

Ensino Clínico

Outros tópicos à acrescentar

3) Dimensões complementares

Parte 1 – O que foi identificado nos Relatórios

Em relação ao Projeto Pedagógico de Curso – PPC

O PPC será centrado no aluno como sujeito da aprendizagem e apoiado no professor como
facilitador e mediador do processo, com vistas à formação integral e adequada do estudante.

É importante construir PPC inovadores, que priorizem uma organização mais integral (menos
disciplinar).

Considerar a Resolução CNS nº 350 de 09/06/200510 como um dos documentos base dos Projetos
Pedagógicos dos Cursos.

O PPC deve ser construído coletivamente, tendo em vista o quadrilátero da formação – usuários,
instituições de saúde, instituições de ensino e gestores.

O PPC deve incluir aspectos complementares ao de perfil, habilidades, competências, e conteúdos,


de forma a considerar a inserção institucional do curso, a flexibilidade individual de estudos e os

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1
requerimentos, demandas e expectativas de desenvolvimento do setor saúde na região.

Indicar no PPC mecanismos de acompanhamento, inserção e participação de egressos no curso.

Indicar que o PPC trará as modalidades de avaliação dos estudantes, que deverão basear-se nas
competências, habilidades e conteúdos curriculares desenvolvidos, tendo como referência as DCN.

Em relação à inserção do Estudante nos cenários de prática

Inserção antecipada e diversificada dos estudantes nos cenários de prática, de forma integrada com
a teoria.

A inserção do estudante deverá ocorrer de forma transversal desde o início do processo de


formação, a partir do primeiro período do curso de graduação.

Deverá ser proporcionado ao estudante o desenvolvimento de competências e habilidades dos


problemas reais organizados em níveis de complexidade crescente, a partir do início da inserção nos
cenários de prática, por meio de ensino teórico-prático.

Em relação a integração ensino-pesquisa-extensão

Articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão, esta última com foco na assistência.

Nesta direção pensa-se na possibilidade de curricularização da extensão como forma de ampliar a


vivência e o aprendizado dos estudantes nos diversos cenários de prática, permitindo maior relação
e comprometimento com a realidade social e fortalecimento da relação teoria-prática, ensino-
serviço-comunidade na atenção em saúde.

Como princípio norteador da extensão, para garantir a indissociabilidade com o ensino e a pesquisa,
recomenda-se a valorização do processo dialógico.

Em relação às Metodologias de Ensino

Adoção de metodologias ativas para estimular o protagonismo do estudante na construção do seu


processo de aprendizagem.

Reafirmar a necessidade de trabalhar com abordagens inovadoras e conectadas com a realidade que
estimulem a aprendizagem significativa, como o uso das diversas tecnologias como estratégias
pedagógicas.

Garantir a interdisciplinaridade como principio da formação.

Aplicar as tecnologias na formação e valorizar o uso da simulação realística, sem substituir a prática
(para a segurança do paciente e estudante).

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As metodologias de ensino deverão ter como princípio a formação de um enfermeiro proativo,
crítico-reflexivo, numa perspectiva plural e de respeito às diversidades, considerando o contexto
histórico, político, jurídico e ético, devendo-se ter em mente que não há um modelo de formação
único e universal, o que será expresso e construído por meio do projeto pedagógico de cada
instituição, conforme as DCNs. Considera-se essencial a retomada do debate sobre o pensamento da
teoria crítica da educação.

Sugere-se que a prática baseada em evidência e a teoria crítica sejam consideradas como
dispositivos importantes quando se busca a introdução da pesquisa na práxis do enfermeiro bem
como a ajuda ao aluno a sistematizar e saber avaliar o que faz.

Os processos de avaliação devem ser somativos e formativos, com ênfase na função cognitiva e,
sobretudo, atitudinal.

Em relação às TIC e EAD

Adotar a EAD como tecnologia e utilizar seu potencial na formação, um processo ensino-
aprendizagem mediado pelas tecnologias da informação e comunicação.

Considerar nas DCN que apesar do ensino à distancia em saúde e enfermagem estar regulamentado
pela Decreto Ministerial nº 6.303 de 12 de dezembro de 2007, o que se percebe é uma grande
polêmica em torno do assunto.

Há que levar em conta ao formular as DCN a inexistência de uma resolução complementar para
regular o percentual de 20% de ensino à distância, bem como sanções para ofertas que ultrapassam
este percentual ou ofereçam o curso de graduação/técnico à distância ou em finais de semana.

Em relação ao Corpo Docente

Faz-se necessário o estímulo e o compromisso das IES em capacitar seus docentes bem como a
criação de programas permanentes de capacitação docente.

Há necessidade de uma política de formação permanente para o formador, já que este também se
insere no processo ensino-aprendizagem influenciando e sendo influenciado.

A implantação de programas de educação permanente, de especialização e outras modalidades de


pós-graduação visam a profissionalização da docência no campo da enfermagem.

Há que incluir a necessidade de capacitação do corpo docente nas DCN, destacando a importância
do investimento na formação docente.

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3
Um dos desafios para desencadear as transformações necessárias no processo de ensino
aprendizagem é a qualificação dos docentes.

A resistência às mudanças, as parcas reflexões sobre a docência, o desconhecimento das legislações


e operacionalização do SUS, o distanciamento do serviço de saúde com o reforço da dicotomia
entre o pensar e o fazer, a fragmentação e o tecnicismo nas práticas pedagógicas dos docentes se
constituem em contradições que necessitam ser enfrentadas e superadas. Essa realidade ainda
presente tem dificultado as (re) orientações nos projetos pedagógicos de cursos/currículos no que
tange ao direcionamento da formação em consonância com o SUS. Para as novas DCN/ENF, deve
ser pautada e resgatada a qualificação docente como ação fundamental e estratégica (CORREIA,
2015).

Programas de Formação e Desenvolvimento da Docência em Saúde tem como objetivo aprimorar o


trabalho docente, no que tange as diferentes estratégias de ensino para a integração dos conteúdos e
a importância do enfermeiro na gestão interdisciplinar para estar seguro sobre as competências e as
ações do cuidar em Enfermagem.

Em relação ao Estagio Supervisionado

 Da Oferta

Na formação do Enfermeiro, além dos conteúdos teóricos, práticos e prática clínica, desenvolvidos
ao longo de sua formação em diferentes cenários, ficam os cursos obrigados a incluir no currículo
o estágio supervisionado:

 Nos serviços de atenção básica, de média e alta complexidade, na em hospitais gerais


e especializados, ambulatórios, rede básica de serviços de saúde e comunidades nos
dois últimos semestres do Curso de Graduação em Enfermagem, podendo estender
até 03 semestres.

 Na rede de atenção a saúde nos dois últimos semestres do Curso de Graduação em


Enfermagem.

 Em hospitais gerais e especializados de baixa, média e alta complexidade, da rede


pública e privada, ambulatórios, rede básica de serviços de saúde, empresas, serviços
de diagnóstico por imagem, e comunidades existentes no âmbito geral e de
populações tradicionais, e que possam emergir durante ou após a vigência desta
Resolução, nos últimos semestres do Curso de Graduação em Enfermagem.

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 Da participação do Docente e Enfermeiro Preceptor

Na elaboração da programação e no processo de supervisão do aluno, em estágio curricular


supervisionado, será assegurada efetiva participação dos enfermeiros do serviço de saúde onde se
desenvolve o referido estágio.

Há que apontar as condições, requisitos e critérios para escolha dos cenários de prática.

Destacar nas DCN o papel do Preceptor bem como reforçar integração ensino-serviço-comunidade.

No processo de desenvolvimento de estágio curricular supervisionado, a supervisão do estudante,


deverá ser realizada de forma indireta por docente da IES que o estudante pertence.

 Oferta fora da UF
 O total de estudantes autorizados a realizar estágio fora da Unidade da Federação em
que se localiza a IES não poderá ultrapassar o limite de 50% (cinquenta por cento) das
vagas do estágio curricular da IES para estudantes da mesma série ou período.
 O Colegiado do Curso de Graduação em Enfermagem poderá autorizar a realização
de até 25% (vinte e cinco por cento) da carga horária total estabelecida para o estágio
fora da Unidade da Federação em que se localiza a IES, preferencialmente nos
serviços do Sistema Único de Saúde, bem como em instituição conveniada que
mantenha programas de Residência, credenciados pela Comissão Nacional de
Residência em Enfermagem, ou em outros programas de qualidade equivalente em
nível internacional.

Poderá ainda este Colegiado deliberar, excepcionalmente, percentual superior ao previsto, desde
que devidamente motivado e justificado.

 Da Carga Horária
 A carga horária mínima do estágio curricular supervisionado deverá totalizar 20%
(vinte por cento) da carga horária total do Curso de Graduação em Enfermagem
proposto, sendo 50% na atenção básica e 50% na média e alta complexidade com
base no Parecer/Resolução específica da Câmara de Educação Superior do Conselho
Nacional de Educação (Parecer CNE/CES nº 33/2007).
 A carga horária mínima do estágio curricular supervisionado deverá totalizar 30%
da carga horária total do Curso de Graduação em Enfermagem proposto, sendo 50%
serão na atenção básica e 50% na área hospitalar, com base no Parecer/Resolução

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específico da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação
(Parecer CNE/CES nº 33/2007).
 A carga horária do estágio curricular será de no mínimo 20% (vinte por cento) e no
máximo 30% (trinta por cento) da carga horária total do Curso de Graduação em
Enfermagem.

Em relação as Atividades Complementares

 As atividades complementares deverão totalizar até 200 horas ou 5% da carga horária total
do curso

 As atividades complementares não deverão ultrapassar 5% da CH total do curso proposto,


buscando desenvolver as funções precípuas do enfermeiro (ensino, pesquisa, extensão e
assistência).

As atividades complementares deverão ser consideradas e aproveitadas como conhecimentos


adquiridos pelo estudante, por meio de estudos e práticas independentes presenciais e/ou à
distância. Podem ser reconhecidos: • Monitorias e Estágios; • Programas de Iniciação Científica; •
Programas de Extensão; • Estudos Complementares; • Cursos realizados em outras áreas afins.

No aproveitamento, há que se equilibrar a carga horária considerada para as atividades de ensino,


pesquisa e extensão.

Em relação ao Colegiado

Cabe destacar nas DCN que a partir da Resolução Nº 01, de 17 de junho de 2010, o Núcleo Docente
Estruturante – NDE deverá desempenhar as respectivas funções destacadas na Resolução, podendo
ficar como órgão assessor da Coordenação/Colegiado de Curso.

Em relação à Modalidade do Curso

A organização do Curso de Graduação em Enfermagem deverá ser definida pelo respectivo


colegiado/NDE, que indicará na modalidade presencial, um dos seguintes tipos: seriada
anual, seriada semestral, sistema de créditos ou modular.

Em relação ao Trabalho de Conclusão de Curso – TCC

Para conclusão do Curso de Graduação em Enfermagem, o e s t u d a n t e deverá elaborar um


trabalho individual, orientado por docente de acordo com regimento interno específico (Apêndice
ao PPC).

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O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) poderá ser acompanhado e/ou apresentado na forma de
artigo, trabalho artístico cultural, software, dentre outros trabalhos.

O TCC será obrigatório para a integralização curricular.

No PPC deverá constar o objetivo do TCC e respectivas modalidades de apresentação. Sugere-se


ponderar sobre a adequação de sua apresentação em diferentes formatos, considerando as
contribuições para a formação científica dos estudantes.

Em relação a Avaliação e Aperfeiçoamento do curso

Há que se considerar na construção das novas DCN a contribuição da avaliação institucional interna
e extena periódica e da avaliação entre pares e contínua do PPC.

A implantação e o desenvolvimento das DCNs do Curso de Graduação em Enfermagem deverão ser


acompanhadas, monitoradas e permanentemente avaliadas, em caráter sequencial e progressivo, a
fim de acompanhar os processos e permitir os ajustes que se fizerem necessários ao seu
aperfeiçoamento.

O Curso de Graduação em Enfermagem deverá utilizar critérios para acompanhamento e avaliação


do próprio curso, bem como desenvolver instrumentos que verifiquem a estrutura, os processos e os
resultados, em consonância com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES)
e com a dinâmica curricular definida pela IES em que for implantado e desenvolvido.

A implantação e desenvolvimento das diretrizes curriculares devem orientar e propiciar


concepções curriculares ao Curso de Graduação em Enfermagem que deverão ser acompanhadas e
permanentemente avaliadas (com prazos estabelecidos), a fim de permitir os ajustes que se
fizerem necessários ao seu aperfeiçoamento.

SUGESTÕES GERAIS

 Incluir um Glossário
 Levar em conta a dificuldade encontrada pelos estudantes ingressantes advindas da
educação básica, o que suscita pensar em atividades de nivelamento e/ou fortalecimento de
conhecimentos e habilidades básicas.
 A carga horária total (teórica e prática) para assegurar distribuição entre teoria e prática ao
longo do curso. Discutir definição acerca das atividades teóricas, teórico-práticas, estágio
supervisionado e preceptoria.
 Rever a proposta de Licenciatura em enfermagem;
 Incluir no ensino novas terapias, terapias alternativas ou complementares

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 Na formação do Enfermeiro, a inclusão do aluno na sociedade e com os profissionais de
saúde deverá ocorrer de forma transversal desde o início do processo de formação, a partir
do primeiro período do curso de graduação. Deverá ser proporcionado ao estudante o
desenvolvimento de competências e habilidades dos problemas reais e organizados em
níveis de complexidade crescente, por meio do ensino teórico-prática.
 adequar os conteúdos curriculares em função dos três núcleos de competência: 1. Cuidado
de Enfermagem, 2. Coordenação e Gestão do cuidado de enfermagem e de serviços de saúde
e 3. Promoção e Educação em saúde.
 Acrescentar o estudo da língua inglesa, considerando a amplitude do seu uso na
comunicação oral e na produção de informação e pesquisa na área da saúde.
 Nas Ciências da Enfermagem (III) e Assistência de Enfermagem (III.b) sugere-se incorporar
as especificidades que caracterizam o aspecto técnico-científico do fazer em enfermagem e o
diferencie de outras profissões (núcleos de competência).
 Introdução das Ciências Exatas, aplicados na formação do enfermeiro (ex. matemática
aplicada à enfermagem, estatística e informática, etc.), utilizados em cálculos, conversão de
medidas, planejamento de recursos humanos e materiais e dimensionamento, entre outros,
recomenda-se a de conteúdos.

Rio de Janeiro, 01 de outubro de 2016

Dr.ª Elizabeth Teixeira (Diretora)


Dr.ª Flávia Ramos (UFSC)
Dr.ª Kenia Lara dos Santos (UFMG)
Dr.ª Josicelia Dumet Fernandes (UFBA).

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