TCC justica restaurativa_MARIAEDUARDA
TCC justica restaurativa_MARIAEDUARDA
TCC justica restaurativa_MARIAEDUARDA
JUSTIÇA RESTAURATIVA
SÃO JOSÉ,
2024
MARIA EDUARDA SCHMITZ
JUSTIÇA RESTAURATIVA
SÃO JOSÉ,
2024
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 5
2 OBJETIVOS........................................................................................................................................ 6
3 JUSTIFICATIVA.................................................................................................................................. 7
4 METODOLOGIA................................................................................................................................ 7
5 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO.......................................................................................8
6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................................................... 9
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................................. 16
REFERÊNCIAS.................................................................................................................................... 17
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1 INTRODUÇÃO
A Justiça Restaurativa possui numerosas definições. Pode ser definida pela
negação que realça o que a JR não é; pela definição que a qualifica como a
justiça boa em referência ao sistema de justiça penal vigente; bem como à
definição que excluem, por seu caráter amplo e abrangente, outros sistemas de
justiça.
Zher (2012, p.49) define a Justiça Restaurativa por sua vertente processual.
Segundo o autor, a justiça restaurativa trata-se de um processo que envolve
(conforme as disponibilidades), as pessoas que têm interesse, por alguma razão
direta ou indireta, por meio de determinada ofensa, em um processo que,
coletivamente, “‘identifica e trata os danos, necessidades e obrigações
decorrentes da ofensa, a fim de promover o restabelecimento das pessoas e
endireitar as coisas, na medida do possível”.
Segundo definição da ONU, a justiça restaurativa é um processo por meio
do qual todas as partes envolvidas em um ato que causou ofensa se reúnem para
coletivamente decidir como lidar com as circunstâncias decorrentes desse ato e
suas implicações para o futuro. Contudo, dado ao seu caráter prático e aos
diferentes modos em que a justiça restaurativa é aplicada em diversos países,
trata-se de um conceito aberto e fluido, sendo modificado constantemente,
conforme os interesses e possibilidades de cada sistema jurídico.
O Conselho Nacional de Justiça, ao editar a Resolução nº 225, de 31 de
maio de 2016, fez emergir uma norma que passou a ser referência nacional para
a Justiça Restaurativa no país. No artigo 1º, é destacado que a Justiça
Restaurativa se constitui como um conjunto ordenado e sistêmico de princípios,
métodos, técnicas e atividades próprias, que visa à conscientização sobre os
fatores relacionais, institucionais e sociais motivadores de conflito e violência
através do qual os conflitos que causam danos, concreto ou abstrato.
Na Justiça Restaurativa, os conflitos são solucionados de modo estruturado,
contando com a participação do ofensor, da vítima e, quando oportuno, da
comunidade, através de práticas restaurativas coordenadas por facilitadores,
focalizando a responsabilização do autor do ato danoso e a satisfação das
necessidades de todos os envolvidos.
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2 OBJETIVOS
Neste tópico serão apresentados o objetivo geral e os objetivos específicos
para a realização deste trabalho.
3 JUSTIFICATIVA
A justiça restaurativa visa resolver um conflito sem que precise de uma
condenação judicial, para que seja reduzida a prática do crime e que não aconteça
novamente.
Desse modo, este estudo tem como justificativa mostrar a real eficácia da
aplicação da justiça restaurativa na resolução de conflitos e violência.
4 METODOLOGIA
O presente estudo se classifica como uma pesquisa qualitativa, pois busca
explorar e compreender em profundidade as experiências, percepções e significados
atribuídos pelos indivíduos envolvidos.
Em relação aos objetivos, classifica-se como uma pesquisa exploratória e
descritiva. A pesquisa exploratória representa um estágio primordial no processo de
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5 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
No quadro abaixo temos o cronograma de desenvolvimento da pesquisa.
Quadro 1: Cronograma
Fon
2024/1 2024/2
te: ATIVIDADES AG
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL SET OUT NOV DEZ
O
Escolha do tema. Definição do problema de
X X X X
pesquisa
Definição da metodologia. X X
Elaboração da Introdução X X X X X X
Revisão e reestruturação do
X X X X X X
Desenvolvimento
Elaboração da Conclusão X X X X X X
Entrega do TCC-Artigo X X X X X X
Defesa do TCC-Artigo X X X X X X
6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nesta seção será realizada uma análise teórica com as perspectivas de
diversos autores, obras e principais teorias sobre a justiça restaurativa.
É nesse sentido que Warat (2004, p. 34) afirma que "a mediação não é uma
ciência que pode ser explicada, ela é uma arte que tem que ser experimentada".
Esse mecanismo de solução de conflito visa fornecer ao mediador a possibilidade de
rever seus padrões de conduta, e cabe portanto, ao mediador um papel de “ajudar
as partes, fazer com que olhem a si mesmas e não ao conflito”.
Focando no princípio da responsabilidade, a mediação começou a ser
utilizada em casos de violência, promovendo a ideia de que os participantes do
conflito são protagonistas responsáveis por suas ações. Em vez de simplesmente
classificá-los como vítimas ou agressores, busca-se proporcionar a eles
oportunidades de autodeterminação e de resolução de conflitos através de uma
abordagem cooperativa.
Dessa forma, a mediação de conflitos entre vítima e ofensor, como uma
ferramenta da Justiça Restaurativa, tem se expandido, penetrando no âmbito penal.
Apesar da resistência inicial que enfrentou, esse método ganhou destaque por
oferecer uma abordagem eficiente para a prevenção.
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8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto nota-se que a Justiça Restaurativa vem conquistando
espaço na sociedade brasileira, quebrando paradigmas no sistema judiciário e o
aproximando da comunidade. Visto que ela trouxe um outro olhar para a forma de se
olhar o crime, o criminoso e a vítima, que agora são vistos de uma forma mais digna,
mais humana e isso reflete na comunidade, enfatizando assim os valores,
sentimentos e o impacto do comportamento para com o outro, refletindo desse modo
no meio em que se vive, proporcionado assim um ambiente melhor, de paz e
tranquilidade.
Pode-se perceber ainda que a Justiça Restaurativa supõe uma concepção
aberta, forte e positiva do se humano, da sociedade e das comunidades. Ela busca
atender as necessidades das vítimas, que são por elas mesmas expressadas e
permite um diálogo direto ou indireto entre os protagonistas do fato delituoso.
Por fim, a reflexão que se tem da justiça restaurativa sobre a sociedade, é
de que a mesma torna um novo jeito de viver, em que as pessoas deixam de lado a
ignorância e saibam enxergar o próximo como a si mesmos, respeitando as suas
diferenças, reconhecendo as suas falhas e sempre buscando se tornarem pessoas
melhores. Ela ainda nos faz lembrar da importância dos relacionamentos, nos
incitando a considerar o impacto do nosso comportamento sobre os outros e as
obrigações geradas pelas nossas ações
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REFERÊNCIAS
TARTUCE, Flávio. O novo CPC e o direito civil. Rio de Janeiro: Forense, p. 34,
2015.
ZEHR, H. Trocando as lentes: um novo foco sobre o crime e a justiça. Trad. Tônia
Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2008.