TDAH na infancia
TDAH na infancia
TDAH na infancia
de compreensão e intervenção
Apresentação
• Avisos
• Proposta do mini curso / implicação com o tema
• Estrutura do mini curso : parte 1/ intervalo/ parte 2 - Perguntas
• Quem está chegando agora?
• Por que você está buscando o mini curso?
• Apresentação: Luciana Aguiar e a Gestalt-Terapia
2
Para começar
• Você sabe o que é TDAH?
• Que viu esse tema na graduação?
• O que vocês já ouviram falar sobre TDAH?
• Quais as maiores críticas que vocês já ouviram sobre o tema?
• Aumento do número de diagnósticos, patologização,
medicalização da vida.
• Polarização e situação atual da Psicologia.
• A Gestal-Terapia como uma abordagem holística que supera a
dicotomia organismo/ambiente
3
A COMPREENSÃO DIAGNÓSTICA
4
DIAGNÓSTICO E COMPREENSÃO DIAGNÓSTICA
5
DIAGNÓSTICO E COMPREENSÃO DIAGNÓSTICA
6
O Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade
7
O Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade
• O TDAH é entendido como um transtorno do neurodesenvolvimento – isso
significa um desenvolvimento cerebral diferente – neurodivergente (DSM V-TR) –
não existe “tdah gestáltico”
• Se é um transtorno do neurodesenvolvimento, seu sinais aparecem na vida da
pessoa até os 12 anos. Um dado importante para o diagnóstico em adultos: checar
se os sintomas já estavam presentes na infância.
• Todos os critérios diagnósticos estão no DSM V -TR – importância dos critérios
para fechamento do diagnóstico: não basta ter “alguns sintomas”. O diagnóstico
depende da:
• Intensidade
• Frequência
• Quantidade
• Abrangência
• Surgimento na infância
8
O Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade
• “Esses sintomas não podem ser melhor explicados por outra condição médica”.
• Ex: ansiedade pode funcionar como um “véu” no diagnostico”
• Critérios presentes no DSM – identificamos a partir dos relatos dos
responsáveis, do relato da escola e da observação e relação com a
criança.
• Avalição neuropsicológica – melhor forma de confirmação – transforma
parâmetros subjetivos em objetivos – o neuropsicólogo consegue
mensurar atenção, memória de longo prazo, memória de curto prazo,
linguagem, raciocínio lógico, impulsividade, etc. Como toda mensuração
a partir de “parâmetros médios”.
• A importância de um diagnóstico multidisciplinar.
• Importante: como é uma questão funcional do cérebro não existem
exames de sangue, eletro ou neuroimagem que confirme o TDAH.
9
O TDAH:
• Etiologia:
• Carga genética relevante (geralmente possuem familiares
com TDAH, TEA, esquizofrenia, bipolaridade – tem genes
em comum)
• Ambientes facilitadores para ativar a expressão dos genes:
conceito de fatores de risco
• A perspectiva atual é a que leva em consideração a
interação gene e ambiente - epigenética
10
O TDAH
11
Sintomas na criança:
Desatenção:
1. Dificuldade em prestar atenção em detalhes: A criança pode
cometer erros por falta de atenção aos detalhes, como erros em
tarefas escolares ou atividades que exigem atenção aos detalhes.
Exemplo: Uma criança pode perder pontos em uma prova de
matemática por não ter lido corretamente as instruções.
2. Falta de organização: A criança pode ter dificuldade em
organizar suas tarefas escolares, materiais ou brinquedos.
Exemplo: A criança pode ter uma mochila desorganizada, com
livros e cadernos espalhados, dificultando a localização dos itens
necessários.
12
Sintomas na criança:
Desatenção:
1. Esquecimento frequente de tarefas: A criança pode se esquecer
de realizar tarefas diárias, como fazer a lição de casa, escovar
os dentes ou levar objetos para a escola. Exemplo: A criança
pode regularmente se esquecer de trazer os livros necessários
para a sala de aula.
2. Distração em atividades rotineiras: A criança pode facilmente
se distrair durante as atividades diárias, tornando difícil a
conclusão de tarefas. Exemplo: Durante uma atividade em sala
de aula, a criança pode se distrair com ruídos externos, olhar
pela janela ou ficar brincando com objetos na mesa.
13
Sintomas na criança:
Hiperatividade:
1. Excesso de atividade motora: A criança pode estar
constantemente em movimento, com dificuldade em ficar
quieta. Exemplo: A criança pode balançar as pernas, andar de
um lado para o outro ou correr pela casa mesmo quando não é
apropriado.
2. Inquietação: A criança pode demonstrar inquietação, ter
dificuldade em permanecer sentada por longos períodos de
tempo e sentir-se desconfortável com atividades que exigem
quietude. Exemplo: A criança pode mexer-se constantemente na
cadeira, levantar-se frequentemente durante uma refeição ou
durante uma aula.
14
Sintomas na criança:
Hiperatividade:
16
Sintomas na criança:
Impulsividade:
1. Dificuldade em esperar a vez: A criança pode ter dificuldade em
aguardar sua vez em situações como jogos em grupo ou em
atividades que exigem turnos. Exemplo: Durante um jogo de
tabuleiro, a criança pode ter dificuldade em esperar sua vez e
pode tentar tomar a vez de outra pessoa.
17
Sintomas na criança:
• Critérios diagnósticos para o TDAH em crianças (idade de 17 anos ou
menos):
A. Sintomas de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade devem
estar presentes em pelo menos dois ambientes diferentes (por
exemplo, escola, casa).
B. Sintomas devem estar presentes antes dos 12 anos de idade.
C. Sintomas devem estar presentes por um período de pelo menos 6
meses.
D. Sintomas devem ser inconsistentes com o desenvolvimento da
idade.
E. Sintomas causam prejuízo significativo no funcionamento social,
acadêmico ou ocupacional.
F. Os sintomas não podem ser explicados por outro transtorno mental.
18
O que acontece no cérebro
• A pessoa com TDAH tem um desenvolvimento cerebral diferente:
• Principal área afetada: córtex pré frontal – déficit de dopamina
• Dificuldade no controle inibitório – não consegue inibir os
comportamentos – desvia atenção toda hora
• Dificuldade de planejamento – projeção de futuro
• A pessoa tem atratividade por recompensas mais rápidas do que as mais
distantes – impaciência, dificuldade de esperar
• Implica na procrastinação – faz as coisas de última hora – a recompensa
está mais perto.
• Dificuldade de colocar atenção num lugar e sustentar (foco)
• Impulsividade
• Hiperatividade ( o “freio” não funciona direito)
19
O que acontece no cérebro
20
O que acontece no cérebro
21
Desdobramentos na interação com o mundo
• Os desdobramentos desse funcionamento diferente são inúmeros e
costumam trazer outros elementos relevantes na clínica:
• Baixa autoestima
• Dificuldade de inserção em grupos e socialização
• Ansiedade no contato com o mundo
• Dificuldade de processamento temporal – estimar quanto tempo vai
precisar para fazer algo e o quanto de esforço vai precisar colocar na
tarefa
22
A INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA
23
A INTERVENÇÃO COM A
CRIANÇA
24
A medicação
• Medicamentos: depende da manifestação do transtorno e do desconforto da
pessoa.
• Psicoestimulantes: Ritalina, Concerta e Venvanse
• Medicamentos de curta, média e longa ação.
• Todos mexem com o nível de dopamina nas áreas cerebrais afetadas.
• Um estimulante reduz a hiperatividade? Sim, porque o estimulante é
justamente para a substãncia que “freia” o funcionamento = aumenta a
dopamina, aumenta o foco e a sustentar a atenção em um elemento de
cada vez.
• Medicamento para o resto da vida? Não necessariamente – vai depender
do contexto.
25
A psicoterapia: Gestalt-terapia em ação
• Dimensão da informação e esclarecimento: a importância do conhecimento
do diagnóstico por fontes de qualidade – traz compreensão e
reconfiguração do autoconceito/autoestima.
• Dimensão das formas de contato com o mundo – além do trabalho usual
diante das modalidades de ajustamento
• Todas as propostas que possibilitem a vivência do momento presente,
particularmente as que envolvem o corpo e as funções de contato.
• Acompanhar a mudança de foco no consulente e convida-lo a “esgotar” aquilo
que chamou a atenção.
• Experimentar na sessão exercícios de figura e fundo onde o consulente tem o
“protagonismo” de sua mudança de foco
• Auxilia-lo a descobrir atividades que “dá vontade”, que sejam mais fáceis de
realizar – ajustar o hiperfoco para algo mais “adaptativo”
• Dramatização de cenas da vida cotidiana da criança com a exploração de
alternativas para situações desafiadoras
• Construção junto com a criança de estratégias para lidar com os desafios que
ela encontra. 26
A INTERVENÇÃO COM A
FAMILIA/RESPONSÁVEIS/
CUIDADORES
27
AS DIMENSÕES
28
A INFORMAÇÃO
29
A ORIENTAÇÃO
32
A INTERVENÇÃO COM A
ESCOLA
33
A ESCOLA
34
A ESCOLA
• Algumas recomendações gerais:
• Prover feedbacks constantes e em grande quantidade; as crianças
precisam ser lembradas de suas obrigações, com reforços recorrentes.
• Usar formas positivas de reforço. Comunicação clara, curta, objetiva
e gentil.
• Ao transmitir as etapas de uma atividade faze-la em pequenas partes.
Checar com a criança se ela entendeu as orientações.
• Apresentar atividades de formas lúdicas e dinâmicas.
• Valorizar o produto final e o resultado do desempenho.
• Conhecer as preferências da criança para intercalar conteúdos mais
tediosos com outros mais prazerosos.
35
A ESCOLA
• :
36
Para finalizar
• A Gestalt-Terapia sublinha a importância de uma compreensão e
intervenção de cunho holístico e de campo, que privilegie as
características singulares de cada caso e todos os seus
atravessamentos.
37