Gabrielle+silva+Gobbo
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neuroatipicas de 0 a 12 anos
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Metodologia
2.2.1 Neurodesenvolvimento
2.2.3 Transtornos
A palavra autismo que, segundo a sua etimologia, origina-se do prefixo grego
autós, denota o isolamento de uma pessoa para si mesma. O autismo foi gravado
pela primeira vez na literatura médica pelo psiquiatra suíço Eugen Bleuler em 1911.
Onzi e Gomes (2015) afirmam que Bleuler foi notável pelas suas contribuições para
o entendimento da esquizofrenia, classificando pessoas que apresentavam
dificuldades na comunicação e interação social com tendência ao isolamento,
resultando em um importante e categórico trabalho sobre esquizofrenia do adulto e
adolescente. Contudo, os autores afirmam que historicamente as primeiras
publicações sobre o autismo são dos psiquiatras infantis Hans Asperger (1944) e Leo
Kanner (1943).
Lima (2019) afirma que através dos estudos do médico austríaco Léo Kanner,
o autismo passa a ser tratado como um quadro clínico em 1943. Segundo este autor,
Kanner selecionou um grupo de crianças nas faixas etárias entre os 2 e 8 anos,
passando a observar de forma sistemática e cuidadosa as particularidades de seus
comportamentos, possibilitando diferenciar os distúrbios do autismo de outros
diagnósticos como psicose infantil e esquizofrenia.
Vieira e Baldin (2017) explicam que a maior parte das histórias de autismo se
inicia apenas nos anos 1940, com o trabalho de Leo Kanner que publicou seu artigo
descrevendo um novo transtorno e com a pesquisa de um pediatra, Hans Asperger,
que descreveu um transtorno semelhante, que se tornou conhecido como Síndrome
de Asperger. Para estes autores, Kanner destacou que as principais características
do autismo incluíam incapacidade de se relacionar com pessoas, falha no uso da
linguagem para fins de comunicação em situações sociais.
Santos e Vieira (2017) afirma que Kanner observou em seus estudos que as
crianças autistas são resistentes à mudanças e possuem uma preocupação
excessiva com manter tudo igual, orientação para objetos em vez de pessoas, boas
capacidades cognitivas intelectuais. Os autores apontam ainda que Kanner observou
a falta de resposta ao ambiente, rígida adesão a rotinas e tumulto emocional quando
os rituais eram perturbados, linguagem incomum que incluía tendências para repetir
a fala de respostas literais e utilização de pronomes inapropriadamente.
Tamanaha et al. (2008) afiram que a descrição do psicólogo Leo Kanner em
1943 inicialmente denominava o autismo como Distúrbio Autísticos do Contato
Afetivo, baseando em observações de 11 crianças com diagnóstico de esquizofrenia.
Segundo estes autores, a crença inicial de Kanner era que a doença fosse genética.
De acordo com estes autores, Kanner identificou algumas características que
compunham um conjunto psiquiátrico nosológico e os contrapôs com outro que já
pertencia ao desenvolvimento natural da criança.
Ainda de acordo com Tamanaha et al. (2008) em 1944 o psiquiatra e
pesquisador austríaco Hans Asperger descreveu um grupo de crianças com
comportamentos semelhantes aos descritos nos estudos de Kanner. Segundo estes
autores, Asperger observou como principais características o transtorno severo na
interação social, uso pedante da fala, desajeitamento motor e incidência apenas no
sexo masculino.
Matta (2018) afirma que historicamente foram utilizadas muitas terminologias
para nomear as pessoas com deficiência intelectual. Segundo este autor, as
concepções passaram por transformações ao longo do tempo em função das
concepções de mundo vigentes e das dinâmicas culturais de cada época, que
geraram implicações no ordenamento jurídico, social e científico. Com o passar do
tempo, essas concepções nortearam as práticas sociais no campo da educação e da
saúde.
De acordo com Mata (2018) a Deficiência Intelectual se constituiu algumas
vezes por influência de concepções inatistas, e em outras vezes por concepções
ambientalistas, tendo a partir do século XX interpretações com base na perspectiva
dialógica e cultural. O autor menciona que historicamente a identificação da pessoa
com deficiência foi utilizado termos como idiotas, imbecis, tontos, cretinos, dementes,
retardados mentais, inválidos, com necessidades educativas especiais, deficientes
intelectuais, estúpidos e amentes.
Tédde (2012) afirmam que na Grécia Antiga, os deficientes intelectuais eram
abandonados ou assassinados por não atenderem os ideais de beleza e perfeição.
Segundo estes autores, na Idade Média foram perseguidos por apresentarem sinais
de malformação física ou mental, e considerados como filhos de satanás, queimados
em fogueiras. Os autores sinalizam que com o advento do cristianismo, os
deficientes intelectuais também eram protegidos como inocentes de Deus, uma vez
que apresentavam a inocência e a pureza.
Segundo Carvalho (2004) no século XVII houve o interesse da ciência no
estudo da deficiência com a obra “Opera Omnia” de Nicolau Tamaturgo, atualmente
conhecido como São Nicolau e considerado como o padroeiro dos deficientes.
Segundo este autor, somente no século XIX as pessoas com deficiência intelectual
passaram a ser consideradas passíveis de serem educadas, devido ao trabalho do
médico Jean Itard, considerado o primeiro teórico de Educação Especial. O autor
salienta que atualmente, houve uma grande mudança na maneira de tratar a pessoa
com deficiência, com a abolição dos termos do passado com significados negativos.
Pessotti (1984) afirma que a Deficiência Intelectual veio substituir conotações
e termos errôneos como “débil mental”, “idiota”, “retardado mental”, excepcional,
“incapaz mentalmente”, “maluco” ou “louco”, construídos e utilizados por médicos,
em determinados períodos históricos da sociedade europeia. Segundo este autor, a
declaração dos direitos dos deficientes aprovados pela Organização das Nações
Unidas (ONU) em 1975 estabelece que os indivíduos com esta condição tenham os
mesmos direitos civis e políticos dos demais seres humanos.
Forteski et al. (2012) explicam que o Transtorno do Déficit de Hiperatividade
(TDAH) é conhecido também como Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA). Os
autores apontam que este transtorno tem uma história bem antiga, tendo pesquisas
registradas desde o século XVIII, todavia, passou a ser mais destaco recentemente.
Os autores resgatam o histórico do TDAH, relembrando pesquisas feitas em 1798
pelo médico Alexander Crichton, que incluiu a inquietação e problemas de atenção
em seus estudos, destacando os prejuízos que este transtorno causa no
desempenho escolar dos acometidos por este mal.
Já Couto et al. (2010) apontam referencias do Transtorno do Déficit de
Hiperatividade mais recentes, datadas no século XIX. Os autores apontam que as
primeiras referências aos transtornos hipercinéticos na literatura médica apareceram
no meio do século XIX e, desde então, sua nomenclatura vem sofrendo alterações
contínuas. Os autores destacam que os sintomas do TDAH se iniciam antes dos sete
anos de idade, embora a maioria seja diagnosticada após a manifestação destes por
alguns anos, podendo-se observá-los em situações como na casa, na escola ou no
trabalho.
Ainda conforme Couto et al. (2010) muitas vezes o Transtorno do Déficit de
Hiperatividade só é reconhecido quando a criança ingressa na escola, pois é o
período em que as dificuldades de atenção e inquietude são percebidas com maior
frequência pelos professores, quando comparada com outras crianças da mesma
idade e ambiente. Os autores apontam que no TDAH predominam características
marcantes de falta de atenção e dificuldade para se ater aos detalhes, os que
ocasionam erros grosseiros nas atividades, sejam elas escolares ou não apresenta
ainda uma falta de organização, o que dificulta o cumprimento de suas atividades.
Ribeiro e Melo (2018) afirmam que o diagnóstico do Transtorno do Déficit de
Hiperatividade faz-se necessário que os sintomas estejam presentes durante um
período mínimo de seis meses, em ambientes do cotidiano da criança. Os autores
apontam que para facilitar sua identificação, o distúrbio divide-se em três subtipos,
sendo o TDAH com predomínio de sintomas de desatenção, o TDAH com
predomínio de sintomas de hiperatividade e impulsividade e a combinação das duas
formas anteriores. Os autores destacam que o TDAH afeta o comportamento e
compromete o desenvolvimento nos âmbitos pessoal, familiar e escolar, onde seu
quadro patológico manifesta-se, sobretudo, no espaço institucional.
Ainda conforme Ribeiro e Melo (2018) é no ambiente educacional que o aluno
inicia suas práticas sociais, compreende valores, modelos de condutas e
desempenha suas habilidades e competências. Parra os autores, quando o aluno
demonstra dificuldades na rotina exigida na sala de aula, são identificadas pelo
profissional as suas necessidades e relatado para a equipe multidisciplinar o caso,
para assim, verificar soluções que atendam o aluno com necessidades educacionais
especiais.
3 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
RIBEIRO, Joice Alvares; MELO, Daniele Santana de. O Lúdico No Processo Ensino
Aprendizagem Do Aluno Com Transtorno De Déficit De Atenção E Hiperatividade
(TDAH). Encontro Internacional de Formação de Professores e Fórum
Permanente de Inovação Educacional, v. 11, n. 1, 2018. Disponível em:
https://eventos.set.edu.br/enfope/article/view/8763. Acesso em: 12. mar. 2023.
SILVA, Edvânia dos Santos; SANTOS, Stefanny Alves dos; JESUS, Vanessa Matias
de. O desenvolvimento cognitivo infantil sob a ótica de Jean Piaget. 2016.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Curso de Pedagogia. Faculdade São
Luis de França. Aracaju – Sergipe: 2020. Disponível em: https://portal.fslf.edu.br/wp-
content/uploads/2016/12/tcc9-6.pdf. Acesso em: 20. mar. 2023.
TAMANAHA, Ana Carina; PERISSINOTO, Jacy; CHIARI, Brasilia Maria. Uma breve
revisão histórica sobre a construção dos conceitos do Autismo Infantil e da
síndrome de Asperger. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, v.
13, n. 3, p. 296-299, 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?
pid=S1516- 80342008000300015&script=sci_arttext. Acesso em: 20. mar. 2023.