Klein Gn2 APA
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1. INTRODUÇÃO................................................................................................ 5
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................6
2.1 A Obra Inicial De Melanie Klein.....................................................................6
2.2 A fantasia kleiniana: definições.....................................................................8
2.3 Melanie Klein e as fantasias inconscientes...................................................8
2.4 A posição esquizo-paranóide........................................................................9
2.5 A origem e a função da vida fantasmática..................................................11
2.6 As relações objetais....................................................................................12
2.7 A introjeção e a projeção.............................................................................13
2.8 A constituição do sujeito: um percurso nas manifestações fantasmáticas ao
longo do desenvolvimento.................................................................................14
2.9 Fantasias e conteúdos patológicos.............................................................16
2.10 Fantasias e conteúdos sexuais.................................................................17
3. CONCLUSÃO................................................................................................19
Referências....................................................................................................... 20
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1. INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A primeira fase tem início com seu artigo “On the Deve- lopment of the
Child” e culmina com a publicação de The Psy- cho-Analysis of Children
em 1932. Durante essa fase, estabeleceu os fundamentos da análise de
crianças e delineou o complexo de Édipo e o superego até as raízes
primitivas de seu desenvolvimento.
A segunda fase conduziu à formulação do conceito da posição
depressiva e dos mecanismos de defesa maníaca, descritos
principalmente em seus artigos “A Contribution to the Psycho- genesis of
the Manic Depressive States” (1934) e “Mourning and its Relation to
Manic Depressive States” (1940).
A terceira fase ocupou-se do estádio mais primitivo, que ela chamou de
posição esquizo-paranóide, formulada principalmente em seu artigo
“Notes on some Schizoid Mechanisms” (1946) e em seu livro Envy and
Gratitude (1957)*. Há uma mudança significativa em seu ponto de vista
teórico a partir de sua formulação do conceito de posições em 1934.
Em sua clínica, Klein (Mezan, 2002) percebe que as crianças têm uma
imagem de mãe dotada de uma imensa malvadeza, o que, na maioria das
vezes, não corresponde à mãe verdadeira. Daí surge o conceito de fantasia
kleiniano, a partir da hipótese de que as crianças estão lidando com uma
deformação da mãe real, a qual é criada na mente do infante de modo
fantasmático. Melanie Klein apoiou toda sua teoria na ênfase das fantasias
inconscientes, presentes nas relações objetais primitivas.
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No capítulo anterior, sugeri que o uso feito por Melanie Klein do conceito
de fantasia inconsciente implica um grau de organização do ego mais elevado
do que o suposto por Freud. A controvérsia entre analistas sobre o estado do
ego nos primeiros meses da infância não é uma questão de mútuo
desentendimento ou de diferente utilização da linguagem. Trata-se de uma
controvérsia importante e real sobre questões de fato, e, naturalmente,
quaisquer pontos de vista sobre o que é experimentado pelo bebê devem
basear-se num quadro do que é o ego em cada estádio.
Assim, bastante cedo, o ego tem uma relação com dois objetos; o objeto
primário, o seio, é, nesse estádio, dividido (split) em duas partes: o seio ideal e
o seio persecutório. A fantasia do objeto ideal funde-se com as experiências
gratificantes de amor e alimentação recebidos da mãe externa real, e é
confirmada por essas experiências, ao passo que a fantasia de perseguição
funde-se, de modo semelhante, com experiências reais de privação e
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Esta relação pode ser vista na vinculação que a autora realiza entre a
fantasia e o princípio do prazer. A imaginação relativa a tudo o que é belo e
prazeroso é desenvolvida nos desejos e fantasias. No início da vida, o princípio
do prazer reina em absoluto na mente da criança. A partir do momento em que
ela se torna capaz de estabelecer uma relação entre seus desejos e fantasias e
a realidade, é estabelecido, então, o princípio de realidade.
ocasiona explosões agressivas por parte da criança, pois ela precisa se vingar
deste seio ruim. Para realizar esta vingança, a criança utiliza todas as armas
disponíveis, tais como os dentes, unhas, e até mesmo excreções.
Ambas têm suas origens nos instintos orais (o engolir e o cuspir), a partir
dos quais as relações maduras vão se desenvolver com as ações de dar e
receber, a função de procriação e a criatividade.
Aos posteriores objetos que também são sugados pela criança são
atribuídos os mesmos poderes do seio, uma vez que, em suas fantasias
imaginativas, estes objetos o substituem. Já a projeção tem sua origem nas
identificações projetivas que a criança de tenra idade faz em suas fantasias.
Como ela ainda não estabeleceu a distinção entre o seu corpo e o corpo de
sua mãe, ela percebe este como um prolongamento dela mesma.
Klein concorda com Freud ao conceber a vida como uma luta constante
entre os instintos de vida e de morte, sendo que a sexualidade é o alicerce
para o desenvolvimento do primeiro (Temperley, 2001). A importância do
conteúdo sexual das fantasias pode ser comprovada num estágio posterior da
vida (Klein, 1996). Embora durante a vida adulta as fantasias não sejam
manifestadas tão claramente como nas crianças, elas continuam atuantes na
psique. Seus efeitos inconscientes podem ser vistos em distúrbios sexuais
como a frigidez, a impotência, dentre outros.
3. CONCLUSÃO
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Referências
Freud, S. (1920). Tres ensaios sobre a teoria da sexualidade.
Klein. (1963). Our adult word and other essays. London: Medical books.
Klein. (1981). Psicanalise da criança (3a. ed.). São Paulo: Mestre Jou.