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ESCOLA DE ENSINO MÉDIO INTEGRADO

PADRE JOÃO BOSCO DE LIMA


DISCIPLINA: PRODUÇÃO DE RUMINANTES

MANEJO DE BEZERRAS

Prof. Dr. José Soares de Lacerda


Engo. Agrônomo, D.Sc. em Fitotecnia

Novembro - 2024
MANEJO DE BEZERRAS

• Uma boa condição de vida depende diretamente de


um conjunto de fatores que ocorrem:
Antes
Durante Parto
Depois

Mão de Obra

PAPEL DECISIVO
PRÉ-PARTO
MANEJO DE BEZERRAS
NO PRÉ - PARTO
• Cuidados Gestante:
 Nutrição  ÁGUA
Elevado crescimento fetal
ECC

 Aspecto Sanitário  Colostro

 Secagem: 60 dias

 Ambiente: Maternidade
Limpo
Seco 30 dias
PARTO
MANEJO DE BEZERRAS

• Definição:
Conjunto de eventos fisiológicos que conduzem o
útero a expulsar o feto a termo e seus anexos.
 O feto determina o dia e a fêmea a hora do
parto.
• Fases do Parto:
 Preparatória (6 a 24 hs)
 Expulsão do Feto (1 a 4 hs)
 Expulsão da Placenta (1 a 6 hs  24 hs)
MANEJO DE BEZERRAS

• Maturação fetal:

 Pêlos abundantes e coloração própria;


 Pêlos região umbilical mais longos;
 Pinças e primeiros médios presentes;
 Peso variando entre 20 e 60 kg, ou 6 a 8% PV da
mãe;
 Cascos bem formados.
MANEJO DE BEZERRAS

• Auxílio ao Parto:
Fundamental para sobrevivência e
saúde recém-nascido.

Parto Distócico
Mortalidade
MANEJO DE BEZERRAS

• Ambiente:

Limpo
Seco
Infecções Umbilicais
Respiratórias
Intestinais (diarréias  maior
causa de mortes)
MANEJO DE BEZERRAS

• Auxílio ao Parto:

 Momento da Intervenção ( Fisiológico e Patológico)

 Tração  Fraturas pernas,costelas, lesões órgãos


internos, articulações.

 Higiene
MANEJO DE BEZERRAS

• Auxílio ao Parto:

 Permanência com as mãos:


 Estímulo respiratório:
Levantamento dos bezerros
Discutível
Vigorosa fricção
Água fria na cabeça
Ventilação
 Stress
 Colostro
Manejos preparatórios para o parto
• Aproximadamente um mês antes da data prevista para o parto, a
vaca gestante deve ser levada para um piquete maternidade,
localizado próximo às instalações, permitindo assim, monitoramento
dos partos.

• Mantenha os locais de parição sempre limpos, secos e organizados;


livres de lama, de água empoçada, de resíduos orgânicos em
decomposição e de infestação de moscas e carrapatos.
Rotinas de visitas ao piquete maternidade
• Nestas visitas frequentes ao local do parto, é possível detectar
problemas com as vacas em trabalho de parto e com os bezerros
recém-nascidos, como em casos de:
-dificuldades de parto;

-baixa habilidade materna;

-baixo vigor do bezerro;

-falhas na primeira mamada;

- trocas de bezerros; -

-condições climáticas,

- condições desfavoráveis
(buracos, lama, etc).
Acompanhamento do nascimento
• O parto deve ser observado e auxiliado quando necessário. É
importante que o auxílio seja feito por pessoas treinadas e
que cuidados com a higiene sejam sempre adotados.

• Logo após o nascimento deve-se observar o bezerro e, se


necessário, fazer a remoção das membranas fetais, muco do
nariz e boca.
PÓS-PARTO
Manejo ao nascimento
• Assim que o bezerro nasce, a mãe o lambe, retirando
as membranas fetais e mucos. Simultaneamente, o seu corpo é
massageado, o que é muito importante para o recém-nascido.
Portanto, a intervenção do tratador só deverá acontecer após essa
massagem.

• Se a vaca não der atenção ao bezerro, deve-se recolhê-lo para


um local protegido e proceder às massagens contínuas em seu
corpo. Por fim, o tratador deve remover as membranas fetais e o
excesso de muco do nariz e boca do bezerro.
MANEJO DE BEZERRAS

• Fornecimento de Colostro:
Essencial para o bom desempenho dos recém-
nascidos.
Primeiro ato no pós-parto
(Alta permeabilidade intestinal).
• Importância do Colostro:
 Nutrição;
 Imunização Passiva: Produção de
anticorpos só após 30 dias;
 Laxativo.
MANEJO DE BEZERRAS

• Intestino Afuncional:

Melhor Absorção Ig

Ingestão Colostro

Funcionamento (8 Hs)

Redução Capacidade Absorção


Imunidade Local
Ingestão de colostro para
ganhar imunidade
• O colostro é o primeiro alimento que o bezerro consome ao
nascer e possui um grande valor nutritivo. Ele é a primeira
“vacina” que o bezerro recebe. Principalmente porque, nos
bovinos, a passagem de imunidade da mãe para o filho
dificilmente ocorre pela placenta, deixando o bezerro
praticamente desprotegido ao nascer. Desta forma, há a
necessidade da ingestão do colostro.
MANEJO DE BEZERRAS

• Fatores que definem o êxito da ação do


colostro:
 Momento do Fornecimento
 Duração do Fornecimento(1/4,56; 72hs)
 Qualidade
 Aspectos Individuais (25%)
 Forma de Administração
 Presença da Mãe ( maior nº mamadas)
 Clima
MANEJO DE BEZERRAS

• Vantagens do Fornecimento de Colostro


Direto da Mãe: 10 a 40%

 Maiores níveis de imunoglobulinas;


 Menor incidência de diarréia;
 Menor taxa de mortalidade;
 Maior ganho de peso.
MANEJO DE BEZERRAS

• Fatores que Afetam a Concentração de


Imunoglobulinas:
 Raça
 Intra-raça (herdável)
 Categoria Animal
 Perfil Sanitário da Mãe
 Secagem da Mãe
 Gotejamentos
 Nº de Mamadas
MANEJO DE BEZERRAS

• Umbigo:
 Corte
 Desinfecção
 Momento
Colostro e Umbigo 75% Proteção
Cura do umbigo para evitar
infecções
A cura do umbigo deve ser feita logo após a mamada do
colostro, pois o bezerro recém-nascido fica com uma porção do
umbigo não cicatrizada exposta, onde podem surgir bicheiras ou
infecções.

 Cortá-lo, dois a três dedos abaixo de sua inserção,


 Usar iodo diluído a 10% em álcool,
 Repetir o processo por 5 dias.
Pesagem
• A avaliação do desempenho dos bezerros é importante para a
formação do banco de dados da fazenda. Portanto, pese os
bezerros regularmente, em especial ao nascimento e à desmama,
de preferência use balança com boa precisão.
Identificação do bezerro

A identificação dos bovinos é fundamental para o bom


gerenciamento das fazendas leiteiras, pois permite aos produtores de
leite ter um melhor controle de seus rebanhos e dos procedimentos de
manejo realizados.
Análise do comportamento para
detectar anormalidades
A partir da cura do umbigo, os bezerros devem ser
observados pelo tratador todos os dias, quando se buscam sinais
de anormalidades. Geralmente, as crias se mantém a maior parte
do tempo junto a suas mães, brincam uns com os outros, e
circulam em meio ao lote, com desenvoltura. Entretanto, se
apresentam problemas de saúde, passam a se mostrar quietos,
sem vivacidade, desanimados.
MANEJO DE BEZERRAS

Banco de Colostro

• Recomendações para Estabelecimento:

 Colostro baixa capacidade imunizante 


Composição
 Mamite
 Morte
 Agalactose
MANEJO DE BEZERRAS

Banco de Colostro

• Recomendações:

 Pluríparas;
 Primeira e Segunda Ordenhas;
 Armazenamento: 3 anos, Temp.-15 a –20º C;
 Descongelamento;
 Fornecimento.
MANEJO DE BEZERRAS

Banco de Colostro

• Colostro Artificial: 3X/dia


1 Ovo
½ colher de chá óleo rícino
3 litros água
600 ml leite integral
Antibioticoterapia
MANEJO DE BEZERRAS

Aspectos Nutricionais

• Fase mais cara


Pouca IMS, porém alta qualidade.
• Alimentos Importantes:
Leite
Água
Concentrados
Forragem
MANEJO DE BEZERRAS

Aspectos Nutricionais
• Leite:
Mamites
Vacas em Tratamentos

Alteração na composição do leite

Diarréias
MANEJO DE BEZERRAS

Aspectos Nutricionais
• Leite:
Consumo
Ao pé  6 a 10 vezes ao dia
Artificial
MANEJO DE BEZERRAS

Aspectos Nutricionais

• Crescimento:
 Acelerado para adiantar 1º parto (85% peso
adulto)
Puberdade
Peso
 Eficiência ganho tecido magro  65% água

 Baixo custo/ kg ganho


MANEJO DE BEZERRAS

Aspectos Nutricionais

• Crescimento:
6 meses: 5 a 6%
7 a 12 meses: 3%
12 a 24 meses: 0,5 a 1,5%
24 a 36 meses: 4%
• Peso Recupera-se
Crescimento Não
MANEJO DE BEZERRAS
CRESCIMENTO
CRESCIMENTO
MANEJO DE BEZERRAS

CRESCIMENTO
MANEJO DE BEZERRAS

CRESCIMENTO
MANEJO DE BEZERRAS

Aspectos Nutricionais

• Água:
Processo Fisiológico Celular
Deficiência
Metabolismo
Produção
Processos Bioquímicos em
Meio Aquoso
MANEJO DE BEZERRAS

Aspectos Nutricionais

• Água: Disponível primeiros dias de vida.


Sensível a desidratação.
 Qualidade
 Instalações Adequadas
 Fácil Acesso
DIETA LIQUIDA
• Água a vontade;
• 4 litros leite/dia sistema convencional, 2 L/M e 2
L/T.
• 8 litros leite/dia sistema intensivo, 4 L/M e 4L/T.
Atenção: assegure-se que o bezerro está
ingerindo a quantidade adequada de leite. No
aleitamento natural é difícil controlar a quantidade
de leite ingerida; assim, monitore constantemente o
peso e a condição corporal dos bezerros.
Equipamentos e utensílios
• Higiene:

• Baldes;
• bebedores;
• Mamadeiras e bicos;

• Deve-se manter limpos, evitando a propagação


de bactérias mantendo a integridade da saúde do
animal.
DIETA LIQUIDA
DIETA LIQUIDA
Dieta sólida
Dieta sólida
Dieta sólida
Alimentação sólida fornecida a vontade ao animal.
Ração concentrada

Feno Capim picado


Desmame

• O momento ideal para a realização do desmame deve ser


quando a bezerra estiver consumindo no mínimo de 750 a 800 g
de concentrado por dia, o que normalmente ocorre por volta dos
60 dias de idade.

• Este procedimento permite um menor custo na alimentação,


melhor controle sobre o animal e maior disponibilidade de leite
para a venda.
Cuidados especiais
• Tanto nas condições de criação extensiva quanto intensiva,
há bezerros que necessitam de atenção e cuidados especiais,
geralmente por estarem fracos ou doentes.

• Observe os animais com cuidado todos os dias e, ao


identificar algum bezerro com problema, separe-o dos demais.

demais. Rinotraqueíte infecciosa bovina


Organização de instalações e
equipamentos

As instalações devem estar localizadas em áreas de fácil


acesso e que permitam constante monitoramento, de forma a facilitar
os cuidados com os animais.
Os bezerros devem ser alojados em locais limpos,
confortáveis e que proporcionem facilidades para que se adaptem as
condições climáticas, oferecendo um ambiente sem correntes de ar e
umidade, além de boas condições de higiene.
ORGANIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES
Bezerreiro Tropical
ORGANIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES
Bezerreiro Tropical
ORGANIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES
Casinhas Individuais
ORGANIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES
Bezerreiro Grupal

As instalações deve conter:

• Água limpa e fresca;


• Ração concentrada com núcleo mineral; Ausência de alimento
• Sombra e higiene;
• Conforto.
MANEJO DE BEZERRAS

Aspectos Sanitários

• DOENÇAS
• VERMINOSES
• AMBIENTE
MANEJO DE BEZERRAS

Aspectos Sanitários

• A diarreia talvez seja a principal enfermidade que acomete


bezerras mais jovens.
• Na fase neonatal (até seis semanas de vida);
• Várias infecções podem causá-la: E. coli, Cryptosporidium
spp., rotavirus, coronavirus, Giargia duodenallis, Eimeria
spp., Strongyloides spp., Salmonella spp., Clostridium
perfringens, entre outros.
MANEJO DE BEZERRAS
Aspectos Sanitários

• Após seis semanas de vida, os quadros de diarreia são mais


comumente causados por Eimeria spp., Estrongyloides spp.,
Estrongilídeos, Giargia duodenallis e Salmonella spp.
• Para algumas doenças existem vacinas, outras têm
antibióticos como tratamento,
• A prevenção é a melhor maneira de se evitar o problema.
• A limpeza das instalações e dos utensílios utilizados para
alimentar as bezerras é medida muito eficaz no combate à
proliferação destes patógenos.
MANEJO DE BEZERRAS
Aspectos Sanitários

• Outras doenças como babesiose e anaplasmose (conhecidas


como tristeza parasitária bovina) podem acometer bezerras
nesta fase de aleitamento, embora sejam mais comuns os
casos após a desmama.
• O mesmo acontece com problemas respiratórios que
aparecem, na maioria dos casos, após o desaleitamento.
• Algumas vacinas e vermifugações são comumente utilizadas
em bezerras.
MANEJO DE BEZERRAS

Aspectos Sanitários
OBRIGADO

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