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As influências da fenomenologia e do

existencialismo na Psicologia

Na fenomenologia e no existencialismo, está presente o pensamento de não estar


determinado, uma noção forte de intencionalidade além da liberdade, a ação mediada pela
consciência, não somos empurrados pela vida. Se tenho liberdade para agir sobre o mundo,
eu vou agir a partir de uma determinada intenção. Se opõe epistemologicamente ao
Behaviorismo e a Psicanálise, pois se comunica com as ideias de liberdade do sujeito
presente nas teorias do Humanismo, se apropriando de uma análise indeterminista do
indivíduo. Fenomenólogos buscam a essência como uma verdade imutável. Consciência
intencional e uma abordagem subjetiva.

Grande contribuição de Husserl: O método fenomenológico

A idade moderna traz consigo uma concepção antropocêntrica do mundo, que retira o
homem de uma marionete religiosa e dominada pela determinação do divino, colocando-o
no centro de sua própria vida. Nesse contexto, ocorre o distanciamento da visão negativista
do homem,
O pensamento de Edmund Husserl deu origem a uma das mais fortes correntes da
filosofia moderna, a fenomenologia, corrente que influenciou diretamente o movimento
filosófico que se propagou na Europa após a WW2, conhecido como existencialismo.
A questão essencial que move o pensamento de Husserl é a de como fundamentar de
modo absolutamente seguro o conhecimento.
● Os autores não se prendem a conceitos e generalizações.

A percepção:

Pensamos que há um objeto árvore, que existe num campo e em uma imagem
representada da árvore na consciência do sujeito, ou seja, dentro. Dessa forma, a
percepção pode ser dividida em duas partes. Para a fenomenologia, todo objeto é
sempre objeto-para-uma-consciência e nunca objeto em-si. Nesse sentido, a
fenomenologia afirma que a consciência é sempre intencional. Assim, fazendo uso da
suspensão fenomenológica e deixando de lado a árvore em-si e a representada, a atitude
fenomenológica retorna para a essência, para as coisas mesmas, isto é, a árvore percebida
por um sujeito.
A Intuição:

A fenomenologia de Husserl, na direção contrária à tradição que ele criticava, enfatiza a


prioridade da intuição sobre o pensamento conceitual. A intuição é a via de acesso ao
fenômeno.

Suspensão fenomenológica: é a filosofia que fundamenta o método.


● O que é? Buscar a essência das coisas, é o objetivo de encontrar o mais puro e
verdadeiro do ente.
● A suspensão de todas suas concepções, preconceitos e previsões
● A partir de uma experiência consciente e imediata você passa a analisar um
determinado ente, ou seja, qualquer coisa que tenha existência no mundo. Essa
análise é feita sem qualquer acessório, levando em consideração apenas o que está
exposto naquele espaço de tempo determinado.
● Ente humano: ontológico

Fenomenologia X Existencialismo:

No existencialismo não existe essência, a essência para o existencialismo é o viver, a


essência é a nossa capacidade de mudança. O nome é existencialismo pois a existência
precede a essência. Na fenomenologia, a essência é a busca pelas coisas mesmas.
● Fenomenologia: essência é fixa
● Existencialismo: essência é mutável

A fenomenologia desenvolve a relação de busca da essência como uma necessidade,


a partir de uma suspensão ou redução fenomenológica, mas é o existencialismo que
aprofunda a essência.

Soren Kierkegaard (1812-1855)

Propõe a essência das coisas como uma constante, para ele, o único ente que possui uma
essência mutável e um eu inconsistente é o ser humano. Para Kierkegaard, o ser humano
não pode ser explicado a partir de nenhuma essência universal, abarcando um leve
heterogêneo de ideias. Seu pensamento é marcado pela ênfase na experiência pessoal, ele
não se interessava pela busca de uma verdade objetiva. Para ele, viver é ser livre, mas
viver abarca angústias.
● Se opõe ao existencialismo de Hegel
● Essência: núcleo consistente do funcionamento de algo.
● Toda liberdade pressupõe a angústia
● Destacou conceitos como o salto da fé, ele tinha uma percepção não institucional da
religião. O salto da fé seria o retorno ao profundo e sagrado, aquilo que responde.

Os estágios da existência de Kierkegaard:


1. Estético: O homem busca um sentido para a sua existência enquanto vive.
Relação com experiências, foco no sujeito
2. Ético: Tem a ver com uma necessidade se voltar aos valores éticos da sociedade, à
moral, por exemplo.
Foco fora do sujeito, ser normativo
3. Religioso: O homem alcança uma relação particular com o absoluto.

Jean-Paul Sartre (1905-1980)

● Dimensão do Em-si: O em-si existe para além do que podemos acessar e diz
respeito às coisas em si mesmas, fora qualquer relação com a consciência.
● Dimensão do Para-si: A concepção a partir do mundo da consciência. Quando a
consciência dá conta da existência das coisas.

Sartre dizia que o homem está condenado a ser livre, e a existência precede a essência. O
ser humano não é definido, mas precisa definir o que ele é.

Martin Heidegger (1889-1976)

Ele parte da fenomenologia hermenêutica, que configura-se como a influência do homem ao


lançar dúvidas sobre os seres/entes.
● Dasein (ser-aí) é a essência, é o seu eu mais intímo.

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