CINESIOLOGIA E CINESIOTERAPIA
CINESIOLOGIA E CINESIOTERAPIA
CINESIOLOGIA E CINESIOTERAPIA
CINESIOTERAPIA
PROF. ME. GUSTAVO HENRIQUE MARQUES MORENO
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
Reitor:
Prof. Me. Ricardo Benedito de
Oliveira
Pró-Reitoria Acadêmica
Maria Albertina Ferreira do
Nascimento
Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo Diretoria EAD:
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
Prof.a Dra. Gisele Caroline
Primeiramente, deixo uma frase de Novakowski
Sócrates para reflexão: “a vida sem desafios
não vale a pena ser vivida.” PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Cada um de nós tem uma grande Diagramação:
responsabilidade sobre as escolhas que Alan Michel Bariani
fazemos, e essas nos guiarão por toda a vida Thiago Bruno Peraro
acadêmica e profissional, refletindo diretamente
em nossa vida pessoal e em nossas relações Revisão Textual:
com a sociedade. Hoje em dia, essa sociedade
é exigente e busca por tecnologia, informação
Fernando Sachetti Bomfim
e conhecimento advindos de profissionais que Marta Yumi Ando
possuam novas habilidades para liderança e
sobrevivência no mercado de trabalho. Produção Audiovisual:
Adriano Vieira Marques
De fato, a tecnologia e a comunicação Márcio Alexandre Júnior Lara
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, Osmar da Conceição Calisto
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e
nos proporcionando momentos inesquecíveis. Gestão de Produção:
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino a
Distância, a proporcionar um ensino de qualidade, Cristiane Alves
capaz de formar cidadãos integrantes de uma
sociedade justa, preparados para o mercado de
trabalho, como planejadores e líderes atuantes.
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA
01
DISCIPLINA:
CINESIOLOGIA E CINESIOTERAPIA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................................................5
1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS: HISTÓRICO, DEFINIÇÕES E CAMPO DE ATUAÇÃO................................................6
1.1 CINESIOLOGIA X BIOMECÂNICA............................................................................................................................6
1.2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA CINESIOLOGIA .......................................................................................................... 7
1.2.1 ANTIGUIDADE........................................................................................................................................................8
1.2.2 IDADE MÉDIA (200-1450 D.C.)...........................................................................................................................9
1.2.3 RENASCIMENTO .................................................................................................................................................9
1.2.4 REVOLUÇÃO CIENTÍFICA ................................................................................................................................... 10
1.2.5 SÉCULOS XIX E XX ............................................................................................................................................. 11
1.3 CAMPOS DA ATUAÇÃO DA CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA........................................................................... 11
2. PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO................................................................................................................ 11
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2.1 PLANO FRONTAL OU CORONAL............................................................................................................................ 11
2.2 PLANO SAGITAL OU MEDIANO............................................................................................................................. 11
2.3 PLANO TRANSVERSAL OU HORIZONTAL ........................................................................................................... 12
3. ALAVANCAS, TORQUE E LEIS DE NEWTON.......................................................................................................... 13
3.1 ALAVANCAS ............................................................................................................................................................ 13
3.1.1 TIPOS DE ALAVANCAS ......................................................................................................................................... 14
3.2. TORQUE................................................................................................................................................................. 16
3.3. LEIS DE NEWTON................................................................................................................................................. 16
3.3.1 PRIMEIRA LEI DE NEWTON: LEI DA INÉRCIA.................................................................................................. 17
3.3.2 SEGUNDA LEI DE NEWTON: LEI DA FORÇA .................................................................................................... 17
3.3.3 TERCEIRA LEI DE NEWTON: AÇÃO E REAÇÃO ............................................................................................... 18
4. INTRODUÇÃO À MIOLOGIA, TIPOS DE CONTRAÇÃO MUSCULAR...................................................................... 18
5. MOVIMENTO ESQUELÉTICO, ELEMENTOS ATIVOS E PASSIVOS...................................................................... 21
6. ALTERAÇÕES DO CONTROLE MOTOR E LESÕES MUSCULARES ...................................................................... 21
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................................................24
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, é com grande satisfação que apresentamos a você o conteúdo que fará
parte da disciplina de Cinesiologia e Cinesioterapia. Trata-se de uma abordagem didática que
contempla conteúdos essenciais para o processo de formação do curso de Fisioterapia.
É de suma importância a especificidade tratada neste material, que busca, através de
contextualizações, conceitos e abordagens teórico-práticas para demonstrar a fundamentação e
construção da história do movimento humano, tratada como ciência básica nas diversas áreas de
atuação da fisioterapia.
Trata-se de uma correlação anatômica, alinhada com a produção dos movimentos
funcionais desenvolvidos pelo sistema musculoesquelético; sendo assim, busca avaliar o sistema
motor, responsável pelas características de avaliação de ângulos de movimentos, bem como
as funções musculares responsáveis por construir atividades funcionais, que permitem um
desempenho satisfatório por parte dos pacientes que buscam pela fisioterapia.
Além disso, técnicas de tratamento posturais, treino de força, resistência à fadiga,
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
1.2.1 Antiguidade
Arquimedes e Aristóteles foram dois cientistas que tiveram influência nessa época.
Arquimedes (200 a. C) descreveu a respeito das leis das alavancas e do centro de gravidade e iniciou
com conceitos matemáticos, geométricos e princípios hidrostáticos que explicam a maneira pelo
qual os corpos flutuam. Aristóteles (384 - 322 a.C.) é considerado o pai da cinesiologia, pois foi
responsável por descrever a função e ação dos músculos e ossos, o processo de deambulação, bem
como as alavancas anatômicas que atuam no movimento humano.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Este período da idade média ou idade das trevas ocorreu aproximadamente nos mil anos
subsequentes e foram relativamente poucos os avanços científicos.
Um outro nome importante na história da cinesiologia durante este período é o de Galeno
(131-201 d.C.), e dentre várias descobertas deste médico, podemos destacar seus estudos sobre
a contração muscular. Galeno destaca-se pelo detalhamento da anatomia do corpo humano, do
esqueleto, dos músculos e suas funções, no qual é considerado como uma descoberta para a
evolução da cinesiologia, e ainda, foi o primeiro médico dedicado ao esporte.
1.2.3 Renascimento
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Figura 8 – Leis da física de Newton usadas pela biomecânica. Fonte: Liberali (2016).
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Planos de ação são linhas fixas de referência ao longo das quais o corpo se divide. Há três
planos anatômicos: plano frontal ou coronal, plano sagital ou mediano e plano transversal ou
horizontal.
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3.1 Alavancas
Podemos conceituar a alavanca como uma peça ou barra rígida, a qual gira em torno de
um ponto de apoio. No caso do corpo humano, a citada peça ou barra rígida é representada pelos
ossos. De uma maneira geral, todo movimento do corpo humano é consequência da geração
de força dos músculos que estão inseridos em ossos e são movimentados por articulações,
constituindo as alavancas anatômicas ou bioalavancas.
Um movimento de alavanca ocorre quando os músculos geram tensão e tracionam os
ossos para sustentar ou mover resistências, deste modo acontece a ação da alavanca. É justamente
o que verificamos na movimentação do corpo, os ossos atuam como hastes rígidas, as articulações
são eixos, as cargas resistentes e os músculos aplicam as forças.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
3.2. Torque
Também estipulado como momento de força, ocorre quando acontece uma mudança na
velocidade de rotação do corpo. É uma grandeza de força responsável pela mudança de velocidade
de rotação. Sempre que um corpo precisa ser rotacionado é aplicado sobre ele um momento de
força, ou seja, um torque.
Torque é o produto de uma força vezes a distância perpendicular de sua linha de ação
até o eixo do movimento. Tem como característica agir na intensidade da força aplicada que
possibilita o movimento.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Esta lei está pautada no estado de repouso ou movimento do corpo. Todo corpo em
repouso tende a permanecer em repouso e todo corpo em movimento tende a permanecer em
movimento. Podemos identificar a inércia, mantenedora dos movimentos cinéticos, juntamente
com a massa, peso (centro de gravidade), pressão, volume (largura, altura e profundidade),
densidade (peso=massa/volume), peso específico (% de gordura), torque (mantendo a força) e
impulso (força x tempo).
Esta lei ocorre quando uma aceleração de um corpo está diretamente equilibrada com
a força resultante que atua sobre ele. A teoria desta lei nos permite compreender que, se a força
sobre um corpo for maior que zero, isso acarretará uma alteração no estado de movimento
do corpo, efetuando um deslocamento gerado pela força. Ela é expressa por: Força = massa x
comprimento/tempo2.
A lei da força determina que quanto maior for a força, maior será a aceleração do corpo,
e quanto maior for a massa desse corpo, menor será a aceleração.
Figura 18 – Demonstração da Lei da Força: Segunda Lei de Newton. Fonte: Liberali (2016).
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Esta lei diz que para toda ação há sempre uma reação com igual módulo e direção, porém,
de sentidos contrários. As forças de ação e reação de um corpo sobre o outro têm o mesmo
padrão, a mesma direção e sentidos diferentes. Esta última lei de Newton analisa o sistema de
trocas de forças entre os corpos: um corpo recebe uma força e vai devolvê-la da mesma forma que
recebeu, porém, em um sentido contrário.
A miologia é a parte da anatomia que estuda os músculos e seus anexos e seu nome
tem origem do grego Mios, que significa contração, e logus, significando estudo. Os músculos
são definidos como uma estrutura anatômica constituída por células (fibras musculares) com
capacidade de contração e relaxamento. Apresentam formas alongadas, curtas e largas, suas fibras
podem ser retas, transversais, ou ainda oblíquas. Possuem funções de suma importância, como a
geração de todos os movimentos, aquecimento corporal, gerando calor, que faz a manutenção da
temperatura corporal e a estabilização das articulações, mantendo a postura ereta em ação com
a estrutura óssea.
Os músculos são preenchimentos para a arquitetura óssea, constituindo uma complexa
rede de fibras, feixes, fáscias, bainhas, bolsas sinoviais e tendões que formam um emaranhado de
estruturas que se entrelaçam entre si e fixam-se nas articulações e ossos, dando origem ao tecido
muscular e ao sistema muscular.
Com relação a classificação dos músculos quanto ao controle do sistema nervoso, eles são
divididos em voluntários e involuntários. Nos músculos voluntários o seu potencial de ação de
contração resulta de um ato de vontade própria, já nos músculos involuntários o seu impulso de
contração não resulta de um ato de vontade própria (sem controle consciente). Quanto aos seus
três tipos de tecido muscular, temos: liso, estriado esquelético e estriado cardíaco.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
O tecido muscular liso que está presente em diversos órgãos internos e movimenta a
parede das vísceras e as paredes dos vasos sanguíneos, apresenta contração involuntária e lenta.
A musculatura estriada cardíaca, que compõe a camada média da parede do miocárdio, tem
forma estriada, estrias transversais ou paralelas, formando as fibras filiformes, apresentando
contrações involuntárias e vigorosas. E a musculatura estriada esquelética, que movimenta os
ossos, articulações e pele, possui contração voluntária, ou seja, sua movimentação é consciente.
Quadro 1 – Características dos três tipos de tecidos musculares. Fonte: Só Biologia (2008).
O tecido muscular é composto basicamente por dois tipos principais de fibras musculares,
estou me referindo às fibras vermelhas, de tipo I ou de contração lenta, e às fibras brancas, de tipo
II ou de contração rápida.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
A ação dos músculos gera forças musculares, as quais são classificadas em alguns tipos de
contrações musculares, que são:
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Os músculos estão entre as estruturas ortopédicas mais lesionadas do corpo, com início
gradativo ou agudo. Estima-se que 30 a 50% de todas as lesões associadas ao esporte são causadas
por lesões de tecidos moles, que geralmente ocorrem durante atividades excêntricas ou de
desaceleração.
As lesões musculares podem ser causadas por contusões, estiramentos e rupturas. Mais
de 90% de todas as lesões relacionadas ao esporte são contusões ou estiramento. Por sua vez,
as rupturas musculares são as lesões menos frequentes no esporte. A força de tensão exercida
sobre o músculo leva a um excessivo estiramento das miofibrilas e, consequentemente, a uma
laceração próxima à junção tendinosa. Os estiramentos musculares são tipicamente observados
nos músculos superficiais que trabalham cruzando duas articulações, tendo como exemplo os
músculos reto femoral, semitendinoso e gastrocnêmio.
As lesões podem ser classificadas em três modalidades: diretas e indiretas, traumáticas e
não traumáticas e parciais ou totais. As lesões diretas são decorrentes das situações de impacto,
geradas durante as quedas ou traumatismos de contato, e as lesões indiretas ocorrem na ausência
de contato e são observadas em modalidades esportivas que exigem grande potência na realização
dos movimentos. As lesões traumáticas são representadas pelas contusões que ocorrem em
esportes de contato, as rupturas caracterizadas por um estiramento severo e pelo estiramento
muscular, representado pelo alongamento excessivo das fibras musculares. Logo, as lesões não
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA
02
DISCIPLINA:
CINESIOLOGIA E CINESIOTERAPIA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................................28
1. GONIOMETRIA E SUAS GENERALIDADES.............................................................................................................29
1.1 AMPLITUDE DE MOVIMENTO ............................................................................................................................... 31
1.2 PRINCÍPIOS DA APLICAÇÃO DA GONIOMETRIA................................................................................................. 31
2. PROVAS E FUNÇÕES MUSCULARES.....................................................................................................................32
3. MEMBROS SUPERIORES........................................................................................................................................33
3.1 ÂNGULOS ARTICULARES FUNCIONAIS DO MEMBRO SUPERIOR....................................................................34
3.2 COMPLEXO DO OMBRO........................................................................................................................................34
3.2.1 MOVIMENTO DE FLEXÃO DO OMBRO (0 - 180°).............................................................................................35
3.2.2 MOVIMENTO DE EXTENSÃO DO OMBRO (0 - 45°).........................................................................................35
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3.2.3 MOVIMENTO DE ABDUÇÃO DO OMBRO (0 - 180°) ........................................................................................35
3.2.4 MOVIMENTO DE ADUÇÃO DO OMBRO (0 - 40°) ............................................................................................35
3.2.5 MOVIMENTO DE ROTAÇÃO MEDIAL DO BRAÇO (0 – 90°) ...........................................................................36
3.2.6 MOVIMENTO DE ROTAÇÃO LATERAL DO BRAÇO (0 – 90°) ..........................................................................36
3.3 COMPLEXO DO COTOVELO E ANTEBRAÇO ........................................................................................................36
3.3.1 MOVIMENTO DE FLEXÃO E EXTENSÃO DE COTOVELO (0 - 145°) ................................................................37
3.3.2 MOVIMENTO DE PRONAÇÃO DO ANTEBRAÇO (0 - 90°) ..............................................................................37
3.3.3 MOVIMENTO DE SUPINAÇÃO DO ANTEBRAÇO (0 - 90°) .............................................................................37
3.4 ARTICULAÇÃO DO PUNHO E MÃO ......................................................................................................................37
3.4.1 MOVIMENTO DE FLEXÃO DA MÃO (0 - 90°) ....................................................................................................38
3.4.2 MOVIMENTO DE EXTENSÃO DA MÃO (0 - 70°)...............................................................................................38
3.4.3 MOVIMENTO DE ABDUÇÃO DA MÃO OU DESVIO RADIAL (0 - 20°).............................................................38
3.4.4 MOVIMENTO DE ADUÇÃO DA MÃO OU DESVIO ULNAR (0 - 45°) ................................................................38
4. MEMBROS INFERIORES.........................................................................................................................................39
4.1 ÂNGULOS ARTICULARES FUNCIONAIS DOS MEMBROS INFERIORES............................................................39
4.2 QUADRIL.................................................................................................................................................................39
4.2.1 MOVIMENTO DE FLEXÃO DE COXA (0 - 125°) .................................................................................................40
4.2.2 MOVIMENTO DE EXTENSÃO DA COXA (0 - 10°) ............................................................................................40
4.2.3 MOVIMENTO DE ABDUÇÃO DA COXA (0 - 45°)..............................................................................................40
4.2.4 MOVIMENTO DE ADUÇÃO DA COXA (0 - 15°) .................................................................................................40
4.2.5 MOVIMENTO DE ROTAÇÃO MEDIAL DA COXA (0 - 45°) ............................................................................... 41
4.2.6 MOVIMENTO DE ROTAÇÃO LATERAL DA COXA (0 - 45°) ............................................................................. 41
4.3 JOELHO................................................................................................................................................................... 41
4.3.1 MOVIMENTO DE FLEXÃO DE JOELHO (0 - 140°) E DE EXTENSÃO DE JOELHO (0 - 10°) ........................... 41
4.4 TORNOZELO E PÉ ..................................................................................................................................................42
4.4.1 MOVIMENTO DE DORSIFLEXÃO OU FLEXÃO DORSAL DO PÉ (0 - 20°) ........................................................42
4.4.2 MOVIMENTO DE PLANTIFLEXÃO OU FLEXÃO PLANTAR DO PÉ (0 - 45°) ..................................................42
4.4.3 MOVIMENTO DE INVERSÃO DO PÉ (0 - 40°) .................................................................................................42
4.4.4 MOVIMENTO DE EVERSÃO DO PÉ (0 - 20°) ...................................................................................................43
5. ESQUELETO AXIAL...................................................................................................................................................43
5.1 ÂNGULOS ARTICULARES FUNCIONAIS DA COLUNA VERTEBRAL ...................................................................43
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5.2 COLUNA VERTEBRAL CERVICAL..........................................................................................................................43
5.2.1 MOVIMENTO DE FLEXÃO DA REGIÃO CERVICAL (0 - 65°) ............................................................................43
5.2.2 MOVIMENTO DE EXTENSÃO DA REGIÃO CERVICAL (0 - 50°) .....................................................................44
5.2.3 MOVIMENTO DE INCLINAÇÃO LATERAL DA REGIÃO CERVICAL (0 - 65°) ..................................................44
5.2.4 MOVIMENTO DE ROTAÇÃO DA REGIÃO CERVICAL (0 - 65°) ........................................................................44
5.3 COLUNA VERTEBRAL LOMBAR............................................................................................................................44
5.3.1 MOVIMENTO DE FLEXÃO DA REGIÃO LOMBAR (0 - 95°) ..............................................................................44
5.3.2 MOVIMENTO DE EXTENSÃO DA REGIÃO LOMBAR (0 - 35°) ........................................................................45
5.3.3 MOVIMENTO DE FLEXÃO LATERAL DA REGIÃO LOMBAR (0 - 40°) ............................................................45
5.3.4 MOVIMENTO DE ROTAÇÃO DA REGIÃO LOMBAR (0 - 35°) ..........................................................................45
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................................................46
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Nesta unidade, iremos abordar os aspectos gerais do movimento humano. Grande parte
do estudo cinesiológico busca compreender a composição óssea, muscular e articular que fazem
parte dos elementos estáticos e dinâmicos, visando estabilizar e movimentar os componentes
necessários para produção de movimento. Sendo assim, destaca-se a viabilidade de uma análise
específica do esqueleto axial e apendicular que contextualiza abordagens fisioterapêuticas a fim
de estabelecer uma avaliação básica da concepção de movimentos, identificando a complexidade
em proporcionar tratamento adequado aos portadores de patologias associadas ao sistema
musculoesquelético.
Trata-se de um estudo fundamental para as especificidades terapêuticas, inspirando
um olhar crítico voltado para as características gerais da produção de cinesias. Sendo assim, o
objetivo principal para o aluno é fazê-lo estruturar avaliações do sistema motor, a fim de torná-
lo apto a verificar amplitudes de movimento (ADM) e força muscular através dos movimentos
osteocinemáticos produzidos por grupos musculares específicos, capazes de desempenhar
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
A goniometria é vinda de duas palavras gregas, são elas: gonia, que tem como significado
ângulo, e metron, que significa medida. Portanto, a goniometria nada mais é que a medida
dos ângulos do corpo humano em toda sua extensão, desde os membros superiores, membros
inferiores e a coluna. Para se fazer a goniometria, utilizamos como instrumento o goniômetro
universal, como destacado na Figura 1.
Os goniômetros, com o decorrer do tempo, foram passando por diversas mudanças, hoje
são encontrados em acrílico, plástico mais leve ou metal (Figura 2), podendo ser digital ou mais
simples, como descrito na Figura 1. Porém, todos seguindo um mesmo princípio, segundo o
qual devem conter braço fixo e braço móvel. O corpo do goniômetro contém as escalas, ou seja,
podem formar um círculo completo nos valores de 0 a 360° ou semicírculo de 0 a 180°.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Como descrito acima, uma boa avaliação fisioterapêutica, com todos os seus parâmetros,
sendo fidedignos e precisos, propicia um melhor atendimento e avaliação para o paciente. Além da
goniometria, as provas e funções musculares têm grande importância nas respostas relacionadas
à fraqueza ou funcionalidade muscular.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Sabendo destes valores, dos movimentos que os músculos realizam em cada articulação
do nosso corpo e os valores normais da ADM, podemos objetivar o tratamento e descrever as
condutas a serem aplicadas de acordo com a necessidade que o paciente apresentou na goniometria
e na prova de função muscular.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
No movimento de rotação lateral do braço, a posição ideal para avaliação seria o paciente
em decúbito dorsal, com 90° de flexão de ombro, cotovelo também a 90° de flexão, associado a
supinação de antebraço. A palma da mão será paralela ao plano sagital (palma da mão voltada
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Sabendo-se que o movimento de flexão vai de 0 - 145° e que a extensão nada mais é
que o retorno do movimento de flexão, o valor do movimento de extensão é 145° - 0°. Nestes
movimentos, a mão ficará na posição anatômica. A posição ideal para a avaliação é em sedestação,
mas podendo ser em ortostatismo e em decúbito dorsal, respeitando sempre a posição e
alinhamento anatômicos. O braço fixo do goniômetro ficará localizado na superfície lateral do
úmero, voltado para o acrômio e o braço móvel ficará na região lateral do rádio, apontado para
o seu processo estiloide. O eixo, por sua vez, ficará aproximadamente na região anatômica do
epicôndilo lateral do úmero.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
A musculatura que compõe o punho e a mão são: o flexor radial do carpo, flexor ulnar
e o palmar longo fazem a flexão de punho e mão; e o extensor radial longo e curto do carpo e
o extensor ulnar do carpo fazem a extensão de punho e mão; além do flexor radial do carpo, o
abdutor e o extensor longo polegar, o extensor radial longo do carpo, o extensor radial curto do
carpo e o extensor curto do polegar, que fazem os movimentos de abdução do punho e da mão, e
flexor ulnar do carpo e o extensor ulnar do carpo, que fazem a adução do punho e da mão.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
4. MEMBROS INFERIORES
Assim como a região do ombro, a região da pelve e quadril tem sua estrutura e função
completamente interligadas e formam a parte proximal dos membros inferiores. Além disso,
oferece uma grande produção de energia em cadeia cinética fechada através dos ossos pélvicos
interligados que formam a sínfise púbica anteriormente. Posteriormente, o sacro e a última vértebra
lombar formam a articulação sacrococcígea. Diante disso, é oferecida ao corpo uma estabilidade
associada à uma mobilidade efetiva para desempenhar grandes funções de deambulação.
O quadril proximal é responsável por transmitir forças entre o tronco e o solo, funcionando
como um dos principais agentes do sistema locomotor, contrabalanceando 85% do peso corporal
a cada passo. O joelho é a articulação intermediária do membro inferior, capaz de suportar o
peso corporal na posição totalmente ereta sem contração e gasto energético da musculatura
circundante, proporcionando grandes amplitudes de movimento e estabilidade. Por sua vez, o
tornozelo e pé são estruturas distais do membro inferior, capazes de absorver impactos contra o
solo e propiciar energia propulsora para caminhada, oferecendo suporte, equilíbrio e desempenho
de funções capazes de estimular grande independência funcional ao indivíduo.
4.2 Quadril
Também considerada uma articulação importante em nosso corpo, é responsável por
interligar o tronco ao membro inferior. O quadril é constituído pelos ossos acetábulo e fêmur, e
a articulação presente é a articulação acetábulo femoral. Todas elas possuem funções conjuntas
para atuar no movimento do fêmur sobre a pelve, estabilizar o membro inferior, permitir a
deambulação e a movimentação, a prática de esportes, AVDs, além de manter o equilíbrio e atuar
na nossa propriocepção.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
O indivíduo deve estar em sedestação, com joelho e quadril fletidos a 90°, em posição
neutra, tendo uma variação em decúbito dorsal, com joelho e quadril fletidos a 90°. O braço fixo
do goniômetro é sobreposto paralelo e sobre a linha média anterior da tíbia, o eixo fixo sobreposto
ao centro do joelho (face anterior da patela). O braço fixo deve se manter perpendicular ao
chão e o braço móvel sobreposto ao longo da tuberosidade da tíbia anteriormente. Os músculos
responsáveis são o tensor da fáscia lata, glúteo médio e mínimo.
O indivíduo deve estar em sedestação, com joelho e quadril fletidos a 90°, em posição
neutra, tendo uma variação em decúbito dorsal, com joelho e quadril fletidos a 90°. O braço fixo
do goniômetro é sobreposto perpendicular à margem anterior da tíbia e o braço móvel é colocado
sobre a margem anterior da tíbia. O eixo fixo fica sobre a linha articular do joelho (face anterior
da patela). Os músculos responsáveis são o piriforme, quadrado femoral, obturador interno,
obturador externo e gêmero.
O indivíduo deve estar em decúbito dorsal, com joelho e quadril fletidos (tendo variação
em sedestação, em uma maca, com a coxa apoiada e o joelho fletido). O braço fixo do goniômetro
é sobreposto na face lateral do fêmur, em direção ao trocanter maior e o braço móvel paralelo
à face lateral da fíbula, em direção ao maléolo lateral. O eixo deve estar fixo sobre a linha
articular da articulação do joelho. Os músculos atuantes na flexão de joelho seriam: isquiotibiais,
semitendinoso, semimembranoso e bíceps femoral.
O movimento de extensão seria o retorno do movimento, os músculos que atuam seriam:
quadríceps femoral (formados pelos músculos vasto medial, vasto lateral, vasto intermédio e reto
femoral).
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
4.4 Tornozelo e Pé
Os ossos que fazem parte do tornozelo são a tíbia, a fíbula e o tálus. Já os do pé são
o tálus, o calcâneo, o cuboide, o cuneiforme intermédio e lateral, os metatarsos e os falanges.
As articulações presentes são: articulação talofibular, talotibial e tibiofibular. As funções do
pé e do tornozelo têm grande importância e impacto em nosso corpo, pois eles permitem que
deambulamos, absorvem os impactos com o solo, liberam energia propulsora na caminhada e na
corrida e servem como base de suporte.
Seu complexo articular compreende o eixo látero lateral (abdução e adução), o eixo
longitudinal (inversão e eversão) e o eixo anteroposterior (dorsiflexão e flexão plantar). São
divididos em retropé (tálus, calcâneo e articulação subtalar), mediopé (ossos do tarso, articulação
tarso transversa e articulações intertársicas distais) e antepé (metatarsos e falanges).
Além disso, há uma funcionalidade gerada através da formação dos arcos plantares
de acordo com os pontos de apoio dos pés, importantes para a distribuição de peso da forma
adequada. Um pé considerado normal apresenta um arco plantar medial, lateral e transversal
que corresponde a movimentos corretos e funcionais. Quando há um desabamento desses arcos,
consideramos um pé plano (pronado), e, quando há uma curvatura excessiva dos arcos, dizemos
que o pé se torna cavo (supinado).
O indivíduo deve estar em sedestação, com o joelho fletido a 90° e o pé em flexão plantar
(observar para que ele não realize a rotação do joelho ou quadril no momento de realizar a
inversão). O braço fixo do goniômetro é alinhado e paralelo sobre a margem anterior da tíbia,
o braço móvel sobre a superfície dorsal do segundo metatarso e o eixo fixo próximo, à nível da
articulação tibiotársica.
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O indivíduo deve estar em sedestação, com o joelho fletido a 90° e o pé em flexão plantar
(observar para que ele não realize rotação do joelho ou quadril no momento de realizar a eversão).
O braço fixo do goniômetro deve estar sobre a margem anterior da tíbia, o braço móvel sobreposto
à superfície dorsal do terceiro metatarso e o eixo fixo próximo, à nível da articulação tibiotársica.
5. ESQUELETO AXIAL
Participam do esqueleto axial a cabeça, a coluna vertebral, o esterno e as costelas e atuam
como intermediadores na transferência e absorção de forças entre os membros superiores e
inferiores. Os ossos da coluna são as vértebras da cervical (C1 à C7), torácica (T1 a T12), lombar
(L1 à L5) e sacral (4 fundidas). A função da coluna é manter o corpo ereto, dar estabilidade para
a cabeça e proteger a medula espinhal.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA
03
DISCIPLINA:
CINESIOLOGIA E CINESIOTERAPIA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................................50
1. POSICIONAMENTO E TRANSFERÊNCIA NO LEITO ............................................................................................. 51
1.1 POSICIONAMENTOS .............................................................................................................................................. 51
1.2 TRANSFERÊNCIAS ................................................................................................................................................54
2. MOBILIZAÇÃO ARTICULAR ....................................................................................................................................55
3. ALONGAMENTOS MUSCULARES...........................................................................................................................57
3.1 BASE NEUROFISIOLÓGICA DE INIBIÇÃO AUTOGÊNICA .......................................................................................58
3.2 BASE NEUROFISIOLÓGICA DE INIBIÇÃO RECÍPROCA .....................................................................................59
4. TREINO DE FORÇA E RESISTÊNCIA À FADIGA..................................................................................................... 61
4.1 EXERCÍCIOS ISOMÉTRICOS..................................................................................................................................63
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4.2 EXERCÍCIOS RESISTIDOS PROGRESSIVOS........................................................................................................63
4.3 EXERCÍCIOS ISOCINÉTICOS ................................................................................................................................63
4.4 EXERCÍCIOS PLIOMÉTRICOS ..............................................................................................................................63
4.5 EXERCÍCIOS DE CADEIA ABERTA E FECHADA ..................................................................................................64
5. CADEIAS DE MOVIMENTOS: ABERTA E FECHADA...............................................................................................65
6. MECANOTERAPIA....................................................................................................................................................66
6.1 BICICLETA ERGOMÉTRICA ..................................................................................................................................66
6.2 ESTEIRA..................................................................................................................................................................66
6.3 MESA DE QUADRÍCEPS OU MESA DE BONET ...................................................................................................66
6.4 EXERCITADOR DE TORNOZELO ...........................................................................................................................66
6.5 ESCADA E RAMPA PROGRESSIVA ......................................................................................................................66
6.6 TÁBUA DE ALONGAMENTO DE TRÍCEPS SURAL...............................................................................................67
6.7 BARRAS PARALELAS ............................................................................................................................................67
6.8 PLATAFORMA DE INVERSÃO E EVERSÃO ..........................................................................................................67
6.9 RODA DE OMBRO OU RODA NÁUTICA................................................................................................................67
6.10 ESCADA DE DEDOS OU ESCALA DIGITAL...........................................................................................................67
6.11 ROLO DE PUNHO...................................................................................................................................................67
6.12 POLIAS ..................................................................................................................................................................67
6.13 BASTÃO..................................................................................................................................................................68
6.14 TRAÇÃO CERVICAL MECÂNICA OU PNEUMÁTICA ..........................................................................................68
6.15 HALTERES..............................................................................................................................................................68
6.16 TORNOZELEIRAS .................................................................................................................................................68
6.17 THERA-BAND E THERA-TUBING ........................................................................................................................68
6.18 DIGIFLEX ...............................................................................................................................................................68
6.19 ESCALA DE LING (ESPALDAR)............................................................................................................................69
6.20 BOLA SUÍÇA ........................................................................................................................................................69
6.21 PRANCHA ORTOSTÁTICA ...................................................................................................................................69
6.22 DISCO (BOLHA) OU TÁBUA PROPRIOCEPTIVA................................................................................................69
6.23 BOSU ....................................................................................................................................................................69
6.24 PRANCHA DE EQUILÍBRIO ................................................................................................................................69
6.25 PRANCHA DE EQUILÍBRIO (BALANCIM)..........................................................................................................70
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6.26 ROLO, CUNHA E SEMI LUA.................................................................................................................................70
6.27 TABLADO E MACA ...............................................................................................................................................70
6.28 STEP E JUMP .....................................................................................................................................................70
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................................................74
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Vimos até a unidade anterior aspectos cinesiológicos importantes que permitem ao aluno
conhecer, através do conjunto musculoesquelético, os movimentos angulares, as funções e grupos
musculares do corpo humano. Transitamos por conceitos, históricos, funcionamento e atividade
muscular que instigam o aluno a ter uma visão macroscópica sobre a funcionalidade e o papel do
corpo humano em seu desempenho de funções importantes, referentes aos membros superiores,
inferiores e a coluna.
Nesta unidade, após compreender o movimento humano e ter noções de avaliação do
sistema motor, no que se refere a amplitude de movimento e força muscular, iremos abordar a
cinesioterapia, que busca através de técnicas e metodologias variadas, proporcionar o conhecimento
de uma série de tratamentos fisioterápicos adequados, a fim de melhorar a qualidade de vida do
paciente, seu desempenho cinético funcional a partir de alterações evidenciadas em elementos
ativos ou passivos dos segmentos corporais.
A cinesioterapia é um conjunto de exercícios terapêuticos que ajudam na reabilitação de
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1.1 Posicionamentos
A cinesioterapia é o tratamento através de cinesias, como a prática de inúmeras atividades
de alongamentos, fortalecimentos, propriocepção, dentre outras atividades. Porém, ressalta-se
que há pacientes impossibilitados de executar essas práticas, pois são acamados, debilitados e
necessitam de cuidados especiais para que se evite ainda mais um agravamento de seu caso clínico,
tal como o aparecimento de úlceras de pressão. O posicionamento se dá em um leito, cadeira de
rodas e apresenta o intento principal de viabilizar ao paciente uma melhora de sua qualidade de
vida, das intervenções feitas para com ele e consequentemente beneficiar, até mesmo, o cuidador.
O indicado é que se faça as mudanças de posições a cada 2 horas.
Figura 1 – Mudança de decúbitos sugerida. Fonte: Pachá (2018). CINESIOLOGIA E CINESIOTERAPIA | UNIDADE 3
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As úlceras de pressão, também denominadas de escaras, são feridas que surgem oriundas
da falta de oxigenação na pele por compressão prolongada. Além do mais, há regiões/zonas no
corpo que sofrem maior pressão quando em sedestação ou em decúbito e isso, por um tempo
prolongado, pode promover o desenvolvimento das úlceras de pressão. São sinais de surgimento
de uma úlcera de pressão: temperatura elevada, vermelhidão e alteração de sensibilidade.
Outrossim, os pontos de maior surgimento das úlceras de pressão em decúbito ventral (DV)
são na localidade do queixo, joelho e pré tibial e, em decúbito dorsal (DV), na região occipital,
escapular, dorsal, cotovelo, sacro e calcâneo. Em sedestação, na área isquiática. No decúbito lateral
(DL), nas cristas ilíacas, trocânter e maléolo.
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1 2
5 6
Figura 4 – 1. decúbito dorsal (DS); 2. decúbito semidorsal D/E; 3. decúbito lateral (DL) D/E; 4. decúbito
ventral (DV); 5. decúbito semiventral D/E; 6. Fowler e 7. Trendelenburg. Fonte: Silva (2008).
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1.2 Transferências
As transferências são as ações de tirar um indivíduo de um ponto e colocá-lo em outro.
Três coisas são importantes na transferência: a avaliação da condição e do preparo do paciente,
a preparação do ambiente e dos equipamentos e o preparo da equipe. Em outras palavras, para a
transferência é necessário avaliar as condições físicas da pessoa que será movimentada (analisar
se o paciente é dependente ou independente, se precisará de ajuda ou não – caso tenha uma
independência, estimular o paciente), a capacidade de colaborar, transporte ativo ou passivo,
e observar soros, sondas e outros equipamentos, quando em ambiente hospitalar. Também é
essencial examinar o local e remover os obstáculos, obter condições seguras com relação ao piso,
colocar, se necessário, o suporte de soro ao lado da cama, elevar ou abaixar a altura da cama, para
que se nivele com a maca (se possível) e fazer o travamento de rodas da maca, cadeiras de rodas
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2. MOBILIZAÇÃO ARTICULAR
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Figura 5 – Mobilizações passivas, ativas livres, resistidas e assistidas. Fonte: Kisner e Colby (2015).
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3. ALONGAMENTOS MUSCULARES
Outrossim, todas as vezes que for avaliada a flexibilidade, terá que ser executada a medição
da ADM através da goniometria, a qual é um método quantitativo de análise, por meio de uma
padronização das técnicas.
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Figura 6 – Base Neurofisiológica do alongamento baseado na inibição autogênica. Fonte: Andrews (2005).
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Ressalta-se que ainda existem alguns fatores que podem determinar o nível de força,
resistência à fadiga e potência muscular, bem como o tamanho do músculo, no qual a força
muscular é proporcional ao diâmetro da secção transversal das fibras musculares. Quanto maior o
diâmetro, mais forte é. Mais diâmetro equivale a hipertrofia e a atrofia equivale a menos diâmetro.
O número de fibras também é determinante, visto que a força é uma função do número de
diâmetros das fibras e essa quantidade é uma característica herdada. A eficiência neuromuscular
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6. MECANOTERAPIA
6.2 Esteira
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6.12 Polias
Sistema de polias presas à parede (com pesos ou molas), em que oferece resistência física
para o indivíduo. Muito indicada para fortalecimento e reorganização estrutural (lesões, desvios
posturais e outras ocorrências).
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6.13 Bastão
É um recurso simples e muito usado em todas as áreas da fisioterapia. Seu uso depende
muito da criatividade do terapeuta para com o caso clínico do paciente e pode ser utilizado para
ganho de ADM, propriocepção, fortalecimento, alterações posturais, déficits respiratórios e
outras situações.
6.15 Halteres
6.16 Tornozeleiras
São umas faixas contendo pesos presos com velcro e podem ser aplicadas tanto para
fortalecimento de membros superiores, quanto para membros inferiores. Muito indicada para
treinos de resistência e para fortalecimento.
6.18 Digiflex
É um material em acrílico, que possui 5 cores para cada dispositivo, estes são utilizados
gradualmente para acrescer a resistência. São muito usados para os músculos flexores e
adutores dos dedos e para ganho de ADM, das articulações metacarpo falangeanas (MTC) e
interfalangeanas (IF).
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6.23 Bosu
É uma semicircunferência, na qual se tem uma extremidade rígida, de plástico duro, e em
outra uma semibola suíça, de borracha (instável). Esse é um equipamento que pode ser utilizado
de diferentes formas e momentos da reabilitação, variando conforme o paciente, seu caso clínico
e a criatividade do terapeuta. Muito indicado para a propriocepção, equilíbrio, fortalecimento e
ganho de ADM.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA
04
DISCIPLINA:
CINESIOLOGIA E CINESIOTERAPIA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................................77
1. PROPRIOCEPÇÃO.....................................................................................................................................................78
2. MÉTODO KLAPP.......................................................................................................................................................80
2.1 EXERCÍCIOS............................................................................................................................................................80
3. SÉRIE DE WILLIAMS...............................................................................................................................................82
3.1 EXERCÍCIOS............................................................................................................................................................82
4. REEDUCAÇÃO POSTURAL GLOBAL (RPG)............................................................................................................84
4.1 EXERCÍCIOS............................................................................................................................................................84
5. MÉTODO PILATES....................................................................................................................................................86
5.1 EXERCÍCIOS............................................................................................................................................................87
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6. ISOSTRETCHING......................................................................................................................................................88
6.1 EXERCÍCIOS ...........................................................................................................................................................89
7. BOLA SUÍÇA............................................................................................................................................................... 91
7.1 EXERCÍCIOS ............................................................................................................................................................ 91
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................................................93
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INTRODUÇÃO
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
1. PROPRIOCEPÇÃO
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2. MÉTODO KLAPP
O pediatra alemão Rudolph Klapp realizou um estudo dos animais e pôde averiguar
que os quadrúpedes não apresentavam escoliose, no entanto, os seres humanos, como adotam a
postura bípede, com a ação da gravidade acabam desenvolvendo essa patologia. Esse método é
composto por alongamentos e fortalecimentos de toda musculatura do tronco através de posições
que são adotadas em quatros apoios.
Tem-se como princípio a disposição da coluna vertebral estando paralela ao solo, onde
ocorre a distribuição desta ação gravitacional. Além disso, na posição quadrúpede há uma
facilitação da mobilidade lateral da coluna vertebral do indivíduo.
2.1 Exercícios
• 1. Engatinhar perto do chão: paciente estará apoiado sobre os cotovelos a 90º, onde
suas mãos e dedos estarão direcionados à frente, e deixará sua cabeça erguida, quadril
e joelhos posicionados a 90º. Em seguida, o paciente irá executar movimentos tanto de
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3. SÉRIE DE WILLIAMS
A série de Williams é composta por 10 exercícios ativos progressivos, que serão executados
baseados no progresso do tratamento. Observa-se que cada série tem a duração de 5 a 20 segundos,
o paciente não terá descanso e a dor do paciente deve ser respeitada.
O objetivo dessa série é a realização de alongamentos que estabilizará a região toracolombar
ao realizar movimentos voluntários de flexão dos membros inferiores sobre o abdome.
Os exercícios de flexão de Williams são bastante utilizados para o tratamento de grande
variedade de problemas lombares e, em geral, visam o fortalecimento dos músculos abdominais,
glúteos e o alongamento da cadeia posterior.
Suas indicações são para lombalgia idiopática, lombociatalgia, lombossacralgia, hérnia
de disco e artrose. As contraindicações são: gestantes, osteoporose, fraturas recentes, placas,
parafusos e fios utilizados em cirurgias da coluna.
3.1 Exercícios
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• Posição 8: O paciente estará em decúbito dorsal, o terapeuta irá solicitar que o paciente
faça um abdominal na diagonal, levando a mão em direção ao lado externo do joelho
contralateral, conforme vai realizando o abdominal; em seguida faz a alternância do lado.
• Posição 9: O paciente estará em ortostatismo, com seus calcanhares encostados na parede
e pés unidos, o terapeuta irá solicitar uma flexão de quadril e joelho, abdução e rotação
externa de quadril, e, por fim, irá retornar à posição inicial.
• Posição 10: O paciente estará em ortostatismo, irá flexionar o joelho até a coluna lombar
encostar na parede, onde irá ocorrer uma retificação da coluna lombar. No mesmo
momento em que realiza o exercício, o paciente irá exercer uma força contra a parede.
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A Reeducação Postural Global tem sua origem na França, com um trabalho desenvolvido
inicialmente por Madame Meziere. Em 1980, Phillippe Souchard começou a desenvolver
pesquisas no campo da anatomia, fisioterapia e biomecânica, juntamente com Leopold Busquet,
Marcel Bienfait, desenvolvendo os conceitos de cadeias musculares.
O RPG consiste em um método de terapia manual que é direcionado a abordar os
problemas que prejudicam o sistema musculoesquelético. É caracterizado por ser uma terapia
holística, na qual se faz o uso de posturas de tratamento de forma geral e progressiva. Tem-se como
finalidade fazer a correção de deformidades, controle de compensações e reduzir o quadro álgico.
Observa-se que a realização dos exercícios se dá de forma ativa, lenta e progressiva, respeitando o
limite de dor do paciente. A Reeducação Postural Global tem como princípios a individualidade,
globalidade e causalidade.
Durante cada sessão, o fisioterapeuta emprega micro ajustes em alongamento em uma
série de posturas suaves e progressivas (de pé, sentado ou deitado), respeitando os limites do
paciente devido ao quadro de lesões musculares, sendo que o paciente realiza as posturas sempre
com a assistência permanente do terapeuta.
4.1 Exercícios
• Postura de ângulo aberto deitado: o paciente ficará em decúbito dorsal, onde sua cervical
e ombros estão alinhados, membros inferiores em rotação externa (RE) com pés apoiados
sola a sola e a lombar do paciente deve estar encostada na maca. O terapeuta irá estabilizar
a região cervical e irá realizar um trabalho de respiração relaxante, pressionando a mão
contra o tórax. Observa-se que o terapeuta busca a evolução do paciente caso não haja
relatos de algias e não ocorra compensações.
• Evolução da postura: o paciente ficará em decúbito dorsal, com a cabeça alinhada ao
centro, ombros alinhados, membros inferiores elevados, em rotação externa (RE) com os
calcanhares apoiados e sacro apoiado na maca. O terapeuta irá estabilizar a região cervical
e irá realizar um trabalho de respiração relaxante, pressionando a mão contra o tórax.
Quando o paciente estiver sem a presença de um quadro álgico e sem compensações, o
terapeuta busca a evolução da postura, onde realiza um trabalho até o paciente conseguir
estender seus membros inferiores, sem perder o apoio lombar e cervical.
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• Postura de ângulo aberto sentado: o paciente ficará com a coluna ereta, sentado sobre
os ísquios, ombros posicionados e pouco abduzidos, respeitando a posição anatômica,
posição de membros inferiores com RE, com pés apoiados – sola a sola – e sacro apoiado
na maca. O terapeuta apoia na região cervical, ajudando no crescimento e conduzindo-o
através de uma respiração relaxante. Com o paciente sem dor e sem compensações buscar
a evolução da postura.
• Evolução da postura sentada: conforme o paciente evolua para extensão de joelhos
acima de 90 graus, deve-se fazer a dorsiflexão, calcanhar-calcanhar, cabeça alinhada ao
centro, ombros posicionados, respeitando a posição anatômica, posição de MMII (RE,
dorsi e calcanhar-calcanhar), estabiliza a região cervical e trabalha respiração relaxante,
pressionando a mão contra o tórax. Cuidar do paciente para sempre apoiar sobre os
ísquios e, com o paciente sem dor e sem compensações, buscar a evolução da postura até
estender os membros inferiores.
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5. MÉTODO PILATES
O método Pilates foi criado por Joseph Hubertus Pilates, nascido na Alemanha no ano
de 1880. Na sua juventude, estudou anatomia, fisiologia humana e medicina oriental. Com
isso, desenvolveu aparelhos rústicos criados por ele. Fundou seu primeiro Estúdio em Nova
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5.1 Exercícios
• Exercício 1 – Roll up (Rolando para cima): o paciente fica em decúbito dorsal, realizando
abdominal com as pernas esticadas, com a ajuda dos braços para fortalecer o reto
abdominal e oblíquo externo, alongando a cadeia posterior e mobilizando a coluna.
• Exercício 2 – One Leg Up-Down (Uma perna para cima e para baixo): o paciente fica
em decúbito dorsal, realiza flexão de quadril, levando a perna para cima e para baixo,
Figura 8 – Uma perna para cima e para baixo. Fonte: Acervo pessoal do autor.
• Exercício 3 – Single Leg Stretch (Alongamento com uma perna): o paciente fica em
decúbito dorsal, realizando uma flexão de quadril e o joelho a 90°, tentando alcançar sua
perna com as mãos, alongando os glúteos e coluna lombar, fortalecendo a musculatura
abdominal.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Essa técnica apresenta inúmeros exercícios voltados para trabalhos posturais, melhora do
alongamento muscular, fortalecimento de grupos musculares diversos, melhora proprioceptiva e
equilíbrio do corpo com a mente.
6. ISOSTRETCHING
O método Isostretching originou-se na França, em 1974, criado por Bernard Redondo. Este
método é adaptável para qualquer idade, sendo um tratamento global caracterizado por aspectos
corretivos, educativos, preventivos, flexibilizantes, tonificantes e não traumatizantes, além de ser
considerado um método postural, pois os exercícios são executados em uma posição vertebral
correta, sendo posturas deitadas, sentadas, em pé e em dupla; global, pois o corpo trabalha de
forma geral; e ereto, pois solicita um auto crescimento da coluna vertebral.
A palavra Isostretching deriva de Iso, que é uma abreviação de isometria, e stretching, que
significa estiramento ou alongamento. Também é considerada como cinesioterapia do equilíbrio,
ginástica postural ou de manutenção.
Os princípios do método isostretching são: fortalecimento, alongamento, auto crescimento,
respiração e propriocepção. Tem como benefícios a redução de quadros álgicos, aumento da
flexibilidade, melhoras nas alterações posturais, aumento da capacidade respiratória, melhora da
forma física e manutenção da massa muscular.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Os exercícios realizados neste método podem ser simétricos com três, seis ou 9 repetições
e assimétricos com dois, quatro ou oito repetições, sendo sua sequência: uma vez para aprender
o movimento, duas vezes para corrigir o movimento e três vezes para executar o movimento da
melhor maneira. Sendo o tempo de permanência da postura de auto crescimento pelo tempo de
expiração do indivíduo, podendo ser de 6 a 10 segundos.
Como característica da execução, o posicionamento pélvico é considerado a chave para
o início das posturas e ele depende de qual posicionamento será escolhido para início da prática.
A pelve encontra-se em retroversão nas posições deitadas e em pé e em anteroversão na postura
sentada.
6.1 Exercícios
• Exercício 1: Adução de escápula - o paciente ficará em ortostatismo e realizará uma
rotação externa de ombro e fará o encaixe do quadril.
• Exercício 2: Elevação de um membro ao mesmo nível do tronco - realizar uma extensão
de joelho, jogando o tronco anteriormente, elevando um membro superior no mesmo
nível do tronco, realizando uma contração de flexores do ombro e extensores de cotovelo
e punho.
• Exercício 3: Fortalecimento de psoas - o paciente fica em ortostatismo, com os dois
braços para frente e uma perna elevada com flexão de quadril e joelho a 90°, realizando
contração de peitoral e quadríceps.
• Exercício 4: Contração abdominal - o paciente fica em ortostatismo, realiza uma abdução
de ombro e extensão de punho, fazendo uma contração interescapular.
• Exercício 5: Autocrescimento - o paciente fica em ortostatismo, com uma perna na frente
em semiflexão e outra atrás totalmente estendida, realizando uma breve anteriorização
do tronco com os braços para cima, fazendo um alongamento de gastrocnêmio/sóleo e
contração do quadríceps.
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É indicado para pessoas que obtêm algias musculares e vertebrais crônicas, alterações
posturais, tendinites crônicas, período pós-gestacional, estética corporal, retrações musculares
e melhora da propriocepção corporal e equilíbrio. É contraindicado para pessoas hipertensas
descontroladas, cardiopatas descompensados, algias musculares e vertebrais agudas, gestantes e
hiperalgias.
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7. BOLA SUÍÇA
Criada nos anos 60, na Suíça, era inicialmente usada por fisioterapeutas no tratamento
de problemas ortopédicos, em programas preventivos e corretivos posturais e na reabilitação
de lesões, para aumentar a consciência somática e encorajar o desenvolvimento neurológico e
pediátrico.
Os exercícios realizados na bola têm que ocorrer em um espaço firme e antiderrapante, o
paciente deve estar com calçado apropriado e a bola sendo higienizada após sua utilização.
Inúmeros são os benefícios da utilização da bola suíça, principalmente por tratar-se de
uma superfície instável que agrega consciência corporal e permite ao indivíduo uma série de
bons tratamentos, baseados na força, alongamento, dissociação de cinturas pélvica e escapular,
melhora proprioceptiva, postural, além de se tratar de atividades desafiadoras que instigam o
paciente a se desempenhar cada vez melhor.
Suas maiores contra indicações estão relacionadas a dor aguda, amputações, pacientes
pós cirúrgicos que fazem uso de medicação intravenosa. Exigem cuidados quando aplicadas em
pacientes pediátricos e geriátricos, que necessitam de uma supervisão individual para não correr
risco de acidentes.
Sua gama de exercícios é imensa e não há possibilidade de falar sobre todos eles, portanto,
7.1 Exercícios
• Exercício 1: Quicar na bola - o paciente ficará sentado na bola e o terapeuta irá solicitar
ao paciente para quicar na bola de forma leve inicialmente e depois evoluir até desencostar
o bumbum da bola, fazendo com que melhore sua propriocepção e equilíbrio.
• Exercício 2: Sentado no solo - o paciente fica sentado com a bola entre as pernas e
realiza adução comprimindo a bola, melhorando o seu fortalecimento de adutores e
propriocepção.
• Exercício 3: Deitado no solo - o paciente fica em decúbito dorsal no chão, com os
membros inferiores na bola, realizando a ponte com os braços estendidos ao longo do
corpo, melhorando sua propriocepção e fortalecimento de isquiotibiais e glúteos.
• Exercício 4: Ortostatismo no solo - o paciente fica em ortostatismo, com a bola encostada
na lombar, o terapeuta deve solicitar que ele faça agachamento isométrico ou isotônico,
melhorando a propriocepção, equilíbrio e fortalecimento de quadríceps.
• Exercício 5: Alongamento de rotadores internos - o paciente fica em decúbito dorsal
e o terapeuta solicita o cruzamento da perna a ser alongada sobre a outra (em rotação
externa), fazendo com que melhore sua flexibilidade de glúteos e piriforme.
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