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APOSTILA PPRA Nova

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PROGRAMA

DE
PREVENÇÃO
DE
RISCOS
AMBIENTAIS

Abril/2008
1 - BASE
1.3.1. Capa
1.3.2. Índice

1.3.3. Introdução

1.3.4. Objetivo

1.3.5. Identificação da empresa

1.3.6. Atividades da empresa

1.3.7. Atividades dos trabalhadores

2 - RISCOS AMBIENTAIS

2.1 Agentes físicos

2.2 Agentes químicos

2.3 Agentes biológicos

3 - POLÍTICA DE SEGURANÇA

4 - METAS E OBJETIVOS

5 - PRIORIDADES

6 - ESTRATÉGIAS E METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO

7 - ESTRUTURA DO PPRA

7.1 - Desenvolvimento do PPRA

7.2 - Antecipação, reconhecimento e avaliação do riscos ambientais

7.2.1 - Antecipação

7.2.2 - Reconhecimento

7.3 - TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO DOS AGENTES AMBIENTAIS

8 - CONTROLE DOS RISCOS AMBIENTAIS

8.1 - Medida de Proteção Coletiva

8.2 - Outras Medidas de Controle

8.3 - Equipamento de Proteção Individual — EPI

9 - RESPONSABILIDADES DO P.P.R.A.

9.1 - Cabe ao empregador:


9.2 - Cabe aos trabalhadores
9.3 - Cabe ao serviço especializado em engenharia de segurança e medicina do trabalho
9.4 - Cabe ao responsável pela elaboração do ppra
9.5 - Cabe ao responsável pelo desenvolvimento do ppra

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1 - MODELO PADRÃO DE DOCUMENTO BASE
Apresentamos a seguir um modelo padrão de Documento Base, que poderá ser reduzido
ou ampliado de acordo com os riscos, número de empregados e setores de trabalho
existentes no estabelecimento no qual se está realizando o PPRA.
1.3.1. Capa
Deverá ser utilizada a folha de papel timbrado da empresa ou do profissional que estiver
realizando o trabalho, contendo o título "Programa de Prevenção de Riscos Ambientais", o
nome da empresa ou estabelecimento onde foi realizado o trabalho e a data da sua
conclusão, que passará a ser a data do Documento Base.
1.3.2. Índice
O índice deve figurar em uma folha própria, contendo o detalhamento do PPRA e as
respectivas páginas onde se encontram os assuntos.

1.3.3. Introdução
Sugerimos o seguinte texto para este item: Em 29 de dezembro de 1994, a Portaria n. 25
aprovou o texto da Norma Regulamentadora NR-9 que estabelece a obrigatoriedade da
elaboração e implantação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam
trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais —
PPRA.
O PPRA está descrito nesse Documento Base que contém os aspectos estruturais do
programa, a estratégia e metodologia de ação, forma de registro, manutenção e divulgação
dos dados, bem como a periodicidade e a forma de avaliação do desenvolvimento do
programa e o planejamento anual com o estabelecimento das metas a serem cumpridas com
os prazos para sua implantação conforme o cronograma anual.
Devendo estar indicadas as interfaces com outros Programas, tais como: Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional — PCMSO, Programa de Proteção Respiratória —
PPR, Programa de Controle de Ruído Ocupacional — PCRO e Programa de Prevenção de
Riscos Ergonômicos — PPRE.
O PPRA constitui-se numa ferramenta de extrema importância para segurança e saúde
dos empregados, proporcionando identificar as medidas de proteção do trabalhador a serem
implementadas, servindo também de base para a elaboração do Programa de Controle
Médico e Saúde Ocupacional — PCMSO, previsto na Norma Regulamentadora NR-7.

1.3.4. Objetivo
Sugerimos o seguinte texto para este item: O PPRA tem como objetivo a preservação da
saúde e a integridade física dos trabalhadores, através do desenvolvimento das etapas de
antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüentemente o controle da ocorrência de
riscos ambientais existentes ou que venham a existir nos locais de trabalho, levando-se
sempre em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa, no campo


da preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores, estando articulado com o
disposto nas demais Normas Regulamentadoras.
Tem ainda o objetivo de atenderas obrigatoriedades legais, previstas nas normas
específicas.

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1.3.5. Identificação da empresa
Sugerimos os item abaixo como informações necessárias para a identificação do
estabelecimento onde se realiza o PPRA.
Razão Social:
CNPJ N°:
C.N.A.E:
Atividade Principal:
Grupo:
Subgrupo:
Grau de Risco:
Endereço Completo:
Telefone:
Horário de Funcionamento da Empresa:
Jornada Diária:
Data do levantamento de campo:
Responsável pela Inspeção:
Número de Empregados:
Empregados Afastados;
Empregados Readaptados;

1.3.6. Atividades da empresa


Descrever neste item, de forma sucinta, como as atividades ocorrem no
estabelecimento e quais são os seus processos de trabalho.
Exemplo de texto: "A empresa, objeto deste PPRA, desenvolve atividades de produção
de cosméticos, estando instalada em uma edificação industrial".

1.3.7. Atividades dos trabalhadores


Descrever neste item, de forma sucinta e no infinitivo, as atividades dos trabalhadores,
observando-se o cargo / função. Descrever também o ambiente de trabalho, os risco de
exposição e as medidas de segurança.

2 - RISCOS AMBIENTAIS
Para efeito da NR-9, item 9.1.5, que trata do PPRA, são considerados riscos ambientais
os agentes físicos, químicos e biológicos que, em função de sua natureza, concentração ou
intensidade e tempo de exposição, forem capazes de causar dano à saúde do trabalhador.

2.1 - Agentes físicos


São as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores.
Devem ser considerados, durante as avaliações, os agentes físicos que se apresentam nas
seguintes formas de energia:

Ruído; Vibração; Pressões Anormais; Sobrecarga Termica; Frio; Radiações lonizantes;


Radiação Não lonizantes; Umidade.

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2.2 - Agentes químicos
São substâncias compostas ou produtos que possam penetrar no organismo pela via
respiratória, ou pela natureza da atividade de exposição possam ter contato através da pele
ou serem absorvidos pelo organismo por ingestão: Poeiras; Fumos; Névoas; Neblina; Gases
e Vapores.

2.3 - Agentes biológicos


São os seguintes agentes biológicos, que se apresentam nas formas de
microorganismos e parasitas infecciosos vivos e suas toxinas, tais como: Bactérias; Fungos;
Bacilos; Parasitas; Protozoários e Vírus, entre outros.

3 - POLÍTICA DE SEGURANÇA

Os esforços da empresa convergem pela busca e manutenção de ambientes de


trabalho salubres, utilizando os meios disponíveis no mercado para inibir ou minimizar os
agentes nocivos potenciais presentes no ambiente de trabalho.

4 - METAS E OBJETIVOS

O objetivo fundamental do programa é a preservação da saúde e da integridade física


dos trabalhadores, através da antecipação, do reconhecimento, da avaliação e do
conseqüente controle dos riscos presentes e/ou potenciais existentes no ambiente de
trabalho, ampliando tal consideração ao meio ambiente e aos recursos naturais.
Informar aos trabalhadores sobre os riscos aos quais estão expostos no desempenho
das suas atividades.

5 - PRIORIDADES

As prioridades serão definidas por ordem técnica e econômica. A prioridade econômica


será em função da capacidade e disponibilidade de recursos.
A Prioridade Técnica levará em consideração as condições de risco Trivial, Tolerável,
Moderado Substâncial e Intolerável.

GRAU DE RISCO SIGNIFICADO


Fatores do ambiente ou elementos materiais que não constituem nem
um incômodo, nem um risco para a saúde ou integridade física do
TRIVIAL
trabalhador.
Fatores do ambiente ou elementos materiais que constituem um
incômodo, sem ser uma fonte risco para a saúde ou integridade física do
TOLERÁVEL
trabalhador.
Fatores do ambiente ou elementos materiais que constituem um
incômodo podendo ser de baixo risco para a saúde ou integridade física
MODERADO
do trabalhador.
Fatores do ambiente ou elementos materiais que constituem um risco
para a saúde ou integridade física do trabalhador, cujos valores ou
SUBSTANCIAL
importâncias estão notavelmente próximos dos limites regulares.
Fatores do ambiente ou elementos materiais que constituem um risco
para a saúde ou integridade física do trabalhador, com uma
INTOLERÁVEL
probabilidade de acidente ou doença elevada.

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INDICE DE GRAVIDADE DO DANO
INDICE DE
PROBABILIDADE 01 02 03 04
DE OCORRÊNCIA
DO DANO

01 RISCO TRIVIAL RISCO RISCO RISCO


TOLERÁVEL TOLERÁVEL MODERADO

02 RISCO RISCO RISCO RISCO


TOLERÁVEL TOLERÁVEL MODERADO SUBSTANCIAL

03 RISCO RISCO RISCO RISCO


TOLERÁVEL MODERADO SUBSTANCIAL SUBSTANCIAL

04 RISCO RISCO RISCO RISCO


MODERADO SUBSTÂNCIAL SUBSTANCIAL INTOLERÁVEL

CRITÉRIOS PARA IMPLEMENTAÇÃO DE MEDIDAS PREVENTIVAS OU CONTROLE

ESTIMATIVA AVALIAÇÃO QUANTITATIVA MEDIDA DE PREVENÇÃO OU CONTROLE


DO RISCO
NECESSIDADE PRIORIDADE NECESSIDADE PRIORIDADE
TRIVIAL Não é necessária --------------------- Não é necessária -------------
Necessária Manter medidas
somente para existentes. ALTA
comprovar a
TOLERÁVEL eficácia das BAIXA
medidas de Melhorar as medidas
controle, ou existentes somente se isto BAIXA
eventual para fins apresentar vantagens
de documentação econômicas
Necessária para ALTA para Manter as medidas de
avaliar a eficácia agentes de controle ALTA
MODERADO das medidas de gravidade 04,
controle e MÉDIA para 03 e Melhorar as medidas
documentar a 02 e BAIXA para existentes, se isto for MÉDIA
exposição 1 viável
Necessária para Necessária a implantação
melhor estimar a ALTA de medidas de controle ou ALTA
exposição e o risco a melhoria das medidas
Não é necessária existentes
para decidir pela --------
SUBSTANCIAL adoção ou melhoria
de medidas de
controle
Necessária O trabalho deve ser AÇÃO
somente quando há ALTA interrompido até a adoção IMEDIATA OU
INTOLERÁVEL exigências legais de alguma medida, no INTERRUPÇÃO
(Ex. Fins mínimo em caráter DO TRABALHO
previdenciários) emergencial

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6 - ESTRATÉGIAS E METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO
A estratégia e a respectiva forma de atuação dos profissionais envolvidos na elaboração
do PPRA deverão ser desenvolvidas por meio de reuniões de planejamento, confrontação de
relatos e dos dados das avaliações ambientais realizadas.
Na metodologia de avaliação dos agentes ambientais, quando necessárias, deverão ser
utilizadas as normas da Fundacentro e da ABNT usadas em Higiene do Trabalho.
A priorização de avaliações quantitativas para os contaminantes atmosféricos e agentes
físicos do ponto de vista do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais pode ser definida
conforme a tabela abaixo, partindo-se sempre do nível do Grau de Risco identificado para a
definição da prioridade das avaliações quantitativas a serem realizadas.

7 - ESTRUTURA DO PPRA
O PPRA descrito no Documento Base deve conter os aspectos estruturais do
programa, tais como: o planejamento anual com o estabelecimento das metas a serem
cumpridas e com os prazos para a sua implantação; a estratégia e a metodologia de ação; a
forma de registro; manutenção e divulgação dos dados, bem como a periodicidade e forma de
avaliação do seu desenvolvimento.
7.1 - Desenvolvimento do PPRA
O PPRA deve ser elaborado com base no desenvolvimento das etapas que seguem um
programa de Higiene Ocupacional, que consiste em antecipação, reconhecimento, avaliação,
monitoramento e controle dos riscos ambientais existentes no ambiente de trabalho.
A amplitude e a complexidade do PPRA dependerá da identificação dos riscos
ambientais encontrados na fase da antecipação ou do reconhecimento. Caso não sejam
identificados riscos ambientais, o PPRA se resumirá à fase de antecipação dos riscos,
registro e divulgação dos dados encontrados.

7.2 - Antecipação, reconhecimento e avaliação dos riscos ambientais.


7.2.1 - Antecipação
Esta etapa envolve a análise de novos projetos, instalações, produtos, métodos ou
processos de trabalho ou modificação das já existentes.

O objetivo é a identificação dos riscos potenciais e a introdução das medidas de controle


necessárias, antecipando-se a exposição ao risco ambiental.
Para Antecipação dos Riscos deve ser formado um Grupo (multidisciplinar:
engenharia/produção/manutenção/medicina/projeto) para analisar os novos Projetos ou os de
alteração de processos ou ambientes de trabalho já existentes.
Uma das sugestões é visitar empresas para conhecimento de projetos similares já
implantados — Benchmarketing. Outra abordagem é inserir no Documento Base, barreiras
técnicas explícitas, como, por exemplo: Qualquer equipamento a ser adquirido não pode ter
um Nível de Pressão Sonora acima de 80 D.B. (A); ou nenhum produto químico pode ser
utilizado na empresa sem que tenha sido estudado e avaliado o seu potencial de risco, para
se ter uma idéia do perigo que ele representa.

7.2.2 - Reconhecimento
Esta etapa envolve a identificação qualitativa e a explicitação dos riscos existentes nos
ambientes de trabalho. As informações necessárias nesta etapa são:

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A determinação e localização das possíveis fontes geradoras, trajetórias e meios de
propagação, caracterização das atividades e do tipo de exposição, identificação das funções
e determinação do número de trabalhadores expostos ao risco.
A obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento
da saúde decorrente do trabalho, possíveis danos à saúde relacionados aos riscos
identificados estão disponíveis na literatura técnica.
A descrição das medidas de controle já existentes na empresa e das possíveis
alterações para aumentar a eficiência na redução ou na eliminação dos riscos ambientais e
também as informações obtidas constam nos seguintes documentos:
— Mapa de Riscos Ambientais.
— Levantamento de Riscos nos Postos de Trabalho.
— Análise Preliminar de Riscos — APR.
— Dados Médicos Ocupacionais (Histórico de Doença).
— Ata de Reunião da CIPA.

Nota: "NR-9, item 9.1.2.1 — Quando não forem identificados riscos ambientais nas fases
de antecipação e reconhecimento, descritas no item 9.3.2 e 9.3.3, o PPRA poderá resumir-se
às etapas previstas nas alíneas "a" (antecipação e reconhecimento dos riscos) e "f" (registro
e divulgação dos

7.3 - Avaliação dos agentes ambientais


Riscos ambientais são os agentes Físicos, Químicos e Biológicos existentes nos
ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo
de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
A análise do ambiente tem por finalidade principal orientar o empregador em como
atingir a meta principal do PPRA, qual seja, a eliminação, neutralização ou controle dos
possíveis riscos de lesões e da preservação da integridade física, que possam estar expostos
os trabalhadores durante a execução de suas atividades.
A principal intenção na elaboração do PPRA é fornecer informações quanto ao controle
das exposições ocupacionais aos riscos ambientais inerentes ao processo produtivo, a fim de
avaliarmos a eficácia das medidas preventivas e corretivas programadas no Cronograma de
Ações do Programa.
Como previsto no Documento Base do PPRA, a avaliação deverá se dar através da
avaliação dos riscos dos postos de trabalho e das funções desempenhadas, fornecendo as
informações detalhadas necessárias sobre a exposição dos trabalhadores.
As avaliações e análises devem sempre estar embasadas preferencialmente nos
textos legais específicos, nas Normas Técnicas nacionais e quando aplicável em Normas
Técnicas Internacionais.
Para atender o previsto no item 15.6, da NR-15, o profissional que estiver realizando as
avaliações deve descrever a técnica e a aparelhagem utilizadas, seguindo as orientações do
Decreto n. 3.311, de 29.11.89, do MTE, evendo do laudo técnico constar de forma mínima os
seguintes itens:
a) Identificação da empresa;
b) Identificação do local;
c) Descrição do ambiente de trabalho;
d) Análise qualitativa de todas as funções, o processo produtivo, os riscos ambientais
existentes e os tempos de exposição dos trabalhadores a estes agentes;
e) Análise quantitativa das exposições aos riscos ambientais existentes;
f) Conclusão embasada em fundamentos legais e científicos;
g) Recomendações técnicas para a melhoria dos ambientes ou atividades consideradas
de risco.
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O profissional que estiver realizando as avaliações deve ser capaz de perceber e avaliar
a intensidade dos elementos de risco existentes no ambiente de trabalho ou nas etapas de
processo produtivo.
Durante a etapa de avaliação quantitativa, deve ser dada atenção especial à essência do
risco e ao tempo de exposição. A técnica adotada deve constar, por extenso, de forma clara e
definitiva, no corpo do Laudo. Já a interpretação e conseqüente análise dos resultados devem
estar estritamente de acordo com as Normas Regulamentadoras.
O tempo de exposição a determinado risco ambiental sem proteção adequada é obtido
multiplicado-se o número de vezes que esta exposição ocorre ao longo da jornada de
trabalho pelo tempo gasto na realização da tarefa.
Esta eventualidade ou redução do tempo de exposição traduz uma medida de proteção
individual aceita internacionalmente, sendo que a Portaria MTE n. 3311/89 é conclusiva ao
afirmar que a eventualidade não caracteriza a exposição do trabalhador, resguardando os
limites de tolerância estipulados para o risco grave e eminente.

8 - CONTROLE DOS RISCOS AMBIENTAIS

O controle dos riscos ambientais envolve a adoção de medidas necessárias e suficientes


para a eliminação ou redução dos riscos ambientais.
As medidas preventivas serão obrigatórias sempre que, for atingido o nível de ação,
incluindo o monitoramento periódico, informação aos trabalhadores e o controle médico.
O PPRA será de abrangência e profundidade gradual às características dos riscos e das
necessidades de controle, sendo que, nos locais onde não sejam identificados riscos, se
limitará ao registro e divulgação dos dados coletados em campo.
Quando detectada alguma exposição à saúde dos empregados, será comunicado ao
Médico do Trabalho coordenador do PCMSO, para as devidas providências. Da mesma
forma, toda vez que houver suspeita médica com relação à exposição ambiental, o Médico do
Trabalho responsável pelo PCMSO, acionará o técnico responsável pelo PPRA, para as
avaliações e sugestões de controles necessários à eliminação, redução a níveis toleráveis de
exposição e/ou aplicação de medidas de proteção aos empregados.

Deverão ainda ser propostas as medidas necessárias e suficientes para a eliminação,


minimização ou controle dos riscos ambientais sempre que for verificada uma ou mais das
seguintes situações:
— Riscos potenciais na fase de antecipação;
— Quando forem constatados riscos evidentes à saúde na fase de reconhecimento;
— Quando os resultados das avaliações quantitativas forem superiores aos valores
limites previstos na NR-15 ou na ACGIH (Amerícan Conference of Governmental
Industrial Hygienists);
— Quando, após a avaliação quantitativa dos agentes, for constatada exposição acima
dos Níveis de ação, quais sejam; para agentes químicos, metade dos Limites de
Tolerância; para ruido, a dose de 0,5;
— Finalmente, quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo
causal entre danos observados na saúde dos trabalhadores e a situação de trabalho a
que eles ficam expostos.
As medidas de controle a serem implantadas obedecerão à seguinte ordem hierárquica;
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1. Medidas de controle coletivo;
2. Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho; e
3. Utilização de EPI.
As medidas de controle deverão ser previstas no Plano de Ação constante do PPRA,
após consenso com o responsável da instalação.
Seguem alguns exemplos de medidas de controle a serem consideradas;
— Substituição do agente agressivo;
— Mudança ou alteração do processo ou operação;
— Enclausuramento da fonte;
— Segregação do processo ou operação;
— Modificação de projetos;
— Limitação do tempo de exposição;
— Utilização de equipamento de proteção individual;
— Outras.
As medidas de Controle devem fazer parte do checklist de inspeção das áreas que estão
sendo monitoradas pelo PPRA.

8.1 - Medida de Proteção Coletiva


As Medidas de Proteção Coletiva são prioritárias e dentre elas destacamos:
a) Desenvolvimento e implantação devem obedecer à seguinte hierarquia:
• Medidas que eliminem ou reduzam a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à
saúde;
• Medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente de
Trabalho;
• Medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de
trabalho.
b) Treinamento dos Trabalhadores (a informação como medida de controle).

8.2 - Outras Medidas de Controle


Estas só poderão ser adotadas quando a proteção coletiva for tecnicamente inviável,
estiver em fase de estudos, planejamento ou implantação, ou a medida de proteção coletiva
for insuficiente.
Neste caso a hierarquia da adoção deve ser a seguinte: Medidas de caráter
administrativo ou de organização do trabalho e o uso de Equipamento de Proteção Individual
— EPI.

8.3 - Equipamento de Proteção Individual — EPI


Se a opção for o uso de EPI, o PPRA deverá envolver, no mínimo: Seleção adequada
e Treinamento dos trabalhadores, Estabelecimento de Normas e Procedimentos para o
Fornecimento, Uso, Guarda, Higienização, Conservação, Manutenção e Reposição e
definição das funções e atividades e o correspondente uso dos EPI's.

9 - RESPONSABILIDADES DO P.P.R.A.

9.1 - CABE AO EMPREGADOR:

 Estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do P.P.R.A como atividade


permanente da empresa;
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 Informar aos trabalhadores, de maneira apropriada e suficiente, sobre os riscos ambientais
que possam originar-se nos locais de trabalho, os meios disponíveis para prevenir ou
limitar tais riscos e para proteger-se dos mesmos;

 Considerar o conhecimento e a percepção que os trabalhadores tem do processo de


trabalho;

 Permitir aos empregados interromperem suas atividades, em caso de ocorrência de riscos


ambientais, que os coloquem em situação de grave e eminente risco.

9.2 - CABE AOS TRABALHADORES

 Colaborar e participar ativamente da implantação e execução do P.P.R.A.;

 Seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do P.P.R.A.;

 Informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, ao seu julgamento possam
implicar em riscos à saúde do trabalhador.

9.3 - CABE AO SERVIÇO ESPECIALIZADO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E


MEDICINA DO TRABALHO

Quando existente, deve ser o responsável por assessorar as unidades do


estabelecimento na efetiva implantação do PPRA e em todos os demais assuntos
relacionados com a Engenharia de Segurança do Trabalho e Medicina do Trabalho, com a
finalidade de promover a saúde e proteger a integridade física dos funcionários e realizar
anualmente junto com a administração do estabelecimento e com a CIPA a reavaliação do
PPRA.

9.4 - CABE AO RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO PPRA

Informar o nome completo do responsável pela elaboração do PPRA. Quando se tratar


de Engenheiro de Segurança do Trabalho ou de Técnico de Segurança do Trabalho, deverá
ser indicado, após o nome do responsável, o número do seu registro profissional no conselho
correspondente.

9.5 - CABE AO RESPONSÁVEL PELO DESENVOLVIMENTO DO PPRA

O responsável pelo desenvolvimento do PPRA será sempre a pessoa responsável do


estabelecimento onde se realiza o PPRA, ao qual caberá coordenar o seu desenvolvimento e
a definição de prazos e ações para a execução das medidas de controle necessárias, com
vistas a se atingir as metas estabelecidas.
Apresentamos a seguir algumas atribuições de sua responsabilidade:
— Estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento permanente do PPRA.
— Manter o documento base disponível ao acesso das autoridades competentes.
— Seguir o cronograma de implantação e execução do PPRA.
— Avaliar se as medidas de controle são eficazes.
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— Planejar e executar os treinamentos previstos.
— Manter o documento base por um período de 20 anos.
— Revisar, atualizar e divulgar o PPRA.
Se, além do responsável pela elaboração do PPRA, existir uma equipe definida para
atuar, o nome e as atribuições de todas as pessoas envolvidas com a elaboração devem
constar do Programa, devendo-se também identificar os responsáveis pelas ações do PPRA,
na etapa do cronograma.

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