Aula 5- Avaliação, educação e sociedade
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SOCIEDADE
AULA 5
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Consultando a diversos autores da área que escrevem sobre avaliação,
buscou-se encontrar alguns significados apontados. Para Diligenti (2003), as
relações entre professor e aluno são essenciais para levantar dados sobre o
aproveitamento escolar. A resultante dessa interação é o aproveitamento do
aluno junto às suas dificuldades e não aquisições sobre o conhecimento escolar.
Segundo Hoffmann (2007, p. 13), a avaliação não deve ser somente
testes, provas ou exercícios, boletins, fichas, relatórios e dossiês dos alunos. É
preciso que a avaliação esteja compromissada com a formação dos sujeitos, sua
inserção social e participativa e sua interação com o mundo que o cerca, para
poder compreender as relações de poder presentes. No campo da avaliação, a
disputa e a competitividade do mercado favorecem a disputa e a concorrência,
mas, na escola, a aprendizagem vai além de inferir notas e médias nas
disciplinas cursadas. Para Silva (1992), avaliar é determinar o valor de alguma
coisa. Isso remete a avaliar a prática pedagógica do professor, a aprendizagem
do aluno e as possibilidades de desenvolvimento de novas práticas e
metodologias que enalteçam novas aprendizagens significativas para os alunos.
Por volta do século XVII, a avaliação, nascida com os colégios, tornou-se
indissociável do ensino escolar (Perrenoud, 1999). Porém, na história da
educação, o elemento mais importante do processo de ensino não deveria ter
sido resultado de desempenho. A avaliação, para o professor, é uma forma de
avaliar sua própria prática e o aproveitamento do aluno, que, por sua vez, pode
utilizar-se da avaliação para levantar quais conteúdos não foram apropriados e,
posteriormente, fazer retomadas com ou sem o auxílio do professor.
Dessa forma, a avaliação está presente em todas as modalidades da
educação básica brasileira, compreendendo a educação infantil, o ensino
fundamental I e II, e o ensino médio.
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Todas essas ações feitas pelo professor em prol do desenvolvimento da
criança na escola remetem ao comprometimento docente em disponibilizar
meios para que ela aprenda. Nesse sentido, a partir da avaliação, é possível
desenvolver encaminhamentos que vislumbrem e sanem as dificuldades
encontradas. É a partir da avaliação que se pode analisar, repensar e organizar
a prática pedagógica com crianças da educação infantil.
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Nosso sistema caminhou para uma escola única de ensino médio não
vocacional, que deve ser cursada por todos. O ensino profissional de
nível médio agrega disciplinas de cunho profissional ao ensino
acadêmico comum a todos, o que pode ser feito concomitante ou
subsequentemente ao ensino médio regular. Assim, as disciplinas
profissionais associadas à formação técnica de nível médio são
complementares, ao invés de substitutas, à formação acadêmica
comum. Além de não possuirmos uma escola profissional alternativa
ao ensino acadêmico regular, a proporção de jovens que frequentam a
educação profissional é pequena. Menos de 10%, quando na Europa
essa proporção chega a 50%. Embora a maioria dos alunos de ensino
médio curse o ensino não profissionalizante, a maior parte não
ingressa no ensino superior. Dada a evasão escolar antes do final do
ensino médio, concluímos que a maioria dos brasileiros transita da
escola para o mercado de trabalho sem obter uma formação
profissional (Fernandes, 2011, p. 5).
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§ 1º. Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e
aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular,
oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as
características do alunado, seus interesses, condições de vida e de
trabalho, mediante cursos e exames (Brasil, 1996).
NA PRÁTICA
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Uma das rotinas mais expressivas no ensino médio, por exemplo, pode
ser percebida no período de realização dos exames finais de períodos letivos.
Nessa época, toda a escola é mobilizada e professores concebem e aplicam
testes e provas, revisam conteúdos, corrigem exames e procedem com os
encaminhamentos dos resultados.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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SILVA, J. P; URT, S. C. Educação infantil e avaliação: uma ação mediadora.
Nuances: estudos sobre educação, v. 25, n. 3, p. 56-78, Presidente Prudente,
set./dez. 2014.
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