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2, e9313245044, 2024
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v13i2.45044
Resumo
O câncer de colo de útero é considerado um sério agravo de saúde pública, sendo a segunda causa mais comum de
câncer entre as mulheres, ocasionado, principalmente, pela infecção pelo Papilomavírus Humano. Com o advento da
pandemia da COVID-19, bem como, das medidas restritivas como o isolamento social, houve alteração no rastreio da
doença. Assim, este estudo teve como objetivo analisar o cenário epidemiológico do câncer de colo de útero no
Estado do Pará, entre os anos de 2017 a 2022. Trata-se de um estudo transversal do tipo descritivo e abordagem
quantitativa, realizado no Estado do Pará, onde foram extraídas informações sobre o rastreamento do câncer de colo
de útero, de mulheres adultas, contidas no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde no período de
2017 a 2022. As variáveis estudadas foram sociodemográficas e clínico-epidemiológicas. Pode-se observar que no
período pandêmico impactou nas notificações, reduzindo a 47,69% a ocorrência do PCCU, atribuído ao isolamento
social e medo da contaminação pelo SARS-COV-2. Entre as regiões com maior frequência do PCCU, está Belém,
seguida de Barcarena, em detrimento de campanhas de educação a saúde da mulher. Em relação as alterações com
maior incidência registradas foram atipias de células escamosas com significado indeterminado, com 41,07%, seguido
de lesões intraepiteliais de baixo grau 35,35%. Infere-se, portanto, que a pandemia da COVID-19 corroborou,
negativamente, à realização do PCCU. Dessa forma, destaca-se, a importância do rastreamento e vacinação como
ferramentas de prevenção, aliados à educação em saúde como maneiras de mitigar essa injúria.
Palavras-chave: COVID-19; Neoplasias do colo do útero; Papilomavírus Humano; Programas de rastreamento; Teste
de Papanicolaou.
Abstract
Cervical cancer is considered a serious public health problem, being the second most common cause of cancer among
women, caused mainly by infection with the Human Papillomavirus. With the advent of the COVID-19 pandemic, as
well as restrictive measures such as social isolation, there was a change in screening for the disease. Thus, this study
aimed to analyze the epidemiological scenario of cervical cancer in the State of Pará between the years 2017 and
2022. This is a cross-sectional study with a descriptive type and quantitative approach carried out in the State of Pará
where information was extracted on cervical cancer screening of adult women, contained in the Information
Technology Department of the Unified Health System from 2017 to 2022. The scientific research was
sociodemographic and clinical-epidemiological. It can be observed that during the pandemic period it had an impact
on notifications, reducing the occurrence of PCCU by 47.69%, attributing it to social isolation and fear of
contamination by SARS-COV-2. Among the regions with the highest frequency of PCCU is Belém, followed by
Barcarena, to the detriment of women's health education campaigns. In relation to the alterations with the highest
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recorded incidences, squamous cell atypia of undetermined significance was found, with 41.07%, followed by low-
grade intraepithelial lesions, 35.35%. It is therefore inferred that the COVID-19 pandemic corroborated the
implementation of the PCCU. In this way, the importance of tracking and vaccination as prevention tools, combined
with health education as ways to mitigate this injury, stands out.
Keywords: COVID-19; Uterine cervical neoplasms; Human papillomavirus viruses; Mass screening; Papanicolaou
test.
Resumen
El cáncer de cuello uterino es considerado un grave problema de salud pública, siendo la segunda causa más común
de cáncer entre las mujeres, causado principalmente por la infección por el Virus del Papiloma Humano. Con la
llegada de la pandemia de COVID-19, además de medidas restrictivas como el aislamiento social, hubo un cambio en
el screening de la enfermedad. Así, este estudio tuvo como objetivo analizar el escenario epidemiológico del cáncer de
cuello uterino en el Estado de Pará, entre los años 2017 y 2022. Se trata de un estudio transversal, de tipo descriptivo
y abordaje cuantitativo, realizado en el Estado de Pará, donde se extrajo información sobre el tamizaje de cáncer de
cuello uterino en mujeres adultas, contenida en el Departamento de Tecnología de la Información del Sistema Único
de Salud del 2017 al 2022. Las variables estudiadas fueron sociodemográficas y clínico-epidemiológicas. Se puede
observar que durante el período de pandemia impactó las notificaciones, reduciendo la ocurrencia de PCCU al
47,69%, atribuido al aislamiento social y al miedo a la contaminación por SARS-COV-2. Entre las regiones con
mayor frecuencia de UCCP está Belém, seguida de Barcarena, en detrimento de las campañas de educación en salud
de las mujeres. Las alteraciones de mayor incidencia registradas fueron la atipia de células escamosas de significado
indeterminado, con un 41,07%, seguida de las lesiones intraepiteliales de bajo grado, un 35,35%. Por lo tanto, se
infiere que la pandemia de COVID-19 apoyó negativamente la implementación del PCCU. Por tanto, destaca la
importancia del seguimiento y la vacunación como herramientas de prevención, combinadas con la educación
sanitaria como formas de mitigar este daño.
Palabras clave: COVID-19; Neoplasias del cuello uterino; Virus del papiloma humano; Tamizaje masivo; Prueba de
Papanicolaou.
1. Introdução
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA, 2022a), o câncer ocorre devido ao crescimento desordenado e
agressivo de células que podem penetrar em tecidos ou órgãos formando tumores. De acordo com a Organização Mundial de
Saúde (OMS), o câncer é a causa de mais de sete milhões de mortes por ano, ocorrendo na maior parte em países de baixa e
média renda (OMS, 2017). O câncer não tem uma única causa, logo, pode-se desenvolver por diversos fatores, tais como,
mudanças ocasionadas no ambiente pelo próprio ser humano, incluindo mudanças estruturais, exposição a poluentes
ambientais, rotinas e costumes, tabagismo, má higienização, fatores sociais, a carência de prevenção primaria, sistema
imunossuprimido e o envelhecimento aumentam o risco aos diversos tipos de câncer, a predisposição genética, a irradiação e
até a alimentação contribuem para o desencadeamento do câncer (Maia et al., 2018).
O câncer de colo de útero (CCU) é a segunda variação de câncer mais comum entre as mulheres, sendo caracterizada
por uma alteração no crescimento e proliferação celular, associada a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV),
essencialmente por seus subtipos oncogênicos principais que são o HPV-16 e HPV-18, por via relação sexual (Vasconcelos et
al., 2022). O CCU é uma doença silenciosa e de evolução lenta, costuma demorar anos para iniciar sintomas e sinais, caso não
identificada precocemente pode evoluir ao carcinoma e posterior metástase, ou seja, invasão sistêmica (Trindade et al., 2017).
No Brasil, as estimativas revelam incidência de mais de 700 mil casos novos de câncer, entre o período de 2023 a
2025, no qual, estima-se que as mulheres liderem a prevalência com aproximadamente 240 mil (50,5%) novos casos, logo
após, os homens com mais de 230 mil (49,5%), seguido do infanto-juvenil com cerca de 7.900 casos, descartando o câncer de
pele não melanoma (INCA, 2022b; Santos et al., 2023). Nesse sentido, com exceção do câncer de pele não melanoma, a
prevalência dos cânceres mais acometidos de acordo com o sexo são, o câncer de próstata (30%), cólon e reto (9,2%) e sistema
respiratório (7,5%) para o sexo masculino e câncer de mama (30,1%), cólon e reto (9,7%) e colo do útero (7,0%) para a
população feminina (INCA, 2022b).
A maior incidência e prevalência do câncer está entre a população feminina, o câncer no colo do útero está entre os
mais acometidos em mulheres na região Norte, perdendo somente para o câncer de mama e câncer de colón e reto a nível
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nacional (Santos et al., 2023). No Brasil, em 2017, a taxa de mortalidade por câncer no colo uterino foi de aproximadamente
6,16/100 mil, a taxa de óbitos para o câncer de mama nesse mesmo período foi de 16,16/100 mil, já o de colo e reto ocorreram
cerca 9,33/100 mil (INCA, 2019). Segundo o Instituto Nacional do Câncer, no Brasil a taxa de mortalidade por câncer de colo
do útero em 2020, ajustada para a população mundial, foi de 4,60 mortes/100 mil mulheres, sendo que as maiores taxas de
mortalidade do país estão na região Norte (INCA, 2023).
No Pará, o CCU é a segunda doença mais comum entre as mulheres, com estimativa de 780 novos casos em 2020 e
taxa de incidência de 18,24 por 100 mil mulheres (Silva et al., 2023). Logo, mediante a pesquisas foi quantificado que entre
2016 e 2020, foram registrados no Sistema de Informação do Câncer (SISCAN) que o equivalente a 260.614 mulheres
residentes no município de Belém, Estado do Pará, Brasil, realizaram exame citopatológico. O ano de 2019 teve o maior
número de exames registrados com 84.013 (32,23%), seguido de 68.595 (26,32%) em 2018 e 36.439 (13,98%) em 2017.
Embora o número de exames realizados tenha aumentado nos últimos anos, o número de exames realizados em 2020 parece
ter diminuído significativamente (Pereira et al., 2021).
A queda na realização de exames no ano de 2020 foi em consequência da pandemia de COVID-19, em 2021 ocorreu
um aumento no número de exames em relação à 2020, porém, ainda é inferior aos patamares alcançados nos anos anteriores à
pandemia (INCA, 2022b). Segundo a Secretária de Estado de Saúde Pública, de acordo com o Painel de Oncologia, foram
registrados 250 casos de neoplasias malignas do colo do útero e 284 casos de carcinoma in situ do colo do útero no estado
do Pará em 2022, enquanto ocorreram 547 casos de tumores malignos do colo do útero e 130 casos de carcinoma in situ do
colo do útero em 2021. Este número é um sinal a necessidade de prevenção e monitoramento de uma doença que ocupa o
terceiro lugar em causa de morte prematura entre mulheres no país, todavia apesar disso, a adoção de mecanismos de
controle como vacinação e rastreamento pode reduzir significativamente essas taxas (SESPA, 2023).
Segundo o Instituto Nacional do Câncer, mais de 16,7 mil mulheres desenvolvem câncer de colo do útero no Brasil a
cada ano, estima-se que 830 novos casos sejam registrados somente no estado do Pará até o final de 2023, sendo a região Norte
a única no Brasil onde a incidência do câncer de colo do útero supera a do câncer de mama (INCA, 2022b).
Com o surgimento da pandemia do COVID-19, em 2020, contribuiu para uma crise nos serviços de saúde do Brasil e
do mundo. Logo, houve a necessidade de se estipular medidas para evitar a transmissibilidade do vírus como: distanciamento
social, fechamento de estabelecimentos para evitar aglomerações, visando reduzir a sobrecarga dos sistemas de saúde e
evitando novas infecções pelo vírus (Caetano, 2020). Desse modo, sobreveio uma diminuição de 32% na realização dos
exames de rotina, como o Preventivo do Câncer do Colo Uterino- PCCU-, além da queda na taxa de vacinação contra o HPV
no Estado do Pará em 2020 (Silva et al., 2023).
No Brasil, em comparativo ao período pré e pós pandemia, notoriamente, sucedeu-se uma redução na proporção de
exames de rastreamento, incluindo o PCCU, chegando a 83% em 2020 (Ribeiro et al., 2022). Diante do exposto, o
rastreamento, continua sendo a melhor forma para um prognóstico favorável, no entanto, o cenário pandêmico trouxe
resultados danosos em relação a realização do PCCU, conduzindo, futuramente, a prejuízos irreparáveis à saúde da mulher,
pois o sucesso do exame, dentre outras razões, está intrinsecamente ligado à sua periodicidade (Nascimento et al., 2021).
Nesse sentido, o objetivo dessa pesquisa é analisar a prevalência do câncer de colo do útero em mulheres adultas no
estado do Pará, no período pré e pós pandemia da COVID-19, bem como, avaliar a integralidade do acesso aos exames de
rotina em mulheres residentes do estado do Pará, identificar os principais fatores que limitam as mulheres à realização dos
exames e que comprometem o diagnóstico precoce, discorrer sobre as influências socioeconômicas e sociodemográficas na
periodicidade na realização do exame.
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2. Metodologia
Trata-se de um estudo descritivo observacional de abordagem quantitativa, realizado no Estado do Pará. As
informações que foram utilizadas neste estudo são de domínio público, não sendo necessária a submissão ao Comitê de Ética
em Pesquisa. De acordo com Pereira et al. (2018), estudos quantitativos estão relacionados com a coleta de dados que
permitam a análise por meio de medição por alguma grandeza matemática. No que se refere aos estudos descritivos, são
aqueles possíveis de investigar determinada problemática, associando-a com diferentes variáveis (Merchán-Hamann & Tauil,
2021).
A coleta dos dados ocorreu por meio dos bancos de dados Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde
(DATASUS) no período de 2017 a 2022.
A análise do período escolhido permitiu identificar o comportamento das notificações antes, durante e após a
pandemia de COVID-19, sendo possível visualizar a situação epidemiológica dos casos identificados de câncer de colo de
útero no estado do Pará.
A população de estudo consistiu em mulheres adultas, das faixas etárias entre 19 a 59 anos. As variáveis a serem
estudadas na população em questão foram selecionadas a partir dos objetivos pretendidos com a pesquisa, considerando-se as
seguintes: sociodemográficos (idade, sexo, raça, local de residência, etnia e nível de escolaridade) e clínico-epidemiológicos
(diagnóstico, sintomas apresentados, método de diagnóstico, evolução do caso).
Os dados coletados foram organizados em bancos de dados, redirecionados ao software Microsoft Excel 2019® e
organizados em tabelas e gráficos. Os resultados foram analisados e suas frequências calculadas.
3. Resultados e Discussão
Sabe-se que o CCU está associado a infecção persistente do HPV. Não obstante, fatores de risco como: atividade
sexual precoce, promiscuidade, tabagismo e histórico familiar favorecem uma prognose insatisfatória. O tumor se desenvolve
na parte inferior do útero, chamado colo, tais alterações são identificadas facilmente no exame PCCU. Diante do exposto, vale
salientar, sobre a importância do exame citopatológico frente à diminuição de mortes por cânceres de colo uterino, sendo este o
mais amplamente utilizado. Portanto, o rastreamento do câncer é um dos métodos, juntamente com a vacinação, mais eficazes
para prevenção, contribuindo para a melhor evolução a fim de mitigar os índices de letalidade desta injúria.
Assim, após a busca no banco de dados, pode-se observar uma queda na realização do PCCU, no período de pandemia
da COVID-19. A redução mais enérgica ocorreu no ano de 2020, de 47,69 %, seguindo de uma crescente. Ademais, a
diminuição do PCCU, como mostra o Gráfico 1, apresentou baixa desde o segundo período de 2019.
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No entanto, com o advento da pandemia da COVID-19, culminou em uma queda acentuada do número de exames
realizados, como evidencia o Gráfico 1, mostrando uma diminuição abrupta de 47,69%, em 2020, na realização do PCCU,
demostrando queda desde o segundo período de 2019. De maneira análoga, em detrimento deste período, um estudo realizado
no Pará, analisou a realização do exame citopatológico no período 2019 a 2020, constatando redução de 32% na execução do
exame. Tal fato foi atribuído ao medo da contaminação pelo SARS- COV-2, além de fatores como isolamento social
(instalação de quarenta, lockdown) aliado a mudança no atendimento, visto a prioridade nos casos de COVI-19, prejudicaram
os atendimentos para investigação de lesões uterinas, contribuindo diretamente na baixa procura do exame (Silva et al., 2023).
Concomitantemente, um estudo realizado no Paraná, investigou os impactos da pandemia da COVID-19 na realização
do PCCU, observando o comprometimento de 70% da execução do exame, no mesmo período citado, atribuindo, da mesma
forma, ao redirecionamento dos atendimentos, priorizando os riscos causados pelo SARS-COV-2, pontuando os possíveis
agravos futuros como dificuldade de atendimento, sobrecarga no Sistema Único de Saúde-SUS- e prognóstico insatisfatório
(Nascimento et al., 2021).
Em relação aos municípios que estão compondo a região metropolitana de Belém, nota-se que a capital foi onde
houve maior frequência do PCCU com 162.307 (53,59%), no período de 2017 a 2022, seguido do município de Barcarena com
46.737 (15,43%) e Castanhal com 38.216 (12,61%), como evidenciado na Tabela 1. A frequência com que o PCCU é realizado
varia de acordo com o resultado do exame citológico, a vista disso, resultados com achados de lesão de baixo grau ou HPV,
será repetido o exame seis meses após o anterior, o que diminui o intervalo de tempo de um exame para outro, que
consequentemente irá resultar no aumento da frequência da realização do preventivo (INCA, 2021).
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Tabela 1 - Frequência PCCU nos municípios da região metropolitana, no período de 2017 a 2022.
MUNICÍPIO n %
Ananindeua 20.418 6,74
Barcarena 46.737 15,43
Belém 162.307 53,59
Benevides 9.970 3,29
Castanhal 38.216 12,61
Marituba 15.083 4,98
Santa Izabel do Para 6.878 2,27
Santa Bárbara do Para 3.304 1,09
Segundo pesquisas, o aumento da frequência com que o PCCU foi realizado no município de Belém nos últimos anos,
pode estar relacionado com campanhas de educação a saúde que incentivam mulheres a realizarem o exame preventivo
(Pereira et al., 2021). Outro estudo demostra que o aumento na realização do exame citológico em Belém pode estar
relacionado com a alta densidade populacional que integram essa região e com barreiras no acesso ao sistema de saúde nas
regiões com baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e alta concentração de zona rural (Silva et al., 2022).
No Gráfico 2, pode-se observar que desde 2017 houve um progresso do número de casos de PCCU, continuando nos
anos 2018, 2019 e 2022, com 10.010, 10.914 e 10.720 casos respectivamente, com o ano de 2019 liderando esses dados, ou
seja, no período pré e pós pandemia COVID-19, em vista que no período pandêmico ficou limitada a ida aos sistemas de saúde
como medida de proteção a população.
Gráfico 2 - Número de PCCU alterados realizados no estado do Pará, no período de 2017 a 2022.
De acordo com Sousa et al. (2017), vários fatores estão ligados a alterações no exame preventivo, como infecções
relacionadas com HPV, comportamentais sexuais, contraceptivos, desinformação, aspectos sociodemográficos. Pesquisas
mostram que um dos fatores que pode levar a alterações no PCCU é a realização do exame citológico após o aparecimento de
sinas e sintomas, o que já é indicativo de lesões ou alterações celulares (Pereira et al., 2021). Os exames citológicos alterados
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podem ser classificados em NIC I (lesão de baixo grau), NIC II (displasia moderada e NIC III (lesão de alto grau), sendo as
lesões de alto grau com maior indicativo para carcinoma maligno (Sistema de Bethesda).
No Gráfico 3, pode-se observar os motivos de rejeição e lâminas insatisfatórias de PCCU, onde 27.493 foram por
rejeitadas causas alheias, 20.951 por falta de identificação das lâminas, 8.394 por outros motivos, bem como 2.454
insatisfatórias também por outros motivos e 1.130 por lâminas danificadas. Não somente isso, mas também 4.072 insatisfatória
por matéria acelular, 1.991 por conter presença de sangue, 1.580 pela presença de leucócitos, 4.982 por presença de artefatos
de dessecamento.
Gráfico 3 - Motivos de rejeição e lâminas insatisfatórias de PCCU realizados no estado do Pará, no período de 2017 a 2022.
Dos exames realizados, 2.917 foram rejeitados por causas alheias, onde não se concluiu o motivo daquela lâmina ser
rejeitada, além disso 2.387 das lâminas foram rejeitadas por identificação insuficiente. Esse aspecto, assim como outros fatores
que levam à inadequação do exame, está relacionado ao preenchimento inadequado das informações do prontuário do paciente,
à coleta realizada corretamente, interferência na fixação e à análise criteriosa dos esfregaços citopatológicos (Silva & Assis,
2019).
Desse modo, estes erros interferem na precisão do diagnóstico final e por isso, a importância de se preocupar com a
qualidade do exame citopatológico, pois pode submeter uma paciente a um procedimento cirúrgico devido a um resultado
falso-positivo e deixar outras sem tratamento ideal por um resultado falso-negativo, cujas causas estão relacionadas a erros na
fase pré-analítica durante o processo de coleta do material, bem como ausência de identificação da paciente na amostra, lâmina
quebrada ou outras causas alheias (Magalhães et al., 2020).
Após a amostra ser coletada e transferida para a lâmina, passa para fase analítica onde é realizado o procedimento de
fixação do material cujo o objetivo é garantir a preservação e a qualidade da amostra, é necessário evitar tempo excessivo entre
a coleta e a fixação, pois atrasos nessa etapa pode fazer com que as lâminas fiquem dessecadas e apresentem alterações
degenerativas celulares tornando as amostras insatisfatórias, o que pode gerar alterações nucleares e citoplasmáticas que
possam posteriormente danificar e comprometer o processo de coloração celular (Silva & Assis, 2019).
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Analisando as requisições dos exames citopatológicos alterados das mulheres, conforme os dados da anamnese na
Tabela 2, houve uma predominância do motivo de exame realizado por rastreamento (97,17%), quando comparados aos de
seguimento (2,38%) e repetição por conta de alterações como células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASC-
US) (0,43%). Essa perspectiva sugere que a maioria dos exames é realizado em mulheres sem história prévia de lesão cervical,
neste sentido, o rastreio pode efetivamente reduzir a morbilidade e a mortalidade deste câncer se for realizado dentro dos
padrões de qualidade, e a incidência do CCU pode ser reduzida se combinada com o tratamento precoce (Ribeiro et al., 2019).
O rastreamento do câncer do colo uterino é realizado periodicamente através do exame citopatológico de Papanicolau,
sendo a estratégia preventiva mais adotada no Brasil com o objetivo principal de detectar e tratar as lesões precursoras antes do
seu progresso para a doença invasiva, onde o início da coleta deve ser aos 25 anos de idade para mulheres que já tiveram ou
tem atividade sexual ativa, o qual deve ser realizada a cada 3 anos após dois exames anuais sem anormalidade e devem
continuar até os 64 anos, descontinuando após essa idade para mulheres que nos últimos cinco anos tiveram teste negativo pelo
menos duas vezes consecutivas. Logo, quando diagnosticado precocemente e o exame citológico quando realizado com
qualidade, o CCU tem grandes chances de cura (Pereira et al., 2021).
A Tabela 3 demonstra que as alterações benignas, como a inflamação (85,80%) foram as mais ocorrentes nos períodos
pré, durante e pós pandemia COVID-19, não anulando o aumento progressivo de adenocarcinoma in situ, porém as alterações
do tipo inflamatória são mais frequentes nos achados dos exames citológicos, onde são diversas as razões pelas quais esse tipo
de alteração é mais prevalente, como, agentes mecânicos, químicos quimioterápicos e a microbiota vaginal desequilibrada por
motivos como pH, higiene excessiva, dentre outros que pode causar esse desequilíbrio e posteriormente uma inflamação (Silva
& Assis, 2019).
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Tabela 3 - Distribuição das principais alterações celulares benignas e malignas identificadas no PCCU no estado do Pará, no
período de 2017 a 2022.
ANO DO EXAME
Dentre as atipias supracitadas, as alterações ASC-US (Atipias de células escamosas com significado indeterminado)
está com o maior percentual de alteração de células escamosas (41,07%), seguido das lesões intraepiteliais de baixo grau
(35,35%) o que pode acontecer devido à progressão da lesão ao longo do tempo ou subdiagnóstico da Citopatologia. Mesmo
ASC-US não sendo definitivas para diagnostico de lesões no colo do útero, pode evoluir para uma lesão de baixo grau e
posteriormente se não monitoradas por um profissional pode evoluir para uma lesão de alto grau, o que remete a importância
da frequência de realização do PCCU de acordo com as Diretrizes do controle e prevenção do câncer (Sousa et al., 2017).
Portanto, para reduzir a morbimortalidade do CCU, é importante detectar lesões precursoras em mulheres
assintomáticas por meio da citopatologia cervical, o que é crucial para a eficiência dos programas de rastreio organizados, visto
que, a eficácia da detecção precoce de lesões pré-cancerosas por meio do exame Papanicolau, combinada ao tratamento em
estágios iniciais, resulta na redução de 90% na incidência de câncer do colo do útero (Oliveira et al., 2020).
A Tabela 4 demostra fatores socioculturais das paraenses em detrimento da realização do PCCU, aliado a faixa etária.
Em relação a idade, a tabela expõe a faixa etária com maior adesão, 40,82% estão entre 35-49 anos, seguido de 25-34 anos
com cerca de 29,02%, logo atrás, 50- 59 anos apresentando 18,26% e, por fim, 20-24 anos com 11,9% de adesão ao exame. No
que tange, a escolaridade, verifica-se, a desmedida subnotificação dos dados socioculturais, correspondentes a 99,96%.
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Tabela 4 - Distribuição das variáveis sociodemográficas de pacientes que realizaram PCCU no estado do Pará, no período de
2017 a 2022.
VARIÁVEIS n %
Faixa etária adulta
20 - 24 anos 127.446 11,9
25 a 34 anos 310.802 29,02
35 a 49 anos 437.080 40,82
50 a 59 anos 195.515 18,26
Nível de Escolaridade
Analfabeto 30 0,0024
Ensino Fundamental Incompleto 156 0,012
Ensino Fundamental Completo 94 0,0075
Ensino Médio Completo 178 0,014
Ensino Superior Completo 16 0,0012
Ignorado 1.240.417 99,96
Fonte: SISCAN (2023).
Concernente aos fatores socioculturais, o estudo sobre a relevância do conhecimento a respeito do exame Papanicolau
discorrendo sobre sua importância, em 2013, relacionou, diretamente, a baixa escolaridade a anuência ao exame, visto que, o
desconhecimento sobre a finalidade do exame, atribuído a carência na educação sexual, acentuam um déficit nesses
atendimentos, em contrapartida, mulheres com mais acesso à informação apresentam maior aceitação (Santos & Sousa, 2013).
No presente trabalho, há uma nítida ausência de dados referentes ao nível de escolaridade das mulheres atendidas, rompendo,
desse modo, com a possibilidade de associação entre os fatores citados posteriormente.
Outrossim, destaca-se a faixa etária em relação aos atendimentos, é possível evidenciar a maior porcentagem nas
idades entre 35 a 49 anos, seguido das idades de 25 a 34 anos, podendo ser atribuído ao maior afinco a esse público por
programas de prevenção ao câncer colo uterino que já iniciaram a vida sexual (Gasperin et al., 2011).
Mediante a isso, um estudo entre 2017 a 2020, retrata maior incidência nos atendimentos nas idades 25 a 44 anos
tendo a maior adesão ao exame condizente com os dados apresentados, seguindo as recomendações do Ministério da Saúde-
MS- (25 a 64 anos), pontuando uma queda da faixa etária a partir de 60 anos (Silva et al., 2021). Desse modo, os diversos
fatores apresentados evidenciam algumas limitações à erradicação do câncer do colo do útero, preconizado pela OPAS.
4. Conclusão
Confere-se, portanto, que a pandemia da COVID-19 gerou impactos negativos na realização do PCCU no Estado do
Pará, especialmente no ano de 2020, visto a presente diminuição desse exame, mediante ao medo da exposição, e possível
infeção da COVID-19 frente a concentração dos atendimentos a essa necessidade, trouxe uma sobrecarga aos sistemas de
saúde evidenciando, ainda mais, a necessidade de medidas profiláticas ao CCU. Concernente a isso, aspectos
sociodemográficos como nível de escolaridade, e faixa etária e localidade interferem, notoriamente, na adesão ao exame em
detrimento dos diagnósticos e prognóstico.
Outro fator observado ao longo do estudo, foi a carência no conhecimento da população atingida sobre a importância
da vacinação contra o HPV antes do início da vida sexual, em vista que, o HPV está relacionado com o câncer no colo do
útero. Diante disto, faz-se necessária a propagação da importância da vacinação contra o HPV, principalmente em locais de
baixo acesso informacional, visando o aumento da prevenção contra o vírus, diminuindo assim os índices de lesões e câncer no
colo uterino.
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