Apostila de Biologia 3º Bimestre 1º Ano Fg

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CONTEÚDO

• Níveis de organização celular


• Teoria Celular
• O vírus e a Teoria Celular
• Tipos de Células: Procariontes e Eucariontes
• Diferenças entre células Vegetais e Animais
• Organelas Celulares
• Membrana Plasmática
• Transporte transmembrana – processos passivos: Osmose, difusão e difusão facilitada.
• Transporte transmembrana – processos ativos: Bomba de sódio e potássio.
• Endocitose e exocitose.
NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
Na biologia fazemos o estudo da vida analisando desde a constituição dos seres vivos até a relação entre eles
e com o meio ambiente. Classificando os objetos de estudo em níveis hierárquicos, esse estudo torna-se mais
fácil e organizado. A seguir, conheceremos os níveis de organização em biologia, iniciando do nível mais
restrito para o mais amplo:"

• Átomo: são as unidades básicas da matéria. Um átomo é formado pelo núcleo, que é constituído
pelos prótons e nêutrons, e pela eletrosfera, região na qual os elétrons estão localizados
• Molécula: estrutura química formada por dois ou mais átomos. Ela pode ser formada por átomos
iguais ou elementos diferentes.
• Organela: estrutura presente nas células que atua como pequenos órgãos. Mitocôndria, cloroplasto,
retículo endoplasmático e complexo golgiense são exemplos de organelas.
• Célula: unidades funcionais e estruturais dos seres vivos. Com exceção dos vírus, todos os
organismos vivos apresentam células em sua composição. Elas podem ser divididas em dois grupos
básicos: eucariontes e procariontes. As células procariontes não apresentam núcleo definido, estando
o material genético disperso no citoplasma. As células eucariontes, por sua vez, apresentam núcleo
definido, além disso, possuem organelas membranosas em seu citoplasma.
• Tecido: conjunto de células que desempenha uma função específica. Diante dessa definição, fica
claro que apenas organismos multicelulares podem apresentar tecidos. Nos seres humanos, os quatro
tipos de tecidos básicos encontrados são: epitelial, conjuntivo, nervoso e muscular. Vale destacar que,
diferentemente do que alguns pensam, plantas também possuem tecidos, como: epiderme,
parênquima, colênquima, esclerênquima, xilema e floema.
• Órgão: formação composta pelo conjunto de dois ou mais tecidos. Coração, baço, fígado e pâncreas
são exemplos de órgãos encontrados no nosso corpo. Folhas, caules e raízes são exemplos de órgãos
presentes nas plantas.
• Sistema: conjunto de órgãos que interagem e desempenham uma determinada função. Exemplos:
sistema cardiovascular, sistema digestório, sistema urinário e sistema endócrino.
• Organismo: forma individual de um ser vivo. Um ser humano é um organismo.

• População: conjunto de organismos da mesma espécie que vive em uma determinada região e em um
determinado período. Um conjunto de girafas, vivendo em uma área da savana africana, representa
uma população.
• Comunidade: diz respeito ao conjunto de várias populações que vivem em uma determina área e
período. Populações de girafas, leões e zebras, vivendo em uma região da savana africana, formam
uma comunidade.
• Ecossistema: conjunto de todos os seres vivos encontrados em uma região, junto a todos os
componentes abióticos com os quais eles interagem. Por componentes abióticos entendemos os
elementos sem vida de um ambiente, como água, solo, atmosfera e luminosidade.
• Biosfera: conjunto de todos os ecossistemas encontrados no nosso planeta."
TEORIA CELULAR
A Teoria Celular foi criada por Mathias Scheiden e Theodor Schwann e afirma que todos os seres vivos são
formados por células.

O estabelecimento da Teoria Celular foi possível graças ao desenvolvimento da microscopia.

Atualmente, é uma das generalizações mais importantes da Biologia.

IDEIAS QUE LEVARAM À CRIAÇÃO DA TEORIA CELULAR


Até 1665, as pessoas não sabiam o que eram células e, tampouco, a função que elas desempenhavam. A
descoberta foi feita por Robert Hooke após analisar cortes de cortiça no microscópio. Esse cientista percebeu
que o material era formado por pequenas cavidades, o que denominou de célula (do latim cellula, que significa
pequeno compartimento).
Hooke não percebeu nesse estudo que as células apresentam outros componentes. Isso ocorreu porque sua
análise foi feita em um material biológico com células vegetais mortas, por isso, ele conseguiu observar apenas
as paredes celulares.
Após essa descoberta, diversos estudos foram realizados a fim de observar as células em outros seres vivos.
Mathias Schleiden (1804-1881) e Theodor Schwann (1810-1882) propuseram de forma independente, após
vários estudos, que todos os seres vivos eram formados por células. Essa ideia tornou-se a base da teoria
celular.
Após a aceitação de que os seres vivos eram constituídos por células, começou-se a estudar como essas
estruturas surgiam. Segundo Rudolph Virchow (1821-1902), uma célula poderia apenas surgir de outra célula
preexistente. Uma frase muito famosa desse pesquisador é: “Omnis cellula ex cellula”, que significa “Toda
célula origina-se de outra célula”.
HISTÓRICO DA TEORIA CELULAR
Em 1665, Robert Hooke analisou fatias de cortiça ao microscópio e observou que eram formadas por
cavidades microscópicas, as quais denominou de células.
A palavra célula é originária do latim, cellula, diminutivo de cella, pequeno compartimento.
O microscopista holandês Antoni van Leeuwenhoek foi o primeiro a registrar células livres.

Em 1674, relatou a descoberta do protozoário. Em 1677, do espermatozoide humano e em 1683, da


bactéria.
Com o aprimoramento da microscopia, Roberto Brown descobriu o núcleo da célula, em 1833.
Em 1838, Mathias Schleiden formulou o princípio de que todos os vegetais são constituídos de células.
Em 1839, esse princípio foi estendido para os animais por Theodor Schwann.
Walther Flemming, em 1882, observou o aparecimento de filamentos no núcleo da célula em divisão.
Esses estudos e descobertas foram fundamentais para que a Teoria Celular fosse estabelecida.

PONTOS FUNDAMENTAIS DA TEORIA CELULAR

• Todos os seres vivos são constituídos por células;


• As atividades essenciais que caracterizam a vida ocorrem no interior das células;
• Novas células se formam pela divisão de células preexistentes através da divisão celular;
• A célula é a menor unidade da vida.

OS VÍRUS E A TEORIA CELULAR


Como todos sabemos, os vírus não são formados por
células, característica que faz com que alguns autores
não os considerem seres vivos. Os vírus, no entanto,
apresentam grande dependência de células para realizar
suas atividades, sendo considerados parasitas
intracelulares obrigatórios. Assim sendo, mesmo que
não tenham células, os vírus necessitam de células para
seu funcionamento.
Resumindo:

➢ Os vírus não apresentam células em sua constituição, portanto são acelulares.


➢ Os vírus são parasitos intracelulares obrigatórios.
➢ Apesar de não possuírem células, eles dependem de células vivas para realizarem suas atividades
vitais.
➢ Isso comprova que atividades essenciais à vida só ocorrem no interior de células vivas, conforme
postulado pela Teoria Celular.

CITOLOGIA

A Citologia ou Biologia Celular é o ramo da Biologia que estuda as


células.

A palavra citologia deriva do grego kytos, célula e logos, estudo.

A citologia foca-se no estudo das células, abrangendo a sua estrutura e metabolismo.

O nascimento da citologia e a invenção do microscópio são fatos relacionados.

A partir daí, a citologia começou a desenvolver-se como ciência. O avanço dos microscópios contribuiu para
que as estruturas das células fossem observadas e estudadas.

TIPOS DE CÉLULAS

As células são classificadas basicamente em eucariontes e procariontes. A principal diferença entre esses
dois tipos está na estrutura celular.

A célula procariótica caracteriza-se pela ausência de núcleo e estrutura simples. Já a célula eucariótica tem
núcleo definido e estrutura mais complexa.

Há mais de 3,5 bilhões de anos acredita-se que surgiu a primeira célula procariótica. Durante muito tempo
os organismos existentes foram formados por esse tipo celular até que a evolução fez surgir a célula
eucariótica há 1,7 bilhão de anos.

AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE CÉLULAS PROCARIONTES E EUCARIONTES.

Ao compararmos as células dos seres procariontes e eucariontes percebemos algumas semelhanças, como a
presença dos componentes básicos: material genético, citoplasma e membrana celular.

Entretanto, esses tipos celulares diferem em muitos aspectos. Veja a tabela comparativa com o resumo das
diferenças.

Célula procarionte Célula eucarionte


Menor estrutura, cujo diâmetro máximo é de 5 Maior estrutura, cujo diâmetro máximo é de 100
μm. μm.
Funcionamento simples. Funcionamento complexo.
Não há organelas membranosas. Possui organelas membranosas.
Material genético está no citoplasma. Material genético está dentro do núcleo.
Molécula de DNA circular. Molécula de DNA longa e filamentar.
Reproduzem-se por fissão binária assexuada. Reproduzem-se por mitose e meiose.
Constituem seres unicelulares. Formam seres uni ou pluricelulares.
Reino Monera. Reinos Protista, Fungi, Plantae e Animalia.
Célula procarionte Célula eucarionte
Bactérias e arqueias são seres procariontes. Fungos, plantas e animais são seres eucariontes.

ESTRUTURA DA CÉLULA PROCARIONTE

As organelas (não possuem membrana) que constituem a célula procariota possuem funções específicas.
Confira quais são e como atuam na atividade celular.

Cápsula Revestimento externo da célula.


Citoplasma Substância gelatinosa que mantém o formato da célula.
DNA Armazena o material genético.
Flagelo Responsável pela locomoção da célula.
Membrana plasmática Controla o fluxo de substâncias na célula.
Parede celular Cobertura externa que confere formato à célula.
Pilus Microfibrilas para fixar a bactéria ao meio.
Ribossomo Responsável pela produção de proteínas.

Exemplo de procariontes: Seres procariontes são unicelulares, ou seja, possuem uma única célula. Os
domínios Archaea e Bacteria são constituídos de organismos procariotos.

Sendo assim, bactérias e cianobactérias são formadas por células procariontes.

ESTRUTURA DA CÉLULA EUCARIÓTICA

Por ser ter uma estrutura mais complexa, a célula eucariota possui muitas organelas membranosas que além
de fazerem parte da constituição celular possuem diferentes funções. Principalmente uma estrutura
membranosa, chamada de carioteca, envolvendo um núcleo que armazena o material genético.

A dimensão de uma célula eucariótica pode ser até 10 vezes maior que uma célula procariótica.
Este tipo celular é capaz de originar órgãos e tecidos. Sua estrutura permite a produção de diversos produtos
necessários às atividades celulares.

Centríolo Auxiliam na divisão celular.


Citoesqueleto Atua na sustentação e resistência da célula.
Citoplasma Substância gelatinosa que estrutura a célula e mantém seu formato.
Complexo de Golgi Modifica e transporta as proteínas sintetizadas.
Lisossomo Digere substâncias para a célula.
Mitocôndria Produz a maior parte da energia das células.
Núcleo Região onde se encontra o material genético da célula.
Nucléolo Auxilia na produção de RNA.
Retículo endoplasmático liso Realiza a síntese de lipídios.
Retículo endoplasmático rugoso Realiza a síntese de proteínas.
Ribossomos Auxilia na síntese de proteínas.
Vesícula Armazena e transporta substâncias.

Exemplos de seres eucariontes

Seres eucariontes podem ser unicelulares, como amebas e paramécios, e pluricelulares, como plantas e
animais, pois ambos são formados por células eucariontes.

CÉLULAS ANIMAIS E VEGETAIS

A célula animal e vegetal são eucariontes, ou seja, pertencem ao tipo celular mais complexo e que
constituem a maior parte dos seres vivos.

Lembre-se, a célula eucarionte é aquela que possui núcleo individualizado, delimitado por uma membrana
celular.

Apesar dessa semelhança, as células animais e vegetais apresentam diferenças quanto à estrutura, formato e
componentes celulares.

Principais diferenças

A célula animal e vegetal apresentam algumas organelas específicas, conforme a atividade que realizam.

Veja as organelas existentes nas células animais e vegetais:


Conheça as principais diferenças existentes entre as células animais e vegetais:

Célula Célula
Organela Função
Vegetal Animal
Mitocôndrias Presente Presente Respiração celular
Retículo
Presente Presente Síntese de lipídios
endoplasmático liso
Retículo
Presente Presente Síntese de proteínas
endoplasmático rugoso
Ribossomos Presente Presente Síntese de proteínas
Aparelho de Golgi Presente Presente Modificar, armazenar e exportar proteínas
Lisossomos Presente Presente Digestão de moléculas orgânicas
Peroxissomos Presente Presente Digestão de substâncias
Vacúolos Presente Ausente Armazenamento de substâncias
Plastos Presente Ausente Armazenamento de substâncias e pigmentos
Glioxissomos Presente Ausente Transformação de ácidos graxos em açúcares
Divisão celular. Só ocorre em células vegetais
Centríolos Variável Presente
de briófitas e pteridófitas.

RESUMINDO:

A célula animal e vegetal apresentam formato diferenciado. A célula animal possui formato irregular,
enquanto a célula vegetal apresenta uma forma fixa.

As células animais podem apresentam cílios e flagelos, o que não ocorre na célula vegetal.

As células vegetais possuem um grande vacúolo que ocupa grande parte do seu citoplasma. Isso deve-se a
função dessa célula de armazenar seiva e realizar o controle da entrada e saída de água.

As células vegetais possuem os cloroplastos, já que os vegetais realizam a fotossíntese, sendo essa função
realizada por essa organela.
ORAGANELAS CELULARES E SUAS FUNÇÕES

Célula Animal Célula Vegetal

Uma característica importante das organelas é que são compostas por membranas internas que lhe conferem
formas e funções específicas.

➢ Mitocôndrias
São organelas compostas por membrana dupla, sendo uma externa e uma interna que apresenta muitas
dobras, as chamadas cristas mitocondriais.

As mitocôndrias são organelas especiais, com capacidade de se reproduzir, uma vez que contem moléculas
de DNA circular, tal como as bactérias.

Sua função é realizar a respiração celular, que produz a maior parte da energia utilizada nas funções vitais.
A primeira etapa acontece no citosol da célula e as duas últimas nas suas membranas internas.

➢ Retículo Endoplasmático
São organelas com membranas dobradas, similares a sacos achatados. São dois os retículos, o retículo
endoplasmático rugoso e o liso. No retículo endoplasmático rugoso existem ribossomos anexados à
membrana, conferindo aspecto granuloso / rugoso.

Além disso sua membrana é contínua com a membrana externa do núcleo, o facilita a comunicação entre
eles.

❖ O retículo endoplasmático liso (REL) não tem ribossomos associados e por isso tem aparência lisa,
é responsável pela produção de lipídios.
❖ A função principal do retículo endoplasmático rugoso (RER) é realizar a síntese e ativação das
proteínas,além de transportar para outras partes da célula.

➢ Aparelho de Golgi
Também chamado complexo de Golgi ou ainda complexo golgiense, é composto de discos achatados
empilhados, formando bolsas membranosas.

Suas funções são modificar, armazenar e exportar proteínas sintetizadas no RER. Algumas dessas
proteínas são glicosiladas, ou seja, sofrem reação de adição de um açúcar no RE e no golgi o processo é
completado.
Além disso, o aparelho de Golgi produz vesículas que brotam e se soltam originando os lisossomos primários.
No momento em que esses lisossomos primários se fundem aos endossomas formam vacúolos digestórios ou
lisossomos secundários.

➢ Lisossomos
Os lisossomos são envolvidos apenas pela bicamada lipídica e no seu interior há enzimas digestivas. Sua
função é digerir moléculas orgânicas como lipídios, carboidratos, proteínas e ácidos nucleicos
(DNA e RNA).

No interior dos lisossomos existem enzimas digestivas. As enzimas favorecem a aceleração da quebra de
moléculas, transformando-as em pequenos porções, o que conhecemos como digestão. O interior dos
lisossomos é ácido, pois é esse, o ambiente perfeito para ação dessas enzimas digestivas.

As moléculas a serem digeridas são englobadas por endocitose e entram na célula envolvidas em vesículas
formadas a partir da membrana chamados endossomas.

Depois fundem-se com os lisossomos primários e são quebradas, originando partes menores, como os ácidos
graxos. Essas moléculas pequenas saem do lisossomo e são aproveitadas no citosol da célula.

➢ Peroxissomos
Os peroxissomos são pequenas organelas membranosas, que contêm no seu interior enzimas oxidases, e
estão presentes em células animais e vegetais.

A principal função é oxidar os ácidos graxos para a síntese de colesterol e também para serem usados como
matéria-prima na respiração celular.

Encontram-se, majoritariamente, nas células dos rins e do fígado. Lá, neutralizam os efeitos tóxicos de
substâncias consumidas como, por exemplo, o álcool. Além disso, participam da produção de sais biliares.

Nas reações de oxidação é produzido o peróxido de hidrogênio e por isso o nome da organela.

➢ Vacúolos
Os vacúolos são envolvidos por membrana e preenchidos com fluido diferente do citoplasma.

São comuns em células animais e vegetais, contudo são maiores e mais volumosos nas células vegetais. Sua
função é armazenar água e nutrientes, além de regular mecanismos de pressão osmótica.

O controle de entrada e saída de água (osmose) nos tecidos vegetais regula a rigidez das estruturas. Isso
permite que, algumas plantas, como, por exemplo, as herbáceas, fiquem eretas.

Outros organismos também possuem vacúolos, como as bactérias. Nelas, os vacúolos auxiliam na ingestão,
digestão e eliminação de substâncias.

➢ Plastos
São organelas presentes apenas em células vegetais e de algas. Podem ser de 3 tipos básicos: leucoplastos,
cromoplastos e cloroplastos.

Todos se originam a partir de pequenas vesículas presentes nas células embrionárias das plantas,
os proplastos, que são incolores.

Quando maduros adquirem coloração característica, a depender do tipo de pigmento que armazenam. Os
plastos podem se autoduplicar, pois possuem DNA próprio, além de serem capazes se transformar em outros
tipos de plastos de acordo com a necessidade da célula.
Assim, por exemplo, um cromoplasto pode se tornar um cloroplasto ou um leucoplasto, ou vice-versa. Veja a
seguir sobre cada um:

• Os leucoplastos não tem cor, armazenam amido (reserva energética) e estão presentes em alguns
tipos de raízes e caules;
• Os cromoplastos são responsáveis pela cor de frutos, flores e folhas e também de raízes como as
cenouras. Existem os xantoplastos (amarelos) e os eritroplastos (vermelhos);
• Os cloroplastos possuem cor verde por causa da clorofila e são responsáveis pela fotossíntese. A
forma e o tamanho dessas organelas varia conforme o tipo de célula e de organismo em que se
encontram.

➢ Ribossomos
Os ribossomos são organelas celulares não membranosas presentes nas células procarióticas e eucarióticas.
Eles atuam principalmente na regeneração celular e controle metabólico.

Essas estruturas assemelham-se a um grânulo, por apresentarem forma arredondada. São responsáveis
por sintetizar proteínas nas células. A reunião dos aminoácidos para formar as proteínas ocorre pela
formação de ligações peptídicas.

➢ Centríolos
Os centríolos são organelas com estrutura cilíndrica encontradas nas células eucarióticas. Eles participam
da divisão celular pela capacidade de duplicação quando ocorre a mitose e meiose, migrando para os polos
da célula após a duplicação.

Essas organelas não membranosas também participam da formação dos cílios e flagelos.

A MEMBRANA DAS ORGANELAS

As organelas são envolvidas por uma membrana semelhante à membrana plasmática da célula. Conhecida
por membrana interna ela ajuda criar um ambiente particular para cada organela.

Tanto a membrana externa quanto as internas são compostas por glicolipídios fosfolipídios e colesterol.
Porém, a quantidade de colesterol nas internas é menor. O colesterol está associado à fluidez e estabilidade da
célula, por esse motivo está mais presente na membrana externa.

As membranas internas também possuem permeabilidade seletiva, ou seja, controla a entrada e saída de
substâncias de seu interior. Esse processo pode acontecer por intermédio de proteínas ou direto pela membrana
(endocitose e exocitose).

As membranas internas promovem a individualização das organelas. Dessa forma, o ambiente interno das
organelas fica separado do ambiente interno da célula. É por esse motivo que não acontecem reações químicas
cruzadas entre enzimas.

MEMBRANA PLASMÁTICA
Membrana plasmática é encontrada em todos os tipos celulares e é formada por dupla camada de lipídios, em
que está imersa uma série de proteínas.
Membrana plasmática, também chamada de plasmalema, é formada por uma dupla camada de lipídios, na
qual várias proteínas estão inseridas. Essa membrana, que circunda todas as células, garante a separação entre
o meio interno e o meio externo. Vamos descobrir, a seguir, algumas das principais características dessa
membrana e o papel que ela desempenha nas células.
Resumo sobre membrana plasmática:
• A membrana plasmática envolve todas as células.
• O modelo do mosaico fluído é o atual para explicar a estrutura da
membrana plasmática.
• De acordo com o modelo do mosaico fluído, a membrana plasmática é
formada por uma bicamada lipídica na qual estão inseridas proteínas. A
disposição dos componentes dá um aspecto de mosaico a ela, e, como
eles mudam de posição constantemente, diz-se que ela é fluída.
• A principal função da membrana é garantir o que entra e o que sai da
célula.
• Substâncias podem entrar e sair da célula através da membrana por meio
do transporte passivo ou ativo.
• Os processos de endocitose e exocitose garantem, respectivamente, a
entrada e saída de macromoléculas e outras partículas.

CARACTERÍSTICAS DA MEMBRANA PLASMÁTICA


É uma estrutura que delimita as células e apresenta uma espessura compreendida entre 7,5 nm e 10 nm. A
membrana plasmática é formada basicamente por lipídios e proteínas, sendo aqueles mais relacionados com a
parte estrutural da membrana e estas relacionadas com as várias funções exercidas por ela. Estima-se que as
moléculas lipídicas sejam responsáveis por cerca de 50 % da massa das membranas, sendo o restante
basicamente formado por proteínas.
O exemplo que atualmente descreve a estrutura da membrana plasmática é o modelo do mosaico fluído. De
acordo com ele, a membrana plasmática é uma estrutura formada por uma bicamada de lipídios com proteínas
nela inseridas. Veja a imagem abaixo.

Os lipídios que formam essa bicada são basicamente os fosfolipídios,


os quais se destacam por apresentarem uma região hidrofóbica e uma
região hidrofílica. Na membrana plasmática, a primeira está voltada
para o centro da membrana, enquanto a segunda volta-se para as
superfícies externa e interna da membrana. Veja a imagem abaixo.
É importante salientar que os fosfolipídios não são os únicos lipídios presentes nessa estrutura, nela também
é possível encontrar glicolipídios e colesterol. Cada metade da bicamada da membrana é diferente,
apresentando uma composição lipídica distinta. Dizemos, portanto, que existe uma assimetria entre elas.

ESTRUTURA DA MEMBRANA PLASMÁTICA.


Observe a estrutura da membrana plasmática.

As proteínas estão dispostas por toda a membrana plasmática, dando um aspecto, junto aos lipídios, de um
mosaico. Em algumas regiões, elas estão inseridas totalmente na membrana, em outras, no entanto, apenas
parte delas está inserida, ou elas estão ligadas fracamente à membrana sem se inserirem nela. Em algumas
ocasiões, as proteínas atuam formando canais que servem para a passagem de substâncias.
A estrutura da membrana plasmática não é estática, e constantemente percebe-se a mudança do local dos
seus componentes. É devido a essa mudança contínua de local das proteínas e dos lipídios, que se diz que a
membrana plasmática trata-se de uma estrutura fluída.

GLICOCÁLICE
Na região mais externa da membrana plasmática, é possível observar uma área denominada glicocálice ou
glicocálix. Essa área é mal delimitada e formada por cadeias glicídicas dos glicolipídios e glicoproteínas que
estão presentes na própria membrana; além disso, também apresenta glicoproteínas e proteoglicanos que são
sintetizados pela célula. A glicocálice está relacionada com processos, tais como: proteção contra lesões,
reconhecimento de moléculas e adesão celular.
b. Imagem real da célula e indicação da
a. Esquema Glicocálice
localização do glicocálice.

PROTEÍNAS DE MEMBRANA
Como visto, a membrana plasmática apresenta proteínas que estão inseridas na bicamada lipídica. Essas
exercem várias funções na célula, como: transporte de substâncias, atividades enzimáticas e comunicação
entre células. A quantidade de proteínas e os tipos encontrados na membrana estão relacionados com a
atividade exercida por aquela célula.
As proteínas presentes na membrana plasmática podem ser classificadas em dois grupos: proteínas integrais e
proteínas periféricas.
• As proteínas integrais são aquelas que penetram na bicamada fosfolipídica. Denomina-se proteínas
transmembranas as proteínas integrais capazes de atravessar completamente a membrana. Essas podem
atravessar a membrana uma ou mais vezes.
• As proteínas periféricas, por sua vez, são aquelas que não penetram na membrana plasmática, sendo
observada apenas uma conexão fraca com a membrana. Devido a isso, as proteínas periféricas podem
ser facilmente dissociadas da membrana.
FUNÇÕES DA MEMBRANA PLASMÁTICA
A membrana plasmática é uma estrutura relacionada com as mais variadas funções em uma célula. No
quadro a seguir, estão as principais funções atribuídas a essa estrutura:
Funções da membrana plasmática:
• É responsável por delimitar as células, separando o meio extracelular do meio
intracelular.
• É responsável por garantir proteção à estrutura da célula.
• Relaciona-se com a troca de substâncias entre a célula e o meio externo. Ela é
capaz de selecionar o que entra e o que sai da célula, deixando apenas algumas
substâncias passarem por ela. Devido à capacidade de selecionar o que entra e o
que sai, diz-se que a membrana plasmática apresenta permeabilidade seletiva
(= semipermeável).
• É responsável por captar sinais externos.
• Nas células vegetais, coordena a síntese e o agrupamento das microfibrilas que
formam a parede celular, localizada externamente à membrana.

TRANSPORTE DE SUBSTÂNCIAS PELA MEMBRANA PLASMÁTICA


Uma das principais funções da membrana plasmática é selecionar as substâncias que vão entrar e as que vão
sair da célula. Devido a isso, dizemos que a membrana plasmática apresenta permeabilidade seletiva.
Algumas substâncias atravessam a membrana sem gasto de energia, outras necessitam de energia.
Algumas substâncias, para entrarem e saírem da célula, não geram gasto energia, outras, no entanto, envolvem
esse gasto. De acordo com essas características, podemos observar dois tipos de transporte na célula: o passivo
e o ativo.
1. O transporte passivo

✓ não envolve gasto de energia;


✓ pode ser de três tipos: osmose, difusão simples e difusão facilitada.
✓ Na osmose, o solvente passa, pela membrana, do meio menos concentrado para o mais concentrado.

✓ Na difusão simples, uma substância move-se do meio mais concentrado para o menos concentrado.
✓ Na difusão facilitada, proteínas carreadoras garantem o processo de transporte de substâncias.

2. O transporte ativo

✓ ocorre o gasto de energia para transportar uma substância.


✓ A bomba de sódio-potássio é um tipo de transporte ativo, nesse processo há o bombeamento de íons contra
o gradiente de concentração.
RESUMINDO

ENDOCITOSE E EXOCITOSE
Partículas maiores e macromoléculas, para entrarem e saírem da célula, enfrentam processos mais complexos
que envolvem grandes modificações na membrana plasmática.
✓ A endocitose e a exocitose são dois tipos de transporte ativo, ou seja, há gasto de energia durante os
processos.
✓ O lisossomo é a organela envolvida nesses processos, pois é a responsável pela digestão intracelular.

1. ENDOCITOSE
A endocitose é um processo de absorção de partículas na célula por meio de vesículas, chamadas
de endossomos.

Os endossomos são formados a partir da invaginação da membrana plasmática, que posteriormente se


separam e ficam livres no interior da célula.

Estas são formadas por invaginação da membrana plasmática, seguida de fusão e separação de um
segmento dela.

A endocitose pode ocorrer de três formas:

• Fagocitose: Englobamento de partículas maiores e sólidas, como bactérias ou protozoários.


Poucas células humanas são capazes de
realizar fagocitose. Entre as que realizam estão
os macrófagos e linfócitos, células do sistema
imunitário.

Essas células detectam um antígeno ou agente


estranho no organismo, como uma bactéria. Dessa
forma, o macrófago se aproxima da bactéria,
emite os pseudópodes e a engloba.

Com isso, parte da membrana que envolve a


bactéria se desprende formando uma vesícula, que
recebe o nome de fagossomo.

Dentro da célula, o fagossomo se movimenta


pelo citoplasma até encontrar a
organela lisossomos.

O fagossomo funde-se com o lisossomo que irá realizar a digestão. Assim, a bactéria será quebrada
em partes menores e os restos liberados.

A fagocitose também é responsável pela alimentação das amebas. Para isso, elas modificam sua forma e
emitem projeções de citoplasma chamados pseudópodes.

Quando o alimento estiver envolvido pelos pseudópodes, parte da


membrana da ameba formará o fagossomo.

Dentro da ameba, a vesícula irá se fundir com um lisossomo formando Pseudópode


o vacúolo digestivo. No interior desse vacúolo acontecerá a digestão,
graças às enzimas contidas no lisossomo. Depois de finalizada a
digestão, os restos serão liberados.

• Endocitose mediada: Funciona como a fagocitose, porém, as partículas ligam-se com proteínas
receptoras específicas presentes na membrana plasmática.

Quando as proteínas receptoras entram em contato com a substância da qual possui especificidade, a região
da membrana sofre invaginação e forma-se a vesícula no interior da célula. A vesícula também irá se fundir
com o lisossomos.

Esse tipo de endocitose é considerado mais rápido e eficiente, pois ocorre apenas com substâncias que
possuem afinidade.

O vírus HIV é um exemplo de substância que entra na célula por endocitose mediada.
• Pinocitose: Englobamento de partículas líquidas. Nesse caso, a célula se aproxima da partícula mas
não emite pseudópodes para englobá-la. Na pinocitose, a célula modifica sua forma e sofre
invaginação. No espaço formado estarão contidas as partículas líquidas. A membrana que envolve a
partícula solta-se da célula e forma uma vesícula, chamada de pinossomo. O pinossomo se funde aos
lisossomos. O mecanismo de digestão e eliminação dos restos é o mesmo da fagocitose.

observe os 3 tipos de endocitose na imagem abaixo.

SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE FAGOCITOSE E PINOCITOSE

Uma semelhança entre a fagocitose e a pinocitose é o fato de provocarem alterações morfológicas nas células.
Destacam-se a emissão dos pseudópodes, durante a fagocitose, e as invaginações, na pinocitose.

A diferença entre eles:

• A fagocitose refere-se ao englobamento de partículas sólidas, a partir da formação dos pseudópodes.


• A pinocitose é o englobamento de líquidos. Além disso, não se formam pseudópodes. Para englobar
as partículas, a membrana plasmática sofre invaginações, aprofundando-se em direção ao seu
citoplasma e formando um canal que se estrangula nas bordas.

2. EXOCITOSE

Já a saída de substâncias por vesículas que levam a uma modificação na membrana plasmática é denominada
exocitose. A exocitose consiste na eliminação dos restos das partículas digeridas para fora da célula. Ao final
do processo de digestão das partículas, a célula precisa eliminar os seus restos.

Esse processo de eliminação dos restos da digestão celular é chamado de clasmocitose.

Os restos, que estão contidos na vesícula, serão encaminhados até a membrana e se fundirá com ela. Por
conseguinte, ela se abrirá para o exterior e eliminará o conteúdo. A membrana da vesícula irá se reintegrar à
membrana da célula que realizou a endocitose.

A exocitose também pode ocorrer em células secretoras, sendo a forma pela qual a célula irá secretar as
substâncias que produz. Por exemplo, as células de glândulas que liberam hormônios.

A exocitose pode ocorrer de duas formas:


• Exocitose constitutiva: liberação de substâncias de forma contínua.
• Exocitose regulada: a eliminação de substâncias só ocorre na presença de um estímulo.
REFERÊNCIAS
Célula animal e vegetal. Toda Matéria. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/celula-animal-e-
vegetal/ Acesso em 05 de setembro de 2023.

Células procariontes e eucariontes. Toda Matéria. Disponível em:


https://www.todamateria.com.br/procariontes-e-eucariontes/. Acesso em 05 de setembro de 2023.

Endocitose e exocitose. Toda Matéria. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/endocitose-e-


exocitose/. Acesso em 05 de setembro de 2023.

Membrana plasmática. Mundo Educação. Disponível em:


https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/membrana-plasmatica.htm. Acesso em 05 de setembro de 2023.

Níveis de organização em biologia. Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/biologia/niveis-organizacao-biologia.htm. Acesso em 05 de setembro de
2023.

Teoria Celular. Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/teoria-celular.htm.


Acesso em 05 de setembro de 2023.

Vídeo Citologia: introdução ao mundo microscópico das células. Assista o vídeo:


https://www.youtube.com/watch?v=I_KaAQV8hZw

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