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INTRODUÇÃO À BIOLOGIA

CELULAR
Prof. M.Sc. DEIVISON
SILVA ARGOLO

*Graduação em farmácia - UFBA


Mestre em Imunologia – Programa de pós graduação em Imunologia – UFBA
Doutorando em Imunologia – Programa de pós graduação em Imunologia - UFBA
INTRODUÇÃO À BIOLOGIA CELULAR

A Biologia Celular (antiga Citologia) é a


parte da Biologia que estuda todas as
organelas celulares e seus
comportamentos. Procura diferenciar as
células tanto animais como vegetais,
observando também as grandes
semelhanças.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:

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Sugestões
1- Consulte periodicamente o plano de curso para
acompanhar a evolução dos conteúdos da disciplina

2- Visite regularmente a biblioteca física e a biblioteca


virtual...

3 – Retire as dúvidas com o Professor sempre que achar


necessário. Não acumule assuntos. Não vá pra casa com
dúvidas!!!
NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS
SERES VIVOS
HISTÓRIA DA BIOLOGIA
CELULAR
A história da citologia,
na realidade,
acompanhou a história
do microscópio

Zacharias Janssen
-Hans e
O primeiro Zacharias
microscópio Janssen (sec XVI):
1595
10 X a 30X
invenção do
• As primeiras observações de células
foram feitas no século XVII, por
Robert Hooke (um dos maiores
gênios das ciências experimentais do
século), na Inglaterra.

* Cortiça = súber  tecido vegetal morto


OBSERVAÇÃO DA CÉLULA
• Célula : unidade estrutural e funcional
dos seres vivos – a maioria só pode ser
observada com auxílio do microscópio.
Microscópios:
- Microscópio Óptico
Comum ou Composto (MOC)
= aumento de até 2.000x –
pode-se observar células vivas
(“a fresco”) ou mortas
(“fixadas). Podem ser
utilizados corantes para
realçar as estruturas
• Microscópio Eletrônico (ME) –
aumento de até 160.000 x. Pode-se
observar a ultra-estrutura celular.

Piolho moderno
Bactéria
(Pediculus
Escherichia
humanus)
coli - aumento
visto ao
de 10.000x
microscópio
CARACTERÍTICAS GERAIS DOS
SERES VIVOS
 ORGANIZAÇÃO CELULAR

 COMPOSIÇÃO QUÍMICA

 REPRODUÇÃO

 CRESCIMENTO

 DESENVOLVIMENTO

 METABOLISMO (anabolismo e catabolismo)

 EVOLUÇÃO

 RESPOSTAS A ESTÍMULOS AMBIENTAIS

 HOMEOSTASE
Células
• Células (do latim "cella", pequena cavidade).
• É a menor porção de matéria viva.
• Realizam as principais funções apresentadas por um
organismo mais complexo.
• Número de célula:
a) Organismo unicelular: são formados por
apenas uma célula. (definição)
Exemplos: bactérias, protozoários e etc.
b) Organismo pluricelular: são formados por duas
ou mais células. (definição)
Exemplos: seres humanos (10 trilhões), aves,
peixes, samambaias e etc.
Bactérias (unicelulares)
Protozoários
Organismos pluricelulares
Formas das células

Discóides Esféricas

Estreladas Fusiformes (alongadas)


CLASSIFICAÇÃO DOS
ORGANISMOS COM RELAÇÃO
À CÉLULA

ACELULARES – desprovidos de células –


vírus

CELULARES
 procariontes – unicelulares – bactérias e
cianobactérias

 eucariontes
•unicelulares – protozoários e algumas
algas
•pluricelulares – animais, vegetais, etc
Não são constituídos por células, embora dependam delas para a
sua multiplicação.
Parasitas intracelulares obrigatórios

Os vírus quando fora de organismos, possuem a forma de crisais


(matéria, bruta). Voltam à atividade normal quando introduzidos em
organismos.
ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DAS
CÉLULAS
PROCARIONTES:
BACTÉRIAS
MEMBRANA PLASMÁTICA

CITOPLASMA MESOSSOMO

PAREDE
CELULAR

DNA OU PLASMÍDEO
NUCLEÓIDE

RIBOSSOMOS

PILI OU FÍMBRIA
FLAGELO
EUCARIONTES: ANIMAIS
EUCARIONTES:
VEGETAIS
QUAIS AS
DIFERENÇAS ENTRE:
CÉLULA PROCARIÓTICA: CÉLULA EUCARIÓTICA:

•Sem membrana nuclear; •Núcleo com membrana nuclear e


nucléolo;

•Ausência de organelos com •Grande variedade de organelos


membranas; com membranas;

•A fotossíntese e a respiração •A fotossíntese ocorre nos


celular ocorre em membranas; cloroplastos;
•A respiração celular ocorre nas
Mitocôndrias;
Estruturas das células
• Basicamente uma célula é formada por três partes
básicas:
– Membrana: “capa” que envolve a célula;
– Citoplasma: região que fica entre a membrana e o núcleo;
– Núcleo: estrutura que controla as atividades celulares.
Esquema de uma célula animal
A Membrana Plasmática
• É uma “capa” dupla que envolve e protege todo
o interior da célula.
• Permeabilidade Seletiva: capacidade de
selecionar as substâncias que entram e saem
da célula.
Parede celulósica
• É constituída pela celulose.
• Reduz a perda de água e promove a rigidez das
células.
Citoplasma
• Fica entre a membrana e o núcleo;
• É preenchido pelo hialoplasma;
• É onde encontram-se dispersos os organóides
(organelas citoplasmáticas) que garantem o bom
funcionamento da célula;
Organelas Citoplasmáticas
Mitocôndria:
Responsável pela respiração celular e produção
de energia.
Células que utilizam bastante energia tem muitas
mitocôndrias, por exemplo, as células musculares.

Complexo de Golgi:
É formado por pequenas bolsas. Serve para
armazenar e descartar substâncias.
Retículo Endoplasmático:
É responsável pelo transporte, distribuição e
armazenamento de substâncias.
Forma uma rede de canais que ocupam grande parte do
Citoplasma.

Lisossomos:
São estruturas responsáveis pela digestão da célula.
Centríolos:
Participam do processo de formação de
cílios e flagelos e da divisão celular
(multiplicação das células).

Cloroplastos:
São responsáveis pela fotossíntese.
É nestas estruturas que encontramos a
CLOROFILA (pigmento verde).
São encontrados apenas nas células vegetais!
Núcleo
O Núcleo atua na reprodução celular. Também é portador das
características hereditárias e coordena as atividades celulares.
Células anucleadas
Célula com núcleo
Células nucleadas
TESTANDO APRENDIZAGEM

1.Como podemos dividir os seres vivos de acordo


com quantidade de células que o compõe?

2.Cite quais os 2 tipos básicos de células e o que


as difere?

3.Quais os constituintes das células eucariontes?

4.Apresente 3 características que diferenciem as


células eucariontes animais das vegetais.
DE ROBERTIS, Eduardo. Bases da Biologia Celular e
Molecular. 4. ed. Rio de Janeiro: Gaunabara Koogan, 2006.

CARVALHO, H. A célula. 2. ed. São Paulo: Manole, 2007.


Citoplasma - Movimento, Síntese e Digestão
Celular
O Retículo Endoplasmático

O retículo endoplasmático (RE) é uma


rede de túbulos envolvidos por membranas
e sacos (cisternas) que se estendem da
membrana nuclear por todo o citoplasma
O retículo endoplasmático é envolvido por uma membrana contínua e é a
maior organela da maioria das células eucarióticas. Sua membrana pode
representar cerca da metade de todas as membranas celulares, e o espaço
envolvido pelo RE (o lúmen, ou espaço da cisterna) pode representar cerca
de 10% do volume total da célula.

,há três domínios de membranas contíguas no RE que desempenham


diferentes funções dentro da célula.

O RE rugoso, que é coberto por ribossomos na sua superfície externa, e o


RE transicional, de onde as vesículas saem para o complexo de Golgi,
ambos funcionam no processamento das proteínas.

O RE liso não está associado com ribossomos e está envolvido no


metabolismo de lipídeos e não no de proteínas.
O Retículo Endoplasmático e a Secreção
de Proteínas

O papel do retículo endoplasmático no processamento e na distribuição de


proteínas foi primeiramente demonstrado por George Palade e colegas nos
anos de 1960
A via secretora

Células pancreáticas acinares, que secretam a maioria das suas proteínas


recentemente sintetizadas para o trato digestivo, foram marcadas com
aminoácidos radioativos para estudar a via intracelular utilizada pelas proteínas
secretadas.

Após uma curta incubação com aminoácidos radioativos (3 minutos de


marcação), a autoradiografia revelou que as proteínas recentemente
sintetizadas estavam localizadas no RE rugoso.

Após uma incubação com aminoácidos não Radioativos (um pulso), foi
observado que as proteínas se moviam do RE para o complexo de Golgi e
então, dentro de vesículas secretoras, para a membrana plasmática e o exterior
da célula.
Em células de mamíferos, a distribuição inicial de proteínas para o RE
se dá enquanto está ocorrendo a tradução.

As proteínas sintetizadas nos ribossomos livres permanecem no citosol


ou são transportadas para o núcleo, a mitocôndria, os cloroplastos ou
os peroxissomos.

Diferentemente, as proteínas sintetizadas nos ribossomos ligados à


membrana são transportadas para dentro do RE enquanto sua
tradução está ocorrendo.

Estas podem ser retidas dentro do RE ou transportadas para o


complexo de Golgi, e deste para os lisossomos, a membrana
plasmática ou o exterior da célula através de vesículas secretoras.
Visão geral da distribuição de proteínas

As proteínas
destinadas para
secreção ou
incorporação no RE,
no complexo de Golgi,
nos lisossomos ou na
membrana plasmática
são inicialmente
direcionadas para o
RE.
Nas células de
mamíferos, a maioria
das proteínas é
transferida para dentro
do RE enquanto estão
sendo traduzidas nos
ribossomos ligados à
membrana
Direcionando Proteínas para o Retículo
Endoplasmático

Quando células são rompidas, o RE se quebra em pequenas vesículas chamadas de


microssomos. Os microssomos derivados do RE rugoso (microssomos rugosos) são
revestidos com ribossomos na sua superfície externa. Como os ribossomos contêm
grandes quantidades de RNA, os microssomos rugosos são mais densos do que os
microssomos lisos, e podem ser isolados por meio de centrifugação em gradiente de
densidade.
Incorporação de proteínas secretoras nos
microssomos

Proteínas secretoras são direcionadas para o RE através de uma seqüência sinal no


seu amino terminal (N), a qual é removida durante a incorporação da cadeia
polipeptídica crescente no RE. Isto foi demonstrado por experimentos mostrando que
a tradução de mRNA de proteínas de secreção nos ribossomos livres gerava
proteínas que mantinham sua seqüência sinal e eram, portanto, levemente maiores
do que as proteínas secretadas normalmente. Entretanto, quando microssomos eram
adicionados ao sistema, as cadeias polipeptídicas crescentes eram incorporadas nos
microssomos e as seqüências sinal eram removidas por clivagem proteolítica.
O mecanismo pelo qual proteínas secretadas são direcionadas para o RE
durante sua tradução (a via simultânea à tradução) está agora bem
entendido.

A sequência sinal tem cerca de 20 aminoácidos, incluindo uma série


de resíduos hidrofóbicos, usualmente no amino terminal da cadeia
polipeptídica
Assim que elas emergem do ribossomo, as seqüências sinal são
reconhecidas e ligadas através de uma partícula de reconhecimento de
sinal (SRP) que consiste em seis polipeptídeos e um RNA
citoplasmático pequeno (srpRNA)

A SRP liga-se ao ribossomo, assim como à seqüência sinal, inibindo a


tradução e direcionando o complexo inteiro (SRP, ribossomo e cadeia
polipeptídica crescente) para o RE rugoso através da ligação ao receptor de
SRP na membrana do RE

A ligação com o receptor libera a SRP tanto do ribossomo como da seqüência


sinal da cadeia polipeptídica crescente. O ribossomo liga-se então a um
complexo de transporte de proteínas na membrana do RE, e a seqüência sinal é
inserida em um canal de membrana ou translocon
A maioria das seqüências sinal contém uma série de
aminoácidos hidrofóbicos precedidos de resíduos básicos
(por exemplo, arginina)
Direcionamento simultâneo à tradução de
proteínas secretadas para o RE
Transporte posterior à tradução de
proteínas para dentro do RE

Proteínas destinadas à importação


posterior à tradução no RE são
sintetizadas em ribossomos livres e
mantidas em uma conformação não-
dobrada por chaperonas citosólicas. Suas
seqüências sinal são reconhecidas pelo
complexo Sec62/63 que está associado ao
translocon na membrana do RE. A
proteína Sec63 também está associada a
uma chaperona (BiP), que atua como
catraca molecular para direcionar o
transporte de proteína para dentro do RE
Inserção de Proteínas na Membrana do
Retículo Endoplasmático

Da membrana do RE elas seguem para seu destino final pela mesma


via das proteínas a serem secretadas: RE → Golgi → membrana
plasmática ou endossomos → lisossomos. No entanto, essas proteínas
são transportadas por essa via como componentes da membrana e
não como proteínas solúveis.
Orientações das proteínas de membrana

Proteínas integrais de membrana atravessam a membrana através de regiões de α-


hélice de 20 a 25 aminoácidos hidrofóbicos, que podem estar inseridos em diversas
orientações. As duas proteínas, à esquerda e no centro, atravessam a membrana
uma vez, mas diferem se o amino terminal (N) ou carboxi terminal (C) está no lado
citosólico.
o exemplo de uma proteína que tem várias regiões que atravessam a membrana.
Topologia da via
secretora

Os lúmens do retículo
endoplasmático e do complexo
de Golgi são topologicamente
equivalentes ao exterior da
célula. Conseqüentemente, as
porções das cadeias
polipeptídicas que são
transportadas para o RE estão
expostas na superfície da
célula depois do transporte
para a membrana plasmática.
Inserção de uma proteína de membrana
com uma seqüência sinal clivável e uma
única seqüência de parada de
transferência

A seqüência sinal é clivada conforme a cadeia polipeptídica cruza a membrana, de


modo que o amino terminal da cadeia polipeptídica é exposto no lúmen do RE.
Entretanto, o transporte da cadeia polipeptídi-ca através da membrana é detido por
uma seqüência transmembrana de parada de transferência que fecha o translocon e
sai do canal lateralmente para ancorar a proteína na membrana do RE.
A finalização da tradução resulta em uma proteína que cruza a membrana com seu
terminal carboxi no lado citosólico.
Seqüências sinal internas não
Inserção de proteínas de membrana com cliváveis podem levar à inserção de
seqüências sinal internas não-cliváveis cadeias polipeptídicas em ambas
orientações na membrana do RE
(A) A seqüência sinal direciona a
inserção do polipeptídeo de maneira
que seu amino terminal é exposto
do lado citosólico. O restante da
cadeia polipetídica é transportado
para dentro do RE conforme a
tradução prossegue. A seqüência
sinal não é clivada, atuando assim
como uma seqüência que cruza a
membrana, que ancora a proteína
na membrana com seu carbox
terminal no lúmen do RE. (B) Outras
seqüências sinal internas são
orientadas para direcionar a
transferência da porção amino
terminal do polipeptídeo através da
membra-na. A finalização da
tradução resulta em uma proteína
que atravessa a membrana do RE
com seu amino terminal no lúmen e
Inserção de uma proteína que cruza a
membrana várias vezes

Neste exemplo, uma seqüência sinal interna resulta na inserção da cadeia polipeptídica com seu
amino terminal no lado citosólico da membrana. Uma seqüência de parada de transferência
sinaliza então o fechamento do canal de transporte, levando a cadeia polipeptídica a formar uma
alça dentro do lúmen do RE, enquanto a tradução continua no citosol. Uma segunda seqüência
sinal interna re-abre o canal, provocando a reinserção da cadeia polipeptídica na membrana do RE
e formando uma alça no citosol. O processo pode ser repetido várias vezes, resultando em
proteínas com várias re-giões de cruzamento na membrana.
Dobramento de Proteínas e
Processamento no Retículo
Endoplasmático
Glicosilação de proteínas no RE
Adição de âncoras GPI

Âncoras glicosilfosfatidilinositol (GPI) contêm duas cadeias de ácidos graxos,


uma porção de oligossacarídeo consistindo em inositol e outros açúcares e
etanolamina. As âncoras GPI são montadas no RE e adicionadas a polipeptídeos
ancorados na membrana através de uma região carboxi terminal de cruzamento
de membrana.

A região de cruzamento de membrana é clivada, e o novo terminal carboxi é


unido ao grupo NH2 da etanolamina, imediatamente após a tradução ser
completada, deixando a proteína ligada à membrana através da âncora GPI.
Dobramento de glicoproteína pela
calnexina
Proteínas e lipídeos
são transportados do
Transporte vesicular do RE para o Golgi RE para o Golgi em
vesículas de transporte
que brotam da
membrana do retículo
endoplasmático de
transição (ou
intermediário) e depois
fundem-se para formar
as vesículas e os
túbulos dos
compartimentos
intermediários do RE-
Golgi (ERGIC).
Proteínas do lúmen do
RE são captadas pelas
vesículas e liberadas
no lúmen do Golgi. As
proteínas de membrana
mantêm a mesma
orientação tanto no
Golgi quanto no RE
O Complexo de Golgi

O complexo de Golgi, ou aparelho de Golgi, funciona como uma fábrica


na qual proteínas recebidas do RE são adicionalmente processadas e
separadas para que sejam transportadas para seus destinos:
endossomos, lisossomos, membrana plasmática ou secreção
Recuperação de proteínas residentes no
RE

Proteínas destinadas a permanecer


no lúmen do RE são marcadas pela
seqüência Lys-Asp-Glu-Leu (KDEL)
no seu carboxi terminal. Essas
proteínas são exportadas do RE
para o Golgi, mas elas são
reconhecidas por um receptor no
ERGIC ou no complexo de Golgi e
são seletivamente devolvidas para
o RE.
Organização do Golgi

Morfologicamente, o Golgi é composto de sacos (cisternas) envoltos por


membranas achatadas e vesículas associadas
Uma característica interessante do complexo de Golgi é sua polaridade
distinta na estrutura e função. Proteínas do RE entram pela face cis (face de
entrada), que é convexa e habitualmente orientada na direção do núcleo.

Elas são então transportadas através do Golgi e saem pela sua face côncava
trans (face de saída). Enquanto passam pelo Golgi, as proteínas são
modificadas e separadas para que sejam transportadas para seus destinos
finais dentro da célula
Eventos distintos de processamento e separação parecem ocorrer em uma
seqüência ordenada dentro de diferentes regiões do complexo de Golgi, de
modo que se considera usualmente que o Golgi consiste em múltiplos
compartimentos discretos.

Embora o número de tais compartimentos não esteja estabelecido, o Golgi é


geralmente visto como sendo constituído de quatro regiões funcionalmente
distintas: a rede de Golgi cis, a pilha de Golgi (que é dividida em
subcompartimentos medial e trans) e a rede de Golgi trans
Regiões do complexo de Golg

Vesículas do RE fusionam-se para


formar o compartimento intermediário
do RE-Golgi, e proteínas do RE são
então transportadas para a rede de
Golgi cis. Proteínas residentes do RE
retornam do compartimento
intermediário do RE-Golgi e da rede de
Golgi cis através da via recicladora. Os
compartimentos medial e trans do
complexo de Golgi correspondem à
cisterna no meio do complexo de Golgi
e são os locais onde ocorre a maioria
das modificações nas proteínas. As
proteínas são então transportadas para
a rede de Golgi trans, onde elas são
separadas para ser transportadas para
a membrana plasmática, para
secreção, endossomos ou lisossomos.
Glicosilação de Proteínas dentro do Golgi

O processamento de proteínas dentro do Golgi envolve a modificação e a


síntese da porção de carboidrato de glicoproteínas.

Um dos aspectos mais importantes desse processamento é a modificação


dos oligossacarídeos N-ligados que são adicionados às proteínas no RE.

As proteínas são modificadas dentro do RE pela adição de um


oligossacarídeo que consiste em 14 resíduos de açúcar
Os oligossacarídeos N-ligados de glicopro-
teínas transportadas do RE são adicional-
mente modificados em uma seqüência
orde-nada de reações no Golgi.
Direcionamento de proteínas lisossomais
pela fosforilação de resíduos de manose

As proteínas destinadas à incorporação nos lisossomos são reconhecidas e


modificadas especificamente pela adição de grupos fosfato na posição 6 dos resíduos
de manose.
Na primeira etapa da reação, fosfatos da N-acetil-glicosamina são transferidos para
os resíduos de manose a partir da UDP-N-acetilglicosa-mina.

Os grupos N-acetilglicosamina são então removidos, deixando manose-6-fosfato.


Metabolismo de Lipídeos e
Polissacarídeos no Golgi

Além da sua atividade no processamento e na distribuição de


glicoproteínas, o complexo de Golgi funciona no metabolismo de lipídeos
– em particular, na síntese de glicolipídeos e esfingomielina

Os glicerolfosfolipídeos, o colesterol e a ceramida são sintetizados no RE.

A esfingomielina e os glicolipídeos são então sintetizados a partir de


ceramida no complexo de Golgi
A ceramida, que é
sintetizada no RE, é
convertida em
esfingomielina (um
fosfolipídeo) ou em
glicolipídeos no complexo
de Golgi. Na primeira
reação, um grupo
fosforilcolina é transferido da
fosfatidilcolina para a
ceramida. Alternativamente,
uma ampla variedade de
glicolipídeos diferentes pode
ser sintetizada pela adição
de um ou mais resíduos de
açúcar (por exemplo,
glicose).
Tansporte a partir do complexo de Golgi

Proteínas são distribuídas na rede de Golgi


trans e transportadas em vesículas para
seu destino final. Na ausência de sinais de
distribuição específicos, as proteínas são
carregadas para a membrana plasmática
por secreção constitutiva.
Alternativamente, proteínas podem ser
desviadas da via de secreção constitutiva
e direcionadas para outros destinos, como
endossomos e lisossomos ou sofrer
secreção regulada nas células.
Transporte para a membrana plasmática
de células polarizadas
A membrana plasmática de células
epiteliais polarizadas está dividida em
domínios apical e basolateral. Neste
exemplo (epitélio intestinal), a superfície
apical da célula cobre o lúmen do intestino,
as superfícies laterais estão em contato
com células vizinhas e a superfície basal
se apóia em uma camada de matriz
extracelular (lâmina basal). A membrana
apical é caracterizada pela presença de
microvilosidades que facilitam a absorção
de nutrientes pelo aumento da área de
superfície. Proteínas específicas são
direcionadas para a membrana apical ou
para a basolateral na rede de Golgi trans
ou em um endossomo. Junções
compactas entre células vizinhas mantêm
a identidade das membranas apical e
basolateral, evitando a difusão de
proteínas entre estes domínios.
Mecanismo do Transporte Vesicular

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