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Abstract
Since its birth the man is questioned by ideologies that interfere with their behavior
and way of seeing the world. The ads, now reflect these ideologies, sometimes create new
habits. To investigate the ideology of different periods, from the perspective of semiotic
theory, provides greater clarity in the verification of the intentions of the text used in
construction, aiming to show the changes in ideology and way of communicating, through the
years, as the advertisements of the decade 60 and the 2000s convey different ideological
proposals. Discover the process that generates the final meaning of the message you want to
convey is the advertisements that leverage all of this research showing the importance of
analysis to achieve the end result of such communication, interaction and persuade
consumers.
Resumo
Desde o seu nascimento o homem é interpelado por ideologias que interferem em seu
comportamento e em seu modo de enxergar o mundo. As propagandas, ora refletirão essas
ideologias, ora criarão novos hábitos. Investigar a ideologia de épocas diferentes, sob a
perspectiva da teoria semiótica, proporciona maior nitidez na verificação das intenções usadas
na construção do texto, objetivando mostrar as mudanças ocorridas na ideologia e no modo de
se comunicar, através dos anos, pois as propagandas da década de 60 e dos anos 2000
veiculam propostas ideológicas distintas. Descobrir o processo que gera o sentido final da
mensagem que as propagandas querem transmitir é o que alavanca toda esta pesquisa que
mostra a importância da análise para alcançar o resultado final desse tipo de comunicação:
interagir e convencer o consumidor.
Análise de propagandas
As propagandas são meios persuasivos que empresas e instituições utilizam para
convencer determinados grupos quanto à utilização de produtos e serviços diretamente
direcionados a eles. A grande concorrência, nos mais variados segmentos, exige que a
publicidade seja cada vez mais criativa e incisiva. A publicidade é muito importante na
sociedade atual, pois é considerada uma das grandes responsáveis por influenciar
comportamentos dos usuários e receptores.
A publicidade utiliza uma linguagem bem peculiar e cria uma realidade diferente da
que é mostrada por jornais e noticiários, que exibem em sua grande maioria um mundo
perigoso, triste, guerras, fome, etc. O mundo apresentado pelos anúncios publicitários é bem
diferente: as pessoas estão sempre felizes, há muito encanto, luz e calor, exatamente o que se
busca. Eles manipulam símbolos para mediar objetos e pessoas, enfatizando sua missão
primordial que “é encontrar algo de extraordinário para falar de coisas banais” (CARVALHO,
2000, p.12).
Fusca
Fonte: CLUBE DO CARRO ANTIGO DE LONDRINA, 2008.
A frase de chamada retrata bem um preconceito antigo: o de que mulher não sabe
dirigir e não entende de carro. Nota-se que esse anúncio é direcionado ao público feminino,
tanto na imagem que apresenta uma escola em horário de saída com muitas crianças e
mulheres (que são as que geralmente vão buscar os filhos na escola), quanto no próprio texto
que apresenta o “Fusca” como um carro simples de dirigir, econômico e que não dá
Ford Focus
Fonte: PROPAGANDA..., 2007.
Após a enumeração de tantos motivos, deduz-se que aquele que adquirir este
automóvel ficará feliz e motivado ao passo que o que não comprar o “Ford Focus” se sentirá
desmotivado, já que não percebeu ou viu tantos motivos. Pode se tratar de uma pessoa para
quem a imagem de uma rua com lojas não chame a atenção. Neste caso, o termo motivação é
eufórico, pois traz á lembrança elementos positivos como o próprio carro, e o termo
desmotivação é disfórico, lembrando sentimento negativos.
Há uma manipulação por sedução, pois o enunciador seduz o sujeito (leitor) com os
motivos expostos em formatos em que ele identifique locais e objetos conhecidos, como uma
rua com lojas. O sujeito se sente atraído pelo que vê, pois isso interfere em seu gosto.
A idéia que essa publicidade quer mostrar é de um carro grandioso, com ares
majestosos, pois a imagem dele é apresentada num ângulo que deixa quem vê como num
plano mais baixo. O carro é visto de baixo pra cima com o intuito de reafirmar sua
grandiosidade.
Considerações finais
A industrialização de muitos produtos e a expansão dos meios de comunicação como a
televisão e a internet proporcionaram transformações não só nos hábitos de consumo da
Referências
BARROS, Diana Luz Pessoa de. Teoria semiótica do texto. 4. ed. São Paulo: Ática, 1990.
CARVALHO, Nelly de. Publicidade: a linguagem da sedução. 3. ed. São Paulo: Ática,
2000.
FIORIN, José Luiz. Elementos de análise do discurso. 13. ed. São Paulo: Contexto, 2005.
PAES, Maria Helena Simões. A década de 60: rebeldia, contestação e repressão política.
São Paulo: Ática, 1992.
PAULA, Michel de. História do fusca. São Paulo: FuscohabCar Clube, 2009. Disponível em:
<http://www.fuscohab.com/fuscohab.com/page2.aspx.> Acesso em: 20 jan. 2009.
PROPAGANDA automóvel Ford Focus. Cláudia, São Paulo, ano 46, n. 6, jun. 2007.