Relatorio 7 Quimica Experimental

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Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca

Relatório 7
Engenharia Mecânica

Disciplina: Química Geral Experimental

Aula Prática N° 7

Data da prática: 07/08/2024

Discentes: Giulia dos Santos da Silva


Erick Moreira Barcelos
Breno Caldas de Oliveira
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................3
OBJETIVO..........................................................................................5

MATERIAIS........................................................................................5
PROCEDIMENTOS.............................................................................6

RESULTADOS....................................................................................8
CONCLUSÃO...................................................................................11
REFERÊNCIAS..................................................................................12
1. INTRODUÇÃO

A área química conhecida como eletroquímica estuda como os elétrons


transformam energia química em energia elétrica e vice-versa. Como a
redução e a oxidação ocorrem simultaneamente, as reações que envolvem
transferência de elétrons são chamadas de reações de oxirredução. A
oxidação e a redução são processos físico-químicos complementares
conhecidos como reações de oxirredução. Na oxidação, uma substância perde
elétrons durante uma reação química. Na redução, uma substância ganha
elétrons durante uma reação química. Nas reações de oxirredução, oxidação
e redução ocorrem simultaneamente. Enquanto o agente redutor é uma
substância que doa elétrons e sofre oxidação, o agente oxidante é uma
substância que aceita elétrons e sofre redução1. Por exemplo, uma placa de
zinco metálico (Zn0) em uma solução de sulfato de cobre, que contém cátions
de cobre II (Cu2+) dissolvidos. Ao sofrer oxidação, o zinco se transforma em
cátion zinco (Zn2+), enquanto os íons de cobre recebem esses elétrons e se
transformam em cobre metálico (Cu0).

Assim, reações comparáveis ocorrem sempre nos fenômenos


eletroquímicos. Por outro lado, existem duas maneiras pelas quais isso pode
ocorrer. A eletroquímica tem dois campos principais de estudo: Pilhas e
baterias: Nesse caso, a energia química é convertida em energia elétrica por
meio de reações químicas de oxirredução espontâneas. Certas substâncias
químicas são colocadas dentro das pilhas e reagem espontaneamente
transferindo elétrons, por meio de reações de oxirredução. As pilhas contêm
dois eletrodos: O ânodo é o polo negativo da oxidação e o cátodo é o polo
positivo da redução. A diferença entre as pilhas e as baterias é que enquanto
as pilhas possuem somente dois eletrodos, as baterias são formadas por várias
pilhas conectadas em série ou em paralelo, ou seja, possuem vários eletrodos,
o que aumenta a sua voltagem2.
Vale ressaltar o processo chamado eletrólise, onde é um processo físico-
químico que utiliza a energia elétrica de uma fonte qualquer (como pilha ou
bateria) para forçar a ocorrência de uma reação química de produção de

1
https://www.manualdaquimica.com/fisico-quimica/oxidacao-
reducao.htm#:~:text=Na%20redução%2C%20uma%20substância%20ganha,aceita%20elétrons%20e%
20sofre%20redução.
2

https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/eletroquimica.htm#:~:text=A%20Eletroquímica%20é%20u
m%20ramo,a%20redução%20e%20a%20oxidação.
substâncias simples ou compostas que não podem ser encontradas na
natureza ou que não são encontradas em grande quantidade3. Na indústria, a
eletrólise é amplamente utilizada porque permite a isolamento de substâncias
essenciais para vários processos de produção, como cloro, hidróxido de sódio,
alumínio e outros. Além disso, também é um método para limpar e proteger
diferentes metais. Há dois tipos de eletrólise, a ígnea e a aquosa.

Quando se estuda eletroquímica estudamos a equação de Nernst, Walther


Hermann Nernst foi um físico-químico alemão, A físico-química
contemporânea teve sua contribuição. Trabalhou em áreas como fotoquímica,
eletroquímica, termodinâmica e química do estado sólido. Sua pesquisa
resultou na equação de Nernst. que permite calcular a força eletromotriz de
uma pilha para concentrações de íons diferentes de uma unidade. Também
usado para cálculos em titulação de oxidação-redução4.

3
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/quimica/o-que-e-
eletrolise.htm#:~:text=Eletrólise%20é%20um%20processo%20físico,são%20encontradas%20em%20gr
ande%20quantidade.
4

https://pt.wikipedia.org/wiki/Equação_de_Nernst#:~:text=Em%20eletroquímica%2C%20a%20equação
%20de,e%20físico%20alemão%20Walther%20Nernst.
2. OBJETIVO

Estudar o funcionamento comportamento das pilhas úmidas. Compreender a


aplicação da equação de Nesrt.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

• Voltímetro
• Eletrodos de cobre, zinco e de níquel
• Pipeta volumétrica de 1,00 mL
• Pêra
• Tubos de ensaio
• Zinco em pó
• Béqueres
• Balão volumétricos
• Pipeta de pauster

3.1 REAGENTES
• Soluções de K2SO4 0,5 mol L-1 e HCl aproximadamente 1 mol L-1
• Soluções de CuSO4 5H2O e ZnSO4 7H2O 0,5 mol-1
• Solução de NiSO4 6H2O de concentração desconhecidas
4. PROCEDIMENTOS

1° Parte:

Com o objetivo de montar o conjunto de células eletroquímicas, a primeira etapa


foi usar uma pinça de madeira e mergulhar um papel de filtro retangular em um béquer
contendo uma solução K2SO4 1,0 mol L-1. O papel já umedecido foi colocado no
meio do conjunto de células, que foi devidamente parafusado.

2° Parte:

Foi adicionada uma quantidade de solução de CuSO4 0,5 mol L-1 suficiente para
preencher a célula A. Em seguida foi adicionado uma quantidade de solução de
ZnSO4 0,5 mol L-1 suficiente para preencher a célula B.

Encaixamos o eletrodo de cobre na célula A e o eletrodo de Zn na célula B.


Conectamos a primeira extremidade do “jacaré azul” na saída negativa do voltímetro
e a segunda extremidade no eletrodo de zinco. Conectamos a primeira extremidade
do “jacaré vermelho” na saída positiva do voltímetro e a segunda extremidade no
eletrodo de cobre.

O voltímetro foi ligado na posição 20 e o valor potencial indicado no visor foi


anotado.

3° Parte:

Com auxílio de uma pipeta e uma pêra, pipetamos 0,5 mL da solução de CuSO4
0,5 mol L-1 e transferimos para um balão volumétrico de 200 mL e completamos com
água destilada.
Adicionamos um volume suficiente da solução que preparamos na célula C.
Adicionamos um volume suficiente de ZnSO4 0,5 mol L-1 na célula D.

Depois de lavar e secar os eletrodos de cobre e Zn, encaixamos o eletrodo de


cobre na célula C e o eletrodo de Zn na célula D.

Assim como na segunda etapa, encaixamos o “jacaré azul” no eletrodo de zinco


e o “jacaré vermelho” no eletrodo de cobre. O valor potencial indicado no visor foi
anotado.
4° Parte:

Foi transferida uma quantidade suficiente da solução de NiSO4 de concentração


desconhecida para a célula E, e uma quantidade suficiente da solução CuSO4 (que
foi preparada na parte 3) para célula F.

Posicionamos o eletrodo de cobre na célula F e o eletrodo de níquel na célula E.

O “jacaré vermelho” foi conectado no eletrodo de cobre, e o “jacaré azul” foi


conectado no eletrodo de níquel. O valor potencial indicado no visor foi anotado.

5° Parte:

Sobre a bancada estavam dispostos dois tubos de ensaio, um deles contendo


zinco em pó, e o outro contendo um pedaço de folha de cobre.

Utilizando uma pipeta de pausteur adicionamos um volume suficiente de HCL mol


L-1 a cada um deles. Observamos cada um deles e anotamos o que foi observado.
5. RESULTADOS

1) As pilhas de Cu-Zn e Cu-Ni forneçem as seguintes informações:

a) As semi-equações de oxidação e de redução do Cu-Zn e do Cu-Ni

Cu-Zn:

Oxidação: 𝑍𝑛(𝑠) → 𝑍𝑛2+ (𝑎𝑞) + 2𝑒 −

Redução: 𝐶𝑢2+ (𝑎𝑞) + 2𝑒 − → 𝐶𝑢(𝑠)

Cu-Ni:

Oxidação: 𝑁𝑖(𝑠) → 𝑁𝑖2+ (𝑎𝑞) + 2𝑒 −

Redução:𝐶𝑢2+ (𝑎𝑞) + 2𝑒 − → 𝐶𝑢(𝑠)

b) A equação global do Cu-Zn e do Cu-Ni:

Cu-Zn: 𝑍𝑛(𝑠) + 𝐶𝑢2+ (𝑎𝑞) → 𝑍𝑛2+ (𝑎𝑞) + 𝐶𝑢(𝑠)

Cu-Ni:𝑁𝑖(𝑠) + 𝐶𝑢2+ (𝑎𝑞) → 𝑁𝑖2+ (𝑎𝑞) + 𝐶𝑢(𝑠)

c) Os diagramas de pilha do Cu-Zn e do Cu-Ni são:

Cu-Zn: 𝑍𝑛(𝑠)|𝑍𝑛2+ (𝑎𝑞)||𝐶𝑢2+ (𝑎𝑞)|𝐶𝑢(𝑠)

Cu-Ni: 𝐶𝑢(𝑠)|𝐶𝑢2+ (𝑎𝑞)||𝑁𝑖2+ (𝑎𝑞)|𝑁𝑖(𝑠)

d) O anodo e o catodo do Cu-Zn e do Cu-Ni são:

Na célula eletrolítica Cu-Zn, o zinco sofre oxidação e o cobre sofre redução, sendo
assim o Zn é o anodo e o Cu é o catodo.
Na célula eletrolítica Cu-Ni, o cobre sofre oxidação e o Níquel sofre redução, sendo
assim o Ni é o anodo e o Cu é o catodo.

e) O polo positivo e negativo do Cu-Zn e do Cu-Ni :

Na célula eletroquímica, o catodo é o polo positivo e o anodo é o polo negativo,


logo na célula Cu-Zn o polo positivo é o cobre e o polo negativo é o zinco. Já na
célula Cu-Ni o polo positivo é o cobre e o polo negativo é o Níquel.

f) A sentido do fluxo de elétrons do Cu-Zn e do Cu-Ni:


A direção do fluxo de elétrons vai do potencial mais baixo para o potencial mais alto,
sendo assim vai do anodo para o catodo, logo na célula Cu-Zn o fluxo de elétrons
vai do eletrodo de zinco para o eletrodo de cobre. Já na célula Cu-Ni o fluxo de
elétrons vai do eletrodo de níquel para o eletrodo de cobre.

2) Nas pilhas Cu-Zn e Cu-Ni as massas sofrem as seguintes variações:

Na pilha Cu-Zn ocorre a oxidação do Zn e a liberação de elétrons, neste processo o


eletrodo de Zn tem sua massa diminuída conforme oxida, ao mesmo tempo no
eletrodo de Cu, ions da solução são reduzidos a Cu aceitando elétrons, neste
processo o cobre é depositado no eletrodo de Cu aumentando assim a massa de
Cu.

Na pilha Cu-Ni ocorre a oxidação do Ni e a liberação de elétrons, neste processo o


eletrodo de Ni tem sua massa diminuída conforme oxida, ao mesmo tempo no
eletrodo de Cu, íons da solução são reduzidos a Cu aceitando elétrons, neste
processo o cobre é depositado no eletrodo de Cu aumentando assim a massa de
Cu.

3) As pilhas de Cu-Zn e Cu-Ni as soluções sofrem as seguintes variações de


concentração:

Na pilha Cu-Zn, a solução de Zinco (Zn) sofre aumento de concentração de íons


devido à dissolução do metal durante a oxidação. Enquanto a solução de Cobre
(Cu) sofre diminuição de concentração de íons devido à deposição do metal durante
a redução.

E na pilha Cu-Ni ocorre o mesmo processo, a solução de Níquel sofre aumento de


concentração de íons devido à dissolução do metal durante a oxidação. Enquanto a
solução de Cobre (Cu) sofre diminuição de concentração de íons devido à
deposição do metal durante a redução.

4) O papel de filtro umedecido com a solução K2SO4 foi posicionado no meio do


conjunto das células eletroquímicas pois:

O papel de filtro umedecido com solução K2SO4 é utilizado como ponte salina nas
células eletroquímicas, a presença desta ajuda a manter a neutralidade elétrica nas
soluções contidas nas células. Quando acontecem as reações de oxidação e
redução nas células a ponte salina facilita a transferência de íons.

5) O potencial da pilha de Daniel construída na parte dois e três foram os seguintes


0,00v e 1,03v , respectivamente. a variação de potencial entre pilhas está
diretamente ligada a concentração das soluções presentes no experimento, já que a
variação ocorre de acordo com a quantidade de íons presentes na reação.

6) a) Ao observar o experimento foi observado:

Sobre a adição de HCl ao cobre metálico e ao zinco em pó foram observadas as


seguintes reações: Ao cobre metálico foi observado uma leve deformação em seu
formato original, como pode ser observado, além de uma leve formação de
pequenas bolhas acopladas ao mesmo no início da reação.

Já no zinco em pó, não foi observada nenhuma mudança significativa no mesmo,


como pode ser observado, apenas a decantação do sólido no fundo do tubo de
ensaio, além do líquido adquirir uma coloração mais acinzentada

b) As reações químicas ocorridas balanceadas são as seguintes:

Reação balanceada do HCl com cobre metálico: 2𝐻𝐶𝑙(𝑎𝑞)+𝐶𝑢(𝑠)→𝐶𝑢𝐶𝑙2(𝑎𝑞)+𝐻2(𝑔)

Reação balanceada do HCl com zinco em pó:𝑍𝑛(𝑠) + 2𝐻𝐶𝑙(𝑎𝑞) → 𝑍𝑛𝐶𝑙2 (𝑎𝑞) +


𝐻2 (𝑔)

c) Os agentes oxidante e redutor são:

agente oxidante: zinco

agente redutor: cobre


d) Os “Eº” das reações são os seguintes:

E° do cobre é = 0,00V, pois o cobre não é reduzido nem oxidado pela solução de
ácido clorídrico.

E° do zinco= 0,76 pois ele oxidou.

e) Com base na equação e nos valores de Eº obtidos anteriormente, fica


demonstrado que a reação do HCl com o cobre metálico não é uma reação
espontânea, já que seu Eº é igual a zero, tratando-se assim de uma reação
equilibrada. Já na reação de HCl com zinco em pó ficou evidente, por seu Eº ser
positivo, que se trata de uma reação espontânea.
6. CONCLUSÃO
Ao iniciar o experimento notamos claramente que as soluções estavam vazando
para os lados, para frente e para baixo, o que impediu um resultado mais preciso do
experimento, conseguimos impedir que as soluções se contaminassem descartando
a solução que estava na célula e lavando-as para colocar a próxima solução, o
experimento atrasou, mas evitamos a contaminação.
A montagem do conjunto de células eletroquímicas na Parte 1 demonstrou a
importância de procedimentos precisos na construção desses dispositivos. A atenção
aos detalhes, desde a preparação do papel filtro até a fixação dos conjuntos, é crucial
para garantir resultados confiáveis em experimentos posteriores.

A construção da Pilha de Daniel (Parte 2) e o estudo do efeito da diluição (Parte


3) permitiram explorar as nuances do potencial de células eletroquímicas. Essas
seções forneceram uma visão aprofundada das relações entre concentração e
potencial, destacando a necessidade de considerações cuidadosas ao projetar
sistemas eletroquímicos para aplicações específicas.

A determinação da concentração de uma solução NiSO4 (Parte 4) adicionou um


componente prático valioso ao experimento, conectando diretamente os conceitos
teóricos à análise quantitativa.

A parte final, que investigou a espontaneidade das reações redox (Parte 5),
ampliou a aplicação prática do experimento. Observamos a interação entre zinco em
pó, cobre e ácido clorídrico proporcionou uma visão tangível das reações
eletroquímicas em ambientes do cotidiano.

No geral, este experimento não apenas solidificou a compreensão teórica da


eletroquímica, mas também ressaltou a importância prática desses conceitos em
diversas aplicações. Desde dispositivos de armazenamento de energia até processos
industriais.
7. REFERÊNCIAS

1- https://www.manualdaquimica.com/fisico-quimica/oxidacao-
reducao.htm#:~:text=Na%20redução%2C%20uma%20substância%20ganha,aceita%2
0elétrons%20e%20sofre%20redução.

2-
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/eletroquimica.htm#:~:text=A%20Eletroq
uímica%20é%20um%20ramo,a%20redução%20e%20a%20oxidação.
3- https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/quimica/o-que-e-
eletrolise.htm#:~:text=Eletrólise%20é%20um%20processo%20físico,são%20encontradas%20em%20gr
ande%20quantidade.
4-
https://pt.wikipedia.org/wiki/Equação_de_Nernst#:~:text=Em%20eletroquímica%2C%20a%20equação
%20de,e%20físico%20alemão%20Walther%20Nernst.

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