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Eletrônica_11

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Sumário
1 INTRODUÇÃO A ELETRÔNICA............................................................................................. 4
1.1 VOLTAGEM:.............................................................................................................................................. 4
1.2 CORRENTE ELÉTRICA:............................................................................................................................... 5
1.3 CORRENTE CONTÍNUA: ............................................................................................................................ 5
1.4 CORRENTE ALTERNADA: ...................................................................................................................... 6
2 RESISTORES – FUNDAMENTAÇÃO ....................................................................................... 7
2.1 RESISTÊNCIA ELÉTRICA: ............................................................................................................................ 7
2.2 RESISTORES: ........................................................................................................................................ 7
2.3 COMPOSIÇÃO DO RESISTOR: ................................................................................................................ 8
2.4 CLASSIFICAÇÃO DOS RESISTORES: ........................................................................................................ 8
2.5 SIMBOLOGIA DOS RESISTORES: ............................................................................................................ 9
2.6 CÓDIGO DE CORES DOS RESISTORES: ................................................................................................... 9
3 PUSH BUTTON – CHAVES TÁCTEIS .................................................................................... 12
3.1 VISÃO DO PUSH BUTTON: ....................................................................................................................... 12
3.2 FUNCIONAMENTO DO PUSH BUTTON: ................................................................................................ 12
4 PROTOBOARD .................................................................................................................... 14
4.1 CLASSES DE PROTOBOARD: .................................................................................................................14
4.2 FUNCIONAMENTO DA PROTOBOARD: ................................................................................................. 15
5 LEI DE OHM ........................................................................................................................ 16
5.1 PRIMEIRA LEI DE OHM: ...........................................................................................................................16
6 DIODOS SEMICONDUTORES ............................................................................................. 18
6.1 MATERIAIS CONDUTORES E ISOLANTES: .............................................................................................18
6.2 SEMICONDUTORES:.............................................................................................................................19
6.3 PROCESSO DE DOPAGEM NOS SEMICONDUTORES E ............................................................................ 20
CRISTAIS P E N: ................................................................................................................................................ 20
6.4 FORMAÇÃO DO SEMICONDUTOR P: ................................................................................................... 20
6.5 FORMAÇÃO DO SEMICONDUTOR N: ................................................................................................... 20
6.6 .................................................................................................................................................................. 20
6.7 FORMAÇÃO DO DIODO JUNÇÃO PN: ................................................................................................... 21
6.8 ................................................................................................................................................................... 21
6.9 INDENTIFICAÇÃO DO DIODO: ............................................................................................................. 22
6.10 POLARIZAÇÃO DIRETA: ...................................................................................................................... 22
6.11 POLARIZAÇÃO REVERSA: .................................................................................................................... 22
7 CAPACITORES ..................................................................................................................... 24
7.1 TIPOS, CLASSIFICAÇÃO E SIMBOLOGIA:.................................................................................................... 24
7.2 CAPACITÂNCIA: ................................................................................................................................. 25
7.3 CONSTRUÇÃO DO CAPACITOR: ........................................................................................................... 25
7.4 CARGA E DESCARGA DE UM CAPACITOR: ............................................................................................. 25
8 TRANSISTORES ................................................................................................................... 27
8.1 FUNCIONAMENTO: ............................................................................................................................ 27
8.2 COMPORTAMENTO DO TRANSISTOR: ................................................................................................. 28
8.3 POLARIZAÇÃO DE TRANSISTORES: ...................................................................................................... 29

3
1 Introdução a Eletrônica
 Designação de Eletrônica.
Numa definição clara e simples, podemos dizer que a eletrônica é o ramo da
ciência que estuda o uso de circuitos formados por componentes elétricos e
eletrônicos, com o objetivo principal de representar, armazenar, transmitir ou
processar informações além do controle de processos e servos mecanismos.
Na eletrônica, existe tópicos iniciais que precisamos ter em mente para de fato
entender esse lado da tecnologia que é a eletrônica. Então acompanha essas
temáticas.
Alguns tópicos:

1.1 Voltagem:

Tensão elétrica, também conhecida como diferença de potencial (DDP) ou


voltagem, é a diferença de potencial elétrico entre dois pontos, onde um ponto será
o positivo e o outro consequentemente será o terra ou negativo. Sua unidade de
medida é o volt ou joules por coulomb, para medição a dessa diferença de potencial
pode ser usado um voltímetro, sendo 0 terra ou negativo o ponto de referência
comum para a medição.

Figura 1-1 Voltímetro

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1.2 Corrente Elétrica:

A corrente elétrica é o fluxo ordenado de partículas portadoras de cargas


elétricas, ou também, é o deslocamento de cargas dentro de um condutor, quando
existe uma diferença de potencial elétrico entre as extremidades. A unidade padrão
no sistema internacional para medir a intensidade de corrente elétrica é o ampere.

Figura 1-2 Amperímetro

1.3 Corrente Contínua:

Corrente contínua ou corrente constate (CC ou DC do inglês direct current)


é o fluxo ordenado de elétrons sempre numa direção.
A corrente continua normalmente é gerada por pilhas, baterias de
automóveis, onde possuem voltagens (1.5, 3, 6, 9, 12 ou 24V), baterias pequenas
(9V), pilhas (1.2V e 1.5V), dínamos, células solares e fontes de alimentação de
várias tecnologia que retificam a corrente alternada em corrente contínua, mas
calma iremos estudar isso no decorrer desse e-book.
Este tipo de circuito possui dois polos, geralmente denominados como polo
positivo e polo negativo, possuindo a mesma intensidade de corrente do começo
até o final do ponto, acompanha o gráfico abaixo.

Figura 1-3 Gráfico da Corrente Continua

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1.4 Corrente Alternada:

A corrente alternada (CA ou AC do inglês alternating current), é uma corrente


elétrica cujo sentido varia no tempo, ao contrário da corrente contínua onde o
sentido permanece constante ao longo do tempo. A forma de onda visual em um
circuito de potência CA é senoidal por ser a forma de transmissão de energia mais
eficiente. Enquanto a corrente continua é formada por dois polos, positivo e
negativo, a correte alternada é formada por três fios, uma fase, um neutro e o
aterramento.

Figura 1-4 Gráfico da Corrente Alternada

6
2 Resistores – Fundamentação

Antes de partirmos para mais fundo, precisamos entender qual é a definição


de resistência elétrica.

2.1 Resistência elétrica:

Em uma visão constante, resistência elétrica é nada mais nada menos do que a
aptidão de um corpo se opor a passagem de elétrons, em resumo, quanto maior for
a resistência do material, maior será o impasse dos elétrons em seguir seu percurso.
A unidade de medida de resistência elétrica é medida em ohms (Ω), em
homenagem ao físico alemão George Simon Ohm. Resistência elétrica, é o que
causa uma queda de corrente elétrica em alguma parte de um circuito elétrico ou
eletrônico.

Figura 2-1 Lei de Ohm

2.2 Resistores:

Os resistores são, componentes eletrônicos com a finalidade de transformar


energia elétrica em energia térmica, no qual sua função é se opor a passagem de
corrente elétrica como vimos na imagem a cima (Figura 2-1 Lei de Ohm), quando
há uma transformação de energia elétrica em energia térmica temos uma reação
chamada Efeito-Joule, onde elétrons em movimento (Corrente elétrica), se chocam
com os átomos que formam o material condutor, no qual o atrito desses dois
fenômenos gera calor denominando o Efeito-Joule.

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2.3 Composição do Resistor:

As especificações dos resistores precisam atender algumas condições de


trabalho das quais serão expostos, por exemplo: trabalhar em altas temperaturas e
resistir há esse calor sem modificar sua estrutura físico-química. Os resistores
comuns de 3 faixas que são os mais usados têm a seguinte amostra de construção:

Figura 2-2 Resistor de Filme (Carbono ou metálico)

2.4 Classificação dos Resistores:

 Resistores permanentes: Os resistores permanentes são resistores que


possuem valores fixos e são encontrados em grandes quantidades nos mais
variados modelos de circuitos eletrônicos e eletroeletrônicos. Esse
componente eletrônico é identificados através de um código de cores, que
estudaremos isso mais a frente.

Figura 2-3 Resistores fixosResistores variáveis:

 Resistores variáveis: São resistores cujos valores podem ser ajustados por
um movimento mecânico, por exemplo, rodadno manualmente o seu eixo.
Existem dois tipos de resistores variais que podem ser usados de duas
maneiras em um circuito, como potenciômetro (reguladar tensão) e como
reostato (regular corrente). São usados também para controle de
velocidade, luminosidade, temperatura etc.

8
Figura 2-4 Potenciômentro – Reostato

 Resistores ajustáveis: São resistores cujo valor de resistência pode ser


ajustado, dentro de uma faixa pré-definida. Estes tipos de resistores são
utilizados em circuitos que exigem calibração. Existem dois tipos de
resistores ajustáveis: Resistor ajustável de fio e o Trimpot.

Figura 2-5 Trimpot

2.5 Simbologia dos Resistores:

Os resistores possuem, usualmente, 2 tipos de simbologia que podem ser


encontras facilmente em diagramas eletrônicos de circuitos. Uma regida pela
norma IEEE e a outra pela IEC, veja abaixo às duas simbologias mais usadas nos
resistores:

Figura 2-6 Simbologia do resistor

Neste caso, agora que você conhece às duas simbologias normalizadas, uma com
origem europeia (IEC) e outra com padrões americanos (IEEE), cabe a você
estudante de eletrônica escolher um padrão e desenhar seus circuitos eletrônicos,
mas vale ressaltar que não se deve misturar os padrões

2.6 Código de cores dos Resistores:

Ao manusear um resisitor é fundamental saber o seu valor, e com o código de


cores dos resistores fica fácil. Esse código de cores aprecia os valores disponíveis

9
para os resistores que possuem de 4 a 5 faixas em sua composição. Abaixo
mostramos o método de conheconhecimento através do código de cores dos
resistores:

Figura 2-7 Tabela código de cores dos resistores

Nesse exemplo, usaremos um resistor de 4 faixas, essas faixas serão


necessárias para determinar o valor nosso resistor e a sua tolerância. Precisamos
entender 3 topicos a respeito do resistor que iremos usar para isso exemplo:

Figura 2-8 Resistor de exemplo

1 – Os resistores possuem faixas, como estamos usando um resistor de 4 faixas as 2


primeiras faixas será o nosso ponto de partida é com elas que determinaremos o
futuro do resistor.
As 2 primeiras faixas serão nosso
algarimos do valor da resistência,
onde agregamos as duas faixas:

3 + 3 = 33 Obs: não somamos, mas


sim, juntamos as 2 faixas.
Figura 2-9 Resistor de exemplo 2

2- A terceira faixa do nosso resistor será o nosso multiplicador, ou seja,


multiplicarar o resultado das 2 primeiras faixas, como isso temos o valor da nossa
resistência.

10
33 x 10 = 330 Ω Obs: se o valor
passar de 1000Ω, usamos a unidade
em kΩ, pois, 1kΩ equivale a 1000 Ω.

Figura 2-10 Resistor de exemplo 3

3- A terceira faixa é a nossa tolerância é nossa tolerância de resistência que o


resistor pode suportar.

Nosso resistor é de 330Ω ±5% de


tolerância.

Figura 2-11 Resistor de exemplo

Os resistores possuem seu grupos de padronização, isso mantem o sistema


de que eles não podem se encontrados em valores aleatórios, todos eles são
classificiados segundo um sistema estabelecido pela norma IEC 60063:1963. Cada
série está relacionada com a tolerância de variação na resistência que é dada em
%. Um número de “Décadas” é definido para cada série, isto é, as iniciais do
resistor em específico. Observe a tabela a seguir onde citamos a serie E6, E12,
E24 e E48, existindo outras padronizações fora essas:

Figura 2-12 Padronização resistores

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3 Push Button – chaves tácteis

Agora, vamos aprender um pouco sobre push button ou cahveis tácteis, isso é
um assunto bem interessante no qual mais a frente iremos construir um
circuito simples utilizando o push button e mais alguns componentes
eletrônicos que iremos conhecer e estudar.

3.1 Visão do Push Button:

As chaveis tácteis ou push button possui o mesmo funcionamento que os


interruptores elétricos, onde sua funcionalidade é basicamente fechar e abrir
circuitos elétricos, ou seja, interrompendo ou não a passagem de corrente elétrica
por um determinado circuito elétrico ou eletrônico. Existe uma difenciação entre
uma chave táctei para um interruptor elétrico, onde está especialmente em sua
forma de acionamento, no qual para o acionamento da chave táctil é preciso
exercer uma força em apenas um sentido, já para o interruptor elétrico existe uma
variação do estado atual para o estado tencionado, é comum que um push button
possua ação de contado momentâneo, o que significa que a conexão é aberta ou
fechada apenas momentaneamente enquanto o botão estiver sendo pressionado.

Figura 3-1 Push Button - Interrupotor elétrico

3.2 Funcionamento do Push Button:

Como já sabemos, o botão é um componente eletrônicos que é acionado através


da pressão que é exercida em sua composição, com isso partimos da ideia que sua
funcionalidade é permitir ou não que os elétrons fluam pelo circuito, mas que tipos

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de botões existem que são mais usados? Pois bem, vamos citar aqui dois tipos de
chaves: normalmente aberta e normalmente fechada.

 Normalmente aberta: Contato normalmente aberto (NA ou NO(normally


open em inglês) são interruptores usados com maior frenquência, uma vez
que, com uma pressão exercida em sua construção, eles são responsáveis
por completar um circuito que está em uso no qual deixará a corrente pelo
contudor fluir pelo circuito e completar seu ciclo.

 Normalmente fechada: Contato normalmente fechado (NF ou


NC(normally closed em inglês) são interruptores onde sua posição original
permanece fechada, estabelecendo um circuito em funcionamento até que
exista uma força externa capaz de cortar o fluxo de corrente elétrica por
um circuito elétrico.

Figura 3-2 Forma de contado dos buttons

Acopanhe a seguir a simbologia do push button normalmente aberto e


normalmente fechado:

Figura 3-3 Simbologia do Push Button

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4 Protoboard

Em uma visão geral, uma placa de ensaio ou matriz de contato, é uma placa
com furos e conexões condutoras que nos possibilita uma montagem de um
determinado circuito elétrico-eletronico sem a necessidade de soldagem entre
os componentes.

4.1 Classes de Protoboard:

Diante de uma determinada situação se tem uma protoboard que melhor


antende as necessecidades de seu projeto, seja pela quantidade de componentes
ou expecificamente pelo tamanho do circuito. Veja alguns exemplos encontrados
no mercado:

Figura 4-1 Protoboard Mini - Figura 4-3 Protoboard - 830 Figura 4-5 Protoboard - 3260
170 furos furos furos

Figura 4-2 Protoboard - 400 Figura 4-4 Protoboard - 1680


furos furos

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4.2 Funcionamento da Protoboard:

De inicio, é preciso ficar ciente de que a protoboard é formada por barramentos


metálicos onde ocorre uma condução entre essas barras. Pois bem, as protoboards
funcionam como modelo de matriz, ou seja, formadas por linhas e colunas onde
há identificações das linhas através dos números e as colunas através das letras.

As protoboards possuiem condução


elétrica perante as linhas e são
isoladas eletricamente entre as
colunas. Já os barramentos de
alimentação são usados no sentido de
colunas, onde possuiem
contubilidade elétrica entre elas, que
chamamos de postivo e negativo.

Figura 4-6 Protoboard imagens

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5 Lei de Ohm

Como sabemos, a eletricidade que usamos para alimentar os aparelhos elétricos


e eletrônicos foi umas das grandes descoberta para a ciência e a humaninade, onde
uma gama de cientistas, físicos e engenheiros tem dedicado suas carreiras para
solucionar problemas do mundo atual.
A lei de ohm, no qual foi dado em homenagem a George Simon Ohm, permite
calcularmos importantes grandezas físicas onde definiu uma relação entre
corrente, tensão e resistência elétrica.

5.1 Primeira Lei de Ohm:

Perante as três grandezas elétricas usadas por Ohm, vamos estabelecer suas
relações:
Após um experimento feito por Ohm em seu laboratório, onde se conectava os
dois terminais de um resistor em uma fonte de alimentação ajustável (V), com isso
ele ajustava a tensão e realizava medições da intensidade de corrrente elétrica (I)
que circulava pelo circuito. Depois de muitos testes, observou de forma empírica
que, a razão entre a tensão elétrica e a intensidade da corrente elétrica era a mesma,
ou seja, comprovou-se uma constância.
𝑈1 𝑈² 𝑈³ 𝑈𝑛
= = …
𝐼¹ 𝐼² 𝐼³ 𝐼𝑛
Afirmou-se então a tese de que, mantendo constante a temperatura de um
resistor, a diferença de potencial aplicada nos seus extremos é diretamente
proporcional à intensidade da corrente elétrica. Essa relação é representada
pela seguinte equação:
𝑼: 𝑹 . 𝑰
Onde:
U: Tensão elétrica [V]
R: Resistência elétrica [Ω]
I: Corrente elétrica [A]

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Figura 5-1 Piramide de Ohm

Dessa forma, podemos ter as seguintes equações derivadas da fórmula original,


já que é uma relação matemática:
𝑈
Para encontrar corrente elétrica: 𝐼𝑅
𝑈
Para encontrar resistência elétrica: 𝑅
𝐼

Figura 5-2 Lei de Ohm - Formulas

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6 Diodos Semicondutores

Um dos fatos que contribuiu grandemente para essa evolução da eletrônica foi
a descoberta e aplicação dos materiais semicondutores. Falaremos sobre o primeiro
componente fabricado com esse material, o diodo semicondutor, que é até hoje
aplicado nos processos de transformação de corrente alternada em corrente
contínua. Mas antes de tudo, vamos entender um pouvo sobre condutores e
isolantes.

6.1 Materiais Condutores e Isolantes:

 Condutores: De forma cientifica, os materiais condutores são formados


por átomos cujos elétrons da orbita de valência estão fracamente ligados
ao núcleo, de modo que a temperatura ambiente tem energia suficiente
para arrancá-los da órbita, tornando todos eles livres. Quanto maior o
número de elétrons livres, maior é a condutividade do material. De uma
forma geral e simplificada, um condutor é um material capaz de conduzir
elétrons livres em seu interior, como exemplo de condutores podemos
citar o ouro, a prata, o cobre, o alumínio e outros metais, veja abaixo uma
imagem do condutor elétrico:

Figura 6-1 Condutor elétrico

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 Isolantes: De forma cientifica, os materiais isolantes são formados por
átomos cujos elétrons da orbita de valência estão fortementes ligados ao
núcleo, de modo que a temperatura ambiente não tem energia suficiente
para arrancá-los da orbita. Por tanto, há pouquíssimos elétrons livres. De
uma forma geral e simplificada, um isolante é um material que não tem a
capacidade de conduzir elétrons livres em seu interior, como exemplo de
isolantes podemos citar a borracha, a mica e a porcelana.

Figura 6-2 Isolante elétrico

6.2 Semicondutores:

Os materiais semicondutores são aqueles que manifestam características


intermediarias entre os isolantes e os condutores. Em condições normais, se
comportam como isolantes e não permitem o deslocamento de elétrons, porém
quando recebem energia externa passam a ser condutores.
Os materiais semicondutores mais comuns são o silício (Si) e o germânio (Ge)
que em estado puro apresentam-se na forma de um cristal, significando que seus
átomos acham-se dispostos uniformemente em uma configuração rígida. Esses
materiais são tretavalentes, ou seja, possuem quatro elétrons na órbita de valência,
conforme índia a figura abaixo:

Figura 6-3 Estruturas atômicas do silício e do germânio

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6.3 Processo de Dopagem nos Semicondutores e
cristais P e N:

Dopagem é o nome do processo utilizado para construir os semicondutores P


e N por meio da adição ao Si e Ge de quantidades bem reduzidas de impurezas.
Relacionamos impurezas todo átomo diferente de Si e Ge.

6.4 Formação do Semicondutor P:

Para os cristais tipo P, podemos introduzir um excesso de cargas positivas na


estrutura do material. Dessa forma, tem-se uma falta de elétrons, chamamos esse
fenômeno de lacuna (espaço vazio). A presença dessas lacunas também facilita a
condução de corrente elétrica, pois o excesso de cargas positivas promove a
“captura” de elétrons, permitindo, dessa forma, locomoção.
Introduzindo impurezas com menos elétrons de valência que o material
semicondutor base, é dessa forma que se tem o excesso de cargas positivas. O
silício, por exemplo, é dopado positivamente com impurezas de boro, gálio ou
índio (3 elétrons de valência, um elétron a menos).

Figura 6-4 Formação P

6.5 Formação do Semicondutor N:


6.6
O cristal N é o cristal com excesso de cargas negativas (-). Esse excesso é
proveniente de um processo, onde são introduzidas impurezas, elementos com
mais elétrons na camada de valência que os do material semicondutor base.
Processo esse denominado de dopagem.
Por exemplo, o silício (4 elétrons na camada de valência) é dopado
negativamente com a introdução de fósforo, arsênio ou antimônio em pequena
quantidade em sua estrutura. com pequenas quantidades de fósforo, arsênio ou
antimônio (que possuem 5 elétrons na camada de valência, um elétron a mais que o
silício). Os elétrons adicionais são chamados de elétrons livres, e por esse motivo
formam a corrente elétrica.

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Figura 6-5 Formação N

6.7 Formação do diodo Junção PN:


6.8
O diodo é formado por uma junção dos cristais P e N, denominada de junção
PN. Posteriormente à formação da junção PN, uma parte dos elétrons livres passam
do cristal tipo N para o tipo P. Da mesma forma, as lacunas do cristal P passam
para a cristal N

Figura 6-6 Junção PN

As cargas produzidas próximas da junção são fixas à rede cristalina.


Denominamos essa região de cargas próximas à junção de região de depleção ou
barreira de potencial.

Figura 6-7 Barreira de potencia

Com o surgimento da barreira de potencial, a passagem de elétrons para o


lado P é bloqueado, já que eles são repelidos pela região carregada negativamente
na parte do cristal P. O mesmo acontece com as lacunas, já que o transporte para
o lado N é repelido pelas cargas positivas contidas no lado N.
Com as características apresentadas, após a formação da barreira, surge uma
tensão (d.d.p.). 0,7V para os diodos de silício e de 0,3V para os de germânio.

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6.9 Indentificação do diodo:

O diodo é um componente que possui polaridade, diferente dos resistores e


indutores, por exemplo. Logo, a forma em que a tensão é aplicada no diodo implica
diretamente em seu funcionamento, por isso é importante saber identificar um
diodo.

Figura 6-8 Simbologia Figura 6-9 Indentificação Diodo

6.10 Polarização Direta:

Essa é a forma de polarização é a que o diodo conduz eletricidade.


Basicamente, se o valor de tensão aplicado nos terminais do diodo é superior ao
valor da barreira de potencial (V>VB), as lacunas do lado P e os elétrons do lado N
possuem energia suficiente para superar a barreira de potencial, com isso há um
grande aumento de corrente elétrica fluindo através do diodo. Quando o diodo
está polarizado diretamente e conduzindo, diz-se que o diodo está em condução.

Figura 6-10 Polarização Direta

6.11 Polarização Reversa:

Esse modo de polarização, a polarização reversa (ou inversa), é quando o cristal N


fica sujeito a um potencial elétrico positivo relativo ao cristal P. Logo, os polos da fonte
externa atraem os elétrons do lado N e lacunas do lado P, esse fenômeno os afasta da
junção. Veja na ilustração:

22
Figura 6-11 Polarização Reversa

23
7 Capacitores

Em palavras simples, capacitores são dispositivos eletrônicos bastantes comuns


que são geralmente utilizados para o armazenamento de cargars elétricas em seu
interior. Os capacitores possui diversas outras funcionalidades em um circuito
eletrônico como desacoplar ruídos em entradas e saídas de um circuito.

7.1 Tipos, classificação e simbologia:

Os capacitores são dispositivos capazes de acumular cargas elétricas quando


há uma diferença de potencial em seus terminais, porem existem tipos de
capacitores: os polarizados e os não polarizados. Em uma definição simples, os
capacitores polarizados, são capacitores capazes de armazenar cargas, por isso
são usados em filtros de tensão.
Os capacitores possuiem classificação e simbologia, eles também tem suas
classes:

Figura 7-1 Capacitores

Figura 7-2 Simbologia dos Capacitores

Os capacitores possuiem unidade de medida, essa unidades é dada e medida


em Faraday (F) e são aplicados em submúltiplos [Ex: micro, nano e pico
Faraday]

24
7.2 Capacitância:

Capacitores possuiem um sistema chamado de capacitância, em um resumo


geral, capacitância é a quantidade de um capacitor armazenar cargas. Para
determinar a capacitância de um capacitor, usamos a seguinte fórmula:

Onde:
C: Capacitância [F]
Q: Carga elétrica
V: Tensão elétrica nos terminais
Figura 7-3 Fórmula Capacitância

7.3 Construção do capacitor:

Os capacitores eletrolíticos, geralmente são produzidos de formas simples,


formados por duas placas condutoras paralelas, chamadas de armaduras, que
podem ou não ser preenchidas com um meio altamente dielétrico [Isolante].

Figura 7-4 Construção do Capacitor

7.4 Carga e descarga de um capacitor:

O capacitor ao ser conectado a uma fonte, surge uma tensão entre as


armaduras, essa tensão tem o mesmo valor prático que o da fonte para efeito de
projeto. Quando isso acontece, dizemos que o capacitor está carregado, pois
mesmo quando desconectado, possui a mesma tensão da fonte. Dessa forma
acontece o armazenamento das cargas elétricas em um capacitor.
Quando os terminais de um capacitor carregado são conectados em uma
carga tem-se então uma corrente elétrica, já que o capacitor atua como fonte de

25
tensão. Quando todos os elétrons em excesso contido em uma das armaduras se
movimentam para a outra que possui falta de elétrons, se estabelece novamente o
equilíbrio potencial entre elas, portanto o capacitor se encontra descarregado.

Figura 7-5 Carga e descarga do capacitor

26
8 Transistores

Os transistores bipolares de junção (TBJ’s) são dispositivos que possuem


três terminais onde um sinal de baixa potência aplicada entre dois terminais,
permite controlar dispositivos de alta potência. Basicamente um transistor é a
junção de uniões PN (a mesma junção dos diodos), capazes de controla o fluxo
de uma corrente elétrica.

8.1 Funcionamento:

Considere as duas junções PN polarizadas exibidas abaixo:

Figura 8-1 Polarização direta e reversa

A junção (a) está diretamente polarizada, enquanto a junção (b) está


reversamente polarizada. Na junção (a) há uma corrente direta I positiva,
enquanto na junção (b) há apenas uma corrente reversa I devido a realimentação.
Temos dois resultados se combinarmos as junções a e b, sendo um NPN e o
outro PNP.

Figura 8-2 Junção NPN e PNP

Nos transisores, a região intermediária é donominada base (B) que deve ser
estreita e pouco alimentada, para evitar a recombinação dos pares elétrons-lacuna.
As outras duas regiões são denominadas emissor (E) e coletor (C). O emissor é

27
fortemente alimentado, enquanto o coletor possui uma dopagem intermediária,
mas tem uma área maior, pois é nele que a potência atinge o maior valor no
transistor.

8.2 Comportamento do Transistor:

O comportamento mais importante do transistor ocorre quando a junção


base-emissor é polarizada diretamente e a junção coletor-base reversamente.

Figura 8-3 Estrutura do transistor NPN

A polarização direta da junção base-emissor provoca uma pequena redução


em sua barreira de potencial (0,6V para transistores de silício e 0,3V para
transistores de germânio), criando uma resistência de pequeno valor.
A polarização reversa da junção coletor-base provoca o aumento da barreira
de potencial e forma uma resistência de elevado valor.
Na junção base-emissor, por estar diretamente polarizada, há circulação
fácil de corrente. Como a base é muito estreita e pouco alimentada, o valor da
corrente é muito pequeno. Tem-se, então, a corrente de base IB que, por
convenção, entra pela base e segue em direção ao emissor. Na realidade o que
existe é um fluxo de elétrons do emissor para a base.
Analisando a junção coletor-base particularmente, por estar reversamente
polarizada, não deveria haver circulação de corrente. No entanto, a injeção de
elétrons na base proveniente do emissor propicia a condução de corrente do
coletor IC ao emissor, passando pela base que, como dissemos anteriormente, é
muito estreita.
No emissor, as corrente de base e de coletor juntam-se formando a corrente
de emissor IE.
O principal efeito da corrente de base é que, além de possibilitar a condução
de corrente do coletor para emissor, IB controla o valor de IC. Como IC, é muito

28
maior do que IB, devido ao nível de dopagem do coletor e do emissor, podemos
dizer que a dos dispositivos mais versáteis da eletrônica.
No transistor há três correntes diferentes, sendo a corrente de base IB, cujo
valor é muito baixo; a corrente de coletor IC, com ordem de grandeza muito maior
do que IB e a corrente de emissor IE, que é a soma das correntes IB e IC.

Figura 8-4 Símbologia dos Transistores

8.3 Polarização de Transistores:

Polarizar um transistor é definir o seu ponto quiescente. Isso é feito por


meio de uma fonte de alimentação exrtena, que denominamos Vcc e de resistores
que, ligados de forma conveniente aos terminais do transistor, garantem a sua
correta operação isto é, com a junção base-emissor polarizada diretamente e a
junção coletor-base revesamente.

 Configuração Emissor Comum: Há basicamente três tipos de polarização


na configuração emissor Comum, e isso vale tanto para o NPN como para
o PNP. Nesse caso, priorizamos também o uso do transistore NPN por
muito mais utilizado.
-Polarização por Corrente de Base Constante
O circuito abaixo mostra a polarização do transistor pro corrente de base
constatne

Figura 8-5 Polarização por corrente de base constante

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A tensão VBE é praticamente constante e vale aproximadamente 0,6V para os
transistores de silício.
Como Vcc é constante, a tensão sobre RB também é, de modo que a corrente
de base IB é constante.
O problema desse tipo d epolarização é a sua instabilidade em relação à
temperatura. Esse aumento de temperatura produz um aumento na corrente de
coletor IC, de modo que a tensão em RC aumenta e VCE diminui, produzindo um
novo aumento de IC e assim pro diante. Essa realimentação positiva leva o ponto
quiescente à saturação.
-Polarização por Corrente de Emissor Constante
O circuito abaixo mostra a polarização do transistor pro corrente de
emissor constatne

Esse tipo de polarização utiliza um resistor emissor cuja função é


estabilizada termicamente o transistor.
Suponhamos que o funcionamento do circuito leve o transistor a aumentar
a sua temperatura, provocando o aumento da corrente de coletor IC.
Com isso a corrente IE aumenta e, como consequência, a tensão sobre o RE,
que denominamos VRE, também aumenta. Esse tipo de circuito, por ser
termicamente estável, é bastante utilizado como amplificador. O resistor RE tem a
função de estabilizar termicamente o transistor.

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