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Apostila de Eletricidade Rev.

1
Junho/2014
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Curso Tcnico de Mecatrnica
ELETRICIDADE




2014


Apostila de Eletricidade Rev. 1
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SUMRIO
1.0 Eletricidade.....................................................................................................6
Grandezas Eltricas ................................................................................... 6
3. Tenso Eltrica .......................................................................................... 7
Medida da Tenso Eltrica ................................................................... 7
3.2 Corrente Eltrica ........................................................................................ 8
Sentido da Corrente Eltrica .......................................................... 8
2.0 Resistncia Eltrica ................................................................................... 9
3.0 Corrente Contnua e Corrente Alternada ................................................. 9
Corrente Alternada ............................................................................ 10
Corrente Contnua ............................................................................. 11
4.0 Condutores e Isolantes .............................................................................. 12
5.0 Instrumentos de Medidas Eltricas ... ....................................................... 13
5.1 Ampermetro ............................................................................................... 14
5.2 Voltmetro .................................................................................................... 15
5.3 Ohmmetro .................................................................................................. 16
5.4 Multmetro ................................................................................................... 17
5.5 Alicate Ampermetro .................................................................................. 18
6.0 Lei de Ohm .................................................................................................. 20
6.1 Clculo de Tenso ...................................................................................... 21
6.2 Clculo de Resistncia .............................................................................. 23
6.3 Clculo de Corrente ................................................................................... 24
7.0 Resistores ................................................................................................... 26
7.1 Leitura de Resistores Cdigo de Cores ................................................ 28
7.2 Associao de Resistores Resistncia Equivalente ............................ 30
8.0 Resistividade .............................................................................................. 42
8.0 Circuito Eltrico .......................................................................................... 44

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9.1 Circuito em Srie .........................................................................................
9.2 Circuito em Paralelo ...................................................................................
Leis de Kirchhoff....................................................................................
Teorema de Thvenin..............................................................................
Teorema de Norton..........................................................................
9.0 Potncia Eltrica ......................................................................................
10.0 Magnetismo.................................................................................................49
11.0 Corrente alternada e tenso monofsica.................................................62

12.0 Circuitos em srie de corrente alternada.................................................70
13.0 Circuito paralelo de corrente alternada...................................................73
14.0 Sistema trifsico, gerao, distribuio.................................................75
15.0 Circuito trifsico.......................................................................................78
Ligao estrela e tringulo......................................................................78

16.0 Potncia em corrente alternada.............................................................80

17.0 Fator de potncia.....................................................................................82

18.0 Aterramento.............................................................................................85
Equilbrio eltrico ...................................................................................85
Potencial eltrico da Terra ....................................................................85
Choque eltrico ......................................................................................86
Definio de Aterramento .................................................................... .87

Finalidade, Objetivos e Funes do Aterramento ............................. 88.
Parte Viva................................................................................................90
Tipos de aterramento ..........................................................................94
Aterramento de proteo.......................................................................95
Esquemas de aterramento (TN-C, TN-S, TT) ........................................97
Significado das letras .............................................................................104
Eletrodos de aterramento ....................................................................108
41
43
44
49
62
70
73
73
78
78
80
82
83
85
85
85
86
87
88
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94
95
97
104
108
110




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1.0 ELETRICIDADE

uma forma de energia. produzida atravs da gerao de diferenas de
potencial entre dois pontos, que permitem estabelecer uma corrente eltrica
entre ambos. Esta produo feita atravs de um gerador, que poder ser
alimentado por fontes de energia, sejam elas naturais ou artificiais.



. Figura 1 Gerao de Eletricidade


Grandezas Eltricas

Tenso Eltrica ( V )

A Tenso eltrica medida em Volt (V) e a diferena de potencial eltrico
entre dois pontos. Ou seja, a "fora" responsvel pela movimentao dos
Eltrons.
O potencial eltrico mede a fora que uma carga eltrica experimenta dentro de
um campo eltrico



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Medida da Tenso Eltrica
Sempre que se modifica a estrutura dos tomos de um corpo, este fica
eletrizado.

Se tivermos dois corpos com cargas eltricas diferentes, haver entre eles uma
diferena de potencial (d.d.p.) eltrico, da mesma forma que houve uma
diferena de potencial hidrulico no caso das vasilhas.

importante, em todos os campos de aplicao da eletricidade, sabermos o
valor da tenso da d.d.p.

Para isso, existe uma unidade de medida, que o Volt, e um instrumento para
medi-la, que o voltmetro.

Corrente Eltrica ( I )

Quando um tomo est ionizado, sua tendncia voltar ao estado de
equilbrio.

Evidentemente, um corpo eletrizado tende a perder sua carga, libertando-se
dos eltrons em excesso, ou procurando adquirir os eltrons que lhe faltam.

Conclumos, ento, que basta unir corpos com cargas eltricas diferentes para
que se estabelea um fluxo de eltrons, que chamamos CORRENTE
ELTRICA.

Para se ter uma ideia exata da grandeza (INTENSIDADE) de uma corrente
eltrica, tornou-se necessrio estabelecer uma unidade padro.

Falar em eltrons que passam por segundo num condutor impraticvel, pois
os nmeros envolvidos nos problemas seriam enormes. A fim de se eliminar
esses inconvenientes, fez-se uso de uma unidade de carga eltrica o
COLOUMB (C) que corresponde a 6,28 x 10
18
eltrons.

A intensidade de corrente eltrica medida em AMPERE e corresponde
quantidade de COLOUMBS que passa por segundo em um condutor.

Uma intensidade de 1 Coulomb por segundo equivale a um ampre.

O instrumento que mede a intensidade de corrente o AMPERMETRO.

Devemos lembrar que:

- Corrente Eltrica um fluxo de eltrons em movimento.

- Tenso Eltrica a fora que desloca os eltrons.



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Sentido da Corrente Eltrica

Para entendermos o sentido da corrente eltrica, bom recapitularmos as
condies de cargas eltrica do tomo.

Como sabemos os prtons tem carga positiva, e os eltrons, cargas negativas.
Se o tomo perde eltrons, ficar com carga positiva. Se o tomo recebe
eltrons, ficar com carga negativa. Se considerarmos as condies de carga
dos tomos apresentados, havendo ligao entre eles, o tomo B (-) ceder
dois eltrons ao tomo A (+). Logo, o sentido da corrente eltrica da carga
negativa (-) para a carga positiva (+).

Entretanto, antes de ter alcanado esses conhecimentos sobre os tomos, o
homem j fazia uso da eletricidade e sabia que algo se movimentava,
produzindo a corrente eltrica, e, por uma questo de interpretao, admitiu
que o sentido da corrente eltrica fosse do positivo (+) para o negativo (-).

Para evitarmos dvidas, sempre que considerarmos o sentido da corrente
como sendo igual ao dos eltrons, diremos Sentido Eletrnico e, no caso
oposto, Sentido Convencional ou Clssico.


Figura 2 Sentido da Corrente Eltrica

2.0 RESISTNCIA ELTRICA ( R )

A oposio que os materiais oferecem passagem da corrente eltrica
chamamos de Resistncia Eltrica (R).

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A resistncia eltrica de grande importncia na soluo dos problemas de
eletricidade.

A unidade de medida da resistncia eltrica o OHM. ( )





Figura 3 Resistncia Eltrica

A resistncia eltrica medida em instrumentos chamados OHMMETROS.

Quando a resistncia muito grande, o instrumento usado o MEGOMETRO.


3.0 CORRENTE CONTNUA E CORRENTE ALTERNADA

Uma corrente eltrica nada mais que um fluxo de eltrons (partculas que
carregam energia) passando por um fio, algo como a gua que circula dentro
de uma mangueira.

Se os eltrons se movimentam num nico sentido, essa corrente chamada de
contnua. Se eles mudam de direo constantemente, estamos falando de uma
corrente alternada.

Na prtica, a diferena entre elas est na capacidade de transmitir energia para
locais distantes. A energia que usamos em casa produzida por alguma usina
e precisa percorrer centenas de quilmetros at chegar tomada. Quando
essa energia transmitida por uma corrente alternada, ela no perde muita
fora no meio do caminho. J na contnua o desperdcio muito grande. Isso
porque a corrente alternada pode, facilmente, ficar com uma voltagem muito
mais alta que a contnua, e quanto maior essa voltagem, mais longe a
energia chega sem perder fora no trajeto.

Se todos os sistemas de transmisso fossem em corrente contnua, seria
preciso uma usina em cada bairro para abastecer as casas com eletricidade.
R = Resistncia Eltrica
I = Corrente Eltrica
Fonte Geradora

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O nico problema da alta voltagem transportada pela corrente alternada que
ela poderia provocar choques fatais dentro das residncias. Por isso, a alta
voltagem transformada no final em tenses baixas. As mais comuns so as
de 127 ou 220 volts.

Portanto, a corrente que chega tomada de sua casa continua sendo
alternada, mas com uma voltagem bem mais baixa.

J a corrente contnua sai, por exemplo, de pilhas e baterias, pois a energia
gerada por elas, usada nos prprios aparelhos que as carregam, no precisa ir
longe.

Tambm h muitos equipamentos eletrnicos que s funcionam com corrente
contnua, possuindo transformadores internos, que adaptam a corrente
alternada que chega pela tomada.

O modo como os eltrons se movem determina o tipo de corrente.


Corrente alternada

Nesse tipo de corrente, o fluxo de eltrons que carrega a energia eltrica
dentro de um fio no segue um sentido nico. Ora os eltrons vo para a
frente, ora para trs, mudando de rota 120 vezes por segundo.

Essa variao fundamental, pois os transformadores que existem numa linha
de transmisso s funcionam recebendo esse fluxo de eltrons alternado.
Dentro do transformador, a voltagem da energia transmitida aumentada,
permitindo que ela viaje longe, desde uma usina at a sua casa.


Figura 4- Corrente alternada



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Corrente Contnua

Aqui o fluxo de eltrons passa pelo fio sempre no mesmo sentido. Como no
h alternncia, essa corrente no aceita pelos transformadores e no ganha
voltagem maior. Resultado: a energia eltrica no pode seguir muito longe. Por
isso, a corrente contnua usada em pilhas e baterias ou para percorrer
circuitos internos de aparelhos eltricos, como um chuveiro. Mas ela no serve
para transportar energia entre uma usina e uma cidade.



Figura 5- Corrente contnua


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4.0 CONDUTORES E ISOLANTES

Todos os materiais oferecem uma certa oposio a passagem da corrente
eltrica; no entanto dependendo da substncia do material, essa oposio
maior ou menor, sendo que alguns materiais praticamente no permitem a
passagem da corrente eltrica.

Os materiais que oferecem pouca oposio passagem da corrente eltrica
chamamos de materiais condutores.

Ex: Prata, cobre, alumnio

Os materiais que praticamente no permitem passagem da corrente eltrica
chamamos de materiais isolantes.

Ex: Vidro, borracha, porcelana.

A razo da maior ou menor oposio oferecida passagem da corrente eltrica
tem sua explicao na estrutura dos tomos.

Em alguns materiais, os eltrons em rbitas mais afastadas sofrem pouca
atrao do ncleo, tendo facilidade de se deslocar de um tomo para outro
tomo, num rodzio desordenado, sendo chamados de eltrons livres.

Os eltrons livres so numerosos nos materiais condutores e praticamente
inexistentes nos materiais isolantes.


Figura 6 Condutores e isolantes

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5.0 INSTRUMENTOS DE MEDIDAS ELTRICAS

Na prtica muito bom saber medir corretamente as grandezas associadas a
um circuito eltrico, j que cada uma delas pode ter seu valor determinado
atravs de uma leitura direta no correspondente aparelho medidor.

Assim, um ampermetro mede a intensidade da corrente eltrica, um voltmetro
mede a diferena de potencial (tenso eltrica ou voltagem), um ohmmetro
mede a resistncia eltrica, etc.

Ampermetro

O ampermetro um aparelho destinado a registrar a intensidade da corrente
eltrica que percorre um trecho de circuito.

Para fazer medies de intensidade de corrente eltrica., de acordo com o
smbolo de medio estampado na escala. Ele pode ser em ampre (A),
miliampre (m A) , microampre (A), e kiloampre (KA).

Quando a medio de intensidade feita em miliampre, teremos o
Miliampermetro.

Caso a medio seja feita em kiloampre, teremos o Kiloampermetro.



Figura 6 Ampermetro

Para que sua leitura seja correta, necessrio que:

- O ampermetro seja instalado em srie no trecho onde se deseja determinar a
intensidade da corrente eltrica.


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- A resistncia eltrica do ampermetro seja praticamente desprezvel, a fim de
no influir na resistncia eltrica do trecho.

Observaes

- A maior intensidade de corrente que um ampermetro pode registrar
denominada fundo de escala desse aparelho. Assim, por exemplo um
ampermetro que tenha fundo de escala de 100 A pode registrar intensidade de
corrente eltrica de at 100 A.

- Ampermetro ideal aquele que possui resistncia eltrica interna
desprezvel, em comparao com as resistncias eltricas dos elementos do
circuito no qual ele se encontra inserido.

Voltmetro

O voltmetro um aparelho destinado a registrar a diferena de potencial entre
os terminais de um trecho de circuito eltrico.

Para que sua leitura seja correta, necessrio que:

- O voltmetro seja instalado em paralelo com o trecho onde se deseja
determinar a diferena de potencial.

- A resistncia eltrica do voltmetro seja praticamente infinita, a fim de no
desviar corrente eltrica do trecho em estudo e, consequentemente, no alterar
a correspondente DDP.


Figura 6 Volmetro

Observao

Voltmetro ideal aquele que possui resistncia eltrica interna to elevada
(resistncia infinita) que por ele no passa praticamente qualquer corrente
eltrica.

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Ohmmetro

Ohmmetro um aparelho que permite medir a resistncia eltrica de um
elemento ou de um circuito, indicando o valor da referida resistncia eltrica
numa escala calibrada em ohms. tambm usado no teste de continuidade, no
valor de resistncias ou de fugas de circuitos ou de componentes defeituosos.





Figura 7 Ohmmetro Analgico

Operao do Ohmmetro

Unem-se os bornes A-B (pontas de prova do ohmimetro) fechando o circuito, e
gira-se o boto de ajustes de ohms at que o ponteiro indique o fim da escala
(zero ohms), visto que nestas condies a resistncia entre as pontas de prova
A-B aos terminais nula.

Encostando agora as pontas de prova A-B aos terminais de uma resistncia a
medir, o instrumento indicar a passagem de uma corrente determinada, que
corresponde ao valor hmico dessa resistncia e indicado na escala de
ohms.

Para calibrar a escala de ohms de leitura direta, encostam-se as pontas de
prova e ajusta-se o potencimetro R1 a deflexo mxima. Deste modo, a
resistncia igual a zero ohms. Dizemos zero, porque, neste caso, entre os
pontos A e B no h resistncia interposta, mas sim um contato eltrico direto.

Multmetro

Com a possibilidade de medir e testar instalaes eltricas, componentes e
aparelhos eletrodomsticos, o multmetro de grande importncia para todos
os que desejam fazer trabalhos eltricos.



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O multmetro contm um indicador com um ponteiro que corre em diversas
escalas.

Estas escalas correspondem s grandezas eltricas que o multmetro pode
medir e que so:

- Resistncia
- Tenses contnuas
- Tenses alternadas
- Correntes

Alguns tipos sofisticados podem medir outras grandezas como, por exemplo,
fazer o teste de continuidade, teste de transistores, medir capacitncias,
indutncias, freqncias, etc.


Alicate Ampermetro
















Figura 8 Multmetro Analgico Figura 8b Multmetro Digital




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Figura 9 Escala do Multmetro Analgico




Figura 10 Escala do Multmetro Digital

Alicate Ampermetro


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O ampermetro-alicate, alm de medir a intensidade de corrente eltrica, mede
outras grandezas e tem tambm mltipla escala. A sua ligao diferencia dos
outros instrumentos apresentados, pois a sua garra deve envolver um condutor
energizado.

Figura 11 Alicate Ampermetro Digital


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Exerccios

1- Definir o que vem a ser o aparelho MULTIMETRO?




2- Qual o nome do aparelho usado para medir corrente eltrica?




3- A maior intensidade de corrente que um ampermetro pode medir chamada
de?





4- Como deve ser ligado o ampermetro no circuito a ser medido?





5- Qual o nome do aparelho usado para medir tenso eltrica ?





6- Como deve ser ligado o voltmetro no circuito a ser medido?





7- A maior intensidade de tenso que um voltmetro pode medir chamada de?




8- Qual o nome do aparelho usado para medir a resistncia eltrica?




6.0 LEI DE OHM

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No sculo XIX, um filsofo alemo, Georg Simon Ohm, demonstrou
experimentalmente a constante de proporcionalidade entre a corrente eltrica,
a tenso e a resistncia. Essa relao denominada Lei de Ohm e expressa
literalmente como:

A corrente em um circuito diretamente proporcional tenso aplicada e
inversamente proporcional resistncia do circuito.

Na forma de equao a Lei de Ohm expressa como:



Assim para cada tenso aplicada num circuito teremos um resultado de
corrente eltrica, isto tendo em vista um valor de resistncia.

Aprenda a utilizar o tringulo das dedues da frmula da lei de Ohm.


6.1 Clculo de Tenso

Se voc pretende saber o valor da tenso, cubra a letra (E) no tringulo.



O que ficou?


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Ficou a frmula R . I

Muito bem! Basta multiplicar R . I e voc ter como resultado, o valor da tenso
(E).

Exemplo:



Seja:

R = 10

I = 5

E = R . I = 10 . 5 = 50 V


Clculo de Resistncia

Agora, cubra a letra R



Muito bem! Basta dividir


E o resultado ser ( R ).

Exemplo:



Clculo de Corrente

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Suponhamos que voc queira saber o valor de I, ento, cubra a letra ( I ).



Exemplo:



Dessa forma, voc no mais se esquecer de como encontrar estes trs
valores:



Sempre que for aplicar a lei de Ohm.

Vamos a um exemplo prtico:

Voc vai mudar de casa e dever fazer as ligaes dos aparelhos eltricos na
nova residncia: chuveiro, ferro eltrico, etc.




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Figura 11 Chuveiro e Ferro Eltrico

Comecemos pela ligao do chuveiro: se o aparelho no tiver as
caractersticas tcnicas adequadas quanto corrente, tenso e resistncia, em
funo da rede eltrica de sua casa, podero ocorrer alguns acidentes.

Para evitar isso, vamos voltar ao esquema de ligao:



Qual a incgnita?

Vamos montar o tringulo: Resistncia

Ento, ficou



Substituindo estas letras pelos valores reais, teremos:

E =110 V
I = 20 A

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O seu chuveiro dever ter uma resistncia de 5,5 para 110 V.

Se voc for us-lo em 220 V, ele ter que ter a resistncia em dobro.

Ele dever ter, ento: 5,5 x 2 = 11

Ao compar-la, compare com esse valor, para que o seu chuveiro funcione
bem.

Vamos ao outro exemplo:

Voc quer instalar um fusvel ou disjuntor, para o seu ferro de passar. A tenso
de 110 V e sua resistncia tem 25. Qual seria a corrente eltrica em
Ampres do ferro de passar?

Voltemos ao tringulo:

O que queremos calcular? A Corrente




Voc usar um disjuntor de 5 Ampres.

Voc pretende estender uma rede nos fundos de sua casa.

A corrente dos aparelhos dever atingir 12 Ampres.

A resistncia dos condutores de 0,25 e voc quer saber qual ser a diferena
de tenso, entre o comeo e o fim da rede, ou a queda de tenso.

Use tringulo - Tapando a incgnita



Aparece R . I; ento, a queda de tenso ser:



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E = R . I

E = 0,25 . 12 = 3 Volts

Exerccio
1- Calcule a corrente eltrica que circula no circuito, quando a fonte geradora
for de 120 V e a resistncia for de 30 .





2- Calcule a resistncia eltrica do circuito, quando a fonte geradora for de 220
V e a intensidade de corrente for 11 A.



3- Calcule a tenso no circuito, quando a corrente for de 3,5 A e a resistncia
eltrica for 20 .




4- Uma lmpada eltrica foi ligada em uma tenso de 120 V, consome 1,0 A.
Qual a resistncia do filamento da lmpada?





5- Calcule a DDP que dever ser aplicada nos terminais de um condutor de
resistncia igual a 100 para que ele seja percorrido por uma corrente de
intensidade igual a 1,2 A.






6- Calcule a intensidade da corrente eltrica que passa por um fio de
resistncia igual a 20 ao ser submetida uma DDP de 5 V?





7- Qual a corrente que o ampermetro ir indicar, quando for ligado a um
circuito de fonte geradora de 20 V e uma resistncia de 4 ?

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7.0 RESISTORES

O resistor um componente que tem a funo de exercer uma determinada
resistncia passagem da corrente eltrica, podendo ele, dependendo de seu
valor, oferecer uma maior ou menor dificuldade corrente.

Resistor um componente formado pr um corpo cilndrico de cermica sobre
o qual depositada uma camada de material resistivo. Esse material determina
o tipo e o valor de resistncia nominal do resistor. Ele dotado de dois
terminais colocados nas extremidades do corpo em contato com o filme
resistivo.



Figura 12 Resistor

Os resistores so utilizados nos circuitos eletrnico para limitar a corrente
eltrica e, consequentemente, reduzir ou dividir tenses.

Os resistores so componentes que formam a maioria dos circuitos eletrnicos.

Eles so fabricados com materiais de alta resistividade com a finalidade de
oferecer maior resistncia passagem da corrente eltrica. Dificilmente se
encontrar um equipamento eletrnico que no use resistores

Vamos estudar os resistores e seu cdigo de cores. Desse modo, voc vai ser
capaz de identificar as caractersticas eltricas e construtivas dos resistores.
Vai ser capaz tambm de interpretar os valores de resistncia expressos no
cdigo de cores

Tomemos como exemplo um resistor que possui os seguintes anis coloridos:


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Figura 13 Anis de Cores do Resistor

Para evitar erro ao definir o 1 anel pela esquerda ou pela direita, ele sempre
o mais prximo das extremidades do resistor. Na nossa figura, o da
esquerda, que verde. Para identificarmos o valor do resistor, tomamos as
duas primeiras cores em sequencia, no caso, verde e azul. Consultando a
tabela, temos 5 do verde e 6 do azul, 56.

O terceiro anel o multiplicador, que pode ser um mltiplo (quilo, mega, etc.)
ou submltiplo (deci, centi) do valor obtido nos dois primeiros anis. No nosso
exemplo, o terceiro anel marrom, cujo valor 10. Assim, o valor da


Finalmente, o quarto anel a tolerncia no valor da resistncia, ou seja, a
margem de erro admitida pelo fabricante. No nosso resistor, o quarto anel
prata, dando uma tolerncia de 10%. Assim, a leitura de nossa resistncia :



O que significa isto? Considerando-se que, 10% de 560 56, os valores
possveis para a resistncia estariam entre:

560




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Figura 14 Medio do Resistor


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Figura 15 Tabela de Cores do Resistor

Exerccios

Qual o valor do resistor a ser lido de acordo com as cores em seu corpo?

1- 1 faixa 2 faixa 3 faixa 4 faixa
Vermelho Vermelho Vermelho Ouro






2- 1 faixa 2 faixa 3 faixa 4 faixa
Amarelo Violeta Preto Prata







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3- 1 faixa 2 faixa 3 faixa 4 faixa
Verde Vermelho Laranja Ouro






4- 1 faixa 2 faixa 3 faixa 4 faixa
Azul Marron Vermelho Prata







5- 1 faixa 2 faixa 3 faixa 4 faixa
Vermelho Amarelo Preto Vermelho






6- 1 faixa 2 faixa 3 faixa 4 faixa
Preto Amarelo Laranja Vermelho





7- 1 faixa 2 faixa 3 faixa 4 faixa
Branco Azul Preto Ouro





8- 1 faixa 2 faixa 3 faixa 4 faixa
Amarelo Verde Laranja Prata



ASSOCIAO DE RESISTORES - Resistncia Equivalente

o resistor que equivale a todos os resistores de uma associao seja ela
srie, paralela ou mista.


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Quando existem vrios resistores num circuito, importante determinar a
Resistncia Equivalente do conjunto.

Para maior clareza, a maioria dos problemas de clculo da Resistncia
Equivalente so acompanhados de um desenho chamado esquema.

Para se determinar resistncia equivalente de um conjunto de resistores,
necessrio saber o modo como eles esto ligados entre si.

Os resistores podem ser ligados em Srie, Paralelo ou MISTO.

Quando conjuntos em srie e em paralelo esto interligados, so chamados
Mistos.


RESISTORES EM SRIE

Como sabemos a resistncia aumenta com o comprimento. Podemos ver que
quando ligamos um conjunto em srie, estamos somando os comprimentos dos
resistores.



Deduzimos, ento, que a resistncia equivalente (Re) do conjunto ser a soma
das resistncias dos resistores (R).

R
eq
= R
1
+ R
2
+ R
3
+ R
N

Req = resistncia equivalente R = resistncia eltrica


Resistores esto ligados em srie quando:

- Quando a sada de um terminal for entrada do outro.

- A corrente eltrica possuir s um caminho para circular.

- A resistncia equivalente em srie, ser sempre maior que qualquer resistor
da associao em srie.



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Figura 16 Medio de Resistores em Srie

RESISTORES EM PARALELO
Resistores esto ligados em paralelo, quando os seus terminais estiverem
interligados.

A corrente eltrica possui mais de um caminho para circular



Como sabemos a resistncia diminui, quando a seo (Smm
2
) aumenta.


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Podemos notar que, quando ligamos um conjunto em paralelo, estamos
somando as sees dos resistores do conjunto.

Deduzimos ento, que a resistncia equivalente do conjunto ser sempre
menor que a resistncia do menor resistor do conjunto.

Para determinarmos a resistncia equivalente de um conjunto em paralelo,
podemos usar as seguintes frmulas abaixo:



Req = resistncia equivalente R = resistncia eltrica

Figura 17 Medio de Resistores em Paralelo


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ASSOCIAO MISTA (Paralelo e em Srie)

A associao mista de resistores pode se apresentar de duas formas: simples
e complexa



Figura 18 Associao Mista de Resistores (Forma Simples)


Figura 18 b Associao Mista de Resistores ( Forma Complexa)

As associaes mistas de resistores so consideradas simples quando
podemos perceber, a primeira vista, o trecho, em srie ou em paralelo, que
ser o ponto de partida para o clculo da resistncia total da associao.





Exemplo:


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1 - Associao

Para calcularmos o resistor equivalente num ciclo misto, procedemos uma
decomposio no circuito de forma que obtenhamos no final apenas um
resistor entre os pontos A e B.



2 - Associao



Qual o trecho dessa associao que seria o ponto de partida para o clculo?

o trecho em paralelo.




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Figura 19 Medio na Associao Mista de Resistores

RESISTIVIDADE
George Simon Ohm foi o cientista que estudou a resistncia eltrica do ponto
de vista dos elementos que tm influncia sobre ela. Por esse estudo, ele
concluiu que a resistncia eltrica de um condutor depende de quatro fatores:

- Material do qual o condutor feito;

- Comprimento (L) do condutor;

- rea de sua seo transversal (S);

- Temperatura no condutor.

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Figura 19 Cabos eltricos com sees diferentes

Atravs de vrias experincias se pde verificar a influncia de cada um destes
materiais, variando apenas um dos fatores, e mantendo constante os trs
restantes.

Desse modo se pde analisar a influncia do comprimento (L) do condutor,
mantendo-se constante o tipo de material, sua temperatura e a rea da sesso
transversal e variou-se seu comprimento.




Deste modo se comprovou que a resistncia aumentava ou diminua na mesma
proporo em que aumentava ou diminua o comprimento do condutor. Isto
significa que a resistncia eltrica diretamente proporcional ao comprimento
do condutor.


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Na influncia da seo transversal (S) foram mantidos constantes o
comprimento do condutor, o tipo de material e sua temperatura, variando-se
apenas sua seo transversal.




Figura 20 Seo de um condutor ( cabo eltrico)


Seo Transversal do Material





Deste modo foi possvel verificar que a resistncia eltrica diminua medida
que se aumentava a seo transversal do condutor. Inversamente, a
resistncia eltrica aumentava, quando se diminua a seo transversal do
condutor.

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Concluso: a resistncia eltrica de um condutor inversamente proporcional
sua seo transversal.

Mantido constante o comprimento, seo transversal, e temperatura, variou-se
o tipo de material.

Utilizando-se materiais diferentes, verificou-se que no havia relao entre
eles, e que cada material tinha uma resistncia diferente.

Com o mesmo material, todavia, a resistncia eltrica mantinha o mesmo valor.

Mantendo constante o material, a seo transversal e o comprimento e
variando a temperatura do material, obteve-se o seguinte resultado:

Vamos supor que voc tenha dois pedaos de um mesmo material, de igual
comprimento e de mesma seo transversal, um deles porm, est com
temperatura diferente da do outro:



Percebemos que:



A partir dessas experincias, estabeleceu-se uma constante de
proporcionalidade que foi denominada de resistividade eltrica.

a resistncia eltrica especfica de um certo condutor com 1 metro de
comprimento, 1mm
2
de seo transversal, medida em temperatura ambiente
constante de 20 C.

A unidade de medida de resistividade o mm
2
/m, representada pela letra
grega (l-se r).

Aps estas experincias OHM estabeleceu que a resistncia eltrica de um
condutor diretamente proporcional ao produto da resistividade especfica pelo
seu comprimento, e inversamente proporcional sua seo transversal.


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Onde:

R = a resistncia eltrica em

L = comprimento do condutor em m

S = seo transversal em mm
2


= resistividade do material em . mm
2
/m (l-se r).




A tabela a seguir apresenta a resistividade de alguns materiais.

Material ( . mm
2
/m) a 20 C
Alumnio 0,0278
Cobre 0,0173
Estanho 0,1195
Ferro 0,1221
Nquel 0,0780
Zinco 0,0615
Chumbo 0,21
Prata 0,30


Figura 21 - Resistncia Eltrica

Exerccios

1- Calcule a seo de um fio de alumnio com resistncia de 2 e
comprimento de
100 m.



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2- Determine o material que constitui um fio, sabendo-se que seu comprimento
de 150 m, sua seo de 4 mm
2
e sua resistncia de 0,6488 .





3- Determine a resistncia eltrica de um condutor de cobre, na temperatura
de 20 C, sabendo-se que sua seo de 1,5 mm
2
e o comprimento 50 cm.




4- Idem para L = 100 m





5 - Idem para L= 3 km





6- Calcular L do estanho, sendo S= 2 mm
2
, R = 3






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8.0 CIRCUITO ELTRICO

o caminho percorrido pela corrente eltrica.

No circuito eltrico, importante determinar a funo de cada componente,
para que se possa entender o seu funcionamento.

A figura a seguir mostra um circuito eltrico com os seus componentes
identificados. Vejamos a funo de cada um.



Figura 22 Circuito eltrico

Fonte Geradora

o componente onde a energia eltrica gerada.

Ex: Baterias, dnamos, etc.

Condutores

So os componentes que conduzem a corrente eltrica da fonte geradora para
os receptores.

Ex: Fio de cobre.


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Receptores

So os componentes que utilizam a corrente eltrica para produzir luz, fora,
etc.

Chave ou Interruptor

o componente que abre e fecha o circuito.


Funcionamento do Circuito Eltrico: Quando a chave est fechada, a
corrente eltrica circula da fonte geradora para o receptor retornando a fonte.
Esse processo permanece, at que o circuito seja aberto ou a fonte pare de
gerar.

Existem dois tipos de circuitos eltricos, so eles:

Circuito em Srie.

Circuito paralelo
.
Circuito misto.

Circuito em Srie

Circuito em srie aquele cujos componentes esto ligados de tal modo, que
permitem um s caminho passagem de corrente eltrica.

No circuito em Srie A corrente a mesma, porm a tenso diferente.


A tenso total de um circuito srie igual soma das tenses dos seus
componentes.


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Figura 23 Circuito eltrico em Srie

V = V
1
+ V
2
+ V
3
= 120 V

Devemos considerar que, havendo um s caminho para a passagem da
corrente, todos os elementos so atravessados pela mesma intensidade de
corrente.
I = I
1
= I
2
= I
3
= I
N = 2 A

No circuito em srie, se retirarmos qualquer uma das resistncias, todo circuito
aberto.


Figura 23 b Circuito eltrico em Srie ( lmpadas acessas)


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Figura 23 b Circuito eltrico em Srie ( lmpadas apagadas)


Em virtude da composio do circuito srie, importante notar-se que:

No circuito em srie os receptores funcionam simultaneamente;

A falta ou interrupo de um receptor no permite o funcionamento dos
demais;

A corrente de funcionamento dos receptores devem ser iguais;

O valor da tenso de funcionamento dos receptores podem ser diferentes.


Circuito Paralelo

Circuito paralelo aquele em que os receptores esto ligados diretamente aos
condutores da fonte. Dessa maneira o circuito paralelo permite vrios caminhos
para a passagem da corrente, sendo cada receptor um caminho independente
para a passagem da corrente eltrica.

No circuito Paralelo, A tenso a mesma, porem a corrente diferente. Ex:
se ligarmos trs resistncias em paralelo, teremos tenso igual em todas, e
corrente diferente.


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Figura 24 Circuito eltrico em Paralelo


A intensidade total de corrente no circuito paralelo a soma das intensidades
de corrente dos receptores.

I = I
1
+ I
2
+ I
3
+ I
N


A tenso eltrica igual nos bornes de todos receptores no circuito paralelo.

V = V
1
= V
2
= V
3
= V
N

No circuito Paralelo, se retirado qualquer uma das resistncias, o circuito
continua fechado. Pois no circuito paralelo, existe mais de um caminho para a
corrente.

Figura 25 Circuito eltrico em Paralelo ( lmpadas acessas)


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Figura 25 b Circuito eltrico em Paralelo ( Lmpada retirada e Lmpada acessa)

Em virtude da composio do circuito paralelo, importante notar-se que :

- As tenses dos receptores devem ser iguais;

- As intensidades de corrente dos receptores podem ser diferentes;

- Cada receptor pode funcionar independentemente dos demais;
Circuito misto
Circuito misto nada mais , que a unio do circuito em srie com o paralelo.

Figura 26 Circuito eltrico Misto



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LEIS DE KIRCHHOFF
Para entendermos as Leis de Kirchhoff, inicialmente temos que definir o que
N, Malha e Ramo. Para isto, observe o circuito da figura

Figura 26 b Circuito eltrico Misto

N: um ponto do circuito onde 3 ou mais condutores so ligados.
Malha: qualquer caminho fechado do circuito, ou seja, qualquer
caminho que volta ao ponto inicial.
Ramo: o caminho aberto entre dois ns. O Ramo se inicia em um
N, termina em outro N e no contm nenhum N entre estes dois.
Na figura cima:
B, C, H e I so exemplos de Ns;
A, D, E, F, G e J no so Ns;
O caminho A-B-F-H-G-E-A exemplo de Malha;
O caminho A-B-C-I-H-G-E-A outro exemplo de Malha;

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O caminho B-F-H um exemplo de Ramo;
Mas
O caminho B-C-I no exemplo de Ramo, j que tem outro N entre
B e I.

Primeira Lei de Kirchhoff (Lei dos Ns)

"A soma das correntes que entram em um n igual a soma das
correntes que deixam o n."
Ainda utilizando o circuito da figura 1, a Primeira Lei de Kirchhoff, diz que:
Para o N B: I
1
= I
2
+ I
3

E ainda para o N I I
6
= I
4
+ I
5

Nem sempre voc sabe qual a direo da corrente que est entrando (ou
saindo) de um N. Por isso precisamos adotar uma conveno. A corrente que
est entrando em um N tem sinal positivo. A corrente que est saindo de um
N tem sinal negativo. Assim, se seus clculos indicarem que uma corrente
negativa, ela est saindo do N. Se der positivo ela est entrando no N.
No exemplo da figura apresentada, se I
1
= 2A e I
2
= -1A (saindo do N),
ento I
3
= -1A (saindo do N).
Esta definio da Lei de Kirchhoff, enunciada acima, pode ser colocada de uma
forma matemtica mais completa que a seguinte:
"A soma das correntes que entram e saem de um N igual a zero."
Para isto, o sinal de cada corrente tem de ser considerado.
Para o N I ficaria assim: I
4
+ I
5
+ I
6
= 0;

Segunda Lei de Kirchhoff (Lei das Malhas)

"A soma das diferenas de potencial em uma malha igual a zero."
Ainda utilizando o circuito da figura 1, a Segunda Lei de Kirchhoff, diz que:

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Para o Malha A-B-F-H-G-E-A:
V
AB
+ V
BF
+ V
FH
+ V
GE
+ V
EA
= 0 ;
Se a frmula acima ficou confusa, recorde aqui o conceito de Diferena de
Potencial (ddp).
Aqui tambm temos que adotar uma conveno para o sinal da diferena de
potencial (ddp). Considere o sinal da ddp positivo se a corrente estiver
entrando pela primeira conexo do componente (em V
AB
, A a primeira
conexo e B a segunda). Na figura 1 voc deve ter observado que as correntes
I
1
e I
2
aparecem 2 vezes. Isto acontece porque, como consequncia da
Primeira Lei de Kirchhoff, a corrente que entra em um Ramo do circuito a
mesma que sai deste Ramo.
Ento aplicando a Segunda Lei de Kirchhoff, j sabemos que para a Malha A-
B-F-H-G-E-A vale V
AB
+ V
BF
+ V
FH
+ V
GE
+ V
EA
= 0. Se considerarmos que os
sentidos das correntes indicados na figura esto corretos, os sinais da ddps
sero os seguintes:
V
AB
positivo;
V
BF
positivo;
V
FH
positivo;
V
GE
positivo;
V
EA
positivo;
Mas veja que inicialmente voc no sabe o sentido das correntes. Assim, ao
calcular o circuito, inicialmente voc precisa calcular cada corrente de cada
Ramo e s depois aplicar a Segunda Lei de Kirchhoff.
Para a mesma Malha citada acima, a Segunda Lei de Kirchhoff poderia ser
aplicada da seguinte forma:
V
AE
+ V
EG
+ V
HF
+ V
FB
+ V
BA
= 0 ;
Mas neste caso, observe que a corrente entra pelo contato oposto considerado
na ddp (em V
BA
, por exemplo, a corrente entra por A, que o segundo contato
considerado na ddp).
Assim o sinal das ddps ficariam:
V
AE
negativo; V
EG
negativo; V
HF
negativo; V
FB
negativo;
V
BA
negativo;

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TEOREMA DE THVENIN, E TEOREMA DE NORTON.

Suponha que desejamos determinar a tenso (ou a corrente) em um nico
bipolo de um circuito, constitudo por qualquer nmero de fontes e de outros
resistores.

O Teorema de Thvenin nos diz que podemos substituir todo o circuito, com
exceo ao bipolo em questo, por um circuito equivalente
contendo uma fonte de tenso em srie com um resistor
.
Por sua vez, o Teorema de Norton nos diz que podemos substituir todo o
circuito, com exceo ao bipolo em questo, por circuito equivalente contendo
uma fonte de corrente em paralelo com um resistor.


Figura 27- Teorema de Thvenin, e Teorema de Norton.

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Consideremos um circuito eltrico que foi rearranjado na forma de outros dois
circuitos, denotados por A e B.

Circuito A

deve ser um circuito linear:

fontes independentes,

bipolos lineares e fontes dependentes lineares.

Circuito B

pode conter tambm elementos no lineares.

RESTRIO IMPORTANTE

Nenhuma fonte dependente do circuito A pode ser controlada por uma corrente
ou tenso do circuito B e vice versa.


Teorema de Thvenin:
Defina uma tenso Vca como a tenso que aparece nos terminais de A se o
circuito B desconectado, de forma que nenhuma corrente flu do circuito A
para o circuito B. Ento, as tenses e correntes em B permanecero
inalteradas se desativarmos todas as fontes independentes de A e uma fonte
de tenso Vca for conectada em srie com o circuito A desativado.

Desativar fontes:
Substituir fontes independentes de corrente por circuitos abertos,
Substituir fontes independentes de tenso por curto-circuitos.


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Teorema de Norton
Defina uma corrente icc como a corrente que flui nos terminais de A se os
pontos de conexo entre A e B so curto-circuitados, de forma que nenhuma
tenso fornecida por A.

Ento, as tenses e correntes em B permanecero inalteradas se desativarmos
todas as fontes independentes de A e uma fonte de corrente icc for conectada
em paralelo com o circuito A desativado.


Consideremos o circuito abaixo, para o qual desejamos determinar os
equivalentes de Thvenin e de Norton sob o ponto de vista o resistor R1
.

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Portanto, o circuito redesenhado com o equivalente de Thvenin :

Para construir o equivalente de Norton, precisamos determinar a corrente de
curto-circuito:

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Finalmente, o circuito com o equivalente de Norton :


Observe que o equivalente de Norton pode ser obtido a partir do equivalente
de Thvenin (e vice-versa) por meio de princpio da equivalncia entre fontes
de tenso e de corrente reais.














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EXERCCIOS

1- Definir o que vem a ser circuito eltrico em srie?



2- Como podem ser a tenso nos receptores do circuito em srie?


3- Como podem ser a tenso nos receptores do circuito em paralelo?


4- Definir o que vem a ser circuito eltrico paralelo?



5- Como a intensidade total da corrente no circuito paralelo?


6- O que ocorrer na falta ou interrupo de um receptor no circuito em srie?



7- O que ocorrer na falta ou interrupo de um receptor no circuito em
paralelo?



8 Explique o que N

9 Explique o que Malha

10 Escreva as Leis de Kirchhoff


11 - Escreva o Teorema de Thvenin


12 Escreva o teorema de Norton

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9.0 POTNCIA ELTRICA

Qualquer aparelho eltrico caracterizado pela sua potncia, a qual funo
da tenso em seus bornes e da intensidade da corrente que por ele passa.

Potncia Eltrica a energia eltrica consumida ou produzida na unidade de
tempo.

A potncia eltrica uma grandeza como a resistncia eltrica, a diferena de
potencial, ou a intensidade da corrente, sendo representada pela letra P.




Figura 27 Potncia eltrica



Como sabemos, para medir alguma coisa, temos que ter uma unidade padro.



E o watt, de onde aparece?

Temos a potncia de 1 watt quando:




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Ento, temos na potncia de 1 watt duas unidades que voc j conhece:



Para calcular a potncia P em watts, voc multiplica: E . I. Ento temos a
seguinte expresso:



Simplificando, temos: P = E . I



Exemplo 1:






Vamos ento ver sua equivalncia com o watt:



Vejamos agora como se transforma W e KW:





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Vamos a um exemplo:

Que potncia em KW tem um consumidor de 3500 watts?




Exemplo 2

Voc deseja saber a potncia em KW de um circuito de lmpada de 120 V
e 5 A

.



Exemplo 3

Voc mediu a tenso e a corrente de um ferro de engomar e anotou:

E 120

I 7 A

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Desejando saber a potncia em KW, aplica a frmula:





Existem vrias frmulas para o clculo da potncia.

Vamos estud-las ento.

Voc j aprendeu a calcular a potncia pelos valores de:

E e I, ou seja, P = E x I

Vamos agora usar uma variante dessa frmula, para chegar ao mesmo resultado.


Exemplo 4:

Vamos calcular P no circuito a seguir:

Porm no temos o valor de I . Mas temos o valor de E e de R.

Pela Lei de Ohm calculamos o valor de I , que igual a E
R



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Exemplo 5









Exemplo 6


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Exemplo 7

Analise o circuito e responda: podemos calcular sua potncia usando a frmula
fundamental P = E x I ?

No podemos, porque o valor de I no consta do diagrama.

Pense ! Que frmula vamos usar, ento?

Tendo os valores da tenso e da resistncia, podemos usar a frmula







Exemplo 8

Observe agora outra forma de resolver problemas de potncia com as outras
grandezas.

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No circuito ao abaixo voc tem I = 5 A e R = 24 .


Voc conhece a frmula P = E x I, mas falta o valor de E.
Pela Lei de Ohm. E = I x R,

E = 5 x 24, E = 120 V. Ento, P = E x I

P = 120 x 5 P = 600 W

Vamos a frmula direta.

Se E = I x R, colocamos I x R no lugar de E, P = E x I

P = I x R x I, portanto,


















Exemplo 9



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10.0 MAGNETISMO

O magnetismo uma rea da fsica que estuda a atrao e a repulso de
objetos magnticos. O im pode representar esse estudo e todo material que
produz um campo magntico a sua volta. Na natureza existem ims que so
rochas e que possuem a propriedade de atrao, so as rochas magnticas
como a magnetita.

J, os ims artificiais so aqueles criados por meio de ligas metlicas como o
nquel-cromo, eles podem ser encontrados nos ims de geladeira ou mesmo na
porta da geladeira, por exemplo. Esses elementos conseguem expressar a
fora do magnetismo, mas hoje sabemos que todos os materiais possuem
magnetismo, alguns mais, outros menos. Geralmente, os ims so usados em
equipamentos eletrnicos e eltricos.

Figura 28 Im


Propriedade dos Ims

Os ims possuem propriedades especficas:

Polos Magnticos: reas em que as aes magnticas so mais
intensas.
Atrao e Repulso: quando aproximados de um mesmo plo tendem
a se repelir, quando aproximados de plos diferentes, se atraem.
Inseparabilidade: os plos magnticos de um im so inseparveis,
pois quando um im dividido ele cria novos plos.
Interao entre polos: os polos se atraem ou repelem de acordo com
suas caractersticas.


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Os ims possuem duas extremidades que so chamados plos magnticos,
que so reas em que as aes magnticas se tornam intensas. Um plo
responsvel por atrair e outro por repelir os objetos.

Campo Magntico

O campo magntico a rea ao redor do im que atrai materiais
ferromagnticos, paramagnticos ou ims. Os campos gravitacionais, eltrico e
magntico tem algumas semelhanas.


Figura 29 Campo magntico

Para descobrirmos o que um campo magntico na prtica, precisamos utilizar
a experincia do im. Ao colocar uma folha branca sobre o im e derramarmos
a limalha de ferro, nota-se que os grozinhos tendem a formar curvas que
conectam os plos. Essas linhas formadas so conhecidas como linhas de
induo magntica. Essas linhas costumam ir do sentido norte para o sul.
Assim, essa regio formada ao redor do im conhecida como campo
magntico.

O campo magntico possui um vetor chamado de induo magntica, que so
as linhas que apontam para um plo do im atravs de uma fora magntica.
Essas linhas representam a estrutura do campo magntico. O vetor de induo
magntica ser representado pelo smbolo.

Para que um corpo fique magnetizado, necessrio que haja um campo
magntico anteriormente para que acontea a induo magntica.

Dependo da influncia que determinado corpo sofre de acordo com o campo
externo possvel dividir as substncias magnticas em trs categorias
importantes:

Ferromagnticas: so substncias em que os ims procuram se alinhar
a direo do campo magntico e possuem propriedades intensas. Ex.:
cobalto, ferro, nquel, disprsio, etc.

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Paramagnticas: so substncias que mesmo sofrendo influncia de
campo magntico no se alteram. Ex.: alumnio, cromo, potssio, sdio,
etc.
Diamagnticas: so substncias que sofrem uma leve repulso a
qualquer campo magntico que for aproximado. Ex.: antimnio, cobre,
chumbo, gua, ouro, etc.

Eletromagnetismo

Introduo

Uma corrente eltrica pode ser produzida pelo movimento de uma bobina em
um campo magntico fato este da maior importncia na eletricidade. Este o
modo mais geral de produo de eletricidade para fins domsticos, industriais e
martimos.

Como o magnetismo pode gerar eletricidade, bastaria um pouco de imaginao
para que se fizesse uma pergunta: ser que a eletricidade pode gerar campos
magnticos?
A seguir, veremos que isto realmente acontece.Observamos anteriormente que
a corrente eltrica movimento de eltrons no circuito. Analisemos agora as
linhas de fora eletrosttica e as linhas magnticas concntricas ao condutor,
produzidas pelo eltron imvel e em movimento.




Figura 29 Linhas de fora eletrosttica



O eltron parado contm linhas de fora eletrosttica no sentido radial
Quando o eltron percorre um condutor, ele cria um campo magntico
concntrico ao condutor, cujas linhas de fora giram no sentido dos ponteiros

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do relgio, quando o sentido do movimento do eltron da direita para a
esquerda.
O eltron em movimento tem os dois campos; o eltrico e o eletromagntico.
O espao em que atuam as fora de atrao e repulso tem o nome de campo
de fora; assim, tem-se um campo eletrosttico ou simplesmente campo eltrico
na figura da esquerda e tem-se campos magnticos na figura direita

Figura 30- Campo eltrico de duas Figura 31- Campo magntico de dois plos
eletrizadas (corpos isolantes) do im (corpos magnticos)

Campo magntico em uma espira circular

Considere que um fio condutor retilneo seja percorrido por uma corrente
eltrica contnua. Considere tambm que esse mesmo fio seja encurvado para
formar uma espira plana circular de raio R, percorrida por uma corrente eltrica
de intensidade i, conforme mostra a figura


Figura 32 - Espira circular percorrida por uma corrente eltrica fornecida pela bateria


Em uma espira circular plana, as linhas do campo magntico so
circunferncias perpendiculares ao seu plano, concntricas com o condutor.
Campo magntico no interior de um solenoide

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Um solenoide ou uma bobina longa constitudo por um condutor enrolado por
um nmero muito grande de espiras iguais, uma ao lado da outra, conforme
figura abaixo



Figura 32 - Solenoide

Fora Magneto-Motriz

A fora magneto-motriz (abrevia-se f.m.m.) a fora (agente) devido a qual se
reproduz o fluxo, as linhas de fora ou o magnetismo num circuito magntico.
Num circuito eltrico deve haver uma f.e.m. aplicada no circuito antes que se
possa fazer circular os eltrons pelo circuito. Igualmente num circuito
magntico deve existir um f.m.m. antes que possa haver fluxo magntico. A
f.m.m. a causa e o fluxo o efeito. evidente, ento, que f.m.m. num circuito
magntico anloga a f.e.m., presso ou tenso num circuito eltrico.

A unidade prtica e racional da f.m.m o ampre-volta, isto , a capacidade
para produzir um fluxo de linhas de fora num circuito eletromagntico;
determinada pelo nmero de ampres-voltas, que magnetizam este circuito.

Figura 33 - Circuito magntico simples



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11.0 CORRENTE ALTERNADA E TENSO MONOFSICA

A tenso e a corrente produzidas por fontes geradoras podem ser contnuas ou
alternadas. A corrente contnua quando circula no circuito num nico sentido,
como temos estudado at agora. Entretanto, se a corrente sai ora por um, ora
por outro borne, na fonte geradora, circula ora num, ora noutro sentido, no
circuito, corrente alternada. A fonte geradora de corrente alternada chama-se
alternador.

Se representssemos num grfico os valores da corrente no eixo vertical e o
tempo horizontal, obteramos uma curva, como a da figura abaixo, para
representao da variao da corrente alternada.


Figura 33 Corrente alternada (senoide)

Vemos a que, no instante inicial, a corrente tem valor nulo, crescendo at um
valor mximo, caindo novamente a zero; neste instante, a corrente muda de
sentido, porm, seus valores so os mesmos da primeira parte. O mesmo
acontece com a tenso.

A essa variao completa, em ambos os sentido, sofrida pela corrente
alternada, d-se o nome de ciclo. O nmero de ciclos descritos pela corrente
alternada, na unidade de tempo chama-se frequncia. Sua unidade o
ciclo/segundo ou Hertz. medida em instrumentos chamados freqencmetros.
As frequncias mais comumentes usadas so 50 c/s e 60 c/s.Durante um ciclo,
a corrente e a tenso tomam valores diferentes de instante a instante; esses
so ditos valores momentneos ou instantneos, dentre os quais cumpre
destacar o valor mximo (Imax).

Entretanto, na prtica, no o valor mximo o empregado e sim o valor eficaz.
Por exemplo, um motor absorve uma corrente de 5 A que o valor eficaz.

Define-se como valor eficaz de uma corrente alternada ao valor de uma
corrente contnua que produzisse a mesma quantidade de calor numa mesma
resistncia (Lei de Joule).

Esse valor expresso por:

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(Ief = Corrente Eficaz)

Por analogia, para a tenso, temos:

(Eef =Tenso Eficaz)

Tanto o voltmetro como o ampermetro para corrente alternada medem
valores eficazes.

A seguir, sero apresentados alguns conceitos, de forma bastante simplificada.
Como foi visto anteriormente, em Corrente Alternada (CA), a Corrente Eltrica
( I ) e a Tenso Eltrica (E), so geradas e transmitidas em uma forma de
onda de uma senoide.

As ondas de Corrente e de Tenso podem estar defasadas uma da outra em
um circuito eltrico: quando a Corrente est em uma determinada posio, a
Tenso pode estar em outra posio, e vice-versa.




Assim tem-se:

Quando a Tenso est em fase com a Corrente, a carga denominada de
Resistiva. O circuito eltrico Resistivo


Figura 34 Circuito eltrico Resistivo

Quando a Corrente est atrasada em seu deslocamento da Tenso, a carga
denominada de Indutiva. Esse atraso (defasamento) de at 90o. O circuito
eltrico Indutivo.


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Figura 35 Circuito eltrico Indutivo

Quando a Corrente est adiantada em seu deslocamento da Tenso, a carga
denominada de Capacitiva. Esse adiantamento (defasamento) de at 90o. O
circuito eltrico Capacitivo.


Figura 36 Circuito eltrico Capacitivo
Em um circuito eltrico de Corrente Alternada (CA), a oposio passagem da
corrente eltrica recebe os seguintes nomes

- Resistncia (R) quando se tratar de um circuito formado por resistncia
,,eltrica

Reatncia Indutiva (XL) quando se tratar de bobinas (enrolamentos);

Reatncia Capacitiva (XC) quando se tratar de capacitor.
A soma vetorial das Reatncias (XL + XC) com a Resistncia (R), d-se o
nome de Impedncia (Z) .

A Reatncia Capacitiva ope-se Reatncia Indutiva. Assim, a Reatncia total
do circuito (X) dada pela diferena entre XL e XC (o maior destes dois valores
determina se o circuito Indutivo ou Capacitivo).

X = XL - XC
XL > XC (o circuito Indutivo)
XC > XL (o circuito Capacitivo)

Os valores da Resistncia, das Reatncias e da Impedncia podem ser
representados graficamente atravs de um tringulo retngulo


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Z = Impedncia do circuito, da pela frmula.




R = Resistncia do circuito
X = Reatncia total do circuito (que igual a X = XL - XC ou X = XC XL).

Uma carga ligada a um circuito de Corrente Alternada (CA) quase sempre
constituda de Resistncia e Reatncia ou seja, tem-se normalmente uma
Impedncia (Z).





Resistncia em Corrente Alternada

Os resistores atuam sobre a corrente alternada praticamente do mesmo modo
que sobre a contnua. A resistncia que um resistor oferece passagem da
corrente eltrica, contnua ou alternada, dada por:



Se enrolarmos um condutor sobre um ncleo de ferro, constitumos um indutor
ou reator. Para a corrente contnua, a resistncia a considerar dada
unicamente pela resistncia (hmica) do enrolamento do reator.

Entretanto, para a corrente alternada, deve-se considerar ainda outra
resistncia chamada reatncia indutiva.





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XL = reatncia indutiva em
f = frequncia da corrente alternada, em ciclos/segundo

L = coeficiente de autoinduo; uma grandeza que caracteriza cada reator em
particular e dado em henrys.

Com L especificado em henrys (H), f em hertz ( Hz ), X
L
em ohms (W ).

Reatncia indutiva
Os indutores quando alimentados por um sinal AC oferecem uma oposio a
passagem da corrente eltrica (Reatncia Indutiva). Diferentemente dos
resistores a sua corrente apresenta uma atraso de 90 graus em relao a sua
tenso e sua reatncia diretamente proporcional ao valor da frequncia
aplicada ao circuito.


Exerccio 1:
Uma bobina tem 0,1 H de indutncia, sendo ligada a uma tenso de 110 V,
60 Hz.

CALCULAR
a) Reatncia da bobina (X
L
) b ) Valor da corrente no circuito ( I )
Soluo:
a) X
L
= 2 . . 60 . 0,1 = 37,7

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b) I = V / X
L
= 110 / 37,7 = 2,9 A

Reatncia capacitiva

Duas superfcies condutoras separadas por um isolante (dieltrico) constituem
um capacitor. O capacitor no permite a passagem da corrente contnua,
aparentando porm, permitir a alternativa, e oferecendo passagem desta uma
resistncia, qual damos o nome de reatncia capacitiva.

A reatncia capacitiva de um capacitor dada por:





XL = reatncia capacitiva em

f = frequncia da corrente alternada, em ciclos/segundo
C = capacitncia, em microfarads

A capacitncia uma grandeza que caracteriza cada capacitor; sua unidade na prtica
se usa um submltiplo, o microfarad, que vale a milionsima parte de farad.




Corrente Alternada: Defasagem entre Corrente e Tenso

A corrente alternada e a tenso variam em ambos os sentidos durante um
determinado intervalo de tempo, descrevendo um ciclo.

Representando graficamente esta variao, obtemos uma onda para a corrente
e outra para a tenso.

Os alternadores, fontes geradores de C.A, so mquinas rotativas; por analogia
a elas, o ciclo dividido em 360, representando uma circunferncia
retificadora. Os valores instantneos da corrente, ou da tenso, durante um
ciclo, podem ser representados pelas projees do raio de um circulo, em suas

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diversas posies.

Figura 37 - Ciclo dividido em 360

Figura 38 - Circuito Resistivo - Corrente em fase

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Figura 38 - Circuito indutivo - Corrente atrasada a 90
12.0 CIRCUITOS EM SRIE DE CORRENTE ALTERNADA

Num circuito srie constitudo por um resistor e um indutor, aplicamos uma
tenso E de uma fonte geradora da CA, de frequncia f. Sendo I a corrente
alternativa que circula pelo circuito, a queda de tenso no resistor ser:

ER = I x R , em fase com a corrente; e a queda de tenso no indutor ser:

EL = I x XL, adiantada da corrente de 90 em relao a I.

A tenso aplicada est defasada de um ngulo da corrente,
cujo valor a soma geomtrica entre ER e EL.



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Colocando-se em srie um capacitor no circuito acima, a queda de tenso ser

EC = I x XC , que est atrasada de 90 em relao corrente I.

Assim a tenso aplicada ser:


pois EL e EC esto sobre uma mesma reta, porm so de sentido oposto.





A impedncia ser


ou , em outras palavras, a resistncia total, oposta pelo circuito
passagem da corrente I, valer:




e o fator da potncia do circuito ser:





Exemplo:

Liga-se uma resistncia de 40 em srie com um condensador de 50 F,
ambos alimentados por 110 V. Se a corrente no circuito for de 2 A,

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A ) Calcular a frequncia da fonte de alimentao?

B ) Qual a tenso no condensador e na resistncia?

Resoluo:

Se para uma tenso aplicada de 110 V, a corrente que flui no circuito de 2A,
a impedncia pode ser calculada:


Z = 110 / 2 = 55

Agora, se


Ento



Para calcular a frequncia, sabemos que




As tenses aos terminais dos elementos so







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Para confirmar estes resultados, podemos verificar se a soma de dois vetores
perpendiculares de amplitudes 80 V e 75.5 V resulta num vetor com amplitude
de 110 V, isto :



Confirma-se, portanto o resultado











13.0 CIRCUITO PARALELO DE CORRENTE ALTERNADA

Num circuito paralelo, constitudo por um resistor e um indutor, aplicamos uma
tenso E, de frequncia f de uma fonte geradora de CA. Pelo resistor circula
uma corrente IR dada por:








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Se ligarmos mais uma derivao e nela colocarmos um capacitor, a corrente

que passa por ele, que est adiantada de 90 em relao

tenso.

Deste modo, teremos:





Na prtica, costuma-se ligar capacitores em paralelos aos circuitos (que na
maioria das vezes so de comportamento indutivo) com o fim de se ter um
fator de potncia prximo a unidade

Isto equivale tornar o circuito com comportamento prximo ao resistivo ou
hmico. Tal medida interessante, uma vez que a componente, defasada de
90 em relao tenso, diminui, permitindo o melhor aproveitamento das
linhas de transmisso.




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14.0 SISTEMA TRIFSICO, GERAO, DISTRIBUIO
O sistema trifsico a forma mais comum da gerao, transmisso e
distribuio de energia eltrica em corrente alternada. Este sistema incorpora o
uso de trs ondas senoidais balanceadas, defasadas em 120 graus entre si, de
forma a balancear o sistema, tornando-a muito mais eficiente ao se comparar
com trs sistemas isolados. As mquinas eltricas trifsicas tendem a ser mais
eficientes pela utilizao plena dos circuitos magnticos. As linhas de
transmisso permitem a ausncia do neutro, e o acoplamento entre as fases
reduz significantemente os campos eletromagnticos. Finalmente, o sistema
trifsico permite a flexibilidade entre dois nveis de tenso.
O sistema responsvel pelo transporte de energia eltrica das unidades
geradoras para as unidades consumidoras composta basicamente por trs
subsistemas:
Sistema de gerao de energia
Composta pelos elementos responsveis pela converso da energia de alguma
fonte primria em energia eltrica e quaisquer outros componentes das
unidades de gerao.
Sistema de transmisso
Composta pelos elementos responsveis pelo transporte da energia obtida dos
vrios sistemas de gerao para o(s) sistema(s) de distribuio interligados
pelo sistema de transmisso.
Sistemas de distribuio
Composta pelos elementos responsveis pela adequao da energia para o
uso de consumidores de grande, mdio e pequeno porte.
A transmisso de energia eltrica feita por meio de um sistema de
transformadores e condutores eltricos tambm chamados de linhas de
transmisso os quais transmitem a energia eltrica gerada nas unidades
geradoras para as unidades consumidoras ou cargas.

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O sistema de transmisso permite que a tenso eltricas proveniente dos
terminais dos geradores localizados nas unidades de gerao alcance a
alimentao das unidades de consumo atendidas pelo sistema.
Para a gerao de tenses e correntes alternadas, utiliza-se geradores
sncronos ou de induo que em teoria poderiam fornecer qualquer nmero de
sinais de tenses e correntes alternadas igualmente defasadas entre si
dependendo da construo dos geradores.
Por questes de praticidade, econmicas (economia de material) e tcnicas
(qualidade da energia fornecida), optou-se por utilizar o sistema trifsico.

Figura 38 gerao, transmisso e distribuio de energia eltrica.
Os sistemas trifsicos de energia eltrica so compostos de 3 tenses
alternadas, no qual a energia eltrica transmitida por meio da composio
dos trs sinais de tenso defasados de radianos (120, 1/3 de um ciclo).
A cada sinal de tenso alternada utilizado no sistema atribui -se o nome de
fase, e portanto no sistema com 3 sinais temos um sistema trifsico.

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Originalmente o sistema projetado para fornecer sinais de tenso senoidais
no tempo, mas com o aumento das cargas eletrnicas (no lineares) a forma
de onda do sinal de tenso sofre deformaes o que causa o surgimento de
harmnicos no sinal de tenso.
15.0 CIRCUITO TRIFSICO

Um gerador com trs bobinas (enrolamentos), ligadas conforme a figura
abaixo, um Gerador Trifsico. Nesta situao, o Gerador Trifsico est com
as suas trs bobinas ligadas em Estrela (Y ). Este gerador tem um ponto
comum nesta ligao, chamado de ponto neutro.

Figura 38 - Gerador Trifsico

LIGAO ESTRELA E TRINGULO
As cargas trifsicas podem ser interligadas ao sistema de dois modos distintos:
Em estrela, tambm chamado de Y: um dos terminais das cargas conectado
a uma das fases do sistema enquanto o outro terminal conectado a um ponto
comum que o neutro utilizado para se medir as tenses de fase.

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Figura 39 Ligao estrela
Em tringulo, tambm chamado de delta: nesta configurao um dos
terminais das cargas conectado a um outro terminal de outra carga e as fases
do sistema so interligadas nos pontos de juno dos terminais da carga.

Figura 40 Ligao tringulo



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16.0 POTNCIA EM CORRENTE ALTERNADA

Em um condutor eltrico energizado em Corrente Alternada (CA), passa uma
determinada quantidade de energia, sendo um percentual.

Ativo e outro Reativo. Quanto maior for o percentual de Potncia Ativa (kW)
que passar, ser melhor e mais econmico.

A Potncia Reativa (kVAr) necessria para produzir o fluxo magnetizante
para o funcionamento dos aparelhos (motores, transformadores, etc.), pode ser
obtida junto a esses equipamentos, com a instalao de Capacitores.

.
A expresso da Potncia P = E. I. I em geral, no vlida para todos os
circuitos de corrente alternada, devendo ser acrescida expresso um outro
fator, conforme ser mostrado a seguir.

J mostramos que a Potncia (P) pode ser dada por:

P = R .I. I em W (Watts)

Se for substitudo na expresso acima, a Resistncia (R) pela Reatncia total
(X), tem-se:

P = X I.I = VA (Volt Ampre)

Substituindo pela Impedncia:

P = Z .I.I = VA (Volt Ampre)

A expresso da Potncia Reativa do circuito eltrico depende das Reatncias
existentes.

Este produto chamado de Potncia Aparente, sendo a soma vetorial das
duas Potncias - Ativa e a Reativa.

Observao:

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No ser explicado neste Manual, como feita a soma vetorial. Caso sejam
necessrias maiores informaes, deve-se procurar uma literatura tcnica
especializada.

Assim tem-se:

W = R . I . I

VAr = X . I. I

VA = Z . I. I


Onde:
W = Potncia Ativa (ou kW, que corresponde a 1.000 W)
VAr = Potncia Reativa (ou kVAr, que corresponde a 1.000 VAr)

VA = Potncia Aparente (ou kVA, que corresponde a 1.000 VA)

Essas trs Potncias formam um tringulo, denominado Tringulo das
Potncias.






17.0 FATOR DE POTNCIA

A Potncia Ativa (kW) a que efetivamente produz trabalho. A Potncia
Reativa (kVAr) ou magnetizante, utilizada para produzir o fluxo magntico
necessrio ao funcionamento dos motores, transformadores, etc.

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Para que se tenha uma ideia de como so essas duas formas de energia, ser
dado um exemplo de uma forma bastante simplificada, fazendo uma
comparao com um copo cheio de cerveja.



Figura 40 Fator de Potencia

Num copo cheio de cerveja, tem-se uma parte ocupada pelo lquido e outra
ocupada pela espuma. Para aumentar a quantidade de lquido nesse copo,
tem-se que diminuir a espuma.

Assim, de maneira semelhante ao copo com cerveja, a Potncia Eltrica
solicitada, por exemplo, por um motor eltrico, composta de Potncia Ativa
(kW) que corresponde ao lquido e Potncia Reativa (kVAr) que
corresponde espuma.

A soma vetorial (em ngulo de 90), das Potncias Ativa e Reativa
denominada de Potncia Aparente (kVA) que corresponde ao volume do
copo (o lquido mais a espuma).

Assim como o volume do copo limitado, tambm a capacidade em kVA de um
circuito eltrico (fiao, transformadores, etc) limitada.

Para aumentar a Potncia Ativa em um circuito, preciso reduzir a Potncia
Reativa.

O Fator de Potncia (FP) definido como o quociente entre a Potncia Ativa
(kW) e a Potncia Aparente (kVA). O Fator de Potncia (FP) tambm igual ao
coseno do ngulo do Tringulo das Potncias


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OBS:
Os valores de: coseno (cos), seno (sen) e tangente (tg), podem ser obtidos
atravs de uma calculadora cientfica ou de uma tabela de funes
trigonomtricas


Exemplo:

O exemplo a seguir mostra a importncia do Fator de Potncia (FP).

1) Qual a potncia do transformador, necessria para se ligar um motor com
...potncia P de 10 cv com FP = 0,50

2) Qual a corrente do circuito para a tenso igual a 220 V? Calcular tambm
....para o FP = 1,00.

Transformando a potncia do motor de cv para kW tem-se:

10 cv = 10 x 735,5 = 7,35 kW













Pelo exemplo, verifica-se que quanto menor o Fator de Potncia, mais
problemas ele trar ao circuito:


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Transformadores de maior capacidade.

Fiao mais grossa, consequentemente um maior custo, etc.

Por isso importante que o Fator de Potncia de uma instalao eltrica tenha
um valor mais prximo possvel de 1 (um).
































ATERRAMENTO

Equilbrio eltrico
Um corpo est eletricamente equilibrado quando a quantidade de eltrons
igual a quantidade de prtons.
O desequilbrio eltrico pode ocorrer
A ) Retirando eltrons dos tomos

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B ) Inserindo eltrons nos tomos

Potencial eltrico da Terra
A terra, devido a sua massa, possui potencial eltrico nulo

Figura 40 - Terra
Portanto, conveniente ligar equipamentos ou partes deles, que desejamos
que estejam com potencial nulo.
Como a Terra possui potencial eltrico nulo, ela capaz de absorver cargas
eltricas positivas e negativas

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Figura 41 - Terra atraindo cargas eltricas (relmpago)
A terra uma boa escolha como ponto de referncia zero uma vez que ele nos
circunda em todos os lugares, Quando algum est de p em contato com a
terra, seu corpo est aproximadamente no potencial da terra. Se a estrutura
metlica de uma torre est aterrada, ento todos os seus componentes
metlicos esto aproximadamente no potencial da terra.

Figura 42 - SPDA - Sistema de Proteo contra Descarga Eltrica
Choque eltrico

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o efeito fisiolgico que resulta da passagem da corrente eltrica pelo corpo
humano, denominada corrente de choque.

Figura 43 Choque eltrico



Definio de Aterramento

A palavra aterramento refere-se a terra propriamente dita, o aterramento feito
utilizando um fio, uma barra de cobre, um barra de ferro zincado que
enterrado no solo, cuja finalidade deixar passar a corrente eltrica para o
solo.

O Aterramento a
Ligao de um equipamento ou de um sistema a terra, por motivo de proteo
ou por exigncia quanto ao funcionamento do mesmo

Quando se diz que algum aparelho est aterrado eletricamente, significa que
um dos fios de seu cabo de ligao est propositalmente ligado terra, o fio
que faz essa ligao o que chamado de "fio terra".

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Figura 44 Fios de aterramento

Embora no seja observado como regra bsica, obrigatrio que todas as
tomadas tenham cada qual o seu fio terra, muitas tomadas j vm com o fio
terra instalado, mesmo assim a ligao com o fio terra ignorada, que muitos
cabos de ligao de aparelhos s tomadas j vem com trs fios, o fio fase, o fio
neutro e o fio terra, cada qual com uma cor diferente.
Fio terra

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Figura 44 b Fios de aterramento

Os aparelhos que no precisam de fio terra so construdos de tal forma que a
"corrente de fuga" no causa risco para as pessoas, por isso podem ser ligados
em tomadas com apenas dois plos, um plo para o fio fase e outro plo para o
fio neutro.

Neutro
um condutor fornecido pela concessionria de energia eltrica, pelo qual h
o retorno da corrente eltrica. O neutro o elemento do circuito que
estabelece o equilbrio de todo o sistema da instalao eltrica.


Terra
um condutor construdo atravs de uma haste metlica e que, em situaes
normais, no deve possuir corrente eltrica circulante

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O fio fase e o neutro so os fios que levam a energia para a alimentao dos
aparelhos, e por norma, a cor do fio neutro obrigatoriamente azul, o fio fase
pode ser vermelho, branco ou marrom, o fio terra deve ser obrigatoriamente de
cor verde ou verde-amarelo.

Figura 45 Fio terra
Finalidade, Objetivos e Funes do Aterramento.
- Proteger o usurio do equipamento de descargas atmosfricas, atravs de um
,,caminho alternativo para a terra;
- Descarregar cargas estticas acumuladas nas carcaas das mquinas ou
..equipamentos para a terra;
- Facilitar o funcionamento dos dispositivos de proteo atravs da corrente
..desviada para a terra.
- Proteger o usurio do equipamento de descargas atmosfricas, atravs de um
..caminho alternativo para a terra;
- Descarregar cargas estticas acumuladas nas carcaas das mquinas ou
..equipamentos para a terra;
Segurana pessoal
A conexo de equipamentos eltricos ao sistema de aterramento deve permitir
que caso ocorra uma falha na isolao dos equipamento a Corrente de Falta

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passa atravs do condutor de aterramento ao invs de percorrer o corpo de
uma pessoa.que eventualmente esteja tocando no equipamento.


Sem aterramento a carcaa de equipamentos eltricos que possuem sua
isolao danificada assume um potencial eltrico em relao a terra.

Figura 46 Sem aterramento a carcaa assume um potencial elevado em
,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,, ,,relao a terra

O aterramento oferece um caminho mais fcil a passagem da corrente eltrica,
protegendo as pessoas

Figura 47 Com aterramento a corrente praticamente, no circula
...................................... ..pelo corpo.


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A falta de aterramento obriga a corrente circular pelo corpo humano, podendo
causar acidentes fatais.

.
Figura 48 Sem aterramento o caminho mais fcil o corpo.

Desligamento automtico
O sistema de aterramento deve oferecer um percurso de baixa impedncia de
retorno para a terra da Corrente de Falta permitindo que tenha a operao
automtica rpida e segura do sistema de proteo.
Impedncia (Z) uma grandeza eltrica medida em ohms que a relao
entre voltagem e a corrente eltrica

Figura 49 Desligamento automtico
Parte Viva

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um condutor eltrico ou qualquer outro elemento condutor qualquer que pode
ser energizado em uso normal.
Neste caso, como parte viva, tambm considerado o condutor neutro e
excludo o condutor de proteo PE. O termo condutor vivo ou condutor
carregado freqentemente utilizado para designar os condutores fase e
neutro.

Figura 50 Exemplo de partes vivas
. Massa condutora exposta
So os elementos condutores que normalmente no so energizados, mas que
numa eventualidade de problemas de isolao podem tornar-se vivos ou
energizados e, assim provocar um acidente ao serem tocados diretamente,
como por exemplo, estruturas metlicas de aparelhos eletrodomsticos. A
carcaa do equipamento pode chamar de massa.


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Figura 51 - Exemplos de aparelhos eletrodomsticos



Elemento condutor estranho ( instalao eltrica)
qualquer elemento no pertencente instalao, mas pode nela introduzir
um potencial, geralmente o terra.

Figura 52 - Exemplo de elemento estranho instalao eltrica
TIPOS DE ATERRAMENTO
Aterramento de proteo,
Consiste na ligao terra das massas e dos elementos condutores estranhos
instalao, visando proteo contra danos que possam ocorrer a pessoas e
animais e/ou a um sistema ou equipamento eltrico.
.

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Figura 52 Aterramento de Proteo


Aterramento funcional
O aterramento funcional consiste no aterramento de um condutor vivo,
geralmente o neutro, com o objetivo de garantir o correto funcionamento da
instalao eltrica.

Figura 53 Aterramento Funcional
Aterramento de trabalho
Tem o objetivo de permitir, sem perigo, aes de manuteno em partes da
instalao normalmente energizadas, e colocadas fora de servio para esse
fim.
Observao:
Qualquer que seja sua finalidade (proteo ou funcional) o aterramento deve
ser nico em cada local da instalao.



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Principais tipos de sistema de aterramento
O Sistema de aterramento pode ser definido como conjunto de condutores,
hastes e conectores interligados, circundados por elementos que dissipam para
a terra as correntes impostas neste sistema.
Exemplos dos principais tipos de aterramentos:
- Apenas uma haste cravada no cho;
- Hastes dispostas triangularmente;
- Hastes em quadrado;
- Hastes alinhadas;
- Placas metlicas enterradas ao solo;
- Fios ou cabos enterrados no solo, formando vrias configuraes (quadrado
,,formando uma malha de terra, em cruz, estendido em vala, em estrela)
- Eletrodos de fundao / encapsulados em concreto.
Figura 8: Exemplo de atermento
Figura 54 - Exemplo de Locais no condutores
Equipotencializao

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A norma NBR 5410 Instalaes Eltricas de Baixa Tenso define a
equipotencializao como:
Procedimento que consiste na interligao de elementos especficos visando
ter o mesmo potenciais eltricos entre esses componentes para fins
necessrios
Tem a funo de proteo contra choques eltricos, sobretenses e
perturbaes eletromagnticas

Figura 55 - Exemplo de equipotencializao

ESQUEMAS DE ATERRAMENTO
Conforme a norma NBR 5410 existe cinco tipos de esquemas de aterramento.
So eles:
TN-S
TN-C
TN-C-S
TT
IT
Significado das letras
A primeira letra indica a situao da alimentao em relao terra:
T = ponto diretamente aterrado;

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I = todos os pontos de fase e neutro so isolados em relao terra ou um
dos pontos isolado atravs de uma carga.
A segunda letra indica a situao das massas de instalao eltrica em relao
terra:
N = massas ligadas diretamente ao ponto de alimentao aterrado, o ponto
aterrado ...... .normalmente o ponto neutro)
T = massas diretamente aterradas independente do aterramento eventual de
um ,,,,,,,ponto de .alimentao;
Outras letras indicam a disposio do condutor neutro e do condutor de
proteo:
S = funes de neutro e de proteo asseguradas por condutores distintos;
C = funes de neutro e de proteo combinadas em um nico condutor
(PEN)
Os esquemas mais utilizados em instalaes
residenciais so TN-C, TN-C-S e TT apresentados a seguir:
N Condutor de neutro
F Condutor de fase
PE Condutor de proteo eltrica (terra)
R Condutor de retorno
PEN Condutor de neutro aterrado.
Esquema TN
Nos esquemas do TN, um ponto da alimentao diretamente aterrado, e as
massas da instalao so ligadas a esse ponto atravs de condutores de
proteo.
A utilizao do esquema TN, devido ao elevado valor das correntes de falta,
no recomendvel para locais com riscos de incndio ou exploses
(depsitos de materiais inflamveis, petroqumicas, etc.).

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Figura 56 Esquema TN
Esquema TN-S
Condutor Neutro (N) e de Proteo (PE) so distintos, separados ao longo de
toda instalao.

Figura 57 Esquema TN -S
Esquema TN-C
No esquema TN-C, as funes de neutro e de proteo so combinadas num
nico condutor (PEN) ao longo de toda a instalao. Esse tipo de esquema
tambm utilizado no aterramento da rede pblica.
Obs.: de acordo com o item 5.1.2.2.4.2 da norma NBR 5410, no esquema TN-C
no podem ser utilizados IDRs para seccionamento automtico, para melhor
proteo contra choques eltricos

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Figura 58 Esquema TN - C

Esquema TN-C-S
No esquema TN-C-S as funes de neutro (N) e de proteo (PE) combinadas
em um mesmo condutor (PEN), porm este se divide em um condutor de
neutro e outro de proteo (PE/terra), ou seja, so combinadas apenas em
uma parte da instalao.

Figura 59 Esquema TN C - S
OBS:
Este esquema o mais recomendado para instalaes residenciais.



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Esquema T T
No Esquema TT o Condutor Neutro aterrado independentemente do
aterramento das massas. Este sistema de aterramento mais utilizado em
redes pblicas e privadas de baixa tenso, porm pode ser utilizado quando a
residncia for distante do quadro de distribuio, pois assim se gasta menos
com fios ou cabos.
Obs.: De acordo com Norma 5410, no esquema T T devem ser utilizados IDRs
no ,,,,,,,,,,seccionamento automtico, para melhor proteo contra choques
eltricos.

Figura 60 Esquema T T
Esquema IT
Todas as partes vivas so isoladas da terra ou um ponto da alimentao
aterrado atravs de impedncia, verificando-se as seguintes possibilidades:
- Massas aterradas no mesmo eletrodo de alimentao, se existente;
- Massas aterradas em eletrodos prprios.



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Figura 61 b Esquema I T

Eletrodos de aterramento
O eletrodo de aterramento o condutor enterrado a terra (solo).
Eletrodo o componente que faz a disperso da corrente eltrica no solo.

O bom funcionamento do eletrodo de aterramento depende da impedncia do
eletrodo em relao terra, que por sua vez depende da resistividade da terra
e da estrutura do eletrodo. ).
Os eletrodos so considerados como infra-estrutura do sistema de aterramento
e podem ser usados:
A prpria estrutura da edificao
Fitas, cabos ou barras metlicas
Malhas metlicas enterradas no nvel da edificao
A norma NBR 5410 ressalta que o eletrodo de aterramento no algo a ser
provido a instalao, de forma isolada, mas pertencente a uma infraestrutura e,
como tal, parte integrante da edificao. A orientao passada pela diretriz
tcnica da norma, que no mbito de uma edificao, o aterramento
necessariamente nico, integrado, e a equipotencializao ampla, geral e
irrestrita.

A resistncia do solo que ir determinar o tipo de eletrodo de aterramento a
ser utilizado em uma edificao. O solo pode ser considerado um condutor
por meio do qual a corrente eltrica pode fluir, dispersando-se. Solos com
resistividade entre 50 e 100m, so considerados bons condutores.

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A norma d nfase como eletrodo de aterramento, o eletrodo embutido na
fundao, sendo que este mtodo tambm reconhecido pela NBR 5419
(Norma de Proteo contra Descargas Atmosfricas) que orienta que o
eletrodo assim elaborado pode e

deve ser usado em conjunto com o sistema pra-raios da edificao, se a
mesma for provida de tal.

Figura 62 Eletrodo natural Figura 63 Eletrodo encapsulado .
............................................................................em concreto
Diviso dos eletrodos de aterramento
Materiais especficos para a funo de eletrodo:
Haste de cobre, de ao zincado ou de ao revestido de cobre, chapa de cobre
ou de ao zincado, tubos de ao zincado, perfis de ao zincado, fitas de cobre
ou de ao galvanizado e fios ou cabos de cobre, de ao acobreado ou
zincado.







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Figura 64 Eletrodo de ao cobreado


Materiais no especficos para a funo de eletrodo:
Estacas (vigas) metlicas enterradas e tubulaes metlicas enterradas.

Figura 65 Estaca metlica enterrada

Eletrodo em anel
constitudo por um condutor, geralmente de cobre nu, enterrado ao longo do
permetro do prdio a uma profundidade de no mnimo 0,5m


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Figura 66 Eletrodo em anel enterrado ao longo do permetro do prdio
Eletrodo em malha
A chamada malha de terra constituda pela combinao de hastes e
condutores. Esse tipo de eletrodo reduz a tenso de passo.

Figura 67 Eletrodo em malha


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Haste de aterramento
Possui um formato alongado, cuja funo injetar a corrente no solo e
dispers-la, perturbando o menos possvel a superfcie.

Figura 68 Haste de aterramento



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Figura 69 Exemplo de aplicao da Haste de aterramento
Resistncia de terra
A norma brasileira de proteo contra descargas atmosfricas (NBR 5419)
recomenda uma resistncia de terra com valor mximo de 10 ohms, para isto
necessrio conhecer o tipo e a resistividade do solo e as opes de
aterramento.
A resistividade define a capacidade de conduo de corrente do material. A
resistividade da terra, por sua vez depende de determinados aspectos como
composio do solo (ex. argila, cascalho, areia) podendo variar,mesmo dentro
de pequenas distncias,devido mistura de diversos materiais, e depende do
teor mineral (ex:sal), varia com a compresso e com o decorrer do tempo,
devido sedimentao, muda com a temperatura (poca do ano) a
resistividade aumenta com temperaturas mais baixas, e pode ser afetada por
tanques metlicos, canos e cabos de ao subterrneos, etc. e varia com a
profundidade.


19.0 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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ALBUQUERQUE, Rmulo Oliveira. Circuitos de Corrente Alternada. So
Paulo Editora rica, 1997
BERTONCEL, Andra B. Apostila de Instalaes Eltricas Prediais, 2008.

CEMIG - Companhia Energtica de Minas Gerais Manual de instalaes
eltricas residenciais. Belo horizonte 2006

CREDER, Hlio Instalaes Eltricas 13. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
LIMA F., Domingos Leite . Projeto de Instalaes Eltricas Prediais. 6. ed.
rika

SENAI. Apostila de Eletrotcnica Bsica. So Paulo . 2008

- http//www.mundociencia.com.br/fisica/eletricidade. Acesso fevereiro 2014

- http//www.sabereletronica.com.br. Acesso fevereiro 2014

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