RELATORIO DIANA E GABY
RELATORIO DIANA E GABY
RELATORIO DIANA E GABY
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA E RECURSOS NATURAIS DA AMAZÔNIA
1
1. INTRODUÇÃO
2
A cárie, de fato, continua sendo a principal responsável por perdas dentárias
em todas as idades (TOLEDO, 2012, CORRÊA, 2017), podendo produzir alterações
do ponto de vista estético e funcional, com repercussão na oclusão, mastigação,
deglutição, respiração e fonação, além de causar dores e disfunções da articulação
temporomandibular, vindo a refletir de forma negativa na qualidade de vida dos
indivíduos acometidos (PROFFIT, 2002, ARAÚJO et al., 2017).
Embora o tratamento e a prevenção da cárie tenha avançado
consideravelmente, ainda se observa sua proliferação em populações de baixa
renda (RIBEIRO; OLIVEIRA; ROSENBLATT, 2005). Essa realidade está registrada
na dissertação de mestrado de Fernandes (2017), intitulado “Prevalência das
maloclusões em estudantes das redes municipal e estadual do município de Augusto
Correa, nordeste do estado do Pará”, onde constatou-se com relação a presença de
cárie, alta prevalência, 80%. Destes, 40% com perda de dente permanente, em
consequência da doença, fato que, em parte, contribuiu para a alta prevalência das
mal oclusões encontradas (100%).
Um método auxiliar simples e eficaz para a remoção dos fatores etiológicos
da cárie, é a escovação dos dentes, ela desorganiza a placa bacteriana e impede
que sua maturidade microbiológica seja atingida, limitando sua capacidade de
causar doença (BERENE et al., 1993). Para esse fim, um método ecológico
alternativo, econômico e eficaz, são as escovas feita de bucha vegetal e bambu
(BARRA, 1990).
Fraga e Tavares (2017) discorrem sobre as principais vantagens do uso de
fibras naturais “o baixo custo, atoxicidade, baixa densidade e suas vantagens sobre
as sintéticas incluem também aspectos ecológicos e sociais, em razão da melhor
reciclabilidade e biodegradabilidade e do aumento da qualidade de vida dos
habitantes de regiões onde é realizado o cultivo”.
3. MATERIAIS E METODOS
3
A fibra (monostelo) proveniente da semente foi separada por meio da
utilização de equipamento de separação rotativo, como mostra a Figura 2., lavada
em água destilada e seca em estufa à 50º C por 24 horas.
A fibra mercerizada foi obtida por reação com NaOH a 10%, 20% e 30% (p/v),
por 3 horas, à 50º C e lavada com água destilada até pH neutro. O material obtido foi
seco em estufa por 48 horas a 50º C.
4. CARACTERIZAÇÃO
5. RESULTADOS
As análises térmicas (TGA, DTG) foram realizadas no calorímetro modelo Q 500, da T.A. Instru-
Equipamento de separação rotativo
ments, sob atmosfera inerte e aquecidos de 30 a 700º C, a uma taxa de 10º C/mim. Semente
Monostelo
A cristalinidade da fibra foi estudada por DR-X, obtidas em um difratômetro Rigaku, modelo DMAX
220, à temperatura ambiente, em 40 kV e 30mA, com emissão de radiação CuKα.
Os valores de T1H foram obtidos em espectrômetro RESONANCE OXFORD-UK, modelo MARAN
ULTRA 23, de campo magnético de 23 MHz, empregando a técnica da inversão recuperação.
4
As fibras da semente de açaí foram oriundas do subproduto da obtenção da
polpa do açaí, na região amazônica do Médio Solimões. Depois de lavadas e
secas ao ar livre, as fibras foram tratadas com NaOH à 10, 20 e 30%, numa
temperatura de 50º C, durante 3 horas. A fibra in natura e mercerizada foram
analisadas por: difração de raios X (DRX), tempo de relaxação spin-rede do
núcleo de hidrogênio (com constante de tempo - T1H) e termicamente por
análise termogravimétrica (TGA) e análise térmica diferencial (DTA).
Por meio das análises constata-se que a fibra in natura é constituída e uma
fração cristalina de celulose e uma fração amorfa de lignina e hemicelulose,
Parenquima
dentre ou componentes minoritários, como água, açúcares e terpenos. A fração
amorfa é totalmente extraída quando se utiliza NaOH 20%. Quando se procede a
mercerização a 30%, verifica-se formação de celulose tipo II.
Com relação à análise térmica, a fibra in natura mostra uma degradação em duas
fases; a primeira referente à degradação da hemicelulose e a segunda referente
à degradação de lignina e total degradação da celulose.
Açaí: Fagury (2005) estudou as propriedades químicas, físicas e mecânicas das fibras
do açaí, coco e juta como reforço em polímeros. Segunda a autora, as três fibras podem
ser utilizadas em compósitos respeitando as características peculiares de cada fibra.
Segundo Marconcini et al., (2008), compósitos de poliolefinas recicladas com fibras do
resíduo do açaí aumentou a resistência mecânica nos compósitos. Quirino (2010)
fabricou painéis com a
51
5
fibra do açaí do Amazonas com adesivo à base de óleo de mamona encontrando resultados
satisfatórios, para as propriedades físico-mecânicas avaliadas.
6. JUSTIFICATIVA
7. OBJETIVOS
1. Usar varias rotas de produção, usando métodos químicos para a
produção de óxidos de níquel, verificando qual a rota mais eficiente na
produção destes materiais.
8. MATERIAIS E MÉTODOS
7
Obtivemos também amostras utilizando o Sorbitol, C6H14O6, (poliálcool
orgânico) como agente quelante no lugar da gelatina comercial. Preparamos três
soluções, cada uma com com 2,376g de Ni 2Cl∙6H2O diluídos em 20 ml de água
destilada à temperatura de 50 °C. Depois de 5 minutos, acrescentamos 5, 15 e 30 ml
de Sorbitol 70%, para cada uma das diferentes soluções. Em seguida, as três
soluções foram colocadas na estufa, onde permaneceram por dois dias a uma
temperatura de 75 °C. Depois foram levadas a um forno para serem calcinadas. No
processo de calcinação, as três amostras foram submetidas a temperatura de 200
°C por 20 minutos e, logo em seguida, a temperatura de 500 °C por mais 3 horas.
(1)
onde,
d é a distância intermolecular
θ é o ângulo de incidência em relação ao plano considerado
n é um número inteiro
é o comprimento de onda do Raio-X
8
Figura 1: Difratômetro utilizado para realizar as medidas.
9. RESULTADOS
9
Figura 2: Padrão de difração de raio x com refinamento da amostra calcinada a 400 °C com
gelatina.
Figura 3: Padrão de difração de raio x com refinamento da amostra calcinada a 500 °C com
gelatina.
10
Figura 4: Padrão de difração de raio x com refinamento da amostra calcinada a 600 °C com
gelatina
11
Figura 5: Padrão de difração de raio x com refinamento da amostra calcinada a 500 °C com 5ml de
sorbitol.
Figura 6: Padrão de difração de raio x com refinamento da amostra calcinada a 500 °C com 15ml de
sorbitol.
12
Figura 7: Padrão de difração de raio x com refinamento da amostra calcinada a 500 °C com 30 ml de
sorbitol.
13
Counts
AVF07
3600
1600
400
0
40 50 60 70 80 90 100
Position [°2Theta]
Counts
1600
0
40 50 60 70 80 90 100
Figura 8: Padrão de difração de raio x com refinamento da amostra calcinada a 500 °C com sorbitol.
Counts
AVF10b
40000
10000
0
40 50 60 70 80 90 100 110
Position [°2Theta]
Counts
40000
10000
0
20 30 40 50 60 70 80 90 100 110
Figura 9: Padrão de difração de raio x com refinamento da amostra calcinada a 500 °C com sorbitol.
10. CONCLUSÃO
14
Foram obtidas amostras policristalina de fase única de NiO e de fase binária
Ni/NiO pelo método sol-gel aquoso usando como precursor orgânico gelatina e
sorbitol. Este método de síntese que temos usado tem se mostrado simples
eficiente e de baixo custo. Realizamos a caracterização micro estrutural do
material produzido usando a Técnica de difração de raios X. Os difratogramas
obtidos foram analisados pelo programa X’pert HighScore juntamente com
refinamento pelo método Rietveld através do programa DBWSTools.
15
DIFICULDADES –
16
O presente estudo foi desenvolvido em 4 etapas distintas: A Etapa 1, correspondeu à coleta dos
resíduos de açaí passando pela limpeza, secagem e acondicionamento; Na Etapa 2, foram
estabelecidas as condições experimentais para a extração e tratamento das fibras; A Etapa 3,
consistiu na caracterização anatômica, química, físico-mecânica e microestrutural das fibras e a
seleção do melhor tratamento; Na Etapa 4, eleito o melhor dentre os tratamentos. Em função disto,
este foi utilizado nas fibras de açaí destinadas à confecção dos ecopainéis MDP, bem como foram
utilizadas às fibras em condição natural (referência), possibilitando a comparação dos resultados
obtidos da caracterização físico-mecânica e microestrutural dos painéis fabricados.
17