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DIREITO DO
PROMITENTE
COMPRADOR
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DIREITO DO PROMITENTE COMPRADOR
CONTEÚDO DO LIVRO
Sendo a promessa de compra e venda um direito pessoal, ou seja, um contrato, necessário se faz abordar
a sua consideração como direito real, do compromitente-comprador, caso haja sido registrado o referido
contrato. Nesse sentido, Orlando Gomes demonstra que a lei atribui a anotação do contrato no registro
competente a eficácia de direito real, de forma a assegurar a eficácia erga omnes, mas, “a rigor é um
direito pessoal que, por esse registro, se torna oponível a qualquer direito de aquisição sobre o imóvel,
posteriormente titulado”. A Lei nº 10.406/2002 (CC) traz previsão expressa em seu art. 1225, VII, o
direito do promitente comprador do imóvel como direito real.
O CC exige o registro do contrato de compromisso de compra e venda para a aquisição do direito real,
seja ele por instrumento público ou particular. Em seu art. 1.418, refere que pode o titular do direito
real exigir do promitente vendedor, ou de terceiros, a outorga da escritura definitiva de compra e venda,
de acordo com o pactuado no contrato, e, havendo recusa, poderá requerer ao juiz a adjudicação do
imóvel.
Sendo assim, o direito do promitente comprador é um direito real à aquisição onde o promitente
vendedor obriga-se a vender determinado bem ao promitente comprador, pelo preço, modo e
condições contratadas. O promitente comprador por sua vez se compromete a pagar e a satisfazer todas
as condições estipuladas no contrato, podendo após o pagamento pedir adjudicação compulsória se
houver recusa do vendedor em entregar a coisa.
https://youtu.be/Qdi0Dafnt8w
https://www.slideshare.net/ErnestoTurman/direitos-reais
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A IRRETRATABILIDADE DA PROMESSA
O CC no art. 463 dispõe que “Concluído o contrato preliminar, com observância do disposto no artigo
antecedente, e desde que dele não conste cláusula de arrependimento, qualquer das partes terá o
direito de exigir a celebração do definitivo, assinando prazo à outra para que o efetive”.
No entanto, o art. 1.417, do CC disciplina que “mediante promessa de compra e venda, em que se não
pactuou arrependimento, celebrada por instrumento público ou particular, e registrada no Cartório de
Registro de Imóveis, adquire o promitente comprador direito real à aquisição do imóvel”.
A norma do art. 1.417, na verdade, comporta a seguinte distinção: contempla o contrato preliminar com
cláusula de arrependimento, que é de fato, um pré-contrato, gerador de direitos apenas obrigacionais,
sobre essa espécie incidindo as regras gerais sobre o contrato preliminar (art. 421-426, do CC); e a
promessa de compra e venda, tradicionalmente conhecida como compromisso de venda, contrato
irretratável, sem a existência de cláusula de arrependimento.
Para que a promessa de compra e venda produza os efeitos esperados pelo promitente comprador de
um autêntico direito potestativo de exigir posteriormente a escritura definitiva, adjudicando para si a
titularidade, se faz necessário que não haja pactuado a cláusula de arrependimento.
ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA
A Adjudicação compulsória é o ato do juiz (sentença) pelo qual é determinada a transferência de uma
coisa do patrimônio de alguém para outra pessoa.
Inicialmente, entendia a doutrina e a jurisprudência que tal ação só era possível caso houvesse o registro
do contrato, pois faltaria interesse de agir ao autor da ação, no caso o compromitente-comprador, se o
contrato não fosse registrado. Este também é o disposto no CC.
Caracteriza-se tal ação pelo rito sumaríssimo, atualmente sumário, conforme prescrito no art. 16 do
Decreto-lei nº 58/37. Nos parágrafos do referido artigo, estão estabelecidas as condições de
admissibilidade da ação, entre eles o cumprimento das obrigações. Como condição primeira para esta
ação, o preço deve estar evidentemente integralizado.
“Art. 15. Os compromissários têm o direito de, antecipando ou ultimando o pagamento integral do
preço, e estando quites com os impostos e taxas, exigir a outorga da escritura de compra e venda.
Art. 16. Recusando-se os compromitentes a passar a escritura definitiva no caso do art. 15, serão
intimados, por despacho judicial e a requerimento do compromissário, a dá-la nos 10 dias seguintes à
intimação, correndo o prazo em cartório.
§ 1º Se nada alegarem dentro desse prazo, o juiz, por sentença, adjudicará os lotes aos compradores,
mandando:
1. Tomar por termo a adjudicação, dela constando, além de outras especificações, as cláusulas do
compromisso, que devessem figurar no contrato de compra e venda, e o depósito do restante
do preço, se ainda não integralmente pago;
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Dessa maneira, a execução prevista no art. 466-A, surge como alternativa ao promitente comprador que
não tem seu contrato registrado, na tentativa de evitar toda a discussão quanto ao cabimento da ação
de adjudicação compulsória baseada em contrato não registrado. Por essa opção, ressalta o caráter de
instrumentalidade do processo, garantindo uma efetiva prestação jurisdicional, ao mesmo tempo em
que disponibiliza ao promitente comprador a satisfação de seu direito.
https://youtu.be/nTb6Lh48Uvs EXTINÇÃO
De acordo com o art. 36, Lei 6.766/79, somente com o cancelamento do registro é que se dá a extinção
deste direito real.
Sabemos que contrato é definido pela doutrina como sendo um acordo de vontades de duas ou mais
pessoas sobre um determinado objeto, devendo os contratantes possuir capacidade, o objeto ser lícito
e a forma ser prescrita ou não proibida por lei, para que tenha validade jurídica.
Várias são as denominações apresentadas pela doutrina para este tipo contratual, tais como,
compromisso de compra e venda, promessa de compra e venda, pré-contrato, dentre outros. Diversos
autores defendem a ideia de que o Compromisso de compra e venda de bem imóvel equivale a um
contrato preliminar, ainda não definitivo, que segundo a definição de Pontes de Miranda é:
“Contrato preliminar, ou, melhor, pré-contrato, pactum de contrahendo, entende-se o contrato pelo
qual uma das partes, ou ambas, ou todas, no caso de pluralidade subjetiva, se obrigam a concluir outro
negócio jurídico, dito negócio principal, ou contrato principal”.
Ressalta-se que o contrato preliminar não foi regulamentado pelo Código Civil de 1916, situação essa
que explica a existência de exígua doutrina sobre o assunto, que passou, contudo, a ser regulamentado
pelo Código Civil de 2002 em seus artigos 462 e 466 do Código Civil.
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DIREITO DO PROMITENTE COMPRADOR
https://aragonefernando.jusbrasil.com.br/artigos/818655017/comprei-um-imovel-porcompromisso-de-compra-e-
venda-e-agora?ref=amp
Contrato preliminar deve atender aos requisitos do art. 462, sem o que restaria ao interessado o poder
de exigir apenas as penalidades nele previstas, e perdas e danos caso a parte devedora não viesse a
firmar o contrato definitivo.
Ademais, no que diz respeito ao contrato preliminar objeto de estudo, caso as partes decidissem pela
celebração da escritura definitiva antes mesmo da ocorrência de eventos futuros, como aqueles
apontados acima, o desfazimento do negócio em caso de não ocorrência de tais eventos, traria inúmeros
transtornos para a parte prejudicada, já que nessa hipótese o promitente comprador, já teria se tornado
proprietário do bem.
Por fim, a respeito do contrato preliminar de compra e venda de imóvel há que se ressaltar que há quem
defenda se tratar de um contrato preliminar impróprio, já que desde a sua celebração os poderes
inerentes ao domínio são transferidos ao promitente comprador, conservando o promitente vendedor
para si a propriedade nua, que vai sumindo a medida em que o mesmo vai recebendo seu crédito.
Mas nem todos os contratos preliminares são dotados de tal natureza imprópria, pois existem aqueles
cuja posse só é transferida ao promitente comprador após o pagamento integral do preço combinado
entre as partes e reunião de todos os documentos necessários à celebração da escritura definitiva.
No que tange à regulamentação do compromisso de compra e venda de imóvel, vale mencionar que o
Código Civil de 1916 pouco previu sobre o tema, sendo que a promessa de compra e venda firmada
entre as partes gerava apenas obrigações para as partes, mas sem efeitos reais, resolvendo-se a situação
de inadimplemento em perdas e danos.
Temos, portanto, que na vigência do Código Civil de 1916 o promitente comprador do imóvel não tinha
direito a pleitear perante o Poder Judiciário, por meio da propositura de ação judicial, a adjudicação do
imóvel a seu favor, na hipótese do promitente vendedor desistir do negócio.
Ao iniciar o estudo do tema, Valter Farid Antonio Junior crítica a falta de Regulamentação do tema,
manifestando-se no seguinte sentido:
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Ainda fazendo menção à regulamentação do tema, vale destacar que antes mesmo do advento do
Código Civil de 2002 as Súmulas 621 e 84 do STF e do STJ, respectivamente, já disciplinavam um aspecto
importante do assunto, a saber:
A Súmula 621 do STF estabelecia que: "Não enseja embargos de terceiro à penhora a promessa de
compra e venda não inscrita no registro de imóveis".
A Súmula 84 do STJ, que veio substituir a Súmula 621 do STF, Estabelece que:
Em resumo, podemos afirmar que o compromisso de compra e venda é regulado basicamente por 03
regimes jurídicos, quais sejam, (i) os imóveis urbanos loteados, regidos pela Lei nº 6.766/79, que se
restringe aos imóveis urbanos; (ii) os imóveis não loteados regulados por algumas leis especiais, quais
sejam, o Decretolei nº 58/37 que prevê normas relativas à adjudicação, constituição em mora e
resolução e a Lei nº 6.766/79; e (iii) os imóveis incorporados a preço de custo, ou por administração,
regulamentados pela Lei nº 4.591/64.
https://youtu.be/AjFhQKuBwxo
A natureza jurídica do Compromisso de Compra e Venda de Imóvel, é apontada pela maioria dos
doutrinadores, como sendo um dos assuntos mais relevantes para a análise do tema objeto.
Washington de Barros Monteiro, também sob a perspectiva dualista, distingue direito real do direito
pessoal, da seguinte forma:
“Direito real a relação jurídica em virtude da qual o titular pode retirar da coisa de modo exclusivo e
contra todos, as utilidades que ela é capaz de produzir e direito pessoal a relação jurídica mercê da qual
ao sujeito passivo assiste o poder de exigir do sujeito passivo determinada prestação, positiva ou
negativa”.
Melhor explicando o tema, Arnaldo Rizzardo cita Serpa Lopes, no seguinte trecho extraído de sua obra
já citada.
“Enumera quatro características que acompanham os direitos reais e os separam dos direitos pessoais:
a) a oponibilidade erga omnis, ou seja, todos devem respeitar a propriedade do titular, respeito
que consiste em uma abstenção da coletividade em relação aos bens do indivíduo, não
cometendo atos impeditivos ou de usurpação;
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Diz mais: que chegamos: ao absurdo de denominar contrato de compra e venda ao ato que efetiva uma
obrigação de fazer, e compromisso de compra e venda ao que transfere todos os direitos reais sobre a
coisa, que é objeto da transação. A realidade mostra que a transmissão dos direitos reais se processa
por força do contrato de compromisso de compra e venda, e não do segundo contrato”.12 O seguinte
julgado do Superior Tribunal de Justiça, também corrobora com tal entendimento, já que possibilita a
oposição de embargos de terceiros pelo promitente comprador, ainda que não registrado o
compromisso:
“O Contrato de compra e venda, ainda que não tenha sido levado a registro no Ofício de Registro de
Imóveis, constitui meio hábil a inviabilizar a constrição do bem imóvel, em sede de execução fiscal.
Comprovada a posse do bem pelo terceiro embargante e a inexistência de fraude à execução, cabe
assegurar a pretendida posse nos termos da súmula 84, STJ: “É admissível a oposição de embargos de
terceiro fundada em alegação de posse advinda do compromisso de compra e venda de imóvel, ainda
que desprovido do registro”.
Arnaldo Rizzardo também ressalta que a constituição dos direitos reais e sua transferência nascem com
o registro. Vejamos o que ele menciona, em sua obra já citada:
“Tanto nos registros referentes a outros direitos reais como nos compromissos de compra e venda
devidamente registrados encontramos características idênticas, mesmo que não se levasse em
consideração o disposto no inc. VII do art. 1.255 do CC. A constituição e a transferência dos direitos reais
nascem do registro, em ambos os casos. A promessa, revestida das formalidades legais, é título hábil
para o registro, de cujo ato decorre um direito real, como a oponibilidade erga omnis”.
Não se pode negar, portanto, que o registro atribui eficácia real a um direito pessoal, sendo essa a
posição que domina hoje na doutrina e na jurisprudência, com consequências para o compromissário
vendedor na hipótese de desistir do negócio ou se recusar a outorgar a escritura definitiva a favor do
comprador.
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DO ARREPENDIMENTO
O artigo 15 do Decreto-Lei nº 58 que trata dos imóveis loteados, proíbe o direito de arrependimento ao
prever que o compromissário antecipando ou ultimando o pagamento do preço, pode exigir a outorga
da escritura definitiva ao Promitente Vendedor. A Súmula 166 do STF foi editada justamente em razão
de tal disposição de lei e é categórica ao estabelecer que “É inadmissível o arrependimento do
compromisso de compra e venda sujeito ao regime do Decretolei 58, de 10.12.1937”.
Para alguns doutrinadores, o exercício do direito de arrependimento deve ser permitido dentro de um
determinado prazo, ou seja, antes de iniciada a execução do contrato, já que esta importaria em
renúncia tácita ao direito em questão.
Sobre a cláusula que possibilita o arrependimento, Francisco Cláudio de Almeida Santos defende a
seguinte posição:
“A cláusula de arrependimento, ainda que importe na perda das arras ou na sua devolução em dobro,
não nos parece merecer aplausos, pois na verdade, somente enfraquece o vínculo contratual. A regra,
com efeito, deveria ser a da irretratabilidade das convenções”.
É fato que a questão aqui colocada, nos obriga a refletir, dentre outras questões, sobre o motivo pelo
qual o legislador possibilitou ao promitente vendedor arrepender-se do negócio.
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haja cláusula expressa no contrato possibilitando o arrependimento, na hipótese de ter sido efetuado o
pagamento das arras confirmatórias e ter se iniciado a execução do contrato.
Por fim, embora óbvia a conclusão, ressalta-se que a cláusula que prevê a possibilidade de
arrependimento deve ser expressa, e, sendo assim, no silêncio não há a possibilidade de
arrependimento por qualquer das partes, devendo ser levado sempre em consideração as circunstâncias
do negócio e sobre quais hipóteses a parte deseja exercer o direito de arrepender-se, que será, portanto,
relativo, ou seja, encontrará limites nos princípios da boa-fé objetiva, equilíbrio e função social do
contrato.
Da adjudicação compulsória
Não há dúvidas de que a promessa de compra e venda corresponde à uma obrigação do fazer, já que o
promitente vendedor promete vender o imóvel ao promitente comprador e posteriormente, após o
pagamento do preço pelo comprador, a outorgar a escritura definitiva do imóvel. O promitente
comprador, obriga-se, por outro lado, a pagar o preço combinado entre as partes.
Para Valter Farid Antonio Junior: “Uma vez celebrado, o contrato de compromisso de venda impõe no
campo obrigacional duas espécies de obrigação: uma de dar ao adquirente a posse do imóvel, e outra
de fazer, consistente na prestação de um ato devido – a outorga da escritura pública definitiva quando
do pagamento integral do preço pelo compromitente comprador – que servirá de titulus adquirendi a
ser levado ao registro de imóveis para que o adquirente, após a inscrição, veja constituído o direito de
propriedade, nos termos dos artigos 108 e 1.245 do Código Civil”.
Assim, a regra é que as partes cumpram integralmente o que combinaram entre si, finalizando o
contrato, cumprindo o promitente vendedor a sua obrigação principal, qual seja, outorgar a escritura
definitiva de compra e venda a favor do promitente comprador, mormente quando cumpridas pelo
promitente comprador todas as obrigações contidas no contrato preliminar e sendo este irretratável,
ou seja, sem cláusula de arrependimento.
Tal regra encontra-se especialmente esculpida no artigo 463 do Código Civil, in verbis:
“Concluído o contrato preliminar, com observância do disposto no artigo antecedente e desde que dele
não conste cláusula de arrependimento, qualquer das partes terá o direito de exigir a celebração do
definitivo, assinando prazo a outra parte para que o efetive.
Importante ressaltar que de acordo com artigo 464 do Código Civil, o juiz, a pedido do interessado,
poderá suprir a vontade da parte inadimplente, conferindo caráter definitivo ao contrato preliminar.
Sendo assim, aplicando-se tais regras ao compromisso de compra e venda de bem imóvel, caso as partes,
no caso o promitente vendedor, não cumpra o estipulado no compromisso, a única saída ao promitente
comprador será a propositura das medidas judiciais cabíveis para obtenção da tutela jurisdicional
pretendida.
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Arnaldo Rizzardo, ao discorrer sobre o tema, faz menção à forma pela qual a situação era tratada no
passado: “Em épocas passadas, o adquirente do imóvel, mesmo tendo pago todas as prestações, não
dispunha de meios para compelir o alienante a cumprir o contrato, na forma combinada; estava sempre
à mercê da inescrupulosa manobra do outro contratante, embora inexistisse qualquer cláusula
resolutiva expressa. No momento de serem postos à venda os terrenos, em prestações moderadas,
pouco valiam; com o passar do tempo, imensamente elevado o preço, apresentava-se vantajoso para o
promitente alienante devolver as prestações, de acordo com as estipulações contratuais. Pouco
significava se cominado o pagamento da multa”.
Ressalta-se que a situação acima, narrada por Arnaldo Rizzardo pode ocorrer ainda hoje, nos dias atuais,
na hipótese do contrato prever a possibilidade das partes se arrependerem do negócio, existindo
inclusive aqueles que defendem a possibilidade da resilição contratual, ao invés da outorga da escritura
definitiva, ainda que o promitente comprador tenha efetuado o pagamento integral do preço
combinado.
É bem verdade também que existem entendimentos em sentido contrário, ou seja, de não ser mais
possível ao promitente vendedor arrepender-se do negócio, após o pagamento do preço pelo
promitente comprador, ou, até mesmo após o pagamento das arras confirmatórias.
Pois bem. A questão é que uma vez se arrependendo o promitente vendedor do negócio, pode o
promitente comprador, após o pagamento do preço integral, exigir a outorga da escritura definitiva por
meio das algumas medidas judiciais, dentre as quais destaca-se a ação de adjudicação compulsória.
A ação de adjudicação compulsória trata-se de ação que visa uma execução específica, ou seja, a
obtenção de decisão judicial que substitua a outorga da escritura definitiva de compra e venda de
imóvel, ante a recusa do vendedor de outorgá-la e tem fundamento nos artigos 15, 16 e 22 do Decreto-
lei nº58/37.
Segundo o artigo 15 do Decreto-lei acima mencionado, o promitente comprador tem o direito de exigir
a outorga da escritura, após ter efetuado o pagamento do preço, enquanto que o artigo 16 do mesmo
Diploma Legal prevê a favor do promitente comprador a propositura da ação de adjudicação
compulsória, na hipótese do promitente vendedor se recusar a outorgar a escritura. Por fim, o artigo 22
confere ao promitente comprador o direito de ingressar com a mencionada ação de adjudicação
compulsória, se o contrato não contiver cláusula de arrependimento.
Nesse sentido, temos que por meio da ação de adjudicação compulsória o comprador visa obter uma
decisão judicial que venha a suprir uma obrigação de fazer inadimplida pelo promissário vendedor, não
se confundindo com obrigação de dar, como ocorre na adjudicação processual, que visa transferir a
propriedade de um determinado bem de uma pessoa para outra.
No que tange à natureza da ação de adjudicação compulsória, entende a maior parte da doutrina, se
tratar de ação pessoal, como é o caso do doutrinador acima citado para quem a ação de adjudicação
compulsória pode ser definida como “a ação pessoal que pertine ao compromissário comprador, ou ao
cessionário de seus direitos à aquisição, ajuizada com relação ao titular do domínio do imóvel – (que
tenha prometido vendê-lo através do contrato de compromisso de venda e compra e se omitiu quanto
à escritura definitiva) – tendente ao suprimento judicial desta outorga, mediante sentença constitutiva
com a mesma eficácia do ato não praticado”.
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existentes entre elas, que possuem desde o início da negociação, a intenção de concluir o negócio
principal.
Francisco Eduardo Loureiro, em comentário ao artigo 1.417 do Código Civil, menciona que:
“O que se extrai do preceito em estudo é a presença de dois requisitos cumulativos, para que o contrato
de compromisso de compra e venda, que gera apenas direito de crédito, se converta em direito real e
ganhe oponibilidade contra todos, a saber:
Nesse sentido, o seguinte trecho extraído do Código de Processo Civil Comentado por Nelson Nery:
“Somente quando a lei expressamente dispuser em sentido contrário é que a apelação deverá ser
recebida apenas no efeito devolutivo. Por ser matéria de restrição de direitos, a exceção mencionada
na segunda parte do caput deve ser interpretada de forma estrita. A apelação deve ser recebida somente
no efeito devolutivo: a) nos casos do CPC 520; b) quando interposta da sentença que decreta a interdição
(CPC 1184). Fora do sistema do CPC, existem outros casos de apelação recebida apenas no efeito
devolutivo, como, por exemplo:
a) da sentença proferida em ações de despejo, qualquer que seja o fundamento (LI 58 V);
b) da sentença proferida no pedido de assistência judiciária, quando processado em apartado
(LAJ 17);
c) da sentença proferida na ação discriminatória de terras devolutas (LAD 21);
d) da sentença proferida na ação de busca e apreensão fundada de bens alienados
fiduciariamente, seja de procedência ou improcedência do pedido (LAF 3.º § 5º);
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Vemos, portanto, que a ação de adjudicação compulsória não é citada no rol taxativo do Código de
Processo Civil, nem tampouco nas ações judiciais citadas por Nelson Nery no texto acima transcrito, o
que nos leva a conclusão de que o recurso de apelação interposto contra a sentença proferida em tal
ação em regra será recebido no efeito devolutivo, exceto na hipótese do recorrente obter a antecipação
dos efeitos da tutela no curso da ação ou do recurso de apelação.
Em que pese o fato acima apontado, a ação de adjudicação compulsória ainda é uma das ações judiciais
mais utilizadas pelo promitente comprador na hipótese de desistência injustificada do negócio pelo
promitente vendedor.
https://youtu.be/M8nTE5K8knA
De fato, na hipótese acima aventada, é possível também ao promitente comprador do imóvel ingressar
com as ações judiciais chamadas “Ação (condenatória) de Obrigação de Fazer” e “Ação de Execução de
Obrigação de Fazer”, as quais serão analisadas a seguir.
A ação de execução de obrigação de fazer antigamente era regulamentada pelos artigos 639 e seguintes
do Código de Processo Civil, sendo hoje prevista no artigo 466-B, do mesmo Diploma Legal, in verbis:
Art. 466-B: “Se aquele que se comprometeu a concluir um contrato não cumprir a obrigação, a outra
parte, sendo isso possível e não excluído pelo título, poderá obter uma sentença que produza o mesmo
efeito do contrato a ser firmado”.
De acordo com tal dispositivo legal, o autor da ação obtém uma sentença judicial que substitui a
declaração de vontade do promitente vendedor, que passa, portanto, a ser documento hábil à outorga
da escritura definitiva a favor do promitente comprador.
Não podemos deixar de lembrar que a ação de execução de obrigação de fazer também é regulamentada
pelos artigos 632 e seguintes do diploma processual civil, prevendo o citado artigo 632 que “Quando o
objeto da execução for obrigação de fazer, o devedor será citado para satisfazê-la no prazo que o juiz
assinar, se outro não estiver determinado no título executivo”.
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Por outro lado, a ação de obrigação de fazer encontra guarida no artigo 461 e seguintes do Código de
Processo Civil, in verbis:
Art. 461: “Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz
concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que
assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento”.
Além disso, se verificado no caso os requisitos previstos no § 3º do artigo 461 do Código de Processo
Civil, quais sejam, (i) relevância do fundamento da demanda e (ii) justificado receio de ineficácia do
provimento final, poderá o juiz antecipar os efeitos da sentença de mérito, conferindo ao promitente
comprador decisão liminar que autorize a emissão de mandado específico.
Sobre o tema, Nelson Nery Júnior afirma que “encontra-se previsto no artigo 461 do Código de Processo
Civil uma ação de natureza condenatória, ou seja, de conhecimento, o que anteriormente não havia,
pois abre ensejo à antecipação de tutela, autorizando a emissão de mandado específico e provisório da
tutela de mérito ou de seus efeitos”.
PROCESSO CIVIL – EMBARGOS À EXECUÇÃO – ART. 741, II E PARÁGRAFO ÚNICO DO CPC – OBRIGAÇÃO
DE FAZER – ACÓRDÃO EXEQUENDO TRANSITADO EM JULGADO ANTERIORMENTE à MP 2.180/2001.
1. As decisões judiciais que imponham obrigação de fazer ou não fazer, ao advento da Lei
10.444/2002, passaram a ter execução imediata e de ofício.
2. Aplicando-se o disposto nos arts. 644 caputs, combinado com o art. 461, com a redação
dada pela Lei 10.444/2002, ambos do CPC, verifica-se a dispensa do processo de execução
como processo autônomo.
3. Se a nova sistemática dispensou a execução, é induvidosa a dispensa também dos
embargos, não tendo aplicação o disposto no art. 738 do CPC.
4. Extinção do feito, por ausência de pressuposto de constituição e desenvolvimento regular
do processo (art. 267, IV c/c § 3º do CPC), que se deixa de decretar em atenção ao
princípio da non reformatio in pejus.
5. O art. 741, II, parágrafo único do CPC, com redação dada pela MP 2.18035/2001, é norma
de natureza processual e, portanto, tem aplicação imediata, inclusive nos feitos
pendentes. Contudo, afasta-se, na hipótese dos autos, a incidência da norma porque
transitado em julgado o acórdão exequendo antes do advento da MP 2.180/2001.
A partir do exposto até aqui em relação às ações judiciais à disposição do promitente comprador,
podemos concluir que o resultado prático da ação de adjudicação compulsória e da ação de execução
e/ou condenatória de obrigação de fazer, será praticamente o mesmo, produzindo a sentença judicial
todos os efeitos do contrato ou declaração não emitida pelo vendedor.
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comprador, não obter uma decisão que antecipe os efeitos da tutela, ainda que em sede de recurso de
apelação, terá que aguardar o trânsito em julgado da decisão para somente depois obter a escritura
definitiva do imóvel.
Com isso, podemos afirmar que atualmente há uma forte inclinação tanto da doutrina quanto da
jurisprudência à conclusão de que a única e relevante diferença existente entre o contrato registrado e
o contrato não registrado é a oponibilidade perante terceiros e outras consequências que podem gerar
para as partes contratantes e para um terceiro de boa-fé, que sem ter conhecimento da existência de
um contrato firmado entre promitente comprador e promitente vendedor, adquire o imóvel certo de
que o bem estar livre e desimpedido para ser negociado.
A partir do exposto, tende a concluir que independentemente do compromisso de compra e venda ter
ou não sido registrado, mais eficaz do que ingressar com a ação de adjudicação compulsória é a
propositura da ação de obrigação de fazer, já que se trata de uma medida judicial criada para dar maior
efetividade à prestação jurisdicional, na medida em que é possível obter a partir da mesma inclusive os
efeitos da antecipação da tutela, obrigando desde logo o promitente vendedor a cumprir a obrigação
assumida para com o promitente comprador.
Ao discutirmos tal assunto, pode, entretanto, surgir a seguinte questão: o que fazer quando as partes
estão em negociações, já tendo inclusive definido o objeto, preço e condições do negócio, mas sem,
contudo, ter firmado um instrumento escrito? Nessa hipótese existe alguma possibilidade de exigir do
promitente vendedor que concretize o negócio por meio da outorga da escritura definitiva?
Para responder a essa questão, antes de mais nada, devemos nos perguntar se é admissível o
compromisso de compra e venda firmado de forma verbal.
A legislação não prevê nada a respeito, mas tão somente que a celebração de compromisso de compra
e venda pode ser efetivada tanto por instrumento público quanto particular e obrigatoriamente estar
revestido das exigências previstas na lei, ou seja, partes capazes, objeto lícito e forma prescrita ou não
defesa em lei.
Vejamos qual a opinião de Orlando Gomes a respeito: “A forma do contrato de compromisso de venda
não acompanha, entre nós, a do contrato de compra e venda em caráter necessário. Para a conclusão
deste, exige a lei a escritura pública, se o bem é imóvel e tem valor superior a determinada expressão
monetária. Admitido que o compromisso de venda constitui o principal ato do processo de alienação de
um bem, por ele iniciado, constituindo começo de disposição, lógico seria exigir a forma solene para sua
formação. Razões de ordem prática determinam, no entanto, sua dispensa”.
Arnoldo Wald compartilha do mesmo entendimento: “A regra geral do art. 108 do novo Código Civil
exige o instrumento público para os contratos que possam gerar direito real (”constitutivos” é palavra
imprópria), de valor superior a certa quantia. Assim, salvo as indicações de leis especiais (terrenos
loteados e sistema financeiro), as demais, exigem instrumento público. Mas há jurisprudência e doutrina
admitindo o instrumento particular para a promessa de venda, por aplicação analógica das regras das
leis especiais”.
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Portanto, em regra, a forma do contrato preliminar é livre, ou seja, pode ser celebrado tanto por
instrumento público quanto por instrumento particular, bastando, contudo, que haja a declaração da
vontade das partes, isto é, a proposta por parte do promitente vendedor e a aceitação por parte do
promitente comprador, estabelecendo-se os elementos essenciais do contrato principal, ou seja, o
preço, o objeto e o consentimento.
Não obstante tudo o quanto exposto acima, nenhuma legislação, nem tampouco os doutrinadores acima
citados, se manifestaram sobre a questão da aceitação da celebração do compromisso de compra e
venda de forma verbal.
A verdade é que a resposta para tal questão pode ser encontrada na jurisprudência, que já há algum
tempo, ao enfrentar o assunto, tem conferido validade ao compromisso de compra e venda de imóvel
celebrado de forma verbal.
https://youtu.be/diucetQ1raQ
Dos princípios da probidade e da boa-fé contratual como reguladores dos temas analisados.
Como sabemos, antes mesmo da entrada em vigor do Novo Código Civil brasileiro, de há muito a
doutrina e a jurisprudência já vinham se inclinando no sentido de a obrigatoriedade dos contratantes
agirem com lealdade e boa-fé tanto na fase pré-contratual (negocial) quanto na fase de conclusão dos
contratos.
Daí advém a regra do artigo 422 do Código Civil, segundo a qual “os contratantes são obrigados a
guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios da probidade e da boa-
fé”.
Atendendo aos princípios da probidade e da boa-fé, o legislador criou em diversos dispositivos do Código
Civil, outras regras que impõem normas ao direito de contratar, na medida em que obrigam as partes a
cumprirem o acordado, antes mesmo da efetiva assinatura do instrumento pelos contratantes, nos
exatos termos dos artigos 427 e 464, do diploma civilista, in verbis:
Discorrendo sobre o tema, apresentou o Prof. Antônio Campos Ribeiro o Seguinte entendimento no
texto Responsabilidade Pré-contratual:
“...Teoria da Boa-fé Objetiva: Entendemos que esta é a melhor fundamentação jurídica para que se
imponha a responsabilidade pré-contratual. Observar que lastreamos tal base, na boa-fé objetiva,
padrão ético de lealdade, dignidade e honestidade que devem pontuar todas as relações jurídicas
travadas entre os seres humanos. Também entendem desta forma RÉCIO EDUARDO CAPPELARI, JOÃO
DE MATOS ANTUNES VARELA e M.PAZ GARCIA RUBIO.
De fato, o princípio da boa-fé contratual visa impedir que um dos contratantes, de uma hora para outra,
contradiga tudo o que foi afirmado e reafirmado pelos contratantes durante as negociações, como
forma, inclusive, de proteger o direito adquirido da outra parte.
Ainda, antes de concluir o presente Capítulo, é de suma importância ressaltar que um dos argumentos
que dão força ao princípio da boa-fé objetiva, principalmente no âmbito do direito contratual, diz
respeito à ideia de rechaçar a mentira, o engano e a reserva mental, segundo a qual a intenção real de
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um dos contratantes não é revelada ao outro, que reserva para si pensamento contrário àqueles que
restaram estabelecidos entre os contratantes, como por exemplo, a possibilidade de quebra do negócio,
ou qualquer outra atitude que contrarie o que restou combinado, especialmente na fase negocial (pré-
contratual).
Vejamos o que diz a tão citada Camila de Jesus Mello Gonçalves, a Respeito:
“...nesse contexto, a boa-fé objetiva constitui um pressuposto de comunicação, além de condição para
a vinculação com o outro, o que não ocorreria na pressuposição de que o outro estaria mentindo. Nesse
sentido, o princípio da boa-fé significa que o Direito e a aplicação do Direito devem rechaçar regras que
impliquem o apoio à mentira, ao engano ou à reserva mental, deixando claro que a mentira mão pode
ser regra. De fato, mesmo no âmbito da teoria da argumentação está presente o dever de verdade,
como de depreende pelas condições pressupostas em qualquer discurso, resumidas por Alexy:
1. vedação à contradição;
2. dever de afirmar aquilo que se crê;
3. obrigação de utilizar o mesmo predicado a todos os objetos iguais em aspectos relevantes;
4. a mesma expressão deve ser utilizada com o mesmo significado por todos os falantes”.
Na mesma linha de raciocínio e atendendo aos princípios contratuais ora citados, que como já dito vêm
norteando cada vez mais o mundo dos contratos, a jurisprudência tem contribuído também e muito
para a evolução do tema, como restou aqui demonstrado, gerando com isso maior segurança jurídica às
negociações.
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3ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2007.
Oliveira Andrade, Darcy Bessone de. “Da Compra e Venda – Promessa & Reserva de Domínio”. Belo
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garantia (penhor, hipoteca e anticrese)”. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2006.
Diniz, Maria Helena. “Curso de Direito Civil Brasileiro”. 4º vol. Direito das Coisas. São Paulo: Editora
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Pereira, Caio Mário da Silva. “Instituições de Direito Civil – Vol. IV”, 13ª Edição. Rio de Janeiro: Editora
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Venosa, Silvio de Salvo. “Direito Civil – Teoria Geral das Obrigações e Teoria Geral dos Contratos”,
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