Relatório_Cimento (1)
Relatório_Cimento (1)
Relatório_Cimento (1)
1
Sumário
1 Resumo 3
2 Enunciando o Problema: 3
3 Justificativa e objetivo 3
4 Metodologia 3
4.1 Preparo e Tipos da Argamassa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
4.2 LIBS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
4.2.1 Ablação da amostra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
4.2.2 Espectrômetro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
4.2.3 Medidas LIBS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
4.3 Analise de Picos de Intensidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
4.4 Spectral Angle Mapper . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
5 Resultados 8
6 Conclusão 8
7 Bibliografia 8
2
1 Resumo
Argamassa tem sido muito utilizado na sociedade moderna com o grande avanço da industria da cons-
trução civil. Existe uma ampla variedade de aplicações de argamassa, uma ampla composição de argamassa
também precisa ser utilizado devido as varias necessidades das aplicações, associado a técnica LIBS (do inglês
anacrônico: Laser Induced Breakdown Spectroscopy) o reconhecimento e caracterização dessas variedades de
argamassas bem como a identificação elementar delas, pode ser resolvido de maneira direta e rápida. LIBS é
uma técnica de espectroscopia óptica que utiliza a radiação emitida do resfriamento de um plasma induzido por
laser para a identificação de elementos em uma ampla gama de amostras. Durante o processo os comprimentos
de ondas emitidos são identificados por um espectrômetro gerando o chamado espectro LIBS, estes compri-
mentos de onda podem ser comparado à ”assinatura digital do elemento”, com cada elemento possuindo o seu
comprimento de onda caracterı́stico. Um grande banco de dados (Big Datas) é gerado na obtenção dos espectros
LIBS, assim necessitando de algoritmos de programação e cálculo numérico para poder fazer as análises, python
é uma linguagem de programação que tem se destacado em todo meio acadêmico e industria para analise de
Big Datas, devido sua vasta coleção de bibliotecas e uma comunidade extremamente engajada em desenvolver
tanto algoritmos de aprendizado de máquina (ML) como de leituras de dados. A sintaxe clara e a versatilidade
da linguagem influencia nas possibilidades da linguagem.
2 Enunciando o Problema:
Argamassa serve como uma especie de cola entre alguns materiais utilizados na construção civil, como
tijolos e azulejos, como ela pode ser feita de diversos componentes entre seu material ligante, agregados e a água,
variando em sua natureza de resistência secagem entre outros. Por isto é importante que exista uma técnica
capaz de analisar a composição quı́mica de uma argamassa, preferencialmente de maneira rápida para que se
possa aproveitar melhor do tempo de trabalhabilidade ou de cura da argamassa. LIBS com a capacidade de
fazer medidas eficazes e rápidas consegue suprir esta demanda, que atualmente é feita por métodos quı́micos que
geram resı́duos que por muitas vezes precisam de descartes apropriados para não prejudicar o meio ambiente,
além do tempo de análise ser por vezes maior que o tempo de cura da argamassa necessitando de medidas
antecipadas a produção da mistura. A técnica LIBS pode ser aplicada com lasers de diferentes comprimentos
de onda, como o infravermelho e o ultravioleta, cada um com caracterı́sticas distintas. Esses comprimentos de
onda geram plasmas que emitem espectros com sutis diferenças, sendo um mais adequado para analisar regiões
de comprimentos de onda mais energéticos e o outro para regiões de comprimentos de onda menos energéticos.
3 Justificativa e objetivo
A técnica LIBS tem se destacado como uma ferramenta para aprimorar processos industriais e pesquisas
acadêmicas, e quando aplicada à materiais cimentı́cios, não é exceção. LIBS tem demonstrado alta capacidade
de identificar os elementos quı́micos presentes nas argamassas que por sua vez tendem a ter uma mistura bem
complexa de elementos quı́micos, sendo assim a técnica oferece potencial para aprimorar a qualidade do material
utilizado na construção civil. Importante ressaltar que essa análise é feita sem causar deterioração à amostra e
feita de maneira quase que instantânea, tornando-se compatı́vel com as demandas da indústria da construção
civil (algumas argamassas tem seu tempo de trabalhabilidade de 60 minutos) [1].
4 Metodologia
4.1 Preparo e Tipos da Argamassa
Argamassa é um produto resultante da mistura de um ligante com um agregado e água, no preparado
da argamassa o material ligante, seja ele cimento, gesso, cal ou outro, é responsável por fazer a ligação entre os
constituintes da argamassa, os agregados têm a função de aumentar a resistência, controlar a dureza, adicionar
volume, entre outras propriedades, enquanto a água serve como solução para mistura e homogeneização da
argamassa [2–4]. Desta forma esta mistura formará uma pasta que por sua vez terá um tempo de trabalha-
bilidade até que esteja rı́gida e não possa mais ser modelada. As amostras analisadas nesta pesquisa foram
confeccionadas com dois tipos diferentes de cimento, sendo eles CPV e CP II-F32 e como agregado, areia, em
diferentes granularidades. Sendo o cimento CPV um cimento de alta resistência inicial e o CP II-F32 tem como
caracterı́stica sua granulometria fina [5]. O preparo do cimento foi feito utilizando as normas ABNT NBR
7215:2019. As quantidades que foram utilizadas esta na tabela 1).
3
Tabela 1: Materiais e Quantidades
Com todo material pesado e separado, o processo de mistura foi feito utilizando um misturador mecânico
seguindo o seguinte processo descrito na figura 1
Figura 1: Esquema de utilização do processo mecânico. Fonte: TCC - BRENDA MEDEIROS DOS SANTOS
Após o término da mistura, foi iniciado instantaneamente a moldagem das amostras. Foram utilizados tubos
cilı́ndricos de PVC com diâmetro de (50, 5 ± 0, 5)mm e altura de (100 ± 0, 5)mm, estes tubos foram preenchidos
com a argamassa e colocados para secagem. Após 24hs em uma câmara úmida foram desenformados todas as
amostras e colocado em um tanque de água saturada com cal. As amostras permaneceram neste tanque até
sua ruptura. Foram feitas 4 amostras para cada tipo de cimento e idade de ruptura, as idades foram 1, 3, 7 e
28 dias. As amostras foram nomeadas seguindo a tabela 2
Tabela 2: Amostras
Após as amostras atingirem a idade de ruptura indicada na tabela 2, foi feito um ensaio de resistência a
compressão. A amostra foram colocado entre duas placas de uma prensa de maneira alinhada para que a força
seja feita somente no eixo longitudinal e aplicado uma força que tende a reduzir seu volume. A força foi aplicada
de maneira gradual e linear, com taxa constante para que a variação não influencie nos testes. Os dados foram
obtidos por um software, que obtive a carga suportada pela amostra quilo grama força (kgf) e a deformação
medida em porcentagem da quantidade deformada(Os dados obtidos estão na tabela ??.
4.2 LIBS
A técnica LIBS consiste em disparar um feixe de luz de alta potência que reflete em um espelho e passa através
uma lente convergente, atingindo uma amostra posicionada no foco da lente, como representado na figura 2.
4
Figura 2: Setup LIBS - Fonte: https://science.howstuffworks.com/laser-analysis4.htm
Figura 3: Processo de Ablação - Fonte: Laser-Induced Breakdown Spectroscopy (LIBS) Wayne State University
Ao atingir a superfı́cie da amostra, devido a alta intensidade do laser a transferência de momento gera um
onda de choque, este laser também aquece a amostra a altas temperaturas, variando de 5 · 104 K a 105 K. Ao
incidir o feixe do laser com a matéria, ocorre uma sublimação gerando um vapor, e ocorre a quebra de partı́culas
junto do aquecimento e ionização da mesma figura 4 (a).
Figura 4: Processo de Ablação figura (a) e expansão do plasma figura (b) - Fonte: What is LIBS? Applied
Spectra
Neste processo cria-se o plasma, como o plasma é uma matéria ionizada, ocorre nos elétrons um efeito chamado
bremmstrahlung, ele se dá devido a força coulombiana onde os elétrons se aceleram e emitem fótons devido
a isto, pois carga elétrica acelerada emite fóton. Após o inicio da expansão do plasma ele irá se expandir e
aumentar sua temperatura por aproximadamente 24ns pois note na figura 4 (b) que após 30ns o plasma começa
a resfriar. O resfriamento deste plasma emite ondas eletromagnéticas devido a transições eletrônicas da nuvem
eletrônica do plasma para os nı́veis de energia dos átomos que constituem a amostra, assim como na figura 5
que as transições são para nı́veis excitados no primeiro momento.
5
Figura 5: Transições de energia dos elétrons do plasma para nı́veis excitados e as emissões de radiação - Fonte:
What is LIBS? Applied Spectra
Estas transições eletrônicas emitem uma faixa de luz contı́nua e branca devido a transferência de energia do
plasma que é muito energético para nı́veis eletrônicos presente em seus átomos que são bem menos energéticos,
como a nuvem eletrônica de um ı́on no plasma esta vazia ou praticamente vazia, qualquer transição é possı́vel,
sendo assim todos os comprimentos de ondas serão gerado neste processo. Após aproximadamente 1µs, a
temperatura resfria à cerca de 104 K, nesta temperatura a radiação emitida passa a ser discreta, onde cada
elemento emite em um comprimento de onda especı́fico pois suas emissões são de estados excitados para os
nı́veis de energias inferiores, figura 6.
Figura 6: Transições de energia dos elétrons do plasma de nı́veis excitados para os estados inferiores e as emissões
de radiação - Fonte: What is LIBS? Applied Spectra
4.2.2 Espectrômetro
Com a emissão dessa radiação, é colocado uma fenda colimadora, uma lente foca a luz que vem para um prisma
ou uma grade de difração que leva até um detector no qual é feito as medidas LIBS e usando uma fibra óptico
o sinal é enviado para o computador gerando o chamado espectro LIBS.
6
Figura 7: Espectro LIBS médio da amostra UV e IV a00
onde y0 seria o valor da linha de base, A é a área do pico, w é a largura da altura média do pico, λc é o
comprimento de onda do pico e λ é a variável comprimento de onda da função. O espectro LIBS gera alguns
ruı́dos e existe alguns efeitos que geram o chamado ruı́do branco, este o qual pode ser contornado com uma
regressão linear pegando três pontos antes de começar o pico e pegando três pontos após terminar o pico, desta
maneira além de excluir o ruı́do branco podemos setar y0 = 0 sempre, fazendo com que a regressão do pico
tenha um parâmetro a menos para identificar [referência].
7
não seja adicionado dados falsos as amostras, com isso é necessário a utilização do SAM (do anacrônico ingles,
Spectral Angle Mapper). O SAM consiste em considerar as intensidades dos espectros com um vetor, onde
cada intensidade de cada comprimento de onda é uma entrada deste vetor, como todos os espectros LIBS tem
exatamente os mesmos comprimentos de onda podemos tirar um espectro de médio de uma amostra, e fazer o
produto interno de cada espectro desta amostra com a média, para obter um angulo este que por sua vez vai
nos dar a correlação do espectro a média, assim podendo identificar os outliers. Utilizamos a equação 2
< I, Imed >
cos(θ) = (2)
|I||Imed |
Onde I é o vetor comparado, Imed é o vetor médio da amostra e cos(θ) é a correlação onde cos(θ) = 1 é um
gráfico exatamente igual cos(θ) = −1 um gráfico invertido e cos(θ) = 0 um gráfico sem correlação algum . Este
processo é feito para cada amostra e se o valor de cos(θ) for abaixo do estipulado este vetor é excluı́do, por
consequência o espectro também será excluı́do.
5 Resultados
6 Conclusão
7 Bibliografia
Referências
[1] Marcelo de Jesus Dias de Oliveira et al. Avaliação do tempo de consolidação de argamassas colantes através
de métodos reológicos. 2015.
[2] Leonardo Fagundes Rosemback Miranda. Estudo de fatores que influem na fissuração de revestimentos de
argamassa com entulho reciclado. São Paulo, 172, 2000.
[3] Maria Goreti Margalha. Argamassas. 2011.
[4] Paulina Faria, Fernando Henriques, and Vasco Rato. Argamassas correntes: influência do tipo de ligante e
do agregado. In 2º Congresso Nacional de argamassas de construção. Lisboa, 2007.
[5] Paulo Helene and Tibério Andrade. Concreto de cimento portland. Materiais de construção civil e princı́pios
de ciência e engenharia de materiais, 2:945–984, 2007.