Relatório da AL 1.1 Lançamento horizontal

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Relatório da Atividade Experimental:

AL 1.1 Lançamento horizontal


No âmbito da disciplina de Física

Trabalho realizado por: Leonor Parreira, Francisco Pires, Rodrigo Martins


Índice

Índice --------------------------------- 1
Objetivos ------------------------------ 2
Introdução ----------------------------- 3
Fundamentos teóricos--------------------- 3
Questões iniciais ------------------------ 4
Protocolo Experimental------------------- 5
Material ---------------------------- 5
Procedimento Experimental ------------ 6
Resultados ----------------------------- 7
Tratamento de Resultados ----------------- 8
Questões pós-laboratoriais ---------------- 10
Conclusão ----------------------------- 12

1
Objetivo geral:
Obter, para um lançamento horizontal de uma certa altura, a relação
entre o alcance e a velocidade inicial de um projétil.

Objetivos específicos:
- Medir o valor da velocidade de lançamento horizontal de um
projétil e o seu alcance para uma altura de queda.
- Elaborar um gráfico do alcance em função do valor da velocidade
de lançamento e interpretar o significado físico do declive da reta
de regressão.
- Calcular um alcance para uma velocidade não medida
diretamente, por interpolação ou extrapolação.
- Concluir que, para uma certa altura inicial, o alcance é
diretamente proporcional à velocidade de lançamento do projétil.
- Avaliar o resultado experimental confrontando-o com as previsões
do modelo teórico

2
Introdução
Para atingir o objetivo geral proposto nesta atividade, o procedimento
experimental que se sugere passa por:
● medir o módulo da velocidade de lançamento horizontal de um
projétil e o seu alcance para uma altura de queda;
● traçar o gráfico do alcance em função do módulo da velocidade de
lançamento e interpretar o significado físico do declive da reta de
regressão;
● calcular o alcance para uma velocidade não medida diretamente,
por interpolação ou extrapolação;
● concluir que, para uma certa altura inicial, o alcance é diretamente
proporcional ao módulo da velocidade de lançamento do projétil;
● avaliar o resultado experimental confrontando-o com as previsões
do modelo teórico.

Fundamentos teóricos da atividade


O movimento parabólico de queda de um corpo lançado
horizontalmente é o resultado da composição de dois movimentos
retilíneos perpendiculares entre si e independentes:

● na direção horizontal, segundo o eixo dos xx, não atua nenhuma
força, sendo a aceleração nula.

Assim, F𝑥 = 0; a𝑥 = 0; logo, o movimento é uniforme;

● na direção vertical, segundo o eixo dos yy, atua a força gravítica,
F𝑔, constante.

Sendo F𝑦 = - mg; a𝑦 = - g, o movimento é uniformemente


acelerado.

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Partindo das equações paramétricas do movimento: 𝑥(𝑡) = 𝑣0𝑡 e
1 2
𝑦(𝑡) = ℎ − 2
𝑔𝑡 é possível determinar:
2ℎ
● o tempo de permanência do corpo no ar: 𝑡𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎 = 𝑔

● o alcance, ou seja, a distância máxima que o corpo percorre na
2ℎ
horizontal: 𝑥𝑚á𝑥 = 𝑣0 𝑔

𝑔 2
● a equação da trajetória: 𝑦 = ℎ − 2 𝑥
2𝑣0

Questões iniciais
1. No lançamento horizontal, a trajetória descrita pelo corpo resulta da
sobreposição de dois movimentos; um na direção horizontal e outro
segundo a vertical.

(1.1) Classifique, justificando, esses movimentos segundo cada uma


das direções.

Na direção horizontal, o movimento é uniforme, pois, segundo o eixo


dos xx, não atua nenhuma força, sendo a aceleração nula. Já na
direção vertical, o movimento é uniformemente acelerado, pois segundo
o eixo dos yy, atua a força gravítica.

(1.2) Selecione a opção que completa corretamente a seguinte frase.

No lançamento horizontal, o tempo de queda depende do movimento na


… e o alcance depende do movimento …

(A) horizontal... em ambas as direções


(B) vertical... em ambas as direções
(C) vertical... horizontal
(D) horizontal... horizontal

Opção (B)

4
(1.3) A grandeza física que varia com a altura de queda e com o módulo
da velocidade de lançamento é…

(A) o tempo de queda.


(B) a posição.
(C) o alcance.
(D) a aceleração.
Selecione a opção correta.

Opção (C)

(1.4) Preveja, para uma dada altura de lançamento, como se relaciona


o alcance do corpo com o módulo da velocidade de lançamento.

O alcance, distância máxima percorrida na horizontal, pode


relacionar-se com o módulo da velocidade de lançamento, 𝑣0 através da
2ℎ
expressão 𝑥𝑚á𝑥 = 𝑣𝑜 𝑔
. Desta forma, para a mesma altura inicial, o
alcance é diretamente proporcional à velocidade inicial.

Protocolo Experimental
Material necessário
- calha de altura variável
- esfera
- fita métrica
- caixa com areia
- célula fotoelétrica e digitímetro
- craveira
- suporte universal, garras e nozes

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Procedimento Experimental
- Efetuamos uma montagem igual à da imagem
- Verificamos o alcance e a sensibilidade dos aparelhos de medida
- Medimos o diâmetro da esfera com uma craveira.
- Medimos a altura do chão à mesa onde está a montagem
- Abandonamos a esfera de uma certa altura na rampa, de modo a
prevermos a posição onde esta iria cair, para sabermos onde
deveríamos colocar a caixa de areia, ou seja, experimentamos
uma vez, sem recolha de dados.
- Prendemos a célula fotoelétrica ao suporte universal e
posicionamos o conjunto junto à extremidade da calha, onde a
esfera inicia o voo.
- Ligamos o conjunto célula fotoelétrica e o digitímetro, tendo em
atenção se o diâmetro da esfera intercetava o feixe luminoso.
- Largamos a esfera da altura h e registámos o tempo, Δt , de
passagem lido no digitímetro.
- Medimos, usando a fita métrica, o alcance da esfera.
- Executamos este procedimento para cinco alturas diferentes da
calha e, para cada altura, repetimos três vezes o procedimento,
registando, para cada vez, o tempo de passagem, ∆𝑡, e o alcance,
𝑥𝑚á𝑥.
- Construímos uma tabela com os resultados

Esquema da montagem

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Registo de Resultados

Instrumento Alcance Incerteza


Régua 100 cm 0,05 cm
Craveira 150 mm 0,2 mm
Contador digital 999,99 ms 0,01 ms

Altura a que se larga a ∆𝑡 / ms x / cm


esfera / cm
ℎ1 = 28 845,2 80,0
891,0 74,0
965,9 73,0
ℎ2 = 42 822,4 86,5
818,1 81,5
802,0 82,0
ℎ3 = 50 754,7 91,0
764,1 88,0
773,2 92,0
ℎ4 = 60 744,3 101,5
715,5 98,0
724,4 95,0
ℎ5 = 70 700,2 104,0
693,7 105,0
690,6 111,0
tabela 1: tabela de medições

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● Diâmetro da esfera: (2, 0 ± 0, 02) cm
● Altura da mesa, h: (0, 77 ± 0, 0005) m

Tratamento dos resultados

∆𝑡 / s ∆𝑡 / s x/m 𝑥/m 𝑣0 / ms
−1

0,8452 0,800
0,8910 0,9004 0,740 0,757 0,841
0,9651 0,730
0,8224 0,865
0,8181 0,8142 0,815 0,833 1,023
0,8020 0,820
0,7547 0,910
0,7641 0,7640 0,880 0,903 1,182
0,7732 0,920
0,7443 1,015
0,7155 0,7281 0,980 0,982 1,349
0,7244 0,950
0,7002 1,040
0,6937 0,6948 1,050 1,067 1,536
0,6906 1,110
tabela 2: cálculo da média do alcance, da média do tempo de passagem
e da velocidade de passagem (calculado através do quociente entre as
𝑥
duas médias, 𝑣0 = )
∆𝑡

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Gráfico que relaciona 𝑥 e 𝑣0

A equação da regressão linear é 𝑦 = 0. 448𝑥 + 0. 377, como pode ser


visto na imagem do gráfico.

O declive desta reta tem como significado físico o tempo de queda, pois:
𝑦 = 𝑚𝑥 + 𝑏, sendo 𝑚𝑥 = 𝑡𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎𝑣𝑜 e como 𝑥 = 𝑣𝑜, então 𝑚 = 𝑡𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎

Análise dos resultados obtidos

−1
Cálculo do alcance da esfera para uma velocidade de 1,237 ms , por
interpolação:
sendo 𝑦 = 0. 448𝑥 + 0. 377, se x=1,237, então y=0,931 m (alcance)

−1
Cálculo do alcance da esfera para uma velocidade de 1,674 ms , por
extrapolação:
sendo 𝑦 = 0. 448𝑥 + 0. 377, se x=1,674, então y=1,194 m (alcance)

Tempo de queda experimental:


𝑡𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎 = 0.448 s

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Tempo de queda teórico:
2ℎ 2×0.77
𝑡𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎 = 𝑔
⇔ 𝑡𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎 = 9.8
⇔ 𝑡𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎 = 0.396 s

Erro Experimental:

|𝑡𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜− 𝑡𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙| |0.396−0.448|


εΓ = 𝑡𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜
⇔ εΓ = 0.396
x 100 ⇔ εΓ = 13.1%

Questões finais:
1. O que significa dizer que um corpo é lançado horizontalmente?

Significa que quando lançamos o corpo só existe a componente


horizontal, eixo xx, da velocidade.

2. Faça um esboço da trajetória do movimento após o corpo abandonar


a calha até atingir o solo.

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3. Que forças atuam sobre o corpo durante a queda?

Durante a queda, apenas atua no corpo a força gravítica.

4. Represente no corpo os vetores força gravítica, velocidade e


aceleração em três momentos diferentes: imediatamente após sair da
calha, durante a queda e imediatamente antes de embater no solo.

5. Partindo de considerações energéticas, preveja se o módulo da


velocidade com que o corpo atinge o solo depende do módulo da
velocidade de saída da calha.

Admitindo que há conservação de energia mecânica, temos que:


1 2
𝐸𝑚 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝐸𝑚 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⇔ 𝐸𝑐 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝐸𝑝 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝐸𝑐 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝐸𝑝 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⇔ 2
𝑚𝑣0 + 𝑚𝑔ℎ =


1
2
2
𝑣0 + 𝑔ℎ =
1
2
2
(
𝑣𝑓 ⇔ 2
1
2
2
)
𝑣0 + 𝑔ℎ
2
= 𝑣𝑓 ⇔ 𝑣𝑓 =
2
𝑣0 + 2𝑔ℎ

Nota: A Energia potencial final é nula, pois a altura final é o solo, e por
isso, é 0.
A partir desta dedução, podemos concluir que a velocidade com que o
corpo atinge o solo, velocidade final, depende da velocidade de saída
da esfera da calha, velocidade inicial, já que quanto maior for a
velocidade inicial maior é a velocidade com que a esfera atinge o solo.

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Conclusão
Nesta atividade verificaram-se dois tipos de movimento,
movimento uniforme na direção horizontal e movimento uniformemente
acelerado na direção vertical.
Tendo em conta os resultados alcançados, é possível concluir que
a velocidade inicial da esfera depende da altura a que esta foi largada,
ou seja, quanto maior a altura a que esta é largada, maior a velocidade
inicial da esfera no movimento de lançamento horizontal. Por sua vez,
quanto maior for a velocidade inicial maior será o alcance da esfera.
Assim sendo, podemos confirmar que o alcance é diretamente
proporcional ao módulo da velocidade de lançamento do projétil.
Através da equação da regressão linear, é possível calcular um
alcance para uma velocidade não medida, por interpolação ou
extrapolação. O significado físico do declive desta reta é o tempo de
queda, pelo que, recorrendo à equação, é possível comparar o valor
teórico do tempo de voo da esfera, 0.396 s (obtido pela expressão
2ℎ
𝑡𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎 = 𝑔
) com o valor experimental (valor do declive), 0.448 s.
Esta diferença traduz um erro experimental de 13.1%, o que nos permite
afirmar que foram cometidos alguns erros sistemáticos e experimentais
no decorrer da experiência, como:
- o desprezo da resistência de ar na esfera e o movimento de
rotação da mesma, que irão influenciar o seu alcance e o seu
tempo de voo.
- a colocação incorreta da célula fotoelétrica, o que impede a
mesma de medir de forma precisa e exata o tempo que a esfera
demora a atravessar a medida do seu diâmetro, o que, por sua
vez, altera o valor da velocidade inicial da bola.
- a leitura incorreta dos instrumentos de medida
- a largada incorreta da esfera, o que sujeita o corpo a uma
velocidade inicial na descida da calha

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