308
308
308
LEI Nº 1656
"Estatuto dos Funcionários Públicos
Municipais".
Art. 1º É aprovado o Estatuto dos Funcionários Públicos Municipais de Curitiba, parte integrante desta
lei.
Art. 2º O Estatuto regulará e provimento dos cargos público; os direitos, as garantias e as vantagens,
bem como os deveres e as responsabilidades dos funcionários públicos municipais.
Art. 3º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
TÍTULO I
CAPÍTULO ÚNICO
DO CARGOS PÚBLICOS
Art. 2º Cargo Público, para os efeitos deste Estatuto, é o criado por Lei, em número certo, com
denominação própria e pago pelo Tesouro Municipal.
Art. 3º Os cargos públicos municipais serão criados por Lei, sob proposta do Prefeito, na qual deverão
constar, além das condições previstas neste Estatuto, a abertura de crédito necessário à despesas
respectiva.
§ 1º São cargos de carreira os que, integrando um conjunto de classes de uma mesma especialização,
permitem o acesso hierárquico às classes subsequentes, mediante o preenchimento das condições que
lei determina.
§ 2º São cargos isolados os que corresponde à certa e determinada função, não de constituído em
classes, nem integrando carreiras.
Art. 6º Carreira é o conjunto de classes da mesma especialização, em número fixado por lei a
escalonados segundo os padrões de vencimentos.
2
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
§ 2º Respeitada essa regulamentação, as atribuições inerentes a uma carreira podem ser cometidas,
indistintamente, aos funcionários de suas diferentes classes.
§ 3º É vedado atribuir-se ao funcionário encargo ou serviço diferente dos que os próprios de sua
carreira ou cargos e que como tais sejam definidos em leis ou regulamentos.
TÍTULO II
DO PROVIMENTO E DA VACÂNCIA
CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO
Art. 8º Os cargos públicos municipais são acessíveis a todos os brasileiros, observados os requisitos
fixados em lei.
Art. 9º Compete ao Prefeito prover, por decreto, os cargos púbicos municipais, salvo as exceções
previstas na Lei Orgânica dos Municípios.
I - nomeação
II - promoção;
III - transferência;
IV - reintegração
V - reversão;
VI - readmissão;
VII - aproveitamento.
I - ser brasileiro;
VIII - ter satisfeito as condições especiais previstas para determinados cargos ou carreiras.
CAPÍTULO II
DAS NOMEAÇÕES
SEÇÕES I
DISPOSIÇÕES GERAIS
I - para estágio probatório, quando se tratar de cargo de provimento efetivo, isolado ou de carreira;
II - em comissão, quando se tratar de cargo isolado que, em virtude da lei, assim deve ser provido;
III - interinamente;
Art. 13 Estágio probatório é o período de dois anos de exercício para funcionário efetivos, nomeado
para cargos de carreira ou isolado, em virtude de concurso, e de cinco anos de exercício para os
funcionários efetivos nomeado sem concurso.
I - idoneidade moral;
II - aptidão;
IV - eficiência;
V - assiduidade;
VI - disciplina.
exoneração.
§ 5º Para estágio será contada a interinidade do mesmo cargo ou tempo de serviço prestado em
outros cargos de provimento efetivo desde que não tenha havido interrupção.
§ 6º Não fica sujeito a estágio probatório o funcionário que já foi ocupante de cargo público municipal e
que nele tiver concluído o estágio probatório.
Art. 14 Havendo vaga em classe inicial de carreira, ou de cargo isolado, poderá ser feito o
preenchimento em caráter interino, enquanto não houver candidato habilitado em concurso.
§ 1º O funcionário efetivo ocupante de cargo de carreira ou isolado não poderá ser provido
interinamente em outro cargo.
§ 2º O exercício interino de cargo cujo provimento efetivo depende de concurso não isenta dessa
exigência, por nomeação efetiva, o seu ocupante, qualquer que seja o tempo de serviço.
§ 3º Todo aquele que ocupar interinamente cargo cujo provimento efetivo depende de habilitação em
concurso será inscrito, ex-ofício, no primeiro que se realizar para cargo da mesma natureza.
§ 6º Após o encerramento das inscrições do concurso não serão feitas as nomeações do concurso não
serão feitas as nomeações em caráter interino.
§ 7º Homologado o concurso serão exonerados os interinos que não tiverem sido habilitados.
SEÇÃO II
DOS CONCURSOS
Art. 15 A primeira investidura em cargo de carreira ou isolado será feita mediante concurso de provas
ou títulos, ou de provas e de títulos.
§ 1º O concurso será apenas de títulos quando se tratar de provimento de cargo para a qual se exija
profissional diplomado em curso de ensino superior, ou quando depender da conclusão de curso
especializado instituído pela administração pública.
Art. 16 Os limites de idade para inscrição e concurso, o prazo de validade deste e as condições
especiais que o candidato deva satisfazer para o aproveitamento de determinados cargos ou carreiras,
serão fixados nos regulamentos e instruções respectivas.
Parágrafo Único - Não ficarão sujeitos a limites de idade os ocupantes efetivos ou interinos de cargos
públicos municipais.
SEÇÃO III
DA POSSE
Parágrafo Único - Não haverá posse nos cargos de promoção e de designação para desempenho de
função não gratificada.
§ 1º O termo será assinado pelo nomeado e pela autoridade que der a posse.
Art. 19 Nenhum funcionário poderá tomar posse sem exibir título de nomeação.
Parágrafo Único - A autoridade que der posse deverá verificar, sob pena de ser responsabilizada, se
forem satisfeitos as condições estabelecidas em Lei ou Regulamento para a investidura no cargo ou
função.
Art. 21 A posse deverá verificar-se no prazo de trinta dias, contados na data da publicação do decreto
de nomeação no órgão oficial.
§ 1º O prazo de que trata este artigo poderá ser prorrogado por trinta dias mediante solicitação escrita
do interessado e despacho da autoridade competente para dar a posse.
§ 2º O prazo inicial para o funcionário em férias ou em licença, exceto no caso de licença para
tratamento de interesses particulares, será contado da data em que voltar ao serviço.
§ 3º Se a posse não se der dentro do prazo inicial e da prorrogação, se esta tiver sido concedida, será
tornada sem efeito, por decreto, a nomeação.
SEÇÃO IV
DA FIANÇA
Art. 22 Aquele que for nomeado para cargo cujo provimento, por prescrição legal ou regulamentar, exija
6
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
prestação de fiança, não poderá tomar posse sem ter satisfeito previamente esta exigência.
I - em dinheiro;
Art. 23 A fiança não poderá ser levantada antes de tomadas as contas do funcionário.
SEÇÃO V
DO EXERCÍCIO
Parágrafo Único - O início do exercício e as alterações que neste ocorrerem serão comunicados pelo
Chefe da Repartição ou Serviço em que estiver lotado o funcionário no órgão competente.
Art. 25 O Chefe de Repartição ou Serviços em que for lotado o funcionário é a autoridade competente
para dar-lhe exercício.
Parágrafo Único - O exercício do cargo ou da função terá início no prazo de trinta dias contados na
data da publicação oficial do ato, no caso de reintegração.
Art. 28 Nenhum funcionário poderá ter exercício em Serviço ou repartição diferente daquela em que
estiver lotado salvo os casos previstos neste Estatuto ou prévia autorização do Chefe Executivo.
Art. 29 Entende-se por lotação o número de funcionário de cada carreira ou de cargos isolados que
devam ter exercício em cada Repartição ou Serviço.
Art. 30 O funcionário deverá apresentar ao órgão competente, após ter tomado posse e antes de entrar
em exercício os elementos necessários à abertura do assentamento individual.
Art. 31 Salvo os previstos no presente Estatuto, o funcionário que interromper o exercício por trinta
dias consecutivos será demitido por abandono do cargo.
Art. 32 Nenhum funcionário poderá ausentar-se do Município para estudo ou missão de qualquer
natureza, com ou sem ônus para os cofres públicos, sem autorização ou designação expressa do
Chefe do Executivo.
Art. 33 Salvo caso de absoluta conveniência, a juízo do Chefe do Executivo, nenhum funcionário
poderá permanecer por mais de quatro anos em missão fora do Município, nem exerce outra, senão
depois de decorridos quatro anos de exercício efetivo no Município contados da data do regresso.
7
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
Art. 34 O funcionário preso preventivamente, pronunciado por crime comum ou denunciado por crime
funcional, ou condenado por crime inafiançável em processo no qual não haja pronúncia, será
considerado afastado do exercício até a condenação ou absolvição passada em julgado.
§ 2º No caso de condenação, e se esta não for de natureza que determine a demissão do funcionário,
continuará o mesmo afastado do exercício na forma deste artigo.
CAPÍTULO III
DA PROMOÇÃO
Parágrafo Único - O critério a que obedecer a promoção deverá vir expresso no decreto respectivo.
Art. 36 O órgão competente organizará, com a colaboração dos serviços do pessoal, a lista tríplice dos
candidatos à promoção por merecimento, afim de serem submetidos à escolha do Prefeito.
Parágrafo Único - A colocação dos nomes da Lista tríplice obedecerá rigorosamente à ordem da
classificação pelo mérito.
Art. 37 Das deliberações dos Chefes de Serviços, que atribuírem pontos a funcionários, caberá
recursos para o órgão encarregado de apurar as condições legais de promoção.
Art. 38 Abrindo-se vaga para promoção a existindo funcionários a serem promovidos com os
requisitos necessários, as promoções efetuar-se-ão na forma do que for fixado em regulamento.
Art. 39 Não poderá ser promovido o funcionário que não tiver interstício de setecentos e trinta e cinco
dias de efetivo exercício na classe.
Parágrafo Único - Na hipótese de não haver funcionário com este interstício poderá a promoção, seja
por antigüidade ou merecimento, recair no que contar, pelo menos, trezentos e sessenta e cinco dias
de efetivo exercício na classe.
Art. 40 À promoção por merecimento só poderão encorrer os funcionários colocados nos dois
primeiros terços da classe, por ordem de antigüidade.
§ 2º O funcionário transferido para outra carreira levará o merecimento apurado na classe a que
pertencia.
Art. 42 A antigüidade de classe será determinado pelo tempo de efetivo exercício do funcionário na
8
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
§ 1º Quando houver fusão de classes o funcionário contará na nova classes, também, a antigüidade
que trouxer da anterior.
§ 2º No caso do parágrafo precedente serão promovidos e primeiro lugar os ocupantes dos cargos da
classe superior, obedecendo-se o mesmo critério em ordem decrescente.
§ 3º O funcionário exonerado na forma do parágrafo 7º do Artigo 14º, que for nomeado em virtude de
habilitação do mesmo concurso, contará, como antigüidade de classe, o tempo de efetivo exercício na
interinidade.
Art. 44 Na classificação por antigüidade, quando ocorrer empate no tempo de classe, terá preferência,
sucessivamente:
§ 1º Não serão considerados para efeito deste artigo, os filhos maiores e os que exerçam qualquer
atividade remunerada.
§ 2º Também não será considerada para o mesmo efeito o estado e casado, desde que ambos os
cônjuges sejam servidores públicos.
Art. 47 Não poderá ser promovido o funcionário que estiver suspenso disciplina ou preventivamente.
§ 1º No caso de promoção de antigüidade, a vaga será preenchido pelo funcionário que se lhe seguir
na classificação.
§ 2º Se da averiguação dos fatos que determinarem a suspensão preventiva não resultar punição, ou
se esta consistir na pena de advertência ou repreensão, o funcionário impedido por este fato de ser
promovido por antigüidade terá sua promoção na primeira vaga que se preencher por este critério.
Art. 48 Será declarado sem efeito, em benefício daquele a quem caiba, de direito, a promoção, o ato
que promover indevidamente o funcionário.
§ 1º O funcionário promovido indevidamente não ficará obrigado a restituir o que mais tiver recebido.
Art. 52 O funcionário Municipal, com mais de 20 de anos de serviços prestados ao Município, que
tenha exercido por mais de um ano as funções de Prefeito em qualquer dos Municípios do Estado do
Paraná, e, bem assim, ao que contar com mais de 20 anos de consecutivos serviços prestados à
Prefeitura, e que tenha exercido as funções de Diretor de Departamento, por mais de 4 anos, contínuos
ou não, terá direito à percepção dos vencimentos correspondentes à Classes "V", da escala padrão do
funcionalismo municipal.
CAPÍTULO IV
DA TRANSFERÊNCIA
Art. 54 São condições indispensáveis para transferência, o parecer do órgão competente sobre a
conveniência e a satisfação dos requisitos exigidos para o provimento do cargo pretendido.
§ 1º A transferência a pedido para cargo de carreira far-se-à somente para vaga cujo provimento deve
ser feito mediante promoção por merecimento.
§ 2º No caso do item II, do artigo 53, a transferência somente poderá ser feita a pedido expresso do
funcionário.
Art. 56 A transferência por permuta será processada a pedido de ambos os interessados e de acordo
com o prescrito neste Capítulo.
Art. 57 A transferência só poderá ser feita para cargo do mesmo padrão de vencimento ou igual
remuneração.
CAPÍTULO V
10
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
DA READAPTAÇÃO
a) quando mediante inspeção médica, comprovar-se modificações do estado físico ou das condições
de saúde do funcionário, que lhe diminua a eficiência para a função;
b) quando o nível de desenvolvimento mental do funcionário não corresponder às exigências para a
função;
c) quando a função atribuída ao funcionário não corresponder aos seus tendores vocacionais;
d) quando se apurar que o funcionário não possui a habilitação profissional exigida em lei para o cargo
que ocupa.
CAPÍTULO VI
DA REINTEGRAÇÃO
Art. 61 A reintegração é o ato pelo qual o funcionário demitido reingressa ao serviços público, com o
ressarcimento de prejuízos, que decorrerá de sentença judiciária passado em julgado ou de decisão
administrativa na forma do artigo 259.
Art. 62 A reintegração deverá ser feita no cargo anteriormente ocupado, se este houver sido
transformado, no cargo resultante da transformação e, se extinto, em cargo de vencimento ou
remuneração equivalente, atendida a habilitação profissional.
Parágrafo Único - Não sendo possível fazer a reintegração pela forma transcrita neste artigo, será o
ex-funcionário posto em disponibilidade.
Art. 63 Quem estiver ocupando o lugar do funcionário reintegrado ficará destituído de plano ou será
reconduzido no cargo anterior, se não tiver estabilidade.
Art. 64 O funcionário reintegrado deverá ser submetido à inspeção médica. Verificada a incapacidade
para o exercício da função, será aposentado, na forma deste Estatuto, no cargo em que houver sido
reintegrado.
CAPÍTULO VII
DA READMISÃO
Art. 65 Readmissão é o ato pelo qual o funcionário, demitido ou exonerado, reingressa no serviço
público sem direito a ressarcimento do prejuízo, assegurada, apenas, a contagem de tempo de
11
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
Parágrafo Único - Em nenhum caso poderá efetuar-se readmissão sem que, mediante inspeção
médica, fique provada a capacidade para o exercício da função.
Art. 66 O ex-funcionário será readmitido quando ficar apurado em processo que não mais subsistem os
motivos determinantes de sua demissão ou verificado que não há inconveniência para o serviço
público quando a exoneração se tenha processado a pedido.
Parágrafo Único - Em qualquer caso, a readmissão dependerá de existência de vaga que deva ser
preenchida mediante promoção por merecimento, quando se tratar de cargo de carreira.
CAPÍTULO VIII
DA REVERSÃO
Art. 68 Reversão é o ato pelo qual o aposentado reingressa no serviço público, após verificação, em
processo, de que, não subsistem os motivos determinantes da aposentadoria.
§ 2º O aposentado não poderá reverter à atividade se contar mais de sessenta anos de idade.
§ 3º Em nenhum caso poderá efetuar-se a reversão sem que, mediante inspeção médica, fique
provada a capacidade para o exercício da função.
§ 4º Será cassada a aposentadoria do funcionário que reverter e não tomar posse e não entrar em
exercício dentro dos prazos legais.
§ 2º A reversão ex-ofício não poderá ter lugar em cargo de vencimento ou remuneração inferior ao
provento da inatividade.
§ 3º A reversão a cargo de carreira dependerá da existência da vaga que deva ser preenchida mediante
promoção por merecimento.
Art. 70 A reversão dará direito, para nova aposentadoria, à contagem de tempo em que o funcionário
esteve aposentado.
CAPÍTULO IX
DO APROVEITAMENTO
12
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
Art. 71 Os funcionários em disponibilidade terão preferência para o preenchimento das vagas que se
verificarem nos quadros do funcionalismo.
§ 2º O aproveitamento dar-se-á, tanto quanto, possível, em cargo equivalente, por sua natureza e
vencimento, ao que o funcionário ocupava quando foi posto em disponibilidade.
§ 4º Em nenhum caso poderá efetuar-se o aproveitamento sem que, mediante inspeção médica, fique
provada a capacidade para o exercício da função.
§ 5º Se dentro dos prazos legais, o funcionário não tomar posse e entrar em exercício no cargo em
que tiver sido aproveitado, será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade, com
perda de todos os direitos de sua anterior situação.
§ 6º Será aposentado no cargo anteriormente ocupado o funcionário em disponibilidade que for julgado
incapaz, em inspeção médica. Para o cálculo da aposentadoria, será levado em conta o período da
disponibilidade.
CAPÍTULO X
DA FUNÇÃO GRATIFICADA
Art. 72 Função gratificada é a instituída em lei para atender encargos de chefia e outros que não
justifiquem a criação de cargo.
Parágrafo Único - A designação de funcionário para função gratificada é de livre escolha de chefe do
Executivo, mediante ato expresso.
Art. 74 Não perderá a gratificação o funcionário que se ausentar em virtude de férias, licença prêmio,
luto, casamento, doença comprovada na forma do artigo 175, serviços obrigatórios por lei ou de
atribuições decorrentes de sua função.
CAPÍTULO XI
DA SUBSTITUIÇÃO
Parágrafo Único - A substituição será automática e sem remuneração nos demais casos.
Art. 78 Os tesoureiros serão substituídos nos seus impedimentos ou faltas pelos ajudantes de
tesoureiro que indicarem dentre os que tenham exercício na mesma tesouraria.
Parágrafo Único - Feita a indicação, por escrito, ao chefe do serviço ou da repartição, este
providenciará a expedição do decreto de nomeação ficando assegurado ao substituto o vencimento ou
remuneração do cargo a partir da data em que assumiu as respectivas funções.
CAPÍTULO XII
DA VACÂNCIA
a) exoneração;
b) demissão;
c) promoção;
d) transferência;
e) aposentadoria;
f) posse em outro cargo;
g) falecimento.
§ 1º Dar-se-á exoneração:
a) a pedido do funcionário;
b) a critério do Prefeito, quando se trata de cargo em comissão ou função gratificada;
c) quando não satisfeito as condições do estágio probatório.
Art. 80 Verificada a vaga em uma carreira, serão, na mesma data, consideradas abertas todas as que
decorreram do seu preenchimento.
III - da publicação da lei que criar o cargo e conceder dotação correspondente para o seu provimento.
14
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
TÍTULO III
DOS DIREITOS E VANTAGENS
CAPÍTULO I
DO TEMPO DE SERVIÇO
§ 2º O número de dias será convertido em anos, considerados sempre este como de trezentos e
sessenta e cinco dias.
§ 3º Feita a conversão de que trata o parágrafo anterior, os dias restantes, até cento e oitenta e dois,
não serão computados, arredondando-se para um ano, quando excederam esse número.
Art. 82 Serão considerado de efetivo exercício para os efeitos do artigo anterior os dias em que o
funcionário estiver afastado do serviço em virtude de:
III - luto por falecimento do cônjuge, filho, pai, mãe e irmão, até oito dias;
VI - ter sido colocado a disposição do governo estadual e nacional, por ato do chefe do Executivo;
XI - licença para tratamento de saúde até oito dias por ano, contados dentro do ano civil.
Parágrafo Único - Os funcionários que foram incluídos no quadro suplementar e mais tarde,
aproveitados para o quadro geral do funcionalismo público municipal contarão para todos os efeitos o
tempo em que permanecerem no mesmo.
Art. 85 Será assegurado ao funcionário o direito de licença para o exercício de cargo eletivo, enquanto
durar os efeitos legais, inclusive para os efeitos previstos no artigo 42º
Art. 86 O período relativo à disponibilidade é considerado como de exercício unicamente para efeito de
aposentadoria.
Art. 88 Não será computado para nenhum efeito, o tempo de serviço gratuito.
CAPÍTULO II
DAS CONCESSÕES
Art. 89 Sem prejuízo do vencimento, remuneração ou de qualquer outro direito ou vantagem legal, o
funcionário poderá faltar ao serviço até oito dias consecutivos, por motivo de:
a) casamento; e
b) falecimento do cônjuge, filho, pai, mãe e irmão.
Art. 90 Ao funcionário que, no desempenho de suas atribuições comuns, pagar ou receber em moeda
corrente, poderá ser concedido um auxílio fixado em lei, para compensar as diferenças de caixa;
Parágrafo Único - O auxilio não poderá exceder a cinco por cento do padrão de vencimento e só será
concedido dentro dos limites da dotação orçamentária.
Art. 91 Ao cônjuge, ou na falta deste, à pessoa que provar ter feito despesas em virtude do falecimento
do funcionário, será concedido, a título de funeral, a importância correspondente a um mês de
vencimento ou remuneração.
§ 1º A despesa correrá pela dotação própria do cargo, não podendo, por esse motivo em novo
ocupante entrar em exercício antes do transcurso de trinta dias.
§ 2º O pagamento será efetuado pela respectiva repartição do atestado de óbito pelo cônjuge ou
pessoa à cuja expensas houver sido efetuado funeral, ou procurador legalmente habilitado.
Art. 92 O Município poderá conferir prêmios, por intermédio do órgão competente, dentro dos recursos
orçamentários, aos funcionários autores de trabalhos considerados autores de trabalhos considerados
de interesse público ou de utilidade para a administração.
CAPÍTULO III
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 97 O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por
intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente.
Art. 98 O pedido de reconsideração será dirigido à autoridade que houver expedido o ato ou proferido
a primeira decisão, não podendo ser renovado.
§ 1º O recurso será dirigido à autoridade que tiver expedido o ato ou proferido a decisão.
Art. 100 O pedido de reconsideração e o recurso não têm efeito suspensivo; o que for provido
retroagirá nos efeitos, à data do ato impugnado.
I - em cinco anos quanto aos atos de que decorram demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade;
Art. 102 O prazo de prescrição contar-se-á da data da publicação oficial do ato impugnado ou, quando
este for de natureza reservada, da data da ciência do interessado.
Art. 103 O pedido de reconsideração e o recurso quando cabíveis, interrompem a prescrição até duas
vezes.
Art. 104 O funcionário que se dirigir ao Poder Judiciário ficará obrigado a comunicar essa iniciativa e
seu chefe imediato para que este providencie a remessa de translado do processo, se houver, ao juiz
competente, como peça instrutiva da ação judicial.
CAPÍTULO IV
DA ESTABILIDADE E DISPONIBILIDADE
Parágrafo Único - O disposto neste artigo não se aplica aos cargos de confiança nem aos que a lei
declara de livre nomeação e exoneração.
Art. 107 Os funcionários públicos perderão o cargo, quando estáveis por sentença judiciária; no caso
de se extinguir o cargo ou no de serem demitidos mediante processo administrativo em que se lhes
tenha assegurado ampla defesa.
Parágrafo Único - Extinguindo-se o cargo, o funcionário estável ficará em disponibilidade, sem prejuízo
dos vencimentos, até o seu obrigatório aproveitamento em outro cargo de natureza e vencimento
compatíveis com o que ocupava.
CAPÍTULO V
DA APOSENTADORIA
Art. 109 A aposentadoria dependente de inspeção médica só será decretada depois de verificada a
impossibilidade de readaptação do funcionário.
Parágrafo Único - O laudo da junta médica deverá mencionar a natureza e a sede de doença ou lesão,
declarando se o funcionário se encontra inválido para o exercício da função ou para o serviço público
em geral.
II - quando o funcionário se invalidar por acidente ocorrido no serviço, por moléstia profissional ou por
18
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
III - Se o funcionário contar 25 ( vinte e cinco ) anos de serviço, dos quais dez anos consecutivos
ininterruptos, prestados no Matadouro Municipal, em serviço de matança e correlato.
Art. 111 Será proporcional ao tempo de serviço na razão de um trinta avos por ano, sobre o
vencimento ou remuneração da atividade, o provento de aposentadoria nos demais casos.
Art. 112 Os proventos da inatividade serão revistos sempre que, por motivo de alteração do poder
aquisitivo da moeda, se modificarem os vencimentos dos funcionários em atividade.
Art. 113 Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores a um terço do vencimento ou
remuneração da atividade.
Parágrafo Único - Para o calculo dos proventos de inatividade, serão consideradas as gratificações
adicionais por tempo de serviço e as demais vantagens previstas em lei.
Art. 114 O funcionário que se recusar à inspeção médica, quando julgada necessária, será punido com
a pena de suspensão.
Art. 115 As disposições relativas à aposentadoria aplicam-se ao funcionário em comissão que contar
mais de quinze anos de exercício efetivo e ininterrupto em cargo de provimento dessa natureza, seja
ou não ocupante de cargo de provimento efetivo.
Art. 116 A aposentadoria, no caso das letras c e d e e do artigo nº 108, será precedida sempre de
licença para tratamento de saúde.
Parágrafo Único - Nos casos de invalidez decorrente de perda de capacidade em caráter permanente
para o exercício de função, a aposentadoria será concedida, independente de licença a que se refere o
artigo supra.
Art. 117 O funcionário deverá aguardar em exercício a inspeção de saúde, salvo se estiver Licenciado.
Parágrafo Único - Si a junta médica declarar que o funcionário se acha em condições de ser
aposentado, será ele afastado do laudo.
Art. 118 A aposentadoria produzirá efeito a partir da publicação do respectivo decreto no órgão oficial,
com exceção da compulsória.
Art. 119 A partir da vigência da presente lei nenhum servidor, ao passar inatividade, poderá perceber
proventos superiores aos que vinha percebendo na atividade, salvo os admitidos até a data de
presente lei, os quais continuarão a gozar das vantagens estabelecidas nos artigos 125 da lei anterior,
nº 265, de 20 de junho de 1.950, abaixo enumerados:
I - Os funcionários que contarem mais de trinta anos de serviço, os inválidos e os que atingirem a idade
limite, serão aposentados com direitos e vantagens correspondentes à letra imediatamente superior da
escala padrão de vencimentos.
II - Os funcionários que estiverem na última letra da escala padrão aposentados com acréscimo nos
vencimentos correspondente à diferença entre a penúltima e última letra da referida escala.
19
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
III - O funcionário que tenha exercido função de chefia em comissão, por mais de cinco anos
consecutivos ou não, ao se aposentar terá direito à incorporação de gratificação de função.
IV - No caso do número anterior, serão atribuídas as vantagens de maior padrão, desde que lhe
corresponda um exercício mínimo de dois anos, na função de chefia correspondente; fora dessa
hipótese, atribuir-se-ão as vantagens do cargo ou função de remuneração imediatamente inferior.
Art. 120 Os funcionários que contarem mais de vinte anos de serviço já tiverem atingido a idade de
setenta anos, serão aposentados com vencimentos integrais.
CAPÍTULO VI
DO VENCIMENTO DA REMUNERAÇÃO E DAS VANTAGENS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
I - ajuda de custo;
II - diárias;
IV - salário família;
V - gratificação;
Art. 122 É proibido, fora dos casos deste Estatuto, ceder ou gravar vencimento ou vantagens, ou
quaisquer direitos decorrentes, da posse ou do exercício de função ou cargo público, bem como
outorgar, para esse fim, procuração em causa própria ou com poderes irrevogáveis.
20
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
Art. 123 Excetuados os casos expressamente previstos no artigo nº 121, o funcionário não poderá
receber, a qualquer título, seja qual for o motivo ou forma de pagamento, nenhuma outra vantagem
pecuniária dos órgão ou serviços públicos, das entidades autárquicas ou para estatais, ou
organizações públicas, em razão de seu cargo ou função, nas quais tenha sido mandado servir, ou
ainda, de particular.
SEÇÃO II
DA INDENIZAÇÃO POR MORTE EM ACIDENTE DE TRABALHO
Art. 124 Fica assegurado à viúva e aos filhos do servidor Municipal, falecido em conseqüência de
acidente de serviço, devidamente comprovado pelo Departamento Médico da Prefeitura, o direito de
perceberem, mensalmente, um auxílio correspondente a 50%(cinqüenta por cento), do vencimento
padrão percebidos pelo mesmo servidor na data de seu falecimento.
§ 2º Perderão o direito ao auxílio previsto neste artigo, a viúva do servidor que contrair novas núpcias,
os filhos e filhas que se casarem e os filhos que atingirem a maioridade ou que possuam recursos
próprios, obtidos com seu trabalho.
SEÇÃO III
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
Art. 125 Vencimento é a retribuição paga ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo
correspondente ao padrão fixado em lei.
Art. 126 Remuneração é a retribuição paga ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo,
correspondente a dois terços do padrão de vencimentos e mais quotas ou percentagens atribuídas em
lei.
Art. 127 Somente nos casos previstos em lei poderá perceber vencimento ou remuneração o
funcionário que não estiver no exercício do cargo, cabendo, em caso de pagamento indevido, à
autoridade que ordenar, a imediata reposição da importância correspondente.
Art. 128 O funcionário nomeado para exercer cargo isolado, provido em comissão, perderá o
vencimento ou remuneração do cargo efetivo.
Parágrafo Único - Quando o vencimento ou remuneração do cargo efetivo for superior, o funcionário
poderá optar por ele.
I - o vencimento ou remuneração do dia, se não comparecer ao serviço, salvo por motivo de moléstia,
21
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
§ 1º O funcionário que, por doença, não puder comparecer ao serviço, fica obrigado a fazer pronta
comunicação do seu estado ao chefe direto, salvo manifesta impossibilidade, cabendo aquele mandar
examiná-lo, imediatamente, por médico de seção competente, ou, na falta deste, por outro qualquer
médico, desde que a ausência do trabalho se prolongue por mais de dois dias.
Art. 130 Ponto é o registro pelo qual se verificarão, diariamente as entradas e saídas dos funcionários
em serviço.
§ 1º Nos registro de ponto deverão ser lançados todos os elementos necessários à apuração da
freqüência.
§ 3º Enquanto não adotados os meios mecânicos a que se refere o parágrafo anterior, serão usados
livros próprios de modelo adequado, que serão encerrados quinze minutos após o início do expediente.
III - para uma ou outra o regime de trabalho em turnos consecutivos, quando for necessário ou
aconselhável, indicando número certo de horas de trabalho exigíveis por mês;
Art. 132 O período de trabalho, nos casos de comprovada necessidade, poderá ser antecipado ou
prorrogado pelos chefes de repartição ou serviço.
Art. 133 Nos dias úteis, só por determinação do Prefeito poderão deixar de funcionar as repartições
públicas ou ser suspensos os seus trabalhos.
I - pelo ponto;
II - pela forma determinada nos regimentos, quanto aos funcionários não sujeitos a ponto.
Art. 135 O desconto poderá ser integral quando o funcionário, para se esquivar ao ressarcimento
devido, solicitar exoneração ou for demitido por abandono de cargo.
Art. 136 O vencimento ou remuneração dos funcionários ou quaisquer vantagens pecuniárias previstas
no artigo 121, não poderão ser objeto de arresto, seqüestro ou penhora, salvo quando se tratar de
dívida à fazenda pública ou de prestação de alimentos na forma da lei civil.
Art. 137 A partir da data da publicação do decreto que o promover, ao funcionário licenciado ou não,
ficarão assegurados os direitos e o vencimento ou remuneração de correntes da promoção.
SEÇÃO IV
DAS GRATIFICAÇÕES
Art. 138 O funcionário obterá gratificação adicional, na base do padrão de seu vencimento por tempo
de serviço;
II - Ao completar trinta anos de efetivo exercício, quando terá direito ao adicional de cinco por cento,
por anos excedentes, inclusive para efeito de aposentadoria e até o máximo de vinte e cinco por cento.
Art. 139 A gratificação pelo exercício em determinadas zonas ou locais e pela execução de trabalhos
de natureza especial, com risco de vida e de saúde, será determinada em lei especial.
§ 1º A gratificação a que se refere a alínea a não poderá exceder a um terço do vencimento mensal do
funcionário.
§ 2º No caso da alínea b a gratificação será paga por hora de trabalho antecipado ou prorrogado, na
mesma base do padrão de vencimento percebido pelo funcionário, em cada hora de período normal,
salvo quando a prorrogação ou a antecipação for apenas de uma hora e tiver ocorrido somente duas
23
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
§ 3º Esta gratificação não poderá exceder a um terço do vencimento de um dia, na base do padrão de
vencimento.
Art. 141 A gratificação pela elaboração ou execução de trabalho técnico ou científico ou de utilidade
para o serviço público será arbitrada sempre após sua conclusão, pelo Chefe do Executivo.
Art. 142 A designação para serviço ou estudo fora do município somente poderá ser feita pelo Chefe
do Executivo que arbitrará a gratificação, levando em conta seu vencimento, a natureza e duração certa
ou presumível do trabalho e condições locais, salvo se a lei ou regulamento já dispuser a respeito.
Art. 143 A gratificação relativa ao exercício em órgão local de deliberação coletiva será fixada em lei.
Art. 144 Será responsabilizado pecuniariamente, sem prejuízo da sanção preliminar que couber, o
Chefe da Repartição ou Serviço que ordenar a prestação de serviço extraordinário sem que disponha
da necessária autorização, salvo o caso de urgência comprovada.
Art. 145 É vedado empenhar despesa para pagamento de gratificações por serviços extraordinários
com o objetivo de remunerar outros serviços ou encargos, ou ainda importância superior à
correspondente ao período de trabalho realmente prestado, embora o empenho comporte a despesa.
Parágrafo Único - O funcionário que infringir o disposto neste artigo, além da penalidade disciplinar
cabível na espécie, reporá a importância irregularmente paga, sem prejuízo da punição que couber ao
funcionário que a tiver recebido.
Art. 146 Será punido com a pena de suspensão e, na reincidência, com a demissão, o funcionário que
atestar falsamente a prestação de serviço extraordinário.
Parágrafo Único - O funcionário que se recusar, sem justo motivo, à prestação de serviço
extraordinário, será punido com a pena de suspensão.
SEÇÃO V
DAS DIÁRIAS
Art. 147 Ao funcionário que se deslocar da sede no desempenho de suas atribuições será concedida,
além de uma indenização das despesas da alimentação, pousada, locomoção, devidamente
comprovadas, uma ajuda de custo arbitrada pelo Chefe do Executivo.
SEÇÃO VI
DAS AJUDAS DE CUSTO
Art. 148 Além do caso previsto no artigo nº 147º, será concedida uma ajuda de custo ao funcionário
que for designado para estudos fora do Município.
Art. 149 A ajuda de custo será arbitrada pelo Chefe do Executivo levando em conta as condições de
vida do local a que se destina, o tempo e permanência e os recursos orçamentários disponíveis.
24
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
Art. 150 Quando o funcionário for incumbido de serviço ou estudo que o obrigue a permanecer fora da
sede por mais de 30(trinta) dias, receberá uma ajuda de custo mensalmente.
Art. 151 Restituirá a ajuda de custo o funcionário que, antes de terminado o desempenho da
incumbência que lhe for cometida, pedir exoneração ou abandonar o serviço.
§ 2º A responsabilidade pela restituição de que trata este artigo atinge exclusivamente a pessoa do
funcionário.
SEÇÃO VII
DAS FÉRIAS
Art. 152 O funcionário gozará obrigatoriamente, por ano, trinta dias consecutivos de férias, observada
a escala que for organizada de acordo com a conveniência do serviço.
Art. 153 Durante as férias o funcionário terá direito a todas as vantagens como se estivesse em
exercício.
Art. 154 O chefe da repartição organizará no mês de dezembro, a escala de férias para o ano seguinte
que poderá alterar de acordo com as conveniências dos serviço, avisados os funcionários
interessados, sempre que possível, com a antecedência mínima de dez dias.
Parágrafo Único - Os funcionários que exercerem função de chefia e direção não serão
compreendidos na escala.
Art. 155 É proibida a acumulação de férias, salvo por imperiosa necessidade de serviço e pelo máximo
de dois períodos.
Art. 156 O funcionário promovido ou transferido, quando em gôzo de férias, não será obrigado a
apresentar-se antes de terminá-las.
CAPÍTULO VII
DAS LICENÇAS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
25
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
I - como prêmio;
Art. 159 A licença dependente de inspeção médica será concedida pelo prazo indicado no respectivos
laudo ou atestado.
Parágrafo Único - Findo esse prazo, o funcionário será submetido a nova inspeção de saúde e o
atestado ou laudo médico concluirá pela volta ao serviço, pela prorrogação da licença ou pela
aposentadoria.
Art. 160 Finda licença, o funcionário reassumirá imediatamente o exercício do cargo, salvo caso de
prorrogação, embora sem despacho final.
Parágrafo Único - A infração deste artigo importará na perda total do vencimento ou remuneração e, se
a ausência exceder a trinta dias, na demissão por abandono do cargo.
Art. 161 A licença para tratamento de saúde poderá ser prorrogada ex-ofício ou mediante solicitação
de funcionário.
§ 1º O pedido de prorrogação deverá ser apresentado antes de findo o prazo de licença; se indeferido,
contar-se como de licença o período compreendido entre a data da terminação e a do conhecimento
oficial do despacho denegatório.
§ 2º Quando o pedido de prorrogação, for apresentado depois de findo o prazo de licença, não se
contará como de licença, o período compreendido entre o dia da sua terminação e o de conhecimento
oficial do despacho denegatório ou não.
§ 3º Será considerada como de prorrogação a licença que for concedida dentro de trinta dias após o
término da última, subsistindo os mesmos motivos que determinaram o anterior afastamento do
funcionário.
Art. 162 O funcionário não poderá permanecer em licença por prazo superior a 24 meses.
Art. 163 Decorrido o prazo estabelecido no artigo anterior, o funcionário será submetido a inspeção
médica e aposentado, se for considerado definitivamente inválida para o serviço público em geral.
26
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
Art. 164 Em gozo de licença o funcionário não contará tempo para nenhum efeito, exceto quando se
tratar de licença prêmio, licença concedida à gestante, por acidente em serviço profissional.
SEÇÃO II
LICENÇA PRÊMIO
Art. 165 Ao funcionário que durante o período de cinco ou dez anos consecutivos, não se afastar do
exercício de suas funções na Municipalidade de Curitiba, é assegurado o direito a ma licença especial
de três ou seis meses, por qüinqüênio ou por decênio, com vencimentos integrais.
§ 1º Para os efeitos deste artigo será computado o tempo de serviço público considerado para todos
os efeitos legais.
§ 3º Durante o gozo da licença poderá a autoridade competente sobrestá-la desde que haja motivo de
interesse relevante ao serviço, devidamente fundamentado e para os quais se exija imediato exercício.
§ 4º Para os fins previstos neste artigo, não serão considerados como afastamento de exercício;
a) férias;
b) casamento até oito dias;
c) luto por falecimento do cônjuge, filho, pai, mãe e irmão, até oito dias;
d) exercício de outro cargo municipal, de provimento em comissão;
e) convocação para o serviços militar;
f) júri e outros serviços obrigatórios por lei;
g) licença para tratamento de saúde ou por motivo de doença em pessoa da família até o máximo de
três meses por qüinqüênio e de seis meses por decênio;
h) licença por acidente em serviços ou doença profissional;
i) licença à funcionária gestante até três meses;
j) moléstia devidamente comprovada, até três dias por mês;
k) missão ou estudo no país ou no estrangeiro, quando designado ou autorização pelo Chefe do
Executivo;
l) licença para exercer mandato legislativo.
Art. 166 A contagem do tempo de efetivo exercício para assegurar o direito à licença especial será
feita por um ou mais qüinqüênios ou decênios completos, interrompendo-se cada período de cinco ou
dez anos sempre que se verificar afastamento do exercício.
Art. 167 O período do gozo de licença especial será computado integralmente como de efetivo
exercício.
Art. 168 O direito à licença prêmio, no que diz respeito ao tempo em que o funcionário deseja gozá-la,
entretanto, ficará subordinado aos motivos de conveniência e necessidade do serviço público, à
critério da administração.
§ 1º Não poderão gozar licença especial, simultaneamente, o funcionário e seu substituto legal. Neste
caso, terá preferência para gozo de licença quem a requerer primeiro ou, quando a requerem ao
mesmo tempo, aquele que tiver tempo de serviço.
27
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
Art. 169 O funcionário que satisfazer as condições estabelecidas e não quiser utilizar-se do benefício
da licença especial, ficará, para todos os efeitos legais, com seu acervo de serviço público acrescido
do dobro, do tempo da licença que deixou de gozar.
Art. 170 As vagas transitórias, decorrentes da concessão da licença especial, desde que necessárias,
serão preenchidas por funcionários da mesma ou outra repartição, na forma prevista no artigo 75.
SEÇÃO III
LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
a) a pedido do funcionário;
b) ex-ofício.
§ 1º Num e outro caso é indispensável a inspeção médica, que deverá realizar-se, quando necessário,
na residência do funcionário.
§ 2º Para as licenças até trinta dias as inspeções poderão ser feitas por um dos médicos do Serviço
Municipal.
§ 3º As licenças superiores a trinta dias só poderão ser concedidas mediante inspeção por junta
médica.
Art. 172 Verificando-se em qualquer tempo, ter sido gracioso o atestado medico ou o laudo da junta
médico, a autoridade competente promoverá a punição dos responsáveis, incorrendo o funcionário, a
quem aproveitar a fraude, na pena de suspensão, e em reincidência na demissão, e os médicos em
igual pena se forem funcionários, e sem prejuízo da ação penal que couber.
Art. 173 O funcionário licenciado para tratamento de saúde não poderá dedicar-se à qualquer atividade
remunerada, sob pena de ser cassada a licença e de ser demitido por abandono de cargo.
Art. 174 O funcionário que se recusar à inspeção médica ou a seguir o tratamento adequado, será
punido com a suspensão, no primeiro caso e com o cancelamento da licença no segundo.
Parágrafo Único - A suspensão ou o cancelamento cessarão desde que seja efetuada a inspeção ou
iniciado o tratamento médico.
Art. 175 Quando licenciado para tratamento da própria saúde, acidente no exercício de suas
atribuições, ou doença profissional, o funcionário receberá, integralmente, o vencimento ou a
remuneração.
Art. 176 O funcionário acidentado no exercício de suas atribuições ou que tenha adquirido doença
profissional e mais as previstas no artigo 178º, terá direito, ex-ofício, ou a requerimento, a licença para
28
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
o respectivo tratamento.
§ 1º Entende-se por doença profissional a que se deva atribuir, como relação de efeito e causa, às
condições inerentes ao serviço.
§ 2º Acidente é o evento danoso que tenha como causa, mediata ou imediata, o exercício das
atribuições inerentes ao cargo ou a fatos nele ocorridos.
Art. 177 O funcionário licenciado para tratamento de saúde é obrigado a reassumir o exercício se for
considerado apto em inspeção médica, sob pena de serem considerados como faltas os dias que
deixar de comparecer ao serviço.
Parágrafo Único - O funcionário poderá desistir da licença desde que, mediante a inspeção médica,
seja julgado apto para o exercício.
SEÇÃO IV
LICENÇA AO FUNCIONÁRIO ATACADO DE TUBERCULOSE ATIVA, ALIENAÇÃO MENTAL,
NEOPLASIA MALIGNA, CEGUEIRA, LEPRA OU PARALISIA.
Art. 178 O funcionário atacado de tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira,
lepra ou paralisia, conforme apurado em inspeção médica, será compulsoriamente licenciado, com
vencimento ou remuneração.
Art. 179 Para verificação das moléstias acima indicadas, a inspeção médica será feita,
obrigatoriamente, por uma junta médica, podendo o funcionário, não se conformando com o seu laudo,
pedir outra junta e novos exames de laboratório.
Art. 180 Quando qualquer das moléstias referidas no artigo anterior for adquirida em razão do serviço,
o tratamento do funcionário correrá por conta do Município e sempre que for possível em
estabelecimento especializado.
Art. 181 A licença será convertida em aposentadoria, na forma do artigo 163 e antes do prazo
estabelecido, quando assim opinar a junta médica, por considerar definitiva, para o serviço em geral, a
invalidez do funcionário.
Parágrafo Único - A Junta Médica proporá, desde logo, a aposentadoria do funcionário, uma vez o
considere inválido para o serviço público em geral.
SEÇÃO V
LICENÇA À FUNCIONÁRIA GESTANTE
Art. 182 À funcionária será concedida, mediante inspeção médica, licença por três meses, com
29
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
vencimentos ou remuneração.
SEÇÃO VI
LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA
Art. 183 O funcionário poderá obter licença até o máximo de dois anos por motivo de doença na
pessoa de ascendente, descendente e colateral, consangüíneo ou afim até o 3º grau civil e do cônjuge
do qual não esteja legalmente separado desde que prove:
§ 1º Nos caos de doença grave de filhos menores ou cônjuge, do qual não esteja legalmente separado,
será dispensada a prova da alínea b.
Art. 184 A licença de que trata o artigo anterior será concedida com vencimento ou remuneração até
seis meses, e daí em diante com os seguintes descontos:
SEÇÃO VII
LICENÇA PARA SERVIÇO MILITAR
Art. 185 Ao funcionário que for convocado para o serviço militar e outros encargos de segurança
nacional, será concedida licença com vencimentos ou remuneração, descontada mensalmente a
importância que receber na qualidade de incorporado.
§ 2º Ao funcionário desincorporado conceder-se-á prazo não excedente de trinta dias para que
reassuma o exercício sem perda do vencimento ou remuneração.
Art. 186 Ao funcionário que houver feito curso para oficial de Reserva das Forças Armadas, será
também concedida licença com vencimento ou remuneração, durante os estágios prescritos pelos
regulamentos militares, quando por estes não tiver direito aquela vantagem pecuniária, assegurado em
caso contrário, o direito de opção.
SEÇÃO VIII
LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES
30
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
Art. 187 Depois de dois anos de exercício, o funcionário poderá obter licença, sem vencimento ou
remuneração, para tratar de interesses particulares.
§ 1º A licença poderá ser negada quando o afastamento do funcionário, do exercício for inconveniente
ao interesse do serviço.
Art. 188 Não será concedida licença para tratar de interesses particulares ao funcionário nomeado ou
transferido antes de assumir o exercício.
Art. 189 Não será, igualmente, concedida licença para tratar de interesses particulares ao funcionário
que, a qualquer título, estiver ainda obrigado à indenização ou devolução aos cofres públicos.
Art. 190 Só poderá ser concedida nova licença para tratar de interesses particulares depois de
decorrido dois anos da terminação da anterior.
Art. 191 O funcionário poderá a qualquer tempo, reassumir o exercício, desistindo da licença.
Art. 192 A autoridade que houver concedido a licença poderá, a todo tempo, desde que o exija o
interesses do serviço público, cassá-la, marcando razoável prazo para o funcionário licenciado
reassumir o seu exercício.
TÍTULO IV
DO REGIME DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DA ACUMULAÇÃO
Art. 194 A expressão "cargo" para os efeitos deste Capítulo compreende os cargos públicos criados
por lei, as funções de extranumerários de qualquer modalidade e todas as outras que hajam sido
instituídas com denominação própria, número determinado e retribuição certa, pelo Poder Público
Municipal, Estadual ou Federal, na administração centralizada ou na autarquia, em Sociedade de
Economia Mista e empresas incorporadas ao patrimônio público.
Art. 195 Cargo técnico ou científico é aquele para cujo exercício seja indispensável e predominante a
aplicação de conhecimentos científicos ou artísticos de nível superior de ensino.
31
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
a) cargo para cujo exercício seja exigida habilitação em curso legalmente classificado como técnico, de
grau ou de nível superior de ensino;
b) o cargo de direção privativo de membro de magistério ou de ocupante de cargo técnico ou
científico.
Art. 196 Cargo de magistério é o que tem como atribuição principal e permanente lecionar em qualquer
grau ou ramo de ensino legalmente previsto.
Art. 197 A simples denominação de "Técnico ou Científico" não caracteriza como tal o cargo que não
satisfizer as condições do artigo 195.
Art. 198 A compatibilidade de horário será reconhecida quando houver possibilidade de exercício dos
dois cargos, em horários diversos, sem prejuízo do número regulamentar das horas de trabalho
determinadas para cada um.
Art. 199 A correlação de matérias pressupõe a existência de relação imediata a recíproca entre os
conhecimentos específicos cujo ensino ou aplicação constitua atribuição principal dos cargos
acumuláveis.
Parágrafo Único - Tal relação não se haverá por presumida, mas terá de ficar provada mediante
consulta a dados objetivos, tais como programas de ensino, no caso de cargo de magistério e as
atribuições legais regulamentares ou regimentais do cargo, no caso de cargo técnico ou científico.
Art. 200 Não se compreendem na proibição de acumular, desde que tenham correspondência com a
função principal, as vantagens consignadas no artigo 121.
Art. 201 O funcionário ocupante de cargo efetivo, aposentado ou em disponibilidade, será ser
nomeado para cargo em comissão, perdendo, durante o exercício desse cargo o vencimento ou
remuneração do cargo efetivo ou o provento de inatividade salvo se optar pelo mesmo.
Art. 202 Poderão também optar, pelo vencimento ou remuneração do respectivo cargo, ou pelo
provento da inatividade:
Art. 203 Ressalvado o disposto no artigo anterior, nenhum funcionário ocupante de cargo efetivo,
aposentado ou em disponibilidade, poderá exercer, em comissão, outro cargo ou função, sem prévia
autorização do Prefeito.
§ 1º Se o cargo ou função for de chefia ou direção, o funcionário perderá, apenas durante o exercício
do mesmo o vencimento ou remuneração, e ser for aposentado ou em disponibilidade, o respectivo
provento.
de disponibilidade ou aposentadoria.
Art. 204 O funcionário aposentado ou em disponibilidade quando designado para órgão legal de
deliberação coletiva, poderá perceber a gratificação respectiva, além do provento de inatividade.
Art. 205 Verificado, mediante processo administrativo, que o funcionário está acumulado, será ele
demitido de todos os cargos e funções, e obrigado a restituir o que indevidamente houver recebido.
§ 1º Provada a boa fé, o funcionário será mantido no cargo ou função que exerce a mais tempo.
§ 2º Em caso contrário, o funcionário demitido ficará ainda inabilitado, pelo prazo de cinco anos, para
o exercício de função ou cargo público, inclusive em entidades que exercem função delegadas de
poder público ou são por este mantidas ou administradas.
Art. 206 As autoridades, civis e chefes de serviços, bem como os diretores, ou responsáveis pelas
entidades referidas no parágrafo 2º do artigo anterior, os fiscais ou representantes dos poderes
públicos junto às mesmas, que tiverem conhecimento de que qualquer dos seus subordinados ou
qualquer empregado de empresa sujeito a fiscalização está no gôzo de acumulação proibida, farão a
devida comunicação ao órgão competente, para os fins indicados no artigo anterior.
CAPÍTULO II
DOS DEVERES
Art. 207 São deveres do funcionário, além dos que lhe cabem pelo cargo ou função;
III - guardar sigilo sobre os assuntos da repartição que não devem ser divulgados;
IV - representar aos chefes imediatamente sobre todas as irregularidade de que tiver conhecimento e
que ocorram na repartição em que servir, ou às autoridades superiores, por intermédio dos respectivos
chefes, quando este não tomarem em consideração suas representações. Se o chefe não encaminhar
a representação às autoridades superiores dentro de cinco dias da data em que a tiver recebido para
esse fim, o funcionário poderá fazê-lo diretamente;
VII - zelar pela economia do Município e pela conservação do que for à sua guarda ou utilização;
VIII - providenciar para que esteja sempre em ordem, no assentamento individual, a sua declaração de
família;
IX - trazer em dia a sua coleção de leis, regulamentos, regimentos, instruções, e ordens de serviço que
33
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
X - apresentar-se decentemente trajado em serviço ou com uniforme que for determinado para cada
caso;
XI - apresentar relatório ou resumos de suas atividades, nas hipóteses e prazos previstos em lei,
regulamento ou regimento;
XII - atender, prontamente, com preferência sobre qualquer outro serviço, às requisições de papéis,
documentos, informações ou providências que lhe forem feitas pelos órgãos jurídicos incumbidos da
defesa do Município em juízo e expedir certidões requeridas para defesa de direito.
XIII - proceder na vida pública e privada de forma a dignificar sempre a função pública.
CAPÍTULO III
DAS PROIBIÇÕES
II - retirar sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer documento ou material existente
na repartição;
III - deixar de representar, sobre ato ilegal, que chegue a seu conhecimento em virtude de suas funções,
sob pena de se tornar solidário ao infrator;
I - fazer contratos de natureza comercial ou industrial com o Município, por si como representante de
outrem;
III - exercer mesmo fora das horas do trabalho, emprego ou função de empresa, estabelecimento ou
instituições contratuais ou de dependência com o Município;
IV - comerciar, ter parte em sociedades comerciais, industriais ou bancárias ou nela exercer encargo da
direção ou gerência, ressalvado, porém, o direito de ser acionista ou comanditário. Não se aplica o
item III deste artigo aos titulares do cargo do magistério.
34
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
VIII - valer-se de sua qualidade de funcionário para melhor desempenhar atividades estranhas às suas
funções ou para lograr qualquer proveito, direta ou indiretamente, por si ou por interposta pessoa.
CAPÍTULO IV
DAS RESPONSABILIDADES
I - pelos prejuízos que causar à fazenda Municipal por dolo, ignorância, indolência, negligência ou
omissão;
II - pelas faltas, danos, sonegações ou extravios que sofrerem os bens e os materiais sob sua guarda
ou sujeitos ao seu exame, provando-se que foram ocasionados por culpa ou negligência sua ou por
que poderia ter evitado;
III - por não promover, por indulgência ou negligência, a responsabilidade dos seus subordinados;
IV - pela falta ou inexatidão das necessárias averbações nas notas de despacho, guias e outros
documentos de receita ou que tenham com elas relação desde que resulte sonegação ou insuficiência
no pagamento do que for devido à Fazenda Municipal.
Art. 211 Nos caso de indenização à Fazenda Municipal, o funcionário será obrigado a repor a
importância do prejuízo causado.
§ 2º Tendo havido dolo, a punição consistirá, além da indenização, na imposição de pena disciplinar.
Art. 212 Será igualmente responsabilizado o funcionário que, fora dos casos expressamente previsto
nas leis, regulamentos, ou regimentos, cometer a pessoas estranhas às repartições o desempenho de
encargos que lhe competirem ou aos seus subordinados.
Art. 213 A responsabilidade administrativa não exime o funcionário de responsabilidade civil ou criminal
que no caso couber, nem o pagamento da indenização a que ficar obrigado o exime da pena disciplinar
que incorrer.
35
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES
I - advertência;
II - repreensão;
III - suspensão;
IV - multa;
V - destituição de função;
VI - demissão.
Art. 216 A pena de repreensão será aplicada por escrito em caso de desobediência ou falta de
cumprimento de deveres.
Art. 217 A pena de suspensão, que não excederá de noventa dias, será aplicada em caso de falta
grave, devidamente fundamentada. ou de reincidência.
§ 1º Quando houver conveniência para o serviço, a pena de suspensão poderá ser convertida em
multa, na base de 50% ( cinqüenta por cento ) por dia de vencimento ou remuneração, obrigado o
funcionário, neste caso, a permanecer em serviço.
II - quando se verificar que, por negligência ou benevolência, o funcionário contribuiu para que se não
apurasse, no devido tempo, a falta de outrem.
I - abandono de cargo pelo não comparecimento do funcionário ao serviço sem causa justificada por
mais de trinta dias consecutivos ou noventa dias, intercaladamente durante o ano;
VI - revelar segredos de que tenha conhecimento em razão do cargo, desde que resulte prejuízo para o
Município ou particulares.
VII - praticar, em serviço, insubordinação grave, ofensas físicas contra funcionários ou particulares,
comprovados por condenação judicial;
X - pedir ou aceitar empréstimos, dinheiro ou quaisquer valores a pessoas que tratem ou tenha
interesse na repartição, ou que estejam sujeitas à sua fiscalização;
Art. 220 Atenta à gravidade de falta, a demissão poderá ser aplicada com a nota "a bem do serviço
público", qual constará sempre dos atos de demissão fundada nos itens III, V, VI, VIII e IX do artigo
209º
Parágrafo Único - Uma vez submetido a processo administrativo, o funcionário público só poderá ser
exonerado a pedido depois da conclusão do processo e de reconhecida a sua inocência.
Art. 222 Para a aplicação das pena do artigo 214, apuráveis por proposta da Comissão de Inquérito
Administrativo, é competente o Chefe do Executivo.
§ 2º No caso de reincidência das faltas que determinarem as penas previstas no parágrafo primeiro,
estas serão aplicadas em dobro, mediante processo administrativo.
Art. 223 O funcionário que deixar de atender, sem causa justificada, qualquer exigência, para cujo
cumprimento seja marcado prazo certo, terá suspenso o pagamento de sua vencimento ou
remuneração, até que satisfaça essa exigência;
Art. 224 Deverão constar no assentamento individual todas as penas impostas ao funcionário, inclusive
as decorrentes de falta de comparecimento às sessões de júri para que for sorteado, exceto as
advertências.
Parágrafo Único - Além da pena judicial que couber serão considerados como de suspensão os dias
em que o funcionário deixar de atender as convocações do juiz sem motivo justificado.
Art. 225 As faltas puníveis com advertência, repreensão, suspensão e multa prescrevem no prazo de
quatro anos.
Art. 226 será cassada por decreto a aposentadoria ou a disponibilidade, se ficar provada que o
funcionário aposentado ou em disponibilidade:
37
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
II - foi condenado por crime cuja pena importará em demissão, se estivesse na atividade;
V - firmou contrato de natureza comercial ou industrial com o Município, por si ou como representante
de outrem;
§ 1º será igualmente cassada a disponibilidade do funcionário que não assumir no prazo legal o cargo
ou função para o qual foi determinado o seu aproveitamento.
CAPÍTULO VI
DA SINDICÂNCIA ADMINISTRATIVA
Art. 227 A autoridade que tiver ciência ou notícia da ocorrência de irregularidade no serviço é obrigada
a promover-lhe a apuração imediata, por meio da sindicância administrativa que será instaurada pelo
Prefeito.
Art. 228 Promoverá a sindicância uma comissão designada pela autoridade que a houver determinado
e composto de três funcionários estáveis de alta hierarquia funcional.
Art. 229 A comissão, sempre que necessário, dedicará todo o tempo aos trabalhos da sindicância
ficando os seus membros, em tal caso, dispensados do serviço na repartição durante o curso das
diligências e a elaboração do relatório.
Art. 230 A sindicância administrativa deverá ser iniciada dentro do prazo de 3 dias, contados da
designação dos membros da Comissão, e concluída no de 15 dias, improrrogáveis, a contar da data
de seu início.
Art. 231 A comissão deverá ouvir as pessoas que tenham conhecimento ou que possam prestar
esclarecimentos a respeito do fato, bem como proceder a todas as diligências que julgar conveniente à
sua elucidação.
Art. 232 Ultima a sindicância remeterá a Comissão à autoridade que a instaurou, relatório que configura
o fato, indicando o seguinte:
1) Se é irregular ou não;
2) Caso seja, quais os dispositivos violados e se há presunção de autoria.
38
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
Parágrafo Único - O relatório não deverá propor qualquer medida excetuada a abertura de processo
Administrativo, limitando-se responder os quesitos do artigo anterior.
Art. 233 Decorrido o prazo previsto no artigo 230, sem que seja apresentado o relatório, a autoridade
competente deverá promover a responsabilidade dos membros da Comissão.
CAPÍTULO VII
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
Art. 234 Julgado procedente o relatório da Comissão de sindicância que conclua pela irregularidade do
fato e pela discriminação de autoria, a autoridade que a houver determinado ficará obrigada, dentro do
prazo de 5 dias, sob as penas da lei, a instaurar processo administrativo para responsabilização do
indiciado ou indiciados, assegurando-lhes amplo direito de defesa.
Parágrafo Único - A aplicação das penas de suspensão por mais de 30 dias, demissão e cassação de
aposentadoria e disponibilidade, será procedida pelo processo administrativo.
Art. 235 O processo administrativo será realizado por comissão de Inquérito, e a ele aplica a
disposição dos artigos 227, 228 e 229.
Art. 236 O prazo para o inquérito, que constará da instrução e defesa será de 60 dias, prorrogável por
mais 30, anos casos de força maior pela autoridade que lhe tiver determinado a instauração.
§ 1º O acusado será intimado inicialmente para acompanhar todos os atos e diligências do inquérito,
podendo constituir advogado.
§ 2º Achando-se o acusado em lugar incerto, a intimação será feita por edital publicado em órgão
oficial, durante três dias consecutivos, dando-se-lhe o prazo de 10 dias, findo os quais correrá o
inquérito à revelia.
Art. 237 Na fase de instrução a Comissão deverá ouvir o acusado, as pessoas que tenham
conhecimento do fato que lhe é imputado ou possam prestar esclarecimento a respeito, bem como
proceder a todas as diligências que julgar convenientes, recorrendo, quando necessário, a técnicos ou
peritos.
Art. 238 Ultimada a instrução, a Comissão mandará, dentro de 48 horas, citar o acusado, para, no
prazo de 20 dias apresentar defesa escrita e requerer a produção de provas.
§ 1º Achando-se o acusado em lugar incerto, proceder-se á, nos termos do parágrafo 2º do artigo 236.
§ 2º Será aberta vista do inquérito ao acusado no lugar designado pela Comissão durante o prazo para
a defesa.
Art. 239 Será designado "ex-ofício", por que houver instaurado o processo. Funcionários sempre que
possível da mesma classe e categoria e, de preferência, bacharel, em Direito para acompanhar o
processo e se incumbir de defesa do indiciado revél.
Art. 241 Apresentado o Relatório, a Comissão ficará a disposição da autoridade que houver mandado
instaurar o inquérito para prestação de qualquer esclarecimento julgado necessário, dissolvendo-se 10
dias após a data em que for proferido o julgamento.
Art. 242 Recebido o processo a autoridade que houver instaurado proferirá a decisão no prazo de 20
dias, sob pena de responsabilização.
Art. 243 Tratando-se de crime, a autoridade que determinou o processo administrativo providenciará a
instauração de inquérito policial, encaminhando o translado das peças do processo à autoridade
competente.
Art. 244 A autoridade que instaurou o processo proporá a quem de direito, obedecido o prazo do artigo
242, as sanções e providências que excederem de sua alçada.
Art. 245 Em qualquer fase do processo será permitida a intervenção de defensor constituído pelo
indiciado.
Art. 246 caracterizado o abandono do cargo ou função na forma deste Estatuto, a autoridade
competente, em face das informações da repartição do pessoal, promoverá publicação NO ÓRGÃO
OFICIAL, de editais de chamamento, pelo prazo de 20 dias.
§ 1º Findo o prazo fixado neste artigo, a autoridade, dentro do prazo de 5 dias, ficará obrigada. sob as
penas de lei, a instaurar processo administrativo.
Art. 247 O funcionário só poderá ser exonerado a pedido após a conclusão do processo administrativo
a que responder desde que reconhecida sua inocência.
CAPÍTULO VIII
DA PRISÃO E DA SUSPENSÃO PREVENTIVA
40
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
Art. 248 Cabe ao Chefe do Executivo ordenar, fundamentalmente, por escrito, a prisão do responsável
por dinheiro e valores pertencentes à Fazenda Municipal ou que se acharem sob a guarda desta no
caso de alcance ou prissão em efetuar as entradas nos devidos prazos.
Art. 249 A suspensão preventiva até 30 dias será ordenada pelo Prefeito desde que o afastamento do
funcionário seja necessário para que este não venha influir na apuração de falta que lhe é atribuída.
Parágrafo Único - Poderá o Prefeito prorrogar até 90 dias o prazo de suspensão já ordenada, findo o
qual cessarão os respectivos efeitos, caso do parágrafo 2º do artigo 242.
Art. 250 Durante o período da prisão administrativa ou da suspensão preventiva o funcionário perderá
um terço do vencimento ou remuneração.
CAPÍTULO IX
DA REVISÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
Art. 252 A qualquer tempo poderá ser requerida a revisão de processo administrativo findo, de que
resultou pena disciplinar, quando se aduzam provas, fatos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a
inocência do requerente.
§ 1º Tratando-se de funcionário falecido ou desaparecido, à revisão poderá ser requerida por qualquer
das pessoas constante do assentamento individual.
Art. 254 Deferida a revisão, o Prefeito a distribuirá a uma Comissão previamente designada, composta
de três funcionários estáveis, sempre que possível de categoria igual ou superior a do acusado,
indicando o que deva servir de Presidente para processá-la.
Administrativo.
Art. 255 Na inicial, o requerente pedirá dia e hora para inquirição das testemunhas que arrolar.
Parágrafo Único - Será considerada informante a testemunha que, residindo fora do Município, prestar
depoimento por escrito.
Art. 256 A Comissão deverá instalar-se dentro de 3 dias de sua designação, e marcar o prazo de 10
dias ao interessado para contestar os fundamentos da acusação do processo que o puniu.
Art. 257 Concluída a revisão, será o processo, dentro de 5 dias, encaminhado, com o relatório da
Comissão ao chefe do Poder Executivo. para Julgamento.
Parágrafo Único - O relatório não deverá propor qualquer medida, limitando-se a apreciar as provas,
alegações e depoimentos.
Art. 258 O prazo de revisão será de 30 dias, podendo nele serem realizadas as diligências necessárias.
O prazo de Julgamento será de 10 dias, prorrogáveis, pelo mesmo tempo se for consultada a
Comissão para maiores esclarecimentos.
Art. 259 Proferido na revisão Julgamento favorável ao requerente. o Prefeito tornará sem efeito as
penalidades aplicadas, expedindo ato revogatório de demissão, quando for o caso.
Art. 260 Quando no curso da revisão falecer a pessoa cuja condenação tiver de ser revista, para
prosseguir a defesa será designado um funcionário de preferência diplomado em Direito.
Art. 261 No Julgamento da revisão, poderá ser alterada a classificação da inflação, declarado isento de
culpa o recorrente, modificada a pena ou anulado o processo.
Parágrafo Único - Não poderá ser agravada a pena imposta pela decisão revista.
TÍTULO V
CAPÍTULO ÚNICO
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 263 O órgão do pessoal fornecerá ao funcionário uma caderneta da qual constem os elementos da
sua identificação.
Parágrafo Único - Essa caderneta valerá como prova de identidade, para todos os efeitos e será
gratuita.
Art. 264 Os prazos previsto neste Estatuto serão contados por dias corridos.
Art. 265 Os funcionários públicos, nos exercícios de suas atribuições, não estão sujeitos à ação penal
42
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
Art. 266 Poderá ser estabelecido o regime do tempo integral para os cargos ou funções que a lei
determinar.
Art. 267 É vedado o funcionário servir sob a chefia ou direção imediata de parente até o seguinte grau,
salvo em função de estrita confiança e de livre escolha, não podendo exceder de dois o seu número.
Art. 268 Nenhum imposto ou taxa gravará vencimento, remuneração ou gratificação de funcionário e o
salário de extranumerário bem como os atos ou títulos referentes à sua vida funcional.
§ 1º Os proventos de disponibilidade não poderão, igualmente, sofrer qualquer desconto por cobrança
de imposto ou taxa.
Art. 269 Ficam revogadas as Leis Municipais números 265, de 20/6/1950; 277, de 30/11/1950; 281, de
6/12/1950; 301, de 27/12/1950; 440, de 2/1/1952; 507, de 1952; 512, de 26/6/1952; 669, de 9/6/1953;
682, de 24/6/1953; 710, de 28/7/1953; 718, de 9/9/1953; 801, de 10/12/1953; 881, de 9/2/1954; 958, de
6/9/1954; 1.012, de 18/12/1954 e 1.026, de 10/12/1954, com exceção, no que couber, das disposições
concernentes à concessão de benefícios que já eram concedidos ao pessoal variável.