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Analfabetismo

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Redação

Data: 15 de outubro de 2024


Professora: Jéssica Alves Rodrigues
Desigualdade racial e analfabetismo no
Brasil: desafios e caminhos para a
promoção da equidade educacional
O que é desigualdade racial e como ela acontece na
educação brasileira?
De caráter estrutural e sistêmico, a desigualdade racial no Brasil é
inquestionável e persiste devido à fragilidade de políticas públicas
para o seu enfrentamento. De acordo com a Síntese de
Indicadores Sociais 2023, do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), enquanto os pretos e pardos
representavam 55,7% da população em 2022, a proporção
deste grupo entre todos os brasileiros abaixo da linha de
pobreza era de 70,3%, ante a fração de brancos de 28,7%.
Quando olhamos os números de extrema pobreza, a
discrepância fica ainda maior: 73% eram negros e 26%
brancos. Nessa perspectiva, construir uma sociedade mais
igualitária requer a compreensão do papel de cada estrutura
socioeconômica na reprodução do racismo para elaborar
estratégias efetivas de enfrentamento.
O Que dizem os
dados?
Dados do Censo Demográfico de 2022 mostram que, dos 163 milhões de pessoas de 15 anos ou mais de
idade, 151,5 milhões sabiam ler e escrever um bilhete simples e 11,4 milhões não sabiam .

2,5 % 4,3% 8,8% 10,1% 16,1 %


Amarela
Branca
Parda
Preta
Indígena
Repertórios para o tema sobre taxa de analfabetismo no Brasil
Filmes para tirar nota alta na redação do Enem
• “Cidade de Deus” (2002): Este filme ilustra a vida em uma das favelas mais perigosas do Rio
de Janeiro, mostrando como a falta de acesso à educação e as condições socioeconômicas
afetam as trajetórias de vida dos personagens.
• “Que Horas Ela Volta?” (2015): Aborda as questões de classe e desigualdade no Brasil,
focando nas oportunidades limitadas para a personagem principal e seu filho, em contraste com
as oportunidades educacionais disponíveis para as classes mais altas.

Séries sobre analfabetismo no Brasil


• “3%” (Netflix, 2016-2020): Esta série brasileira de ficção científica explora um futuro distópico
onde jovens competem por uma chance de acessar “O Lado Melhor” da sociedade, onde há
oportunidades de educação e uma vida melhor, destacando as barreiras sociais e educacionais.
• “Irmandade” (Netflix, 2019): Situada nos anos 90, a série mostra a vida em um contexto de
marginalidade social e como a falta de educação pode levar à criminalidade.
Repertórios para o tema sobre taxa de analfabetismo no Brasil
Fato Histórico sobre analfabetismo
• Movimento de Educação de Base (MEB): Iniciado na década de 1960, o MEB foi um esforço
conjunto da Igreja Católica e do governo brasileiro para promover a alfabetização entre adultos
nas áreas rurais do Brasil, visando reduzir as taxas de analfabetismo e promover a
conscientização política e social.

Legislações sobre analfabetismo


• Constituição da República Federativa do Brasil de 1988: Garante o direito à educação como
um direito fundamental (Art. 205 e 208).
• Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável (Objetivo 4): Propõe garantir uma
educação inclusiva e equitativa de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao
longo da vida para todos.
• Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB – Lei nº 9.394/1996): Estabelece as
diretrizes para a educação nacional, incluindo o dever do Estado em garantir o ensino
fundamental, obrigatório e gratuito.
Repertórios para o tema sobre taxa de analfabetismo no Brasil
Clássicos da Literatura para usar na redação sobre esse tema
• “Vidas Secas” (Graciliano Ramos, 1938): Narra a vida de uma família de retirantes do sertão
nordestino, destacando a luta pela sobrevivência e a falta de acesso à educação.
• “Capitães da Areia” (Jorge Amado, 1937): Mostra a vida de um grupo de meninos de rua em
Salvador, explorando como a falta de oportunidades educacionais e sociais molda seus futuros.
• “O Cortiço” (Aluísio Azevedo, 1890): Relata a vida em uma habitação coletiva no Rio de
Janeiro, ilustrando as difíceis condições de vida e a falta de acesso à educação para os
moradores, refletindo as desigualdades sociais da época.
Argumentos para o tema sobre taxa de analfabetismo no Brasil
Argumento 1 sobre taxa de analfabetismo no Brasil: desigualdade social
Causa:
A desigualdade social, agravada pela distribuição desigual de recursos
educacionais, está diretamente relacionada ao alto índice de analfabetismo
entre comunidades vulneráveis no Brasil.
Consequência:
O analfabetismo limita oportunidades de emprego e participação cívica,
perpetuando ciclos de pobreza e exclusão social.
Solução Possível:
Investir em educação acessível nas áreas mais afetadas, incluindo a formação
de professores e o uso de tecnologias educacionais, pode quebrar o ciclo de
desigualdade.
Repertório:
Ariano Suassuna destacou como a integração da cultura local na educação
pode combater a exclusão. Adaptar métodos educacionais para respeitar e
valorizar as identidades regionais promove inclusão e interesse pelo
aprendizado.
“O que é muito difícil é você vencer a injustiça secular que dilacera o Brasil em dois
países distintos: o país dos privilegiados e o país dos despossuídos.”
Argumentos para o tema sobre taxa de analfabetismo no Brasil
Argumento 2: Omissão estatal -
Causa:
A omissão do Estado é um fator central que contribui para a perpetuação das disparidades raciais e sociais
nas taxas de analfabetismo no Brasil. A falta de investimentos em infraestrutura escolar e de políticas
públicas externas para comunidades vulneráveis ​agrava a exclusão educacional.

Consequência:
A ausência de ações governamentais resulta na precarização do sistema educacional em áreas
marginalizadas, levando a altas taxas de evasão escolar e à perpetuação do analfabetismo. Isso limita o
desenvolvimento pessoal e profissional das populações mais afetadas.

Solução Possível:
A alocação de recursos para a infraestrutura educacional e a criação de políticas que promovam o acesso à
educação de qualidade, principalmente nas regiões mais necessitadas, são medidas essenciais. Além disso,
programas de incentivo à permanência escolar poderiam minimizar os impactos da exclusão.

Repertório (Murray Rothbard):


O economista Murray Rothbard destacou que os governos, ao se orientarem por interesses individualistas e
imediatistas, frequentemente negligenciam os direitos sociais fundamentais, como a educação. Essa
inoperância estatal, orientada por interesses políticos de curto prazo, é um obstáculo para a criação de
políticas de longo alcance que poderiam mitigar a exclusão educacional.
Parágrafo– Argumento 1
Diante desse cenário, é importante destacar que a desigualdade social é um fator
preponderante para a perpetuação das alarmantes taxas de analfabetismo entre
grupos racializados no Brasil. Segundo Ariano Suassuna, ilustre pensador
brasileiro, o território nacional é dividido entre o país dos privilegiados e o país
dos despossuídos, refletindo uma realidade de desigualdade no acesso à
educação. Nesse sentido, as comunidades vulneráveis, majoritariamente
compostas por pessoas negras e pardas, enfrentam enormes dificuldades para
acessar recursos educacionais, o que contribui para os altos índices de
analfabetismo. Esse cenário limita as perspectivas de emprego e de participação
cívica, perpetuando ciclos de pobreza e exclusão social. Dessa forma, a
desigualdade social e o analfabetismo estão profundamente conectados, criando
um ciclo vicioso que reforça a exclusão e limita as oportunidades de mobilidade
social, perpetuando a marginalização das comunidades mais vulneráveis.
Destarte, é imprescindível que haja mudança.
Parágrafo Base – Argumento 2
Ademais, é importante destacar que, a inoperância estatal é um fator preponderante para a perpetuação dessa
problemática. Esse cenário decorre do fato de que, assim como pontuou o economista norte-americano Murray
Rothbard, uma parcela dos representantes governamentais, ao se orientar por um viés individualista e visar um
retorno imediato de capital político, negligencia a conservação de direitos sociais indispensáveis, como os
envolvidos no tema. Em decorrência dessa indiligência do poder público, cria-se um ambiente propício para a
precarização da infraestrutura de locais especializados no aporte do tema - materializada (exemplo do tema).
Logo, é notório que a omissão do Estado perpetua o deficitário acesso ao direito envolvendo o tema.

Ademais, é importante destacar que a inoperância estatal é um fator preponderante para a perpetuação
das alarmantes taxas de analfabetismo nas comunidades marginalizadas do Brasil. Esse cenário
decorre do fato de que, assim como pontudo o economista norte-americano Murray Rothbard, uma parcela
dos representantes governamentais, ao se orientar por uma vida individualista e visar um retorno imediato
do capital político, supervisionar a conservação dos direitos sociais indispensáveis, como o acesso à
educação. Em decorrência da indiligência do poder público, cria-se um ambiente propício para a
precarização da infraestrutura educacional em regiões periféricas e racialmente marginalizadas,
perpetuando a exclusão de grupos vulneráveis ​desse direito fundamental. Logo, é notório que a
omissão do Estado perpetua o analfabetismo, especialmente entre as populações mais afetadas por essas
disparidades.

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