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Aula 11 - Geometria Plana - Parte 1

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Aula 11 –

Geometria Plana –
Parte 1

FUVEST-MED

Professor Marçal
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Aula 11: FUVEST-MED

Sumário
Introdução ................................................................................................................................ 5
1. Geometria Euclidiana Plana ............................................................................................. 6
1.1. NOÇÕES PRIMITIVAS ..................................................................................................................... 6
1.2. Ponto.......................................................................................................................................... 6
1.3. Reta ............................................................................................................................................ 6
1.4. Plano .......................................................................................................................................... 6
1.5. POSTULADOS DE EUCLIDES ............................................................................................................ 7
2. Retas ..................................................................................................................................... 7
2.1. Retas concorrentes .................................................................................................................. 7
2.2. Retas paralelas ......................................................................................................................... 8
2.3. Retas reversas........................................................................................................................... 8
3. Segmento de Reta .............................................................................................................. 9
3.1. Segmentos Congruentes ......................................................................................................... 9
3.2. Segmentos Colineares ............................................................................................................. 9
3.3. Segmentos Consecutivos ....................................................................................................... 10
3.4. Segmentos Adjacentes .......................................................................................................... 10
3.5. Ponto Médio de um Segmento ............................................................................................. 10
4. ÂNGULOS............................................................................................................................... 11
4.1. REGIÃO CONVEXA E REGIÃO CÔNCAVA ........................................................................................ 11
4.2. DEFINIÇÃO DE ÂNGULO ............................................................................................................... 12
4.3. Ângulo Adjacente ................................................................................................................... 13
4.4. Ângulos Consecutivos ............................................................................................................ 13
4.5. Ângulos Opostos pelo Vértice ............................................................................................... 14
4.6. Ângulo Reto, Agudo, Obtuso e Raso .................................................................................... 15
4.7. Ângulo Complementar, Suplementar, Replementar e Explementar ............................... 16
5. Medidas angulares ........................................................................................................... 17
5.1. Grau ......................................................................................................................................... 17
5.2. Grado ....................................................................................................................................... 18
5.3. Radiano ................................................................................................................................... 18
5.4. CONVERSÃO DE UNIDADES DE MEDIDA ......................................................................................... 20
5.5. BISSETRIZ ................................................................................................................................... 21

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6. TRIÂNGULOS .......................................................................................................................... 29
6.1. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIÂNGULOS QUANTO AOS LADOS ................................................................. 29
6.2. Classificação dos Triângulos Quanto aos ângulos ............................................................. 29
7. Cevianas ............................................................................................................................. 30
7.1. Altura ....................................................................................................................................... 30
7.2. Mediana .................................................................................................................................. 30
7.3. Bissetrizes interna e externa ................................................................................................. 31
7.4. CONDIÇÃO DE EXISTÊNCIA DO TRIÂNGULO ................................................................................... 31
8. Congruência de Triângulos ............................................................................................. 32
8.1. Postulado 𝑳𝑨𝑳 (lado-ângulo-lado) ...................................................................................... 32
8.2. Teorema 𝑨𝑳𝑨 (ângulo-lado-ângulo) ................................................................................... 32
8.3. Teorema 𝑳𝑳𝑳 (lado-lado-lado) ............................................................................................. 33
8.4. Teorema 𝑳𝑨𝑨𝟎 (lado-ângulo adjacente-ângulo oposto) ................................................. 33
9. Consequências das congruências ................................................................................... 33
9.1. Triângulo Isósceles ................................................................................................................. 33
9.2. Teorema do Ângulo Externo ................................................................................................. 34
9.3. Desigualdades no Triângulo ................................................................................................. 36
9.4. RETAS PARALELAS ....................................................................................................................... 36
9.5. TEOREMA ANGULAR DE TALES..................................................................................................... 39
9.6. RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO ....................................................................... 41
10. LUGAR GEOMÉTRICO (LG) .................................................................................................... 57
10.1. CIRCUNFERÊNCIA ...................................................................................................................... 57
10.2. MEDIATRIZ ............................................................................................................................... 58
10.3. BISSETRIZ ................................................................................................................................. 58
10.4. RETAS PARALELAS .................................................................................................................... 59
10.5. ARCO CAPAZ ............................................................................................................................ 59
11. TEOREMA DE TALES .............................................................................................................. 62
12. SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS ............................................................................................... 63
12.1. TEOREMA FUNDAMENTAL ......................................................................................................... 64
13. Critérios de Semelhança ................................................................................................ 65
13.1. AA (dois ângulos congruentes)........................................................................................... 65
13.2. LAL (lado-ângulo-lado) ........................................................................................................ 66

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13.3. LLL (lado-lado-lado) ............................................................................................................. 67


14. Propriedades dos triângulos......................................................................................... 69
14.1. Base Média ........................................................................................................................... 69
14.2. Razão de Proporção ............................................................................................................. 70
18. Considerações finais ...................................................................................................... 81

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INTRODUÇÃO
Começamos aqui uma série de aulas destinadas ao estudo das Geometrias.
Nesta aula, veremos muitos tópicos da Geometria Plana que estão todos interligados.
Veremos, também, muitas demonstrações mais formais.
Tenha em mente que essas demonstrações não devem ser decoradas. Elas estão presentes
na aula para dar a você maior amplitude de conhecimento.
Veja as demonstrações como um exercício de fortalecimento de entendimento e não como
algo que deve ser levado de memória.
Ao passar por esse tipo de exercício, você terá, ao final, mais condições de enfrentar os
exercícios de geometria – tanto plana quanto espacial ou analítica – pois o entendimento de forma
ampla ajuda muito na hora de interpretar o enunciado e, consequentemente, encontrar um
caminho para a solução.
Você perceberá que estudar Geometria tem suas peculiaridades e a estratégia de resolução
é um pouco distinta da que utilizamos até agora com a Álgebra. Não que a Geometria não se apodere
de elementos algébricos, muito pelo contrário, mas estes acabam sendo, por si só, não suficientes
para as resoluções geométricas.
Por fim, deixe que os exercícios orientem você sobre o que deve ou não ser memorizado. A
aula é longa e, se você ficar preso em memorizar tudo o que veremos, pode comprometer seu
cronograma de estudos sem que isso seja um diferencial competitivo no vestibular.
Por ser um assunto muito longo, dividiremos o tema em duas aulas, Parte 1 e Parte 2.
Nesta primeira parte, excepcionalmente, não teremos o bloco de questões de vestibulares e
deixaremos isso para o encerramento da Parte 2, pois é nesse ponto que teremos nossa teoria
alinhada para a resolução problemas de forma mais ampla.
Até lá, teremos uma concentração maior de questões de fixação durante a teoria, para que
você consiga absorver paulatinamente as características peculiares da Geometria Plana.
Avisos dados, mãos à obra.
Dúvidas?
Já sabe, não as deixe sem solução. Se precisar de ajuda com elas, poste-as no fórum. Estamos
aqui para auxiliá-lo.
Boa aula.

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1. GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA


A geometria euclidiana, também conhecida como geometria plana, é a parte da matemática
que estuda a construção e propriedades de figuras planas como triângulos, circunferência,
quadriláteros etc.
Antes de iniciar, devemos aprender as noções primitivas de ponto, reta e plano e os
postulados que relacionam esses entes geométricos.

1.1. NOÇÕES PRIMITIVAS


As noções primitivas são conhecimentos comuns, apresentados sem uma definição formal ou
prova elementar. Veremos, em nosso curso, três itens dessa categoria: ponto, reta e plano.

1.2. PONTO
Representamos o ponto por letras maiúsculas do alfabeto: 𝐴, 𝐵, 𝐶, 𝐷, 𝐸, … Devemos entender
o ponto como a menor parte dos entes geométricos. Ele é adimensional.

1.3. RETA
Usamos as letras minúsculas do alfabeto para representar uma reta: 𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑, … A reta é o
ente geométrico cujas extremidades não possuem limites, ela é contínua em ambos os lados. Por
esse motivo, podemos usar setas para indicar a continuidade da reta nos dois sentidos. No exemplo
abaixo, temos as retas 𝑟, 𝑠, 𝑡. No caso da reta 𝑡, ̅̅̅̅
𝐴𝐵 é um segmento de reta.

1.4. PLANO
Usualmente, representamos o plano com letras minúsculas gregas: 𝛼, 𝛽, 𝛾, … Assim como a
reta, ele deve ser entendido como um plano ilimitado sem bordas que o limite.

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1.5. POSTULADOS DE EUCLIDES


Postulados, também conhecidos como axiomas, são proposições também primitivas,
portanto, são independentes de demonstração. Para o andamento de nosso curso, precisamos
conhecer, especificamente, os Postulados de Euclides, pois são necessários para a nossa construção
de conhecimento para resolver os exercícios de vestibular que enfrentaremos.
Postulados de Euclides:

Postulado I: Dados dois pontos distintos, existe uma única reta que os une.
Postulado II: Qualquer segmento de reta pode ser prolongado a uma reta.
Postulado III: Dados um ponto qualquer e uma distância qualquer, pode-se construir uma
circunferência cujo centro é o ponto dado e o raio é a distância dada.
Postulado IV: Todos os ângulos retos são iguais.
Postulado V: Se uma reta, interceptando duas outras, forma ângulos internos de um mesmo
lado cuja soma é menor do que dois ângulos retos, então estas duas retas, se prolongadas
indefinidamente, se encontram no lado onde estão os ângulos cuja soma é menor do que dois
ângulos retos.

2. RETAS
Já vimos o que é uma reta e como essa ideia e aceita como uma noção primitiva. Vejamos, a
partir de agora, algumas situações especiais e a nomenclatura correspondente.

2.1. RETAS CONCORRENTES


Duas retas distintas são concorrentes se, e somente se, elas têm um único ponto comum.

𝑟 ∩ 𝑠 = {𝑃 }

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2.2. RETAS PARALELAS


Se as retas 𝑟 e 𝑠 são paralelas entre si, então 𝑟 ∩ 𝑠 = ∅. Simbolicamente, 𝑟//𝑠 representa que
a reta 𝑟 é paralela à reta 𝑠. Temos duas possibilidades para 𝑟//𝑠:
1) 𝑟 e 𝑠 são coincidentes:

2) 𝑟 e 𝑠 são distintas:

2.3. RETAS REVERSAS


Duas retas são reversas se, e somente se, não pertencem a um mesmo plano.

(𝑟 e 𝑠 são reversas) ⇔ (∄𝛼 tal que 𝑟, 𝑠 ⊂ 𝛼 e 𝑟 ∩ 𝑠 = ∅)


Perceba que retas reversas não se interceptam e não podem ser paralelas entre si.

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3. SEGMENTO DE RETA
Vimos que um segmento de reta é uma parte de uma reta e que a reta é infinita por definição.
Vamos estudar as notações usuais para os diferentes tipos de retas:
Reta ⃡𝐴𝐵 :

̅̅̅̅ :
Segmento de reta 𝐴𝐵

Semirreta 𝐴𝐵 :

Semirreta 𝐵𝐴:

Usualmente, representamos a medida do segmento ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ) ou simplesmente 𝐴𝐵.


𝐴𝐵 por 𝑚𝑒𝑑(𝐴𝐵

3.1. SEGMENTOS CONGRUENTES


Dois segmentos de reta são congruentes quando eles possuem as mesmas medidas. Usamos
o símbolo ≡ para indicar a congruência.
Exemplo:
̅̅̅̅
𝐴𝐵 ≡ ̅̅̅̅
𝐶𝐷

3.2. SEGMENTOS COLINEARES


Dois segmentos de reta são colineares quando eles pertencem a uma mesma reta suporte.
Exemplo:

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3.3. SEGMENTOS CONSECUTIVOS


Dois segmentos de reta são consecutivos quando eles possuem uma extremidade comum.
Exemplo:
̅̅̅̅ e 𝐵𝐶
𝐴𝐵 ̅̅̅̅ são consecutivos

3.4. SEGMENTOS ADJACENTES


Dois segmentos de reta são adjacentes quando são colineares e consecutivos e possuem
apenas uma extremidade comum.
Exemplo:

̅̅̅̅
𝐴𝐵 e ̅̅̅̅
𝐵𝐶 são adjacentes, pois possuem apenas o ponto 𝐵 comum:
̅̅̅̅ ∩ 𝐵𝐶
𝐴𝐵 ̅̅̅̅ = {𝐵}

𝑀𝑁 e 𝑁𝑃 não são adjacentes, pois possuem mais de uma extremidade em comum:


̅̅̅̅̅ ∩ 𝑁𝑃
𝑀𝑁 ̅̅̅̅ = 𝑁𝑃
̅̅̅̅

3.5. PONTO MÉDIO DE UM SEGMENTO


̅̅̅̅ quando 𝐴𝑀
Um ponto 𝑀 é chamado de ponto médio de um segmento 𝐴𝐵 ̅̅̅̅̅ ≡ 𝑀𝐵
̅̅̅̅̅ e 𝑀 está
entre 𝐴 e 𝐵.

̅̅̅̅ é único.
Atenção, o ponto médio do segmento 𝐴𝐵

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Exercício de Fixação
1) 𝑃, 𝑄 e 𝑅 são pontos colineares, determine 𝑃𝑅, sendo 𝑃𝑄 = 20 𝑐𝑚 e 𝑄𝑅 = 12 𝑐𝑚.
Comentários:
Temos duas possibilidades:
1)

𝑃𝑅 = 20 + 12 = 32
2)

𝑃𝑅 = 20 − 12 = 8
Gabarito: 𝑷𝑹 = 𝟑𝟐 𝒐𝒖 𝟖

4. ÂNGULOS
4.1. REGIÃO CONVEXA E REGIÃO CÔNCAVA
Um conjunto de pontos é convexo se, e somente se, para todo par de pontos 𝐴 e 𝐵 do
conjunto, o segmento ̅̅̅̅
𝐴𝐵 está inteiramente contida no conjunto. Caso contrário, esse conjunto de
pontos é côncavo.
Exemplos:

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Perceba que para os conjuntos 𝑅1 e 𝑅2 , todos os pontos 𝐴 e 𝐵 dentro desses conjuntos estão
inteiramente contidos no conjunto. Isso não ocorre para os conjuntos 𝑅3 e 𝑅4 . Logo, os conjuntos
𝑅1 e 𝑅2 são convexos e os conjuntos 𝑅3 e 𝑅4 são côncavos.
Usando símbolos matemáticos:
𝑹 é 𝒄𝒐𝒏𝒗𝒆𝒙𝒂 ⇔ (∀𝑨, 𝑩 ∈ 𝑹 𝒆 𝑨 ≠ 𝑩 → ̅̅̅̅
𝑨𝑩 ⊂ 𝑹)
̅̅̅̅ ⊄ 𝑹)
𝑹 é 𝒄ô𝒏𝒄𝒂𝒗𝒂 ⇔ (∃𝑨, 𝑩 ∈ 𝑹 𝒆 𝑨 ≠ 𝑩 → 𝑨𝑩

4.2. DEFINIÇÃO DE ÂNGULO


Chamamos de ângulo a figura formada por duas semirretas não colineares de mesma origem.

O ponto 𝑂 é o vértice do ângulo e as semirretas 𝑂𝐴 e 𝑂𝐵 são os lados do ângulo.


Perceba que, caso as semirretas não sejam opostas, o ângulo determina duas regiões
angulares, um convexo e um côncavo. A região interna do ângulo 𝑅1 é convexa e a região externa
𝑅2 é côncava. 𝛼 é a notação usada para representar o ângulo da região convexa e 𝛽 é o ângulo da
região côncava. Também podemos usar a notação 𝛼 = 𝐴Ô𝐵 = Ô.

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4.3. ÂNGULO ADJACENTE


Dois ângulos são adjacentes se, e somente se, não tem pontos internos comuns.
Exemplos:

𝐴Ô𝐵 e 𝐵Ô𝐶 são adjacentes

𝐴Ô𝐵 e 𝐴Ô𝐶 não são adjacentes, pois 𝐴Ô𝐵 possui pontos internos comuns com 𝐴Ô𝐶

4.4. ÂNGULOS CONSECUTIVOS


Dois ângulos são consecutivos se, e somente se, um lado de um deles coincide com o lado do
outro.
Exemplos:

𝐴Ô𝐵 e 𝐵Ô𝐶 são consecutivos, pois possuem o lado 𝑂𝐵 em comum

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𝐴Ô𝐷 e 𝐵Ô𝐶 não são consecutivos, pois não possuem lado em comum

𝐴Ô𝐶 e 𝐴Ô𝐵 são consecutivos, pois possuem o lado 𝑂𝐴 em comum.

4.5. ÂNGULOS OPOSTOS PELO VÉRTICE


Dois ângulos são opostos pelo vértice quando os lados de um deles são as semirretas opostas
dos lados do outro. Consequentemente, esses ângulos são iguais.
Exemplos:

𝐴Ô𝐵 e 𝐶Ô𝐷 são opostos pelo vértice


Como 𝑂𝐷 é o oposto de 𝑂𝐵 e 𝑂𝐶 é o oposto de 𝑂𝐴, temos 𝐴Ô𝐵 + 𝐴Ô𝐷 = 180° e 𝐶Ô𝐷 +
𝐴Ô𝐷 = 180°, logo 𝐴Ô𝐵 = 𝐶Ô𝐷.

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𝐴Ô𝐵 e 𝐶Ô𝐷 não são opostos pelo vértice, pois o lado 𝑂𝐷 não é a semirreta oposta de 𝑂𝐵

4.6. ÂNGULO RETO, AGUDO, OBTUSO E RASO

Ângulo agudo é todo ângulo menor do que 90°.


Ângulo obtuso é todo ângulo maior do que 90°.
Ângulo reto é todo ângulo igual a 90°.
Ângulo raso é todo ângulo igual a 180°.

Tipo de Ângulo Condição

Agudo < 90°

Obtuso > 90°

Reto = 90°

Raso = 180°

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4.7. ÂNGULO COMPLEMENTAR, SUPLEMENTAR, REPLEMENTAR E EXPLEMENTAR


Aqui, não trataremos de um ângulo em si, mas de uma relação entre dois ângulos, que
chamaremos 𝛼 e 𝛽.

Classificação para 𝜶 e 𝜷 Condição

Complementares 𝛼 + 𝛽 = 90°

Suplementares 𝛼 + 𝛽 = 180°

Replementares 𝛼 + 𝛽 = 360°

Explementares 𝛼 − 𝛽 = 180°

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5. MEDIDAS ANGULARES
Atualmente, temos três unidades de medidas mais famosas: grau, grado e radiano. Vamos
estudar cada uma delas:

5.1. GRAU
Um grau (1°) é a unidade de medida determinada pela divisão de uma circunferência em 360
partes iguais. Assim, se dividimos uma circunferência no meio, cada arco que obtemos terá a medida
de 180°.

O grau pode ser subdividido em duas outras:


Definimos um minuto por 1′ e ele equivale a 1/60 do ângulo de um grau.
Um segundo é representado por 1′′ e equivale a 1/60 do ângulo de um minuto.
Dessa forma, temos as seguintes relações:
1° 1′
1′ = 𝑒 1′′ =
60 60
1° = 60′ (60 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠)

1′ = 60′′ (60 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠)


As medidas acima são conhecidas como sistema sexagesimal.

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5.2. GRADO
Um grado (1 𝑔𝑟) é a unidade de medida determinada pela divisão da circunferência em 400
partes iguais. Dessa forma, se dividimos a circunferência no meio, cada arco terá a medida de
200 𝑔𝑟.

5.3. RADIANO
Um radiano (1 𝑟𝑎𝑑) é a unidade de medida igual ao comprimento do raio da circunferência.
O comprimento total de uma circunferência é dado por:
𝐶 = 2𝜋𝑟
Onde 𝑟 é o raio da circunferência e 𝐶 é o seu comprimento total.
𝜋, lê-se “pi”, e seu valor numérico é aproximadamente:
𝜋 ≅ 3,14
Então, usando a fórmula:
̂
𝒄𝒐𝒎𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒅𝒆 𝑨𝑩
̂ =
𝑨𝑩
𝒄𝒐𝒎𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒅𝒂 𝒖𝒏𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆
̂ como o arco de uma volta completa na circunferência, temos:
E tomando 𝐴𝐵
2𝜋𝑟
̂ =
𝐴𝐵
= 2𝜋
𝑟
Assim, o arco de uma volta completa corresponde a 2𝜋 𝑟𝑎𝑑.

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Veja o exemplo:
Exercício de fixação
̂ mede 10 cm e o raio da circunferência mede 5 cm. Calcule
2) Um arco de circunferência 𝐴𝐵
a medida do arco em radianos:
Comentários:
Temos a seguinte figura:

Vamos usar a fórmula da medida do arco:


̂
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐴𝐵
̂ =
𝐴𝐵
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑟𝑎𝑖𝑜
10 𝑐𝑚
𝐴𝑂̂𝐵 = = 2 𝑟𝑎𝑑
5 𝑐𝑚
Gabarito: 𝟐 𝒓𝒂𝒅.

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Vimos os três principais tipos de medidas usadas para os ângulos. Podemos estabelecer a
seguinte equivalência entre elas:
2𝜋 𝑟𝑎𝑑 = 360° = 400 𝑔𝑟
A tabela abaixo esquematiza essas relações:

Grau Grado Radiano

360° 400𝑔𝑟 2𝜋 𝑟𝑎𝑑

180° 200𝑔𝑟 𝜋 𝑟𝑎𝑑

5.4. CONVERSÃO DE UNIDADES DE MEDIDA


Para converter ângulos em sistemas de medidas diferentes, podemos aplicar a regra de três.
Sendo 𝐺 a medida em graus e 𝑔 a medida em grados, a conversão de graus em radianos é dada por:
360° − 400 𝑔𝑟
𝐺−𝑔
Aplicando a regra de três, temos:
360𝑔 = 400𝐺
10
𝐺 𝑔=
9
Para converter graus em radianos, podemos usar a mesma ideia. Sendo 𝑟 a medida em
radianos:
360° − 2𝜋 𝑟𝑎𝑑
𝐺−𝑟
360𝑟 = 2𝜋𝐺
𝜋
𝑟= 𝐺
180
Vejamos um exemplo:
Vamos fazer a conversão de 240° em grado e em radianos:
Chamando de 𝑥 e 𝑦 os valores que queremos calcular, temos:
360° − 2𝜋 𝑟𝑎𝑑
240° − 𝑥
Aplicando a regra de três:
360𝑥 = 240 ∙ 2𝜋
4
𝑥= 𝜋 𝑟𝑎𝑑
3

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Analogamente para grados:


360° − 400𝑔𝑟
240° − 𝑦
360𝑦 = 240 ∙ 400
800
𝑦= 𝑔𝑟
3

5.5. BISSETRIZ
Uma semirreta 𝑂𝐶 interna ao ângulo 𝐴Ô𝐵 é bissetriz de 𝐴Ô𝐵 se, e somente se, 𝐴Ô𝐶 ≡ 𝐵Ô𝐶.
Na prática, a bissetriz é a semirreta localizada internamente na metade do ângulo.
Exemplo:

Exercício de fixação
3) Determine o complemento, suplemento e replemento do ângulo de 37°32′15′′.
Comentários:
Esse ângulo está no sistema sexagesimal.
Seja 𝛼, 𝛽 e 𝛾 o complemento, suplemento e replemento do ângulo dado, respectivamente.
Dessa forma, temos:
𝛼 = 90° − 37°32′15′′
Escrevendo 90° no sistema sexagesimal:
𝛼 = 89°59′ 60′′ − 37°32′ 15′′
𝛼 = 52°27′ 45′′
Calculando o suplemento:
𝛽 = 180° − 37°32′15′′
𝛽 = 179°59′ 60′′ − 37°32′15′′
𝛽 = 142°27′ 45′′
Calculando o replemento:

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𝛾 = 360° − 37°32′15′′
𝛾 = 359°59′ 60′′ − 37°32′15′′
𝛾 = 322°27′ 45′′
Gabarito:
𝑪𝒐𝒎𝒑𝒍𝒆𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 = 𝟓𝟐°𝟐𝟕′ 𝟒𝟓′′
𝒔𝒖𝒑𝒍𝒆𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 = 𝟏𝟒𝟐°𝟐𝟕′ 𝟒𝟓′′
𝒓𝒆𝒑𝒍𝒆𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 = 𝟑𝟐𝟐°𝟐𝟕′ 𝟒𝟓′′

4) Determine a medida sexagesimal do suplemento do complemento do ângulo de 28,75 𝑔𝑟.


Comentários:
Inicialmente, vamos converter o ângulo de grado para graus:
28,75 𝑔𝑟 − 𝑥
200 𝑔𝑟 − 180°
180
𝑥= ∙ 28,75°
200
𝑥 = 25,875°
Escrevendo 𝑥 no sistema sexagesimal:
1° − 60′
0,875° − 𝑦
𝑦 = 60 ∙ 0,875′ = 52,5′
1′ − 60′′
0,5′ − 𝑧
𝑧 = 60 ∙ 0,5′′ = 30′′
⇒ 𝑥 = 25°52′30′′
Seja 𝛼, o complemento de 𝑥, então:
𝛼 = 90° − 25°52′ 30′′
𝛼 = 89°59′ 60′′ − 25°52′ 30′′
𝛼 = 64°7′ 30′′
Seja 𝛽, o suplemento de 𝛼:
𝛽 = 180° − 64°7′ 30′′
𝛽 = 179°59′ 60′′ − 64°7′ 30′′
𝛽 = 115°52′ 30′′
Gabarito: 𝟏𝟏𝟓°𝟓𝟐′ 𝟑𝟎′′

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 22


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5) Determine o menor ângulo formado pelos ponteiros de um relógio às 5ℎ 10𝑚𝑖𝑛.


Comentários:
Temos a seguinte situação:

O ponteiro das horas percorre 30° quando completa 1 hora e o ponteiro dos minutos
percorre 360° quando o ponteiro das horas completa 1 hora. Então, quando o ponteiro das horas
360
percorre 1°, o ponteiro dos minutos percorrerá ( ) ° = 12°.
30

𝜃 é o ângulo que o ponteiro das horas percorre quando o ponteiro dos minutos percorre 60°.
Usando uma regra de três, temos:
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 − 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠
1° − 12°
𝜃 − 60°
60
𝜃=(
) ° = 5°
12
O menor ângulo formado pelos ponteiros do relógio é dado por:
𝜃 + 90° = 95°
Gabarito: 𝟗𝟓°

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 23


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6) Determine o menor ângulo formado pelos ponteiros de um relógio às 4h 42min.


Comentários:
Temos a seguinte situação:

𝛼 é o ângulo do ponteiro dos minutos. Usando a regra de três para calcular 𝛼:


𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 − 𝑔𝑟𝑎𝑢𝑠
60 − 360°
42 − 𝛼
42
𝛼 = 360 ∙
60
𝛼 = 252°
Para calcular 𝜃, podemos usar novamente a regra de três:
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 − 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠
30° − 360°
𝜃 − 252°
30
𝜃= ∙ 252
360
𝜃 = 21°
O menor ângulo formado pelos ponteiros do relógio às 4ℎ42𝑚𝑖𝑛 é dado por:
𝛼 − 𝜃 − 120° = 252° − 21° − 120° = 111°
Gabarito: 𝟏𝟏𝟏°

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 24


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7) 𝑂𝑋 e 𝑂𝑌 são as bissetrizes de dois ângulos adjacentes, 𝐴Ô𝐵 e 𝐵Ô𝐶 ambos agudos, e tais
que 𝐴Ô𝐵 − 𝐵Ô𝐶 = 36°. 𝑂𝑍 é a bissetriz do ângulo 𝑋Ô𝑌, calcular o ângulo 𝐵Ô𝑍.
Comentários:
Supondo que 𝑂𝑋 seja bissetriz de 𝐴Ô𝐵 e 𝑂𝑌, bissetriz de 𝐵Ô𝐶, temos:
(Poderia ser o contrário, com 𝑂𝑋 , bissetriz de 𝐵Ô𝐶 e 𝑂𝑌, bissetriz de 𝐴Ô𝐵. O resultado seria
o mesmo.)

Sejam 𝛼 e 𝛽 os ângulos de 𝐴Ô𝑋 e 𝐵Ô𝑌, respectivamente. Assim, temos:


𝐴Ô𝑋 = 𝐵Ô𝑋 = 𝛼
𝐵Ô𝑌 = 𝐶Ô𝑌 = 𝛽
De acordo com o enunciado:
𝐴Ô𝐵 − 𝐵Ô𝐶 = 36° ⇒ 2𝛼 − 2𝛽 = 36° ⇒ 𝛼 − 𝛽 = 18°
Queremos calcular 𝐵Ô𝑍. Como 𝑂𝑍 é bissetriz de 𝑋Ô𝑌:
𝑋Ô𝑍 = 𝛼 − 𝑥 (𝐼)
𝑋Ô𝑍 = 𝑌Ô𝑍 = 𝛽 + 𝑥 (𝐼𝐼)
Fazendo (𝐼) − (𝐼𝐼):
0=𝛼−𝑥−𝛽−𝑥
𝛼−𝛽
𝑥=
2

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 25


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18°
𝑥=
2
∴ 𝑥 = 9°
Gabarito: 𝑩Ô𝒁 = 𝟗°

8) As bissetrizes de dois ângulos consecutivos formam um ângulo de 38°. Um dos ângulos


mede 41°. Calcular o outro ângulo.
Comentários:
Como são ângulos consecutivos, temos duas possibilidades:
1) Um dos ângulos é interno ao outro:

Nesse caso, temos:


𝑋Ô𝑌 = 𝑋Ô𝐶 + 𝑌Ô𝐶
38° = 𝛼 − 2𝑥 + 𝑥
𝛼 − 𝑥 = 38°
Se 𝐴Ô𝐵 for o ângulo dado:
2𝛼 = 41° ⇒ 𝛼 = 20,5°
𝛼 − 𝑥 = 38° ⇒ 𝑥 = 𝛼 − 38° ⇒ 𝑥 = −17,5°
Como 𝑥 é negativo, essa situação não é possível.
Se 𝐵Ô𝐶 for o ângulo dado:
2𝑥 = 41° ⇒ 𝑥 = 20,5°
𝛼 − 𝑥 = 38° ⇒ 𝛼 = 𝑥 + 38° ⇒ 𝛼 = 58,5°

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 26


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Dessa forma, o outro ângulo é dado por:


𝐴Ô𝐵 = 2𝛼 = 117°
2) Os ângulos são adjacentes:

Supondo que um dos ângulos seja 𝐴Ô𝐵, temos:


2𝛼 = 41° ⇒ 𝛼 = 20,5°
𝛼 + 𝛽 = 38° ⇒ 𝛽 = 17,5°
Assim, o outro ângulo é dado por:
2𝛽 = 35°
Gabarito: 𝟑𝟓° 𝒐𝒖 𝟏𝟏𝟕°

9) Quatro semirretas 𝑂𝐴, 𝑂𝐵, 𝑂𝐶 e 𝑂𝐷 forma os ângulos adjacentes 𝐴Ô𝐵, 𝐵Ô𝐶, 𝐶Ô𝐷 e 𝐷Ô𝐴,
respectivamente proporcionais aos números 1, 2, 4 e 5. Determine o ângulo formado pelas
bissetrizes de 𝐴Ô𝐵 e 𝐶Ô𝐷.
Comentários:
Temos a seguinte figura:

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 27


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Queremos calcular o ângulo 𝑋Ô𝑌. Definindo 𝐴Ô𝐵 = 𝛼, temos:


𝐴Ô𝐵 = 𝛼
𝐵Ô𝐶 = 2𝛼
𝐶Ô𝐷 = 4𝛼
𝐷Ô𝐴 = 5𝛼
A soma desses ângulos resulta no ângulo de 360°. Então:
𝛼 + 2𝛼 + 4𝛼 + 5𝛼 = 360°
12𝛼 = 360°
𝛼 = 30°
𝑋Ô𝑌 é dado por:
𝑋Ô𝑌 = 𝑋Ô𝐵 + 𝐵Ô𝐶 + 𝐶Ô𝑌
𝛼 4𝛼
𝑋Ô𝑌 = + 2𝛼 +
2 2
9𝛼
𝑋Ô𝑌 =
2
9
𝑋Ô𝑌 = ∙ 30° = 135°
2
Gabarito: 𝟏𝟑𝟓°

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6. TRIÂNGULOS
Dados três pontos 𝐴, 𝐵 e 𝐶 não colineares, os segmentos ̅̅̅̅
𝐴𝐵 , ̅̅̅̅
𝐵𝐶 e ̅̅̅̅
𝐴𝐶 definem o triângulo
𝐴𝐵𝐶.
Dizemos que 𝐴, 𝐵 e 𝐶 são os vértices do triângulo e os segmentos formados por esses pontos
são os lados do triângulo.

𝑎, 𝑏 e 𝑐 são os lados opostos dos ângulos 𝐴̂, 𝐵̂ e 𝐶̂ , respectivamente.

6.1. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIÂNGULOS QUANTO AOS LADOS


Um triângulo é classificado em:
Equilátero se, e somente se, todos os seus lados são congruentes.
Isósceles se, e somente se, possui dois lados congruentes.
Escaleno se, e somente se, nenhum lado é congruente.

6.2. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIÂNGULOS QUANTO AOS ÂNGULOS


Um triângulo é classificado em:
Retângulo se, e somente se, possui um ângulo reto.
Acutângulo se, e somente se, todos os ângulos internos são agudos.
Obtusângulo se, e somente se, possui um ângulo obtuso.

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 29


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7. CEVIANAS
Definimos como ceviana qualquer reta que passa pelo vértice do triângulo. Vamos estudar as
principais:

7.1. ALTURA
Usualmente, usamos a letra ℎ para denotar a altura de um triângulo. Ela é um segmento que
passa pelo vértice do triângulo e forma um ângulo reto com o lado oposto desse vértice.

̅̅̅̅ é a altura do vértice 𝐴.


𝐴𝐻

7.2. MEDIANA
A mediana de um triângulo é o segmento que passa pelo vértice e pelo ponto médio do lado
oposto ao vértice.
Na figura abaixo, ̅̅̅̅̅
𝐴𝑀 é a mediana do vértice 𝐴.

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 30


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7.3. BISSETRIZES INTERNA E EXTERNA


A bissetriz interna de um triângulo é o segmento que divide o ângulo interno em dois ângulos
congruentes. A bissetriz externa é o segmento que divide o ângulo externo em dois ângulos
congruentes.

̅̅̅̅̅𝑖 é a bissetriz interna do Δ𝐴𝐵𝐶 e ̅̅̅̅̅


𝐴𝐵 𝐴𝐵𝑒 é sua bissetriz externa.

7.4. CONDIÇÃO DE EXISTÊNCIA DO TRIÂNGULO


Na geometria plana, temos o postulado da distância mínima que afirma:
“A menor distância entre dois pontos é uma reta”.
Por esse postulado, podemos estudar a condição de existência do triângulo.
Assim, para um triângulo 𝐴𝐵𝐶, temos:

𝑎 <𝑏+𝑐
𝑏 <𝑎+𝑐 ⇒𝑏−𝑐 <𝑎
𝑐 <𝑎+𝑏 ⇒𝑐−𝑏 <𝑎
|𝒃 − 𝒄| < 𝒂 < 𝒃 + 𝒄
Essa desigualdade é conhecida como desigualdade triangular e, traduzindo, diz que um lado
não pode ser maior que a soma dos outros dois.

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8. CONGRUÊNCIA DE TRIÂNGULOS
Podemos afirmar que dois ou mais triângulos são congruentes se, e somente se, todos os
lados e ângulos internos deles forem congruentes na mesma ordem.
Um postulado que consegue garantir a congruência de triângulos é o LAL, esse postulado gera
outros teoremas que também provam a congruência de triângulos. Não veremos a demonstração
dos teoremas, pois o que nos interessa é saber como aplicá-los.

8.1. POSTULADO 𝑳𝑨𝑳 (LADO-ÂNGULO-LADO)


Esse postulado diz que se dois triângulos tiverem dois lados e o ângulo entre esses lados
congruentes, podemos afirmar que esses triângulos são congruentes.

 ≡ Â′
̅̅̅̅ ≡ ̅̅̅̅̅̅
{𝐴𝐵 𝐴′𝐵′ ⇒ Δ𝐴𝐵𝐶 ≡ Δ𝐴′𝐵′𝐶′
̅̅̅̅ ≡ ̅̅̅̅̅
𝐴𝐶 𝐴′𝐶′

8.2. TEOREMA 𝑨𝑳𝑨 (ÂNGULO-LADO-ÂNGULO)


Se o lado e os ângulos adjacentes de dois triângulos forem congruentes ordenadamente,
podemos afirmar que os triângulos são congruentes.

𝐴𝐶 ≡ ̅̅̅̅̅
̅̅̅̅ 𝐴′𝐶′
{̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅
𝐴𝐵 ≡ 𝐴′𝐵′ ⇒ Δ𝐴𝐵𝐶 ≡ Δ𝐴′𝐵′𝐶′
̅̅̅̅ ≡ ̅̅̅̅̅̅
𝐵𝐶 𝐵′𝐶′

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 32


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8.3. TEOREMA 𝑳𝑳𝑳 (LADO-LADO-LADO)


Se os três lados de dois triângulos são ordenadamente congruentes, esses triângulos são
congruentes.

 ≡ Â′
𝐴𝐵 ≡ ̅̅̅̅̅̅
{̅̅̅̅ 𝐴′𝐵′ ⇒ Δ𝐴𝐵𝐶 ≡ Δ𝐴′𝐵′𝐶′
̂
𝐵̂ ≡ 𝐵′

8.4. TEOREMA 𝑳𝑨𝑨𝟎 (LADO-ÂNGULO ADJACENTE-ÂNGULO OPOSTO)


Se dois triângulos tiverem o lado, ângulo adjacente e ângulo oposto desse lado congruentes,
então esses triângulos são congruentes.

 ≡ Â′
̂ ⇒ Δ𝐴𝐵𝐶 ≡ Δ𝐴′𝐵′𝐶′
{ 𝐵̂ ≡ 𝐵′
𝐵𝐶 ≡ ̅̅̅̅̅̅
̅̅̅̅ 𝐵′𝐶′

9. CONSEQUÊNCIAS DAS CONGRUÊNCIAS


9.1. TRIÂNGULO ISÓSCELES
Sabemos que um triângulo 𝐴𝐵𝐶 é isósceles se, e somente se, possui dois lados iguais.
Seja Δ𝐴𝐵𝐶 isósceles com 𝐴𝐵 = 𝐴𝐶. Traçando-se a bissetriz no vértice 𝐴, temos:

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 33


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Como 𝐴𝐷 é a bissetriz do vértice 𝐴, temos 𝐵Â𝐷 = 𝐶Â𝐷.


Usando o postulado 𝐿𝐴𝐿, sabemos que Δ𝐴𝐵𝐷 ≡ Δ𝐴𝐶𝐷. Então, os elementos
correspondentes são congruentes:
Δ𝐴𝐵𝐷 ≡ Δ𝐴𝐶𝐷
̅̅̅̅ é mediana
𝐴𝐵 = 𝐴𝐶 ⇒ 𝐵𝐷 = 𝐶𝐷 ⇒ 𝐴𝐷
⇒ 𝐵̂ ≡ 𝐶̂
𝐴𝐷̂ 𝐵 = 𝐴𝐷
̂ 𝐶 = 𝜃 ⇒ 𝜃 + 𝜃 = 180° ⇒ 𝜃 = 90° ⇒ 𝐴𝐷 ̅̅̅̅ é altura
Como ̅̅̅̅
𝐴𝐷 é mediana e altura ao mesmo tempo, temos por definição que ̅̅̅̅
𝐴𝐷 é mediatriz do
̅̅̅̅
triângulo 𝐴𝐵𝐶. Perceba que todos os pontos da mediatriz do segmento 𝐵𝐶 são equidistantes das
extremidades 𝐵 e 𝐶. Então, se não soubéssemos que o triângulo 𝐴𝐵𝐶 era isósceles, pelo fato do
segmento 𝐴𝐷 ser mediatriz, poderíamos afirmar que ele é isósceles. Isso pode ser provado pelo
postulado 𝐿𝐴𝐿:
𝐵𝐷 ≡ 𝐷𝐶
̂ 𝐴 ≡ 𝐶𝐷
{𝐵𝐷 ̂ 𝐴 ⇒ Δ𝐵𝐷𝐴 ≡ Δ𝐶𝐷𝐴 ⇒ 𝐴𝐵 = 𝐴𝐶
𝐷𝐴 ≡ 𝐷𝐴

9.2. TEOREMA DO ÂNGULO EXTERNO


O Teorema do Ângulo Externo diz que:
Um ângulo externo de um triângulo é maior do que qualquer um dos ângulos internos não
adjacente.

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 34


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𝛾′ > 𝛼
𝛾′ > 𝛽
Demonstração:
Seja 𝑀 o ponto médio do lado 𝐴𝐶 e 𝐷 o ponto tal que 𝐵𝑀 = 𝑀𝐷 e 𝐵, 𝑀 e 𝐷 são colineares.

Temos:
𝐴𝑀 = 𝑀𝐶
𝐵𝑀 = 𝑀𝐷
Como 𝐴𝑀̂ 𝐵 e 𝐶𝑀
̂ 𝐷 são ângulos opostos pelo vértice temos que 𝐴𝑀
̂ 𝐵 = 𝐶𝑀
̂ 𝐷. Então,
usando o postulado 𝐿𝐴𝐿, podemos afirmar que Δ𝐵𝐴𝑀 ≡ Δ𝐷𝐶𝑀 e consequentemente 𝐵𝐴̂𝑀 =
𝐷𝐶̂ 𝑀.

𝛼 é ângulo interno a 𝛾′, logo 𝛾 ′ > 𝛼.


Analogamente, tomando-se o ponto médio de 𝐵𝐶, podemos provar que 𝛾 ′ > 𝛽.

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9.3. DESIGUALDADES NO TRIÂNGULO


Dado o triângulo 𝐴𝐵𝐶 abaixo, temos:

𝒂>𝒃>𝒄⇔𝜶>𝜷>𝜸
Podemos afirmar que o maior ângulo possui o maior lado oposto.

9.4. RETAS PARALELAS


Sejam as retas 𝑟, 𝑠, 𝑡 dadas tal que 𝑟//𝑠 e 𝑡 cruza as outras duas. Os ângulos formados pelo
cruzamento de 𝑡 com 𝑟 e 𝑠 possuem uma relação entre eles, veja:

Os ângulos 𝛼1 , 𝛼2 , 𝛼3 , 𝛼4 são congruentes e os ângulos 𝛽1 , 𝛽2 , 𝛽3 , 𝛽4 são congruentes.


𝛼1 ≡ 𝛼2 ≡ 𝛼3 ≡ 𝛼4
𝛽1 ≡ 𝛽2 ≡ 𝛽3 ≡ 𝛽4
Esses ângulos recebem as seguintes denominações:

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 36


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Classificações Par de ângulos

𝛼2 𝑒 𝛼3
Alternos internos
𝛽2 𝑒 𝛽3

𝛼1 𝑒 𝛼4
Alternos externos
𝛽1 𝑒 𝛽4

𝛼2 𝑒 𝛽3
Colaterais internos
𝛽2 𝑒 𝛼3

𝛼1 𝑒 𝛽4
Colaterais externos
𝛼4 𝑒 𝛽1

Demonstração:

Queremos provar:
𝛼 ≡ 𝛽 ⇔ 𝑟//𝑠
Vamos provar a ida:
𝛼 ≡ 𝛽 ⇒ 𝑟//𝑠
Suponha que 𝑟 não seja paralela a 𝑠, então pelo Postulado 𝑉 de Euclides temos que 𝑟 e 𝑠 se
interceptam em um ponto 𝑃. Temos dois casos possíveis:

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 37


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1)

O ângulo 𝛼 é externo ao triângulo 𝐴𝐵𝑃. Pelo teorema do ângulo externo, temos 𝛼 > 𝛽.
2)

O ângulo 𝛽 é externo ao triângulo 𝐴𝐵𝑃. Pelo teorema do ângulo externo, temos 𝛽 > 𝛼.
Absurdo! Pois, por hipótese temos 𝛼 ≡ 𝛽. Logo, 𝛼 ≡ 𝛽 ⇒ 𝑟//𝑠.
Agora, vamos provar a volta:
𝑟//𝑠 ⇒ 𝛼 ≡ 𝛽
Suponha que exista uma reta 𝑟′ tal que 𝛼 ≡ 𝛼′.

Como 𝛼 ≡ 𝛼′, temos 𝑟′//𝑠. Então, as retas 𝑟 e 𝑟′ são paralelas à reta 𝑠. Pelo quinto postulado
de Euclides, temos 𝑟 ≡ 𝑟′, logo 𝛼 ′ ≡ 𝛽. Portanto, 𝛼 ≡ 𝛽.

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 38


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9.5. TEOREMA ANGULAR DE TALES


I) A soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a 180°.

𝜶 + 𝜷 + 𝜸 = 𝟏𝟖𝟎°
II) O ângulo externo de um triângulo é igual à soma dos dois ângulos internos não adjacentes
a ele.

𝜽=𝜶+𝜷
Demonstração:
I) A soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a 180°.
Traçando-se as retas 𝑟 e 𝑠 tal que ̅̅̅̅
𝐵𝐶 ⊂ 𝑠, 𝐴 ⊂ 𝑟 e 𝑟//𝑠.

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 39


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𝛼, 𝛽′ e 𝛾′ são elementos de um ângulo raso, então 𝛼 + 𝛽′ + 𝛾 ′ = 180°.


Como 𝑟//𝑠, temos 𝛽 ≡ 𝛽′ e 𝛾 ≡ 𝛾′. Portanto:
𝛼 + 𝛽 + 𝛾 = 180°
II) O ângulo externo de um triângulo é igual à soma dos dois ângulos internos não adjacentes
a ele.

Podemos ver que 𝛾 + 𝜃 = 180° ⇒ 𝛾 = 180° − 𝜃.


Pelo Teorema I, sabemos que 𝛼 + 𝛽 + 𝛾 = 180°.
Substituindo o valor de 𝛾 na equação acima, temos:
𝛼 + 𝛽 + (180° − 𝜃) = 180°
∴𝜃 =𝛼+𝛽

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 40


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9.6. RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO

Relações métricas no triângulo retângulo

(𝐼) 𝑏2 = 𝑎𝑛

(𝐼𝐼) 𝑐 2 = 𝑎𝑚

(𝐼𝐼𝐼) ℎ2 = 𝑚𝑛

(𝐼𝑉) 𝑏𝑐 = 𝑎ℎ

(𝑉) 𝑏ℎ = 𝑐𝑛

(𝑉𝐼) 𝑐ℎ = 𝑏𝑚

(𝑉𝐼𝐼) Pitágoras 𝑎2 = 𝑏2 + 𝑐 2

1 1 1
(𝑉𝐼𝐼𝐼) 2
= 2+ 2
ℎ 𝑏 𝑐

Demonstração:

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Podemos ver que os triângulos 𝐴𝐵𝐶, 𝐷𝐵𝐴, 𝐷𝐴𝐶 são semelhantes. Assim, temos:
𝑎 𝑐
= ⇒ 𝑏𝑐 = 𝑎ℎ
𝑏 ℎ
𝑎 𝑐
Δ𝐴𝐵𝐶~Δ𝐷𝐵𝐴 ⇒ = ⇒ 𝑐 2 = 𝑎𝑚
𝑐 𝑚
𝑏 ℎ
{ 𝑐 = 𝑚 ⇒ 𝑐ℎ = 𝑏𝑚
𝑎 𝑏
= ⇒ 𝑏2 = 𝑎𝑛
𝑏 𝑛
𝑎 𝑏
Δ𝐴𝐵𝐶~Δ𝐷𝐴𝐶 ⇒ = ⇒ 𝑏𝑐 = 𝑎ℎ
𝑐 ℎ
𝑏 𝑛
{ 𝑐 = ℎ ⇒ 𝑏ℎ = 𝑐𝑛
𝑐 𝑏
= ⇒ 𝑏ℎ = 𝑐𝑛
ℎ 𝑛
𝑐 𝑏
Δ𝐷𝐵𝐴~Δ𝐷𝐴𝐶 ⇒ = ⇒ 𝑐ℎ = 𝑏𝑚
𝑚 ℎ
𝑚 ℎ 2
{ ℎ = 𝑛 ⇒ ℎ = 𝑚𝑛
*Nos próximos tópicos, veremos com mais detalhes os critérios de semelhança. Saiba que,
quando os ângulos internos de dois triângulos são congruentes, podemos afirmar que ambos são
semelhantes.
1 1 1
Já estudamos o Teorema de Pitágoras, podemos usá-lo para provar = + 2:
ℎ2 𝑏2 𝑐

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1 1 𝑐 2 + 𝑏2
+ = 2 2
𝑏2 𝑐 2 𝑏 𝑐
Usando o Teorema de Pitágoras, temos:
1 1 𝑎2
+ =
𝑏2 𝑐 2 𝑏2 𝑐 2
Pela relação (𝐼𝑉):
𝑏𝑐 = 𝑎ℎ
𝑏 2 𝑐 2 = 𝑎 2 ℎ2
Substituindo na equação:
1 1 𝑎2
+ =
𝑏 2 𝑐 2 𝑎 2 ℎ2
Portanto:
1 1 1
+ =
𝑏 2 𝑐 2 ℎ2

Exercício de Fixação
10) Os lados de um triângulo formam uma PG de razão 𝑞. Para que este triângulo exista,
determine as condições de 𝑞.
Comentários:
Sejam 𝑎, 𝑎𝑞, 𝑎𝑞2 , os lados de um triângulo. Então, verificando a condição de existência do
triângulo pela desigualdade triangular:
|𝑎𝑞 − 𝑎𝑞2 | < 𝑎 < 𝑎𝑞 + 𝑎𝑞2
Como 𝑎 é um lado de um triângulo, temos 𝑎 > 0. Dessa forma:
|𝑞 − 𝑞2 | < 1 < 𝑞 + 𝑞2
𝑞2 + 𝑞 − 1 > 0 𝑞2 + 𝑞 − 1 > 0 (𝐼)
{ ⇒ {
|𝑞 − 𝑞2 | < 1 −1 < 𝑞 − 𝑞2 < 1 (𝐼𝐼)
Resolvendo (𝐼):
𝑞2 + 𝑞 − 1 > 0
Encontrando as raízes:
−1 ± √5
𝑞=
2
Estudo do sinal:

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 43


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−1 − √5 −1 + √5
𝑞< 𝑜𝑢 𝑞 >
2 2
Como 𝑎𝑞 é um lado do triângulo e 𝑎 > 0, temos 𝑞 > 0. Então:
−1 + √5
𝑞>
2
Resolvendo (𝐼𝐼):
−1 < 𝑞 − 𝑞2 < 1
𝑞2 − 𝑞 − 1 < 0 (𝐼𝐼𝐼)
{ 2
𝑞 − 𝑞 + 1 > 0 (𝐼𝑉)
Para a inequação (𝐼𝐼𝐼), temos:
𝑞2 − 𝑞 − 1 < 0
Raízes:
1 ± √5
𝑞=
2
Estudo do sinal:

1 − √5 1 + √5
<𝑞<
2 2
Mas 𝑞 > 0, logo:
1 + √5
0<𝑞<
2
Para (𝐼𝑉 ):
𝑞2 − 𝑞 + 1 > 0
Essa inequação não possui raízes reais, pois Δ < 0:
Δ = −3 < 0
Como essa função possui concavidade para cima, temos que ∀𝑞 ∈ ℝ → 𝑞2 − 𝑞 + 1 > 0.

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 44


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Então, as condições de 𝑞 são dadas pela intersecção dos resultados encontrados:


−1 + √5 1 + √5
<𝑞<
2 2
−𝟏+√𝟓 𝟏+√𝟓
Gabarito: <𝒒<
𝟐 𝟐

11) Sabendo-se que 𝑟//𝑠//𝑡, calcule 𝑥.

Comentários:
Usando a propriedades dos ângulos de retas paralelas e ângulos opostos pelo vértice, temos:

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 45


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Pela figura, podemos ver que:


127° − 𝑥 = 35°
𝑥 = 92°
Gabarito: 𝟗𝟐°

12) Dada a figura abaixo e sabendo que 𝑟//𝑠, demonstre que 𝑥 = 𝛼 + 𝛽.

Comentários:
Podemos traçar a reta 𝑡 tal que 𝑡//𝑠//𝑟:

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 46


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Usando a propriedade dos ângulos opostos pelo vértice:

Podemos ver pela figura que:


𝑥 =𝛼+𝛽
Gabarito: Demonstração

13) Sabendo que 𝑟//𝑠. Determine o valor de 𝑥.

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 47


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Comentários:

Escrevendo os ângulos correspondentes na figura, temos:

Somando os ângulos, temos:


2𝑥 + 3𝑥 + 100° = 360°
5𝑥 = 260°
𝑥 = 52°
Gabarito: 𝟓𝟐°

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 48


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14) Determine 𝑥 e 𝑦:
a)

b)

Comentários:
a)

Usando as relações métricas do triângulo retângulo, temos:


𝑥𝑦 = 3 ∙ 4
Pelo Teorema de Pitágoras:
𝑥 2 = 32 + 42 ⇒ 𝑥 = 5
Substituindo 𝑥 na equação:
5𝑦 = 12 ⇒ 𝑦 = 12/5

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 49


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b)

Δ𝐴𝐵𝐷 é retângulo
Usando o Teorema de Pitágoras no Δ𝐴𝐵𝐷:
82 = 𝑥 2 + 𝑦 2 ⇒ 𝑥 2 + 𝑦 2 = 64 (𝐼)
Δ𝐴𝐵𝐷~Δ𝐵𝐷𝐶
𝑥 𝑦
= ⇒ 𝑦 2 = 12𝑥 (𝐼𝐼)
𝑦 12
Substituindo (𝐼𝐼) em (𝐼):
𝑥 2 + 12𝑥 − 64 = 0
𝑥 = (−6 ± √100) = −16 𝑜𝑢 4
Como 𝑥 > 0, temos 𝑥 = 4.
Substituindo 𝑥 em (𝐼𝐼):
𝑦 2 = 12 ∙ 4
𝑦 = 4√3
Gabarito: a) 𝒙 = 𝟓 𝒆 𝒚 = 𝟏𝟐/𝟓 b) 𝒙 = 𝟒 𝒆 𝒚 = 𝟒√𝟑

15) Determine 𝑥:
a)

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 50


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b)

Comentários:
a)

Fazendo 𝐴𝐷 = 𝑦 e aplicando o teorema de Pitágoras nos triângulos 𝐴𝐵𝐷 e 𝐴𝐷𝐶:


32 = 𝑥 2 + 𝑦 2 (𝐼)
62 = 𝑦 2 + (𝑥 + 4)2 (𝐼𝐼)
Subtraindo (𝐼𝐼) − (𝐼):
36 − 9 = (𝑥 + 4)2 − 𝑥 2
27 = (𝑥 + 4 − 𝑥)(𝑥 + 4 + 𝑥)
27
= 2𝑥 + 4
4
27 9
𝑥= −2=
8 8

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b)

Fazendo 𝐴𝐷 = 𝑦 e aplicando o teorema de Pitágoras:


Δ𝐴𝐵𝐷:
2
(2√5) = 𝑥 2 + 𝑦 2 (𝐼)
Δ𝐵𝐷𝐶:
52 = 𝑥 2 + (5 − 𝑦)2 (𝐼𝐼)
Subtraindo (𝐼𝐼) − (𝐼):
25 − 20 = (5 − 𝑦)2 − 𝑦 2
5 = (5 − 𝑦 − 𝑦)(5 − 𝑦 + 𝑦)
1 = 5 − 2𝑦
2𝑦 = 4
𝑦=2
Substituindo 𝑦 em (𝐼):
20 = 𝑥 2 + 22
𝑥 2 = 16
𝑥=4
Gabarito:
a) 𝒙 = 𝟗/𝟖
b) 𝒙 = 𝟒

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16) O Δ𝐴𝐵𝐶 é retângulo em 𝐵 e 𝐶𝐷 = 2 ∙ 𝐵𝐷. Calcule 𝑥.

Comentários:
Fazendo 𝐴𝐵 = 𝑏 e 𝐵𝐷 = 𝑎, temos 𝐶𝐷 = 2𝑎. Perceba que os triângulos 𝐴𝐵𝐷 e 𝐴𝐵𝐶 são
semelhantes, pois possuem todos os ângulos internos congruentes:

Assim, calculando as razões entre os triângulos:


Δ𝐴𝐵𝐷~Δ𝐶𝐵𝐴
𝐵𝐷 𝐴𝐵
=
𝐴𝐵 𝐵𝐶
𝑎 𝑏
=
𝑏 3𝑎
𝑏2 = 3𝑎2
𝑏 = √3𝑎
O ângulo 𝑥 é dado por:

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 53


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𝑎 𝑎 √3
𝑡𝑔𝑥 = = =
𝑏 √3𝑎 3
𝑥 = 30°
Gabarito: 𝒙 = 𝟑𝟎°

17) Na figura a seguir temos 𝐴𝑀 = 𝑀𝐵. Calcule a medida de ̅̅̅̅


𝐴𝐵 .

Comentários:

Sabendo que a soma dos ângulos internos de um triângulo é 180°, temos:


𝜃 + 𝛼 = 90° (𝐼)
𝛽 + 𝛾 = 90° (𝐼𝐼)
̂ um ângulo raso:
Sendo 𝑀
𝛼 + 𝛽 + 90° = 180°

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 54


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𝛼 + 𝛽 = 90° (𝐼𝐼𝐼)
Fazendo (𝐼𝐼𝐼) − (𝐼𝐼 ):
𝛼−𝛾 =0⇒𝛼 =𝛾
Fazendo (𝐼𝐼𝐼) − (𝐼):
𝛽−𝜃 =0⇒𝛽 =𝜃

Os triângulos 𝐴𝐶𝑀 e 𝐵𝑀𝐷 são congruentes, logo:


𝑎 𝑀𝐵
=
𝐴𝑀 𝑏
𝑎𝑏 = 𝑀𝐵 ∙ 𝐴𝑀
Como 𝐴𝑀 = 𝑀𝐵 = 𝑥, temos:
𝑥 2 = 𝑎𝑏 ⇒ 𝑥 = √𝑎𝑏
Assim, a medida de ̅̅̅̅
𝐴𝐵 é dada por:
𝐴𝐵 = 2𝑥 = 2√𝑎𝑏
Gabarito: 𝑨𝑩 = 𝟐√𝒂𝒃

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 55


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18) Na figura abaixo temos 𝑀𝐵̂𝐶 = 𝐵𝐴̂𝐶, 𝐴𝐵 = 3, 𝐵𝐶 = 2 e 𝐴𝐶 = 4. Calcule as medidas dos


segmentos ̅̅̅̅̅
𝑀𝐶 e ̅̅̅̅̅
𝑀𝐵.

Comentários:

Os triângulos 𝐵𝑀𝐶 e 𝐴𝐵𝐶 são semelhantes, pois todos os ângulos internos são congruentes:

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 56


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Fazendo a semelhança dos triângulos:


Δ𝐴𝐵𝐶~Δ𝐵𝑀𝐶
𝐴𝐵 𝐵𝑀
=
𝐴𝐶 𝐵𝐶
3 𝑦
=
4 2
3
𝑦=
2
𝐴𝐶 𝐵𝐶
=
𝐵𝐶 𝑀𝐶
4 2
=
2 𝑥
𝑥=1
Gabarito:
𝑴𝑪 = 𝟏 e 𝑴𝑩 = 𝟑/𝟐

10. LUGAR GEOMÉTRICO (LG)


Lugar Geométrico (LG) é o conjunto de pontos de um plano com uma determinada
propriedade. Nesse capítulo, estudaremos vários desses LGs.
Essa definição de LG também será muito explorada quando estudarmos a Geometria
Analítica, então, fique atento.

10.1. CIRCUNFERÊNCIA
Circunferência é o lugar geométrico dos pontos 𝑃 de um plano que distam 𝑅 de um ponto
fixo 𝑂. Sejam 𝜆, 𝛼, 𝑂 e 𝑅, a circunferência, o plano, o centro e o raio, respectivamente. Em símbolos,
o LG da circunferência pode ser escrito como:

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 57


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𝜆 = {𝑝 ∈ 𝛼|𝑂𝑃 = 𝑅}

10.2. MEDIATRIZ
Mediatriz é o lugar geométrico dos pontos de um plano que equidistam das extremidades de
um segmento.

10.3. BISSETRIZ
É o lugar geométrico dos pontos de um plano que equidistam de duas retas concorrentes.
Consequentemente, esse LG divide o menor ângulo entre as retas concorrentes em duas partes
iguais.

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 58


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10.4. RETAS PARALELAS


Já até utilizamos esse conceito, informalmente. É o lugar geométrico dos pontos que
equidistam 𝑑 de uma reta.

10.5. ARCO CAPAZ


É o lugar geométrico dos pontos que “enxergam” o segmento ̅̅̅̅
𝐴𝐵 sob um ângulo 𝛼 dado.

Todos os pontos 𝑃 pertencentes à região vermelha da circunferência são pontos do arco


capaz. Perceba que quando 𝑃 ≡ 𝐴 ou 𝑃 ≡ 𝐵, temos que os segmentos de reta 𝐴𝐴′ e 𝐵𝐵′ tangenciam
a circunferência nos pontos 𝐴 e 𝐵, respectivamente. Nesses pontos, eles também enxergam o
̅̅̅̅ sob um ângulo 𝛼.
segmento 𝐴𝐵
Outro ponto a se notar é que toda reta tangente a uma circunferência forma um ângulo reto
com o segmento de reta que liga o ponto de tangência ao centro da circunferência.

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 59


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̂.
Podemos encontrar uma relação entre 𝛼 e o menor arco de 𝐴𝐵
̂.
Sabemos que o ângulo do centro da circunferência é igual ao ângulo formado pelo arco 𝐴𝐵

̂
𝜃 = 𝐴𝐵
Podemos traçar o segmento de reta que liga o ponto 𝑃 ao centro 𝑂. Como ̅̅̅̅
𝑂𝑃 = ̅̅̅̅
𝑂𝐴 = ̅̅̅̅
𝑂𝐵 ,
formamos dois triângulos isósceles 𝑂𝑃𝐴 e 𝑂𝑃𝐵:

Perceba que 𝐴𝑃̂𝐵 = 𝛼 = 𝛽 + 𝛾. Analisando o centro da circunferência, vemos que:


𝜃 + 180° − 2𝛽 + 180° − 2𝛾 = 360°
𝜃 = 2 (𝛽 + 𝛾 )
𝜃 = 2𝛼

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 60


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𝜃
𝛼=
2
̂
𝑨𝑩
∴𝜶=
𝟐
Além desse caso, temos outros dois:
𝑃 pode estar localizado no interior da circunferência ou 𝑃 pode estar no exterior da
circunferência.
Para o caso de 𝑃 interno à circunferência:

̅̅̅̅ e que passe por


Nesse caso, podemos traçar um segmento de reta paralelo ao segmento 𝐵𝐷
𝐶:

Como 𝐸𝐶//𝐵𝐷, temos 𝐸𝐶̂ 𝐴 ≡ 𝐵𝑃̂𝐴 e a medida dos arcos 𝐵𝐸 ̂ são iguais. Assim,
̂ e 𝐶𝐷
podemos ver que:
̂ + 𝐵𝐸
𝐴𝐵 ̂
𝛼=
2
̂
̂ + 𝑪𝑫
𝑨𝑩
∴𝜶=
𝟐
Para o caso de 𝑃 externo à circunferência:

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Vamos construir o segmento de reta ̅̅̅̅


𝐶𝐸 paralelo ao segmento ̅̅̅̅
𝐴𝐸 :

Como 𝐶𝐸//𝐴𝐷, temos 𝐸𝐶̂ 𝐵 ≡ 𝐴𝑃̂𝐵 e 𝐴𝐸


̂ ≡ 𝐶𝐷
̂ . Desse modo:
̂ − 𝐴𝐸
𝐴𝐵 ̂
𝛼=
2
̂ − 𝑪𝑫
𝑨𝑩 ̂
∴𝜶=
𝟐

11. TEOREMA DE TALES


O Teorema de Tales afirma que dado um feixe de retas paralelas, os segmentos de retas
transversais a estas retas são proporcionais entre si.
Sejam as retas 𝑟1 //𝑟2 //𝑟3 //...//𝑟𝑛 e 𝑘 ∈ ℝ∗+ , então:

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 62


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𝒙𝟏 𝒙𝟐 𝒙𝒏−𝟏
= =⋯= =𝒌
𝒚𝟏 𝒚𝟐 𝒚𝒏−𝟏
𝑡1 e 𝑡2 são as retas transversais ao feixe de retas paralelas.

12. SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS


Antes e começar, atenção à diferença que existe entre congruência e semelhança.
Quando dois triângulos são congruentes, seus lados têm, além de ângulos internos
congruentes, também seus lados, e na mesma ordem.
Para a semelhança, não há a necessidade referente aos lados e estes passam a ser, em vez
de iguais, proporcionais.
Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os ângulos internos são congruentes e os
lados opostos a esses ângulos congruentes são proporcionais entre si. Usamos o símbolo ~ para
indicar que dois triângulos são semelhantes.

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 63


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𝑨 ≡ 𝑨′ , 𝑩 ≡ 𝑩′ , 𝑪 ≡ 𝑪′
𝚫𝑨𝑩𝑪~𝚫𝑨′ 𝑩′ 𝑪′ ⇔ { 𝒂 𝒃 𝒄

= ′
= ′
= 𝒌 ∈ ℝ∗+
𝒂 𝒃 𝒄
Definimos 𝑘 como a razão de semelhança dos triângulos semelhantes.

12.1. TEOREMA FUNDAMENTAL


Dado o seguinte triângulo 𝐴𝐵𝐶 e a reta 𝑟 que passa por ele nos pontos 𝐷 e 𝐸, temos:

𝒓//𝑩𝑪 ⇔ 𝜟𝑨𝑫𝑬~𝜟𝑨𝑩𝑪
Se a reta 𝑟 for paralela a um dos lados de um triângulo 𝐴𝐵𝐶, o Δ𝐴𝐷𝐸 que ele determina é
semelhante ao Δ𝐴𝐵𝐶.
̂ , 𝐸̂ ≡ 𝐶̂ e  é um ângulo comum aos Δ𝐴𝐵𝐶 e
Como 𝑟 é paralelo ao lado 𝐵𝐶, temos 𝐵̂ ≡ 𝐷
Δ𝐴𝐷𝐸.
Vamos construir a reta paralela 𝑠 ao lado 𝐴𝐵:

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 64


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Aplicando o Teorema de Tales nas retas paralelas 𝑟 e 𝐴𝐵:


𝐴𝐷 𝐴𝐸
=
𝐴𝐵 𝐴𝐶
Aplicando o Teorema de Tales nas retas paralelas 𝑠 e 𝐴𝐵:
𝐴𝐸 𝐵𝐹
=
𝐴𝐶 𝐵𝐶
Como 𝐵𝐷𝐸𝐹 é um paralelogramo, temos 𝐵𝐹 = 𝐷𝐸, desse modo:
𝐴𝐷 𝐴𝐸 𝐷𝐸
= =
𝐴𝐵 𝐴𝐶 𝐵𝐶
Portanto, os lados correspondentes dos triângulos são proporcionais e os ângulos internos
são ordenadamente congruentes. Logo, são semelhantes.

13. CRITÉRIOS DE SEMELHANÇA


13.1. AA (DOIS ÂNGULOS CONGRUENTES)
Se dois triângulos tiverem dois ângulos congruentes, eles serão semelhantes.

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 65


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{ Â ≡ Â ′ ⇒ Δ𝐴𝐵𝐶~Δ𝐴′ 𝐵′ 𝐶 ′
𝐵≡𝐵
Supondo que 𝐴𝐵 > 𝐴′𝐵′, podemos construir um triângulo 𝐴𝐷𝐸 no triângulo 𝐴𝐵𝐶 tal que
̂
̂ ≡ 𝐵′ e 𝐴𝐷 ≡ 𝐴′𝐵′:
𝐷

Pelo critério de congruência ALA, podemos afirmar que Δ𝐴𝐷𝐸 ≡ Δ𝐴′𝐵′𝐶′.


̅̅̅̅ , portanto, Δ𝐴𝐵𝐶~Δ𝐴𝐷𝐸.
̅̅̅̅ //𝐵𝐶
Como 𝐵 ≡ 𝐵′ ≡ 𝐷, temos que 𝐷𝐸
Como Δ𝐴𝐷𝐸 ≡ Δ𝐴′𝐵′𝐶′, temos Δ𝐴𝐵𝐶~Δ𝐴′𝐵′𝐶′. Logo, são semelhantes.

13.2. LAL (LADO-ÂNGULO-LADO)


Se dois triângulos tiverem dois lados proporcionais e o ângulo compreendido entre eles for
congruente, então esses triângulos são semelhantes.

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 66


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 ≡ Â′
{𝑐 𝑏 ⇒ Δ𝐴𝐵𝐶~Δ𝐴′ 𝐵′ 𝐶 ′
=
𝑐 ′ 𝑏′
Supondo 𝐴𝐵 > 𝐴′𝐵′, vamos traçar o segmento de reta ̅̅̅̅
𝐷𝐸 no triângulo 𝐴𝐵𝐶 tal que 𝐴𝐷 ≡
𝐴′𝐵′ e 𝐴𝐸 ≡ 𝐴′𝐶′:

𝑐 𝑏
Pelo Teorema de Tales, como = , temos que ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ . Então, 𝐷
𝐷𝐸 //𝐵𝐶 ̂ ≡ 𝐵̂ e 𝐸̂ ≡ 𝐶̂ .
𝑐′ 𝑏′
̂ e 𝐸̂ ≡ 𝐶′
̂ ≡ 𝐵′
Usando o critério de congruência LAL, temos Δ𝐴𝐷𝐸 ≡ Δ𝐴′𝐵′𝐶′. Logo, 𝐷 ̂.
̂ e 𝐵̂ ≡ 𝐵′
Portanto, pelo critério de semelhança AA, podemos ver que 𝐴̂ ≡ 𝐴′ ̂ implica
′ ′ ′
Δ𝐴𝐵𝐶~Δ𝐴 𝐵 𝐶 .

13.3. LLL (LADO-LADO-LADO)


Se dois triângulos tiverem os lados correspondentes proporcionais entre si, então eles são
semelhantes.

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 67


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𝑎 𝑏 𝑐
= = ⇒ Δ𝐴𝐵𝐶~Δ𝐴′𝐵′𝐶′
𝑎′ 𝑏′ 𝑐 ′

̅̅̅̅ , tal que 𝐴𝐷 ≡ 𝐴′𝐵′ e 𝐴𝐸 ≡


Supondo que 𝐴𝐵 > 𝐴′𝐵′, podemos traçar o segmento de reta 𝐷𝐸
𝐴′𝐶′:

Usando o Teorema de Tales:


𝑐 𝑏

= ′ ⇒ 𝐷𝐸//𝐵𝐶
𝑐 𝑏
Então:
̂ ≡ 𝐵̂ e Ê ≡ 𝐶̂ ⇒ Δ𝐴𝐷𝐸~Δ𝐴𝐵𝐶
𝐷
𝑎 𝑏 𝑐
= ′= ′
𝑥 𝑏 𝑐
Da hipótese, temos:

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𝑎 𝑏 𝑐

= ′= ′
𝑎 𝑏 𝑐
Portanto:
𝑎′ = 𝑥
Δ𝐴𝐷𝐸 ≡ Δ𝐴′𝐵′𝐶′
∴ Δ𝐴𝐵𝐶~Δ𝐴′𝐵′𝐶′

14. PROPRIEDADES DOS TRIÂNGULOS


As seguintes propriedades decorrem da semelhança de triângulos.

14.1. BASE MÉDIA


Seja 𝐴𝐵𝐶, um triângulo qualquer. Se 𝑀 é o ponto médio do lado 𝐴𝐵 e 𝑁 é o ponto médio do
lado 𝐴𝐶, temos:

Pelo Teorema de Tales, sendo 𝐴𝑀 = 𝑀𝐵 e 𝐴𝑁 = 𝑁𝐶:


𝐴𝑀 𝐴𝑁
= ⇒ 𝑀𝑁//𝐵𝐶
𝑀𝐵 𝑁𝐶
Desse modo:
𝑀 ≡𝐵e𝑁 ≡𝐶
Pelo critério de semelhança AA, temos:
Δ𝐴𝑀𝑁~Δ𝐴𝐵𝐶
A razão de proporção entre eles é 1/2:
𝐴𝑀 𝐴𝑁 𝑀𝑁 1
= = =
𝐴𝐵 𝐴𝐶 𝐵𝐶 2
Se 𝐵𝐶 é a base do triângulo 𝐴𝐵𝐶, então 𝑀𝑁 é chamado de base média do triângulo 𝐴𝐵𝐶.

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 69


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Tomando-se 𝑃, o ponto médio do lado 𝐵𝐶 e formando o triângulo 𝑀𝑁𝑃, encontramos:

Vimos que 𝑀𝑁 é paralelo ao lado 𝐵𝐶, analogamente, para os outros lados, podemos provar
que 𝑁𝑃//𝐴𝐵 e 𝑀𝑃//𝐴𝐶. Então, o triângulo 𝑀𝑁𝑃 é semelhante ao triângulo 𝐴𝐵𝐶 e possui razão
igual a 1/2.

14.2. RAZÃO DE PROPORÇÃO


Se a razão de proporção de dois triângulos é 𝑘, então a razão entre seus elementos lineares
correspondentes é 𝑘. Assim, a razão entre:
- suas alturas é 𝑘;
- suas medianas é 𝑘;
- seus perímetros é 𝑘;
- os raios das circunferências inscritas é 𝑘;
- os raios das circunferências circunscritas é 𝑘;
- dois elementos lineares e homólogos é 𝑘.
Chamamos de perímetro a soma de todos os lados de um triângulo, então para um triângulo
𝐴𝐵𝐶:

2𝑝 = 𝑎 + 𝑏 + 𝑐
𝑝 é o semiperímetro do triângulo 𝐴𝐵𝐶 e 2𝑝 é o seu perímetro.

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 70


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Uma circunferência inscrita em um triângulo é uma circunferência que tangencia


internamente os lados do triângulo:

𝐷, 𝐸, 𝐹 são os pontos de tangência da circunferência inscrita ao triângulo 𝐴𝐵𝐶.


𝑟 é o raio da circunferência inscrita.
Perceba que os segmentos de reta que ligam o centro da circunferência aos pontos de
tangência sempre formam um ângulo reto.
Uma circunferência circunscrita a um triângulo é uma circunferência que passa por todos os
vértices do triângulo:

𝑅 é o raio da circunferência circunscrita.


Dizemos que dois elementos são homólogos quando ambos são correspondentes um ao
outro. Por exemplo, tomando-se dois triângulos semelhantes, podemos afirmar que os lados
opostos aos ângulos congruentes são homólogos.

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 71


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Exercícios de Fixação
19) Sendo 𝑟, 𝑠, 𝑡 retas paralelas. Calcule o valor de 𝑥:
a)

b)

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c)

Comentários:
a)

Pelo teorema de Tales, temos:


𝑥 2
=
3 4
3
𝑥=
2

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 73


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b)

3 𝑥
=
4 𝑥+3
3𝑥 + 9 = 4𝑥
𝑥=9
c)

𝑥 8
=
𝑥+6 𝑥
𝑥 2 = 8𝑥 + 48
𝑥 2 − 8𝑥 − 48 = 0
𝑥 = (4 ± √64)
𝑥 =4±8
𝑥 = 12 𝑜𝑢 − 4
∴ 𝑥 = 12

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 74


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Gabarito:
a) 𝒙 = 𝟑/𝟐
b) 𝒙 = 𝟗 c) 𝒙 = 𝟏𝟐

20) Sendo 𝑀𝑁//𝐵𝐶, calcule o valor de 𝑥 na figura abaixo:

Comentários:
Aplicando o teorema de Tales:
𝐴𝑀 𝐴𝑁
=
𝑀𝐵 𝑁𝐶
𝑥 3
=
8 5
24
𝑥=
5
Gabarito: 𝒙 = 𝟐𝟒/𝟓

21) Calcule o valor de 𝑥:

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 75


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Comentários:
20 𝑥
=
10 15
𝑥 = 30
Gabarito: 𝒙 = 𝟑𝟎

22) Sendo 𝑀𝑁//𝐵𝐶, calcule o valor de 𝑥 na figura abaixo:

Comentários:
Como 𝑀𝑁//𝐵𝐶, temos que Δ𝐴𝑀𝑁~Δ𝐴𝐵𝐶:
𝐴𝑁 𝐴𝐶
=
𝑀𝑁 𝐵𝐶
2 2+3
=
𝑥 𝑥+4
2𝑥 + 8 = 5𝑥
8
𝑥=
3
Gabarito: 𝒙 = 𝟖/𝟑

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 76


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23) (CGTMG/2015) Na figura a seguir, as retas 𝑟, 𝑠, 𝑡 e 𝑤 são paralelas e, 𝑎, 𝑏 e 𝑐 representam


medidas dos segmentos tais que 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = 100.

Conforme esses dados, os valores de 𝑎, 𝑏 e 𝑐 são, respectivamente, iguais a


a) 24, 32 e 44.
b) 24, 36 e 40.
c) 26, 30 e 44.
d) 26, 34 e 40.
Comentários:
Pelo teorema de Tales, temos:
18 24 33 18 + 24 + 33
= = =
𝑎 𝑏 𝑐 𝑎+𝑏+𝑐
18 24 33 75
= = =
𝑎 𝑏 𝑐 100
18 24 33 3
= = =
𝑎 𝑏 𝑐 4
⇒ 𝑎 = 24
⇒ 𝑏 = 32
⇒ 𝑐 = 44
Gabarito: a)

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 77


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24) (UERJ/2019) Os triângulos 𝐴1 𝐵1 𝐶1 , 𝐴2 𝐵2 𝐶2 , 𝐴3 𝐵3 𝐶3 , ilustrados abaixo, possuem


perímetros 𝑝1 , 𝑝2 , 𝑝3 , respectivamente. Os vértices desses triângulos, a partir do segundo, são os
pontos médios dos lados do triângulo anterior.

Admita que 𝐴1 𝐵1 = 𝐵1 𝐶1 = 7 e 𝐴1 𝐶1 = 4.
Assim, (𝑝1 , 𝑝2 , 𝑝3 ) define a seguinte progressão:
a) aritmética de razão −8.
b) aritmética de razão −6.
c) geométrica de razão 1/2.
d) geométrica de razão 1/4.
Comentários:
Como os vértices dos triângulos internos são os pontos médios de outros triângulos, temos
que cada triângulo terá razão igual a 1/2 do triângulo externo. Desse modo, temos:
𝑝1 = 7 + 7 + 4 = 18
𝑝1 18
𝑝2 = = =9
2 2
𝑝2 9
𝑝3 = =
2 2
Portanto, a sequência (𝑝1 , 𝑝2 , 𝑝3 ) é uma PG de razão 1/2.
Gabarito: c)

Aula 11: Geometria Plana – Parte 1 78


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25) (IFCE/2016) O triângulo 𝐴𝐵𝐶 tem lados medindo 8 cm, 10 cm e 16 cm, enquanto o
triângulo 𝐷𝐸𝐹, semelhante a 𝐴𝐵𝐶, tem perímetro 204 cm. O maior e o menor dos lados de 𝐷𝐸𝐹
medem, respectivamente,
a) 64 cm e 32 cm.
b) 60 cm e 48 cm.
c) 48 cm e 24 cm.
d) 96 cm e 48 cm.
e) 96 cm e 64 cm.
Comentários:
O enunciado nos diz que os triângulos 𝐴𝐵𝐶 e 𝐷𝐸𝐹 são semelhantes, logo, os lados e os seus
perímetros possuem a mesma razão de proporção. Vamos calcular o perímetro 𝑝𝐴𝐵𝐶 do Δ𝐴𝐵𝐶:
𝑝𝐴𝐵𝐶 = 8 + 10 + 16 = 34
Vamos calcular a razão de proporção entre os triângulos:
𝑝𝐴𝐵𝐶 34 1
= =
𝑝𝐷𝐸𝐹 204 6
Logo, a razão de proporção entre os triângulos é 1/6. Os lados do triângulo 𝐷𝐸𝐹 são dados
por:
8 𝑐𝑚 ⇒ 48 𝑐𝑚
10 𝑐𝑚 ⇒ 60 𝑐𝑚
16 𝑐𝑚 ⇒ 96 𝑐𝑚
Portanto, o maior lado é 96 cm e o menor é 48 cm.
Gabarito: d)

26) No triângulo 𝐴𝐵𝐶, 𝐵𝐷 é mediana relativa ao lado 𝐴𝐶 e os ângulos 𝐵Â𝐶 e 𝐷𝐵̂𝐶 são iguais.
Se o ângulo 𝐵𝐷̂ 𝐴 = 45°, calcule 𝑥.

Comentários:
Perceba que os triângulos 𝐴𝐵𝐶 e 𝐵𝐷𝐶 são semelhantes, veja:

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Pelo critério de semelhança 𝐴𝐴:


𝐵Â𝐶 ≡ 𝐷𝐵̂𝐶 e 𝐴𝐵̂𝐶 ≡ 𝐵𝐷
̂ 𝐶 ⇒ Δ𝐴𝐵𝐶~Δ𝐵𝐷𝐶

Fazendo a razão de semelhança:


𝐴𝐶 𝐵𝐶
=
𝐵𝐶 𝐷𝐶
2𝑏 𝑎
= ⇒ 𝑎 = √2𝑏
𝑎 𝑏
Aplicando a lei dos senos no triângulo 𝐴𝐵𝐶:
𝑎 2𝑏
=
𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑠𝑒𝑛(135°)
√2𝑏 2𝑏
=
𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑠𝑒𝑛(135°)
√2 √2
𝑠𝑒𝑛𝑥 = ∙
2 2
1
𝑠𝑒𝑛𝑥 =
2
∴ 𝑥 = 30°
Gabarito: 𝒙 = 𝟑𝟎°

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18. CONSIDERAÇÕES FINAIS


Nossa, vimos muita coisa nesta aula, não?
No entanto, muito do que vimos você já trazia como bagagem, como definições de algumas
figuras planas e área.
Em nossa próxima aula, daremos seguimento a estes conceitos dentro da Geometria Plana.
Pratique sempre que possível e revise os conceitos.
Se surgir aquela dúvida, é só perguntar no fórum, ok?
Grande abraço e bons estudos.

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