NR 10 - Segurança Em Instalações e Serviços Em Eletricidade

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 7

A NR 10

A NR 10, Norma Regulamentadora que dispõe sobre “Segurança em Instalações e


Serviços em Eletricidade” estabelece os requisitos e condições mínimas, objetivando a
implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a
segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em
instalações elétricas e serviços com eletricidade.
A NR 10 tem como responsabilidade, a garantia da saúde e segurança dos
trabalhadores que estão envolvidos de todas as formas na prestação desse tipo de
atividade.

Desde a década de 60 a discussão sobre os sérios riscos que envolvem trabalhadores


das áreas de instalação elétrica e prestação de serviço tornou-se tópico no Brasil.

Foi em 1978 que o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) publicou a NR 10. Porém o
alto índice de acidentes da época fez com que a norma sofresse diversas alterações.

Em 2004 conhecemos a “nova NR 10”, modificada pela última vez, praticada e utilizada
até os dias atuais.

Ficou interessado? Nesse post falamos os principais pontos, medidas de controle e


erros comuns na aplicação:

Quais os principais pontos da NR 10?


Como todas as normas regulamentadoras, a NR 10 tem como objetivo garantir a
segurança e a integridade dos trabalhadores. A norma implementa medidas de
controle e preventivas para profissionais que atuam com instalações elétricas e
serviços na área.

Agora vamos te ajudar a compreender quais são as principais etapas para a aplicação
de uma gestão de segurança nas atividades de construção elétrica:

 Geração
 Transmissão
 Distribuição
 Consumo

Incluem nestas etapas:

 Projeto
 Montagem
 Operação de manutenção das instalações elétricas
 Trabalhos realizados nas suas proximidades

Medidas de Controle
Confira as medidas de controle que farão total diferença no processo de controle e
preventivo.

Desenergização

É um conjunto de ações coordenadas, sequenciadas e controladas. Somente serão


consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para trabalho, mediante
os procedimentos apropriados e obedecida a sequência a seguir:

 Seccionamento: é o ato de promover a descontinuidade elétrica total, obtida


mediante o acionamento de dispositivo apropriado.
 Impedimento de reenergização: é o estabelecimento de condições que
impedem a reenergização do circuito ou equipamento desenergizado. A
intenção é assegurar ao trabalhador o controle do seccionamento.
 Constatação da ausência de tensão: é a verificação da efetiva ausência de
tensão nos condutores do circuito elétrico.
 Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos
condutores dos circuitos: Constatada a inexistência de tensão, os condutores
deverão ser ligados à haste terra do conjunto de aterramento temporário e
realizado a equipotencialização das fases.
 Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada: define-se
zona controlada a área em torno da parte condutora energizada, segregada,
acessível, de dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão. Na
zona controlada a aproximação só é permitida aos profissionais autorizados,
como disposto no anexo II da Norma Regulamentadora Nº 10.
 Instalação da sinalização de Impedimento de Reenergização: destinada a
advertência e a identificação da razão de desenergização e informações do
responsável.

Aterramento

É a principal medida de segurança adotada em instalações elétricas e se caracteriza


pela ligação da terra e das partes metálicas da instalação ou dos equipamentos.
Equipamentos como tubulações ou carcaças de máquinas, que, em condições normais
de utilização, não estarão energizadas.
O Objetivo geral do aterramento é eliminar através do solo, as correntes perigosas ao
ser humano e aos animais, com base na capacidade da terra em absorver cargas
elétricas.

Os objetivos do aterramento são:

 Obter uma resistência de aterramento a mais baixa possível, para correntes de


falta à terra;
 Manter aos potenciais produzidos pelas correntes de falta dentro de limites de
segurança;
 Fazer com que equipamentos de proteção sejam mais sensibilizados e isolem
rapidamente as falhas a terra;
 Proporcionar um caminho de escoamento para a terra de descargas
atmosféricas;
 Escoar as cargas estáticas geradas nas carcaças dos equipamentos;

Funcional

Ligação através de um dos condutores do sistema neutro ou quando o condutor de


aterramento for usado como condutor de retorno a corrente de funcionamento
normal.

A determinação da seção dos condutores de aterramento funcional deve considerar as


possíveis correntes de falta que possam circular.

De acordo com a NR 10, quando os dados necessários não forem disponíveis, deve ser
consultado o fabricante do equipamento.

Proteção

Ligação à terra das massas e dos elementos condutores estranhos à instalação.

Os condutores de proteção devem estar protegidos contra deteriorações mecânicas,


químicas e eletroquímicas e forças eletrodinâmicas.

As ligações devem estar acessíveis para verificações e ensaios, com exceção das
executadas dentro de caixas moldadas ou juntas encapsuladas.

Nenhum dispositivo de comando ou proteção deve ser inserido no condutor de


proteção, porém podem ser utilizadas ligações desmontáveis por meio de ferramentas,
para fins de ensaio.

Seccionamento automático da alimentação


O seccionamento automático possui um dispositivo de proteção que deverá seccionar
automaticamente a alimentação do circuito ou equipamento por ele protegido. Isso
acontece sempre que uma falta der origem a uma corrente superior ao valor
determinado e ajustado.

Dispositivos de proteção operados por corrente


Recomendações da NR 10:

Dispositivo DR: Funcionam apenas em circuitos a corrente alternada.

 Pela NBR 5410, é obrigatório o uso de DR´s de alta sensibilidade nos circuitos
terminais que atendam banheiros, cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas
de serviço e áreas externas;
 Em nenhum caso, o condutor neutro pode ser interligado à terra depois (a
jusante) dos DR´S;
 Os DR´s podem ser instalados na proteção geral da instalação e/ou nas
proteções individuais e circuitos terminais;
 Os DDR´s têm que ser dimensionados atendendo simultaneamente às
prescrições de proteção contra sobrecorrentes e as prescrições de proteção
contra choques elétricos.
 Quando utilizado apenas os IDR´s, a proteção contra sobrecorrentes tem que
ser assegurada por dispositivo específico.
 Atendendo às prescrições da NBR 5410, o IDR terá que suportar as solicitações
térmicas e mecânicas provocadas por correntes de falta, depois (a jusante) de
sua posição no circuito;
 Ao serem instalados DR´s na proteção geral e dos circuitos terminais, a
seletividade de atuação tem que ser bem coordenada. Para isso, obedecidos os
limites fixados na norma, o DR de menor sensibilidade (menor ID N) deve ser
instalado no circuito terminal e, consequentemente, o de maior sensibilidade
no circuito de distribuição;
 Dependendo dos níveis das correntes de fuga do sistema para a instalação, a
escolha da sensibilidade dos DR´s tem que ser cuidados;
 Os DR’s quando instalados na proteção geral, poderão seccionar
intempestivamente a alimentação de toda a instalação.

Choque Elétrico

Contato direto: Ocorre quando a parte viva é tocada.

Na maioria dos casos, o contato com a parte viva resulta de falha de isolamento,
ruptura ou, até mesmo, de remoção indevida de partes isolantes (sub-produtos da
imprudência e negligência).

Contato Indireto: Quando é tocada uma massa que, por falta ou efeito interno, está
viva. O choque por este tipo de contato é imprevisível e mais frequente do que se
imagina, razão que levou a NBR 5410 a lhes dar ênfase especial.
Barreiras e Invólucros
São dispositivos que impedem qualquer contato com partes energizadas das
instalações elétricas. Podendo assim impedir que pessoas ou animais toquem
acidentalmente as partes energizadas, garantindo que as partes acessíveis não
devem ser tocadas.

Bloqueios e Impedimentos
Dispositivos de bloqueio são aqueles que impedem o acionamento ou religamento de
dispositivos de manobra (chaves, interruptores).

Bloqueio é a ação destinada a manter, por meios mecânicos um dispositivo de


manobra fixo numa determinada posição, de forma a impedir uma ação não
autorizada, em geral utilizam cadeados.

É importante que tais dispositivos possibilitem mais de um bloqueio. A inserção de


mais de um cadeado, por exemplo, para trabalhos simultâneos de mais de uma equipe
de manutenção.

Obstáculos e Anteparos
Os obstáculos são destinados a impedir o contato involuntário com partes vivas, mas
não o contado que pode resultar de uma ação deliberada e voluntária de ignorar ou
contornar o obstáculo.

Os obstáculos devem impedir:

 Uma aproximação física não intencional das partes energizadas;


 Contatos não intencionais com partes energizadas durante atuações sobre
equipamento, estando o equipamento em serviço normal.

Isolamentos
Partes Vivas: São elementos construídos com materiais dielétricos (não condutores de
eletricidade) que têm por objetivo isolar condutores ou outras partes da estrutura que
estão energizadas. Assim os serviços poderão ser executados com efetivo controle dos
riscos pelo trabalhador.

Isolação dupla ou reforçada: Este tipo de proteção é normalmente aplicada a


equipamentos portáteis. Estes equipamentos por serem empregados nos mais
variados locais e condições de trabalho, requerem outro sistema de proteção.

A intenção é permitir uma confiabilidade maior do que a oferecida exclusivamente


pelo aterramento elétrico.
Colocação fora de alcance: Neste item estaremos tratando das distâncias mínimas a
serem obedecidas nas passagens destinadas a operação e/ou manutenção, quando for
assegurada a proteção parcial por meio de obstáculos.

Separação elétrica: Deve ser assegurada quando:

 Um circuito for alimentado por uma fonte de separação;


 Se o circuito separado alimentar apenas um aparelho;
 Suas massas não podem ser ligadas intencionalmente a condutores de
proteção, massas de outros circuitos ou a elementos condutores estranhos à
instalação.

Erros comuns em serviços de instalações elétricas


Confira os 5 erros mais comuns cometidos em serviços de instalações elétricas e veja a
importância de evitá-los.

1 – Contratação de profissionais sem qualificação

Quando o assunto é instalação elétrica, o barato sempre sai caro. Contratar um


profissional sem qualificação só tem um caminho: o prejuízo!

Opte sempre por profissionais qualificados e preparados, esta é a melhor maneira de


garantir o resultado final. Estar de acordo com as normas, ter materiais de qualidade,
bem como valorizar o profissional que se qualificou,pode-se considerar uma ótima
medida preventiva.

2 – Sobrecarga de disjuntores

Usar um mesmo disjuntor para dois circuitos diferentes é assumir o grande risco das
instalações elétricas darem errado. Chuveiros, torneiras elétricas e ar- condicionado,
por exemplo, são aparelhos de alta potência que podem levar a instalação a curto
circuito.

3 – Fios e cabos desbitolados

Fios desbitolados não são regulamentados e podem ser um grande ativo responsável
pelo valor da conta de luz acima da média esperada.

Mesmo que ainda existam fabricantes que falsificam o selo do Inmetro, a perda de
energia e aquecimentos dos condutores é um grande risco assumido ao admitir este
tipo de material.

4 – Ausência de instalação do DR

É obrigatória a presença do Diferencial Residual (DR), pois está diretamente ligado a


segurança das pessoas contra choques elétricos. É predominantemente responsável
pelo risco de choques em locais considerados molhados, como cozinhas, banheiros,
piscinas etc.

Os DRs devem ter valor de mA menor ou igual a 30.

5 – Incompatibilidade de disjuntores e cabos elétricos

Outro tipo de situação que pode levar a instalação a curto-circuitar. Colocar um


disjuntor acima da capacidade de condutores, levará a exposição e não proteção dos
cabos de eletricidade, ocasionando a não integridade da instalação.

NR 10: Habilitação, Qualificação, Capacitação e Autorização dos


Trabalhadores

Os 4 pilares que o profissional deve ter para que você garanta a excelência de um
serviço de instalações elétricas.

 Profissional Qualificado: Curso específico na área elétrica reconhecido pelo


sistema oficial de ensino;
 Profissional Habilitado: Profissional qualificado registrado no conselho de
classe;
 Profissional Capacitado: Recebeu orientações e treinamento de profissional
habilitado e autorizado e trabalha sob sua responsabilidade e supervisão;
 Profissional Autorizado: Todos acima que possuam anuência formal da
empresa;

Você também pode gostar