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PIRACICABA
2019
DREYSON MOTTA NICOTARI
PIRACICABA
2019
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois sem ele nada disso seria possível, e para
todos meus familiares, aos que podem presenciar este momento e aos que se foram e tinham o
sonho de ver o termino desta jornada, amigos de Ribeirão Preto e as novas amizades que fiz em
Piracicaba, que de alguma forma sempre me apoiaram e estiveram ao meu lado para finalização
deste curso.
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao Prof. Dr. Cláudio Ferreira Nóia, pela orientação deste trabalho e ter me
dado a oportunidade de iniciar uma pesquisa cientifica, me apoiando e sempre à disposição para
ajudar.
Agradeço aos meus familiares, que mesmo distantes sempre estiveram me apoiando,
principalmente meus pais, Marco Antônio Nicotari que é responsável por toda minha dedicação,
sendo uma referência na busca pela sabedoria e um exemplo de PAI e HOMEM, essa é para o senhor
meu pai; Adriana Fernandes Motta, a responsável pela minha calmaria, sempre mostrando o lado
bonito dos acontecimentos e não importa o que seja me apoiando, estando ao meu lado e dizendo
que dará certo. Vocês são minha vida, eu amo vocês!!
Agradeço também as pessoas que conheci nesta jornada, meus grandes amigos, que
jamais esquecerei, estando ao meu lado durante toda esta fase; aos moradores da minha republica,
na qual morei os cinco anos de graduação; aos professores, funcionários e toda equipe FOP-
UNICAMP; e todos meus colegas da turma (T-59). Todos momentos vividos são inesquecíveis e
estarão guardados em minha memória.
RESUMO
1 INTRODUÇÃO 9
2 REVISÃO DA LITERATURA
3 PROPOSIÇÃO
4 MATERIAL E MÉTODOS
5 RESULTADOS
6 DISCUSSÃO
7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ANEXOS
1 INTRODUÇÃO
A razão de se usar este tipo de enxerto é o transporte de células vivas com propriedades
osteogênicas, sem haver reação imunológica contra o organismo e a reação inflamatória e a
possibilidade de ocorrer infecção será menor possuindo grandes vantagens, pois permite o
transplante de células vivas, não existindo rejeição neste tipo de enxerto e evita transmissão de
doenças infectocontagiosas. (Neves, 2001; Dinato e Polido, 2004)
Smith e Zarb (1989) estabeleceram alguns critérios que foram considerados essenciais
para o sucesso na Implantodontia: a) biocompatibilidade do material do implante; b)natureza
macroscópica e microscópica da superfície do implante; c) o estado do leito receptor do implante,
tanto em relação a saúde (não-infectado) quanto morfológico (qualidade óssea); d) A técnica cirúrgica
10
empregada; e)a fase de cicatrização livre de carga; f)a posterior reabilitação protética e
acompanhamento a longo prazo.
Para isso, com intuito de auxiliar na investigação da relação entre o fator de risco e o
fracasso dos implantes, a literatura denomina a perda de acordo com o momento desta
intercorrência, sendo: 1) Perda primária (precoce): quando a falha ocorre antes da conexão protética
e 2) Perda secundária(tardia): quando a falha ocorre após a conexão da prótese ao implante. (Neves,
2006; Noguerolet al., 2006; Belseretal., 2004).
2 REVISÃO DA LITERATURA
Davarpanah et al, 2000 estudou que a crista ilíaca constitui uma área doadora muito
generosa, porque, entre as diferentes áreas à disposição em cirurgia de reconstrução para implantes,
é aquela que permite a coleta em maior quantidade do tecido ósseo de fácil manipulação e com
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Clayman investigou em 2006 o sucesso em longo prazo do enxerto ósseo da crista ilíaca
e a colocação secundária de implantes osseointegrados na reconstrução de maxilas com
reabsorções ósseas significativas. Oito pacientes (7 mulheres, 1 homem), com idades entre 18 e 69
anos (média de 49,6), foram tratados com aumento de suas maxilas com blocos autógenos de crista
ilíacas. Quarenta e um implantes Branemark de 7 a 15 mm de comprimento e 3,75 mm de diâmetro
foram colocados após um atraso mínimo de 6 meses. O acompanhamento ósseo e sua estabilidade
foram medidas por exame clínico e controle radiográfico. Um paciente perdeu o implante aos 24
meses e outro paciente aos 75 meses após a entrega da prótese. A duração média do
acompanhamento após o carregamento dos implantes foi de 90,5 meses e a mais longa foi de 154
meses. Uma taxa de (83%) dos implantes sobreviveram até o final do período de observação. Quatro
dos 6 implantes que falharam tinham 7 mm de comprimento e os outros 2 tinham 10 mm de
comprimento.
Muller e Anderson (2004) comprovaram que a técnica de enxerto com o uso da crista de
ilíaco, para aumento do rebordo de pré-maxila em altura, espessura e levantamento do assoalho do
seio maxilar, em paciente desdentado total/parcial superior com atrofia maxilar severa, com a
finalidade de posterior instalação de implantes osseointegrados é de grande sucesso. Para
conseguirmos um procedimento menos traumático, usaram para fazer a remoção do enxerto, uma
matriz que foi obtida a partir do uso de uma prototipagem (estereolitografia); com esta matriz
conseguiram a remoção seletiva da quantidade de osso, abreviando o tempo cirúrgico, diminuindo a
agressão ao paciente e tendo menor possibilidade de contaminação das áreas cirúrgicas, obtendo,
desta forma, um pós-operatório com menor inflamação e uma cicatrização mais rápida.
Tang e Naylor (2005) realizaram uma breve revisão das evidências em relação ao
tratamento com implantes unitários e foram avaliadas as principais questões: Forma, função. Em
relação à forma, a principal preocupação é a estética. As falhas estéticas com implantes são mais
comuns do que as falhas mecânicas. E para diminuir esta taxa é imprescindível a avaliação dos
fatores como expectativa do paciente, linha de sorriso, qualidade gengival, morfologia das papilas,
altura óssea. Com relação à função, a principal diferença entre o implante osseointregrado e o dente
natural é a presença do ligamento periodontal. Os implantes não possuem três funções importantes
do ligamento periodontal: o amortecimento de forças, a capacidade proprioceptiva e o potencial
regenerativo.
Listgarten (1997) coletou informações que foram obtidas em grande parte por meio de
estudos descritivos longitudinais, visando principalmente a obtenção de taxas de sobrevivência de
implantes sob condições clínicas ideais, com critérios rigorosos de inclusão e exclusão para a
admissão de pacientes. Nestes estudos mostrou que a maioria dos sistemas de implantes dentários
osseointegrado contemporâneos nas últimas três décadas, provaram ser previsivelmente
confiáveis. Realizando protocolos cirúrgicos e protéticos adequados, as taxas de perda do implante
foram mantidas em 15% ou menos durante um período de 5 anos. Ele confirmou que um requisito
básico para o sucesso do implante, como estabilidade primária no momento da inserção e após o
carregamento do implante, pode ser o princípio unificador por trás da necessidade de volume e
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densidade óssea adequados, implantes mais longos ou mais largos, e o atraso de 4 a 6 meses
recomendado antes da colocação dos implantes em funcionamento.
Belser, Schimid, Buser em 2004 concluíram que o uso de implantes dentários na zona
estética está bem documentado na literatura. No entanto, a maioria dos estudos publicados não inclui
parâmetros estéticos bem definidos. Atualmente, a literatura sobre resultados estéticos é inconclusiva
para a implementação rotineira de certas abordagens cirúrgicas, como cirurgia sem retalho e
colocação imediata de implantes com ou sem carga / restauração imediata na maxila anterior.
Considerando a substituição anterior de um dente em local sem deficiências teciduais, os resultados
previsíveis do tratamento, incluindo a estética, podem ser alcançados devido ao suporte tecidual
fornecido pelos dentes adjacentes. A substituição de múltiplos dentes ausentes adjacentes na maxila
anterior por restaurações fixas de implantes é pouco documentada. Nesse contexto, a restauração
estética não é previsível, principalmente no que diz respeito aos contornos do tecido mole
interimplantar.Esta revisão demonstrou que a documentação científica de parâmetros esteticamente
relevantes e reprodutíveis é bastante escassa. A maioria das análises de resultados relatadas se
concentra principalmente na sobrevivência do implante. Elementos de sucesso do implante anterior,
como manutenção ou restabelecimento de linhas harmoniosas de tecidos moles e contornos naturais,
devem ser incluídos em estudos futuros.
tabagismo (OR = 2,5; IC95%, 1,3-4,79), tipo ósseo ( OR = 1,93; IC95%: 1,01-3,7) e PTV na primeira
cirurgia (OR = 3,01; IC95%: 1,5-6,02) foram independentemente relacionados à falha precoce.
com perfis ou fatores de risco comuns, como : dispositivos de implante, anatomia, oclusão, saúde ou
exposições sistêmicas, biofilme microbiano,respostas imunoinflamatórias do hospedeiro e genética
podem aumentar o risco de complicações ou perda. Os fatores associados ao paciente são mais
críticos na determinação da perda de implante do que aqueles associados ao próprio implante.
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3 PROPOSIÇÃO
4 MATERIAL E MÉTODOS
O objetivo geral deste trabalho é analisar a perda primária de implantes dentários instalados
entre o período de Janeiro de 1996 a Dezembro de 2017, em maxila previamente reconstruída com
enxerto autógeno de crista ilíaca.
- Gênero: A população da amostra será dividida em gênero feminino ou masculino de acordo com a
identificação disposta nos prontuários clínicos avaliados.
- Idade: Para determinar a idade do paciente será realizado cálculo entre a data de nascimento do
mesmo, bem como a data de preenchimento do prontuário clínico.
- Número total de implantes instalados por paciente: A quantidade total de implantes que foram
instalados na maxila reconstruída do paciente.
- Número total de implantes perdidos por paciente: A quantidade total de perda de implantes na
maxila reconstruída do paciente.
Perda Tardia- são aquelas que ocorrem após o carregamento protético do Implante.
5 RESULTADOS
Um total de 166 implantes foram instalados nesses 20 pacientes, sendo que 3 (1,8%)
foram perdidos. Uma dessas perdas (0,6%) foi tardia e outras 2 precoces (1,2%). A sobrevivência
dos implantes foi de 98,2%.
Feminino
Masculino
6 DISCUSSÃO
Estudos recentes avaliaram a perda precoce de implantes dentais a uma série de fatores
de riscos e concluiu que a infecção precoce está principalmente relacionada à perda primária de
implantes dentais, aumentando em 44 vezes a chance de falha quando comparado aos que não
sofreram nenhum tipo de infecção prévia. Os autores(Sverzut e Neves em 2006) ainda concluíram
que implantes curtos (menores que 8mm)exibem uma morbidade quanto à perda precoce 4 vezes
superior aos implantes com comprimento maior, em um estudo longitudinal concluíram que 45.1%
das falhas de implantes dentários ocorrem na perda tardia, se o primeiro ano da instalação for
considerado o percentual aumenta para 63.2% das perdas. Sendo assim, a prevalência de perda
primária (pré carga) é menor comparada diretamente com a perda tardia (pós carga), e que a
infecção é o principal motivo para que ocorra uma perda, precoce ou tardia.
Neves também afirmou, assim como este estudo retrospectivo que, entre os fatores de
risco, a baixa qualidade óssea associada a implantes curtos parecia ser relevante para a falha. O uso
de implantes de 4 mm de diâmetro pareceu minimizar falhas nessas situações. O implante de 3,75 x
22
7 mm apresentou a maior taxa de falhas (9,7%) dos implantes de 1894 analisados (excluindo projetos
de implantes com taxas de falha mais altas, mas com poucos implantes totais).
Dinato, Polido mostraram em seus estudos que o enxerto ósseo autógeno em bloco é
uma alternativa muito previsível para ganho horizontal de osso em defeitos da maxila, sendo uma
grande alternativa para combater o desafio da reabilitação maxilar quando não se há suporte ósseo
necessário, pois a mesmo apresenta variedades de tipos ósseos e reabsorções significantes.
3 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS *
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in the Anterior Maxilla: A Review of the Recent Literature. Int J Oral MaxillofacImplants.
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ANEXOS