Evangelismo

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APOSTILA DE

EVANGELISMO

PROFª: KÁTIA REGINA DOS S. SILVA


Caro (a) Seminarista,

Somos chamados por Jesus Cristo para um propósito na obra do seu reino. Ainda que, ao olharmos
para nós mesmos, não compreendamos qual seja a perfeita, a boa vontade de Deus para as nossas
vidas!

Acharemos sempre que não há nada de bom para doarmos à obra redentora do Senhor, que a nossa
natureza pecaminosa em nada se aproveita, mesmo assim, que Jesus possa aproveitar das nossas
vidas em prol de outras. E será justamente nesse “achismo”, que o Senhor fará proezas, e encontrará
em cada um a melhor maneira de utilizar nossas vidas para outras vidas.

Deus sempre encontrará em nós uma excelente oportunidade de nos capacitar, e nos usar para o
crescimento do seu reino.

A Palavra já foi liberada a nós: “vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas”.
Marcos 16:15

Obviamente, precisaremos estar sempre atentos ao chamado do Senhor, deixando de lado a vaidade,
o orgulho, a fim de que Cristo seja exaltado e não o homem. Não crie obstáculos artificiais à
pregação do evangelho, reconheça que sem a capacitação e a unção do Espírito Santo você não
poderá fazer nada. É o Espírito Santo que convence o homem do pecado e do juízo, e não você!

Não invente modismos, não force ninguém, não rotule, enfim, não saia da Palavra, seja simples,
sincero e manso como Cristo sempre foi, e eternamente será, e demonstrou para todos em seu vivo
testemunho.

Acima de tudo, e de qualquer coisa nunca deixe de demonstrar amor pelas almas perdidas! Elas
precisam receber o toque do amor de Deus através do nosso próprio toque, para serem alcançadas
pelo Senhor. Esteja sempre atento em todos os lugares, pois por todos os caminhos que passarmos,
nós encontraremos vítimas, se não prestarmos atenção à oportunidade ela será perdida, e o que é
pior passará despercebida, e o ide não será executado, conforme o que Jesus nos ordenou para
fazermos.

Vá nessa sua incapacidade, mesmo que com pouca fé, não negue o Nome do Senhor em sua vida,
fale daquilo que você tem visto e vivido na presença do Seu Deus, e seja o servo a quem o Senhor
procura para executar esta obra maravilhosa!

Ide e dê frutos à seara do Deus Altíssimo! O momento é este, a hora é esta, o tempo é já, agora!

Kátia Regina dos S. Silva

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CAPÍTULO I

POR QUE EVANGELIZAR?

INTRODUÇÃO

Ao longo da caminhada cristã, iremos vivenciar várias situações, em que seremos confrontados a
respeito de nossa fé, e principalmente em relação a evangelizar. Muitos cristãos intimamente sentem
que não são capazes de evangelizar. Nutrem um sentimento de culpa e frustação sobre isso, e não
conseguem entender que é uma brecha criada justamente para que o Evangelho não se torne
conhecido, e nem que haja salvação. Estamos vivendo numa aldeia global, os acontecimentos são
divulgados ao mesmo tempo em todos os lugares, e para todos os tipos de pessoas e credos. E
quantas pessoas estão morrendo sem salvação! Sem que ninguém pregue para elas.

Podemos apresentar pelo menos quatro razões, que nos levarão a falar de Cristo a tempo e fora de
tempo. A partir daí, não descansaremos, até que o mundo todo seja semeado com a Palavra de Deus
(Eclesiastes 11:6).

1. É um mandamento de Jesus

Temos de evangelizar porque, acima de tudo, é uma ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo ( Mateus
28:19,20; Marcos 16:15; Lucas 24:46,47 e Atos 1:8). Logo, não há o que se discutir: evangelizar
não é obrigação apenas do pastor e dos obreiros: é um dever de todo aquele que se diz discípulo do
Nazareno.

Vamos tentar nos colocar no lugar dos discípulos ao ouvir de Jesus; - “Ide, portanto, fazei discípulos
de todas as nações”. Muitos deles provavelmente nunca tinha viajado, talvez não tinham nenhum
conhecimento de lugares tão distantes e desconhecidos. Fora que vivenciaram a rejeição que as
vários nutriam por Jesus, e eles deveriam ir evangelizar. Tente imaginar como os apóstolos devem
ter se sentido. E o mesmo desafio ainda é para nós hoje.

Aquele que ama a Cristo não pode deixar de falar do que tem visto e ouvido. Assim agiam os crentes
da Igreja Primitiva. Não obstante a oposição dos poderes religioso e secular, os primeiros discípulos
evangelizavam com ousadia e determinação (Atos 4:20)

2. É a maior expressão de amor da Igreja

A Igreja Primitiva, amando intensamente a Cristo, evangelizava sem cessar, pois, a final também
amava as almas perdidas (Atos 2:42,46). O amor daqueles crentes não se perdia em teorias, mas
era efetivo e prático; sua postura era mais do que suficiente para levar milhares de homens, mulheres
e crianças aos pés do Salvador. A igreja em Tessalônica também se fez notória por sua paixão
evangelística (Tessalonicenses 1:8).

Enfrentamos hoje os vários tipos de crises, porém precisamos continuar evangelizando os de perto,
e os de longe.

3. O mundo jaz no maligno

Implementemos a evangelização, pois muitos são os que caminham a passos largos para o inferno
(1 João 5:19). Diante dessa multidão, não podemos ficar indiferentes. Uns acham-se aprisionados
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em drogas. Outros, pela devassidão e pela violência. E outros, ainda, por falsas religiões. A
quantidade de pessoas, que estão desistindo de viver e cometendo suicídio está cada vez mais
crescente. Precisamos evangelizar esses cativos. Somente Jesus Cristo pode libertar os oprimidos
das cadeias espirituais (Judas 22:23).

4. Porque Jesus em breve virá

Finalmente, empreguemos todos os nossos esforços na evangelização, porque o Senhor Jesus não
tarda a voltar. Sua advertência é grave e urgente: “Convém que eu faça as obras daquele que me
enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar” (João 9:4). Sim, Jesus em
breve virá. O que temos feito em prol da evangelização? Não podemos comparecer de mãos vazias
perante o Senhor da Seara.

O olhar cristão tem de ser misericordioso. Não podemos fechar os olhos para questões como:
atentados; refugiados; preconceitos e atos de violências dentro e fora da nossa nação. Cada pessoa,
ao nosso redor são almas muito preciosas para Jesus, e pelas quais Ele teve morte, e morte de cruz.

Devemos estar atentos ao como, onde e quando evangelizar. Não podemos perder nenhuma
oportunidade. Como obreiros valorosos devemos estar aptos e capacitados a tarefa gloriosa de
ganhar almas para Cristo.

Evangelizar é a tarefa mais urgente da Igreja de Cristo. Sejam pessoas de longe, ou de perto, elas
estão ansiando (sem mesmo se darem conta), que suspiram pelo evangelho que salva, transforma e
reconcilia-nos com o Pai.

1. EVANGELISMO OU EVANGELIZAÇÃO?

Quais destes tópicos é o mais correto? Se são coisas distintas, qual é a diferença. Quando utilizar
um ou o outro? Ambos os termos são igualmente corretos, pois a evangelização depende do
evangelismo. Sendo que o evangelismo é a teoria, e evangelização é a prática.
Antes de definirmos o que seja evangelismo, temos de apresentar a origem do termo.

O termo “evangelho”, oriundo do vocábulo grego euaggélion, significa “boa


nova”. A palavra é formada por dois vocábulos gregos: eu, bom, e ggelion,
anúncio. Trata-se de uma expressão antiquíssima da língua grega. O poeta
Homero utilizou-a, no século oitavo a.C., com o sentido de “recompensa por uma
boa notícia” A palavra contudo, só viria adquirir a conotação com que, hoje, a
conhecemos a partir do advento de Cristo. Após o seu batismo, o Senhor
apresentou-se a Israel com o evangelho do Reino. Ao descrever a ação
evangelizadora de Jesus, ressalta-lhe Mateus não somente as palavras, mas
notadamente os atos: “e percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas

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sinagogas deles, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as
enfermidades e moléstias entre o povo” (Mateus 9:35).

O Senhor Jesus veio para transmitir, em sua plenitude, o evangelho de Deus. A


partir Dele, o “evangelho” adquire um significado novo, profundo e dinâmico.
(ANDRADE, C., 2016)

A palavra "evangelismo" vem da palavra grega "euangelizomai", cuja definição é literalmente "levar
as Boas-Novas". Evangelismo é o ato de anunciar as Boas Novas do evangelho . A Bíblia define
Boas-Novas em, “Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu
por nossos pecados, segundo as Escrituras, que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia,
segundo as escrituras. 1 Coríntios 15:3,4

A Bíblia diz em Mateus 9:37-38, “Então disse a seus discípulos: Na verdade, a seara é grande,
mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para
a sua seara”.

O evangelismo é um trabalho para todos os Cristãos em todo o mundo. A Bíblia diz em Mateus
28:19-20, “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do
Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis
que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”.

As Boas Novas devem ser pregadas em toda a parte antes de Jesus voltar, como não temos esta data
não se pode perder tempo. A Bíblia diz em Mateus 24:14 “E este evangelho do reino será pregado
no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim”.

Não precisa usar de sofisticação, ou ter muitos diplomas para compartilhar Jesus Cristo com as
demais pessoas.

A Bíblia diz em: 1 Coríntios 2:1-5 “E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o
testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me
propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado. E eu estive convosco em fraqueza,
e em temor, e em grande tremor. A minha linguagem e a minha pregação não consistiram em
palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do Espírito de poder; para que a vossa
fé não se apoiasse na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.

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1.1 - O PROPÓSITO DA VIDA DO SENHOR JESUS (João 3.16)

"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que Nele crê
não pereça, mas tenha vida eterna”.

Jesus tinha consciência do propósito para o qual veio ao mundo. Lucas 2.10-11 diz: “O anjo, porém,
lhes disse: Não temais; eis que vos trago boas-novas de grande alegria, que o será para todo o
povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor”. Os anjos
cantaram e levaram aos pastores essa mensagem descrita em Lucas 2.10-11. A mensagem mais
maravilhosa, que toda a Terra poderia ouvir aconteceu naquela noite, quando Jesus nasceu.

Lucas 19.10 diz: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido”. O próprio Jesus
declara essa verdade. Por que Ele veio? Por que a cruz? Há um propósito para a vinda do Senhor,
uma razão pela qual o Filho do Homem veio ao mundo. Para quê? Para ser apenas um grande
mestre? Não! Ele veio para “buscar e salvar o perdido”.

Quando participamos da Ceia, em nosso coração fica claro o reconhecimento do propósito da vinda
de Jesus. Por que Ele veio? Ele veio buscar, veio salvar o perdido”. Não importa quão longe o
perdido esteja; não importa quão longe o pródigo tenha chegado; Jesus veio para buscar e salvar.
João 3.17: “Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas
para que o mundo fosse salvo por ele”.

O sacrifício de Cristo não pode ser em vão, todo preço pago foi para que todos tivessem vida eterna.
É uma expressão de amor de Deus.

E para não deixar qualquer sombra de dúvida, Jesus disse aos seus discípulos que assim como o
pai enviou-O, assim também Ele nos envia (Joao 17:18-21). Todos os que N’Ele creem são agora
chamados para a sua obra (João 14:12). Não há exceção. Que entendamos isto ou não, todo cristão
é uma expressão pessoal do Evangelho “conhecido e lido pelos homens” (2 Coríntios 3:2-3)

1.2 - A IMPORTÂNCIA DO EVANGELISMO

Por falta de entendimento alguns líderes de igrejas evangélicas têm negligenciado o evangelismo.
O evangelismo é um assunto que deveria ter a maior atenção por parte dos líderes, pois edifica a

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vida do crente e da igreja. Assim como todos os homens e mulheres apresentados nos textos bíblicos,
que se julgavam sem preparo, sem força e fé, assim também ocorre com cada cristão.

Sempre o irmão da frente estará mais bem preparado do que você. Entretanto, tudo isto é um grande
engano, pois quando o Senhor escolhe, é Ele mesmo quem capacita. Além disto, sabemos que a
nossa capacitação não vem de nós, mas sim do Espírito Santo”. A importância deste trabalho, ou
melhor, privilegio, está verdadeiramente, em fazer a vontade de Deus, em ser obediente, e cumprir
a escritura que diz: ‘sê tu uma benção”.

✓ Um mandamento que o Senhor nos deu (Mateus 28.19,20);


✓ Uma obrigação de todo salvo (1 Corintios 9.16);
✓ Um dever de todo crente (2 Timóteo 4.1,2);
✓ Um privilégio de cada salvo (Mateus 10.32);
✓ Uma responsabilidade de cada crente (1 Timoteo 2.4);
✓ Um desafio para o ganhador de almas (Salmos 126.5,6);
✓ Uma prova de que temos a natureza de Deus (2 Pedro 1.4);
✓ Uma dívida de todo crente (Romanos 1.14,15);

Quando a igreja ensina o crente a evangelizar, está levando o crente a cumprir o mandamento de
Cristo. Marcos 16:15 (“E disse-lhe: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura”)

O evangelismo faz com que o crente não mantenha uma vida acomodada dentro da igreja, sem
frutos, mas, sim com que ele venha a se sentir útil na obra do Senhor. Is.48: 17. I Corintios.12:7.

Por que vemos poucos trabalhadores na seara do Senhor? Por que os líderes se preocupam muito
pouco com o evangelismo. Lucas. 10: 2.

O evangelismo também tem a função de tirar da vida do crente a timidez, e faz com que deixe de se
envergonhar do nome de Jesus. Marcos. 8: 38.

O evangelismo tem a função de fazer o Evangelho ser pregado em tempo, e fora de tempo. II
Timoteo. 4: 2.

O evangelismo também faz com que o inferno seja invadido pela igreja do Senhor. Mateus. 16: 18;
Lucas. 10: 19.

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Através do evangelismo muitas almas convertem-se, muitos novos discípulos de Cristo são feitos,
então se cumpre o que está escrito: Mateus. 28: 19. (“Portanto ide, fazei discípulos, batizando-os
em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;”)

Através do evangelismo muitos sinais acontecem, fazendo com isto que a fé do crente venha a ser
aumentada. Lucas. 10: 17; Marcos. 16: 17 ao 20.

O evangelismo leva o crente a fazer do seu corpo físico um instrumento de Deus. I Coríntios. 6: 20.

O evangelismo faz com que crente venha a conhecer o Poder, e a Autoridade que há no nome de
Jesus. Filipenses. 2: 9; Salmos. 60: 12.

1.3 - O EVANGELHO É PODER DE DEUS

“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de
todo aquele que nele crê; primeiro do judeu, e também do grego”. Romanos 1:16

O evangelho não apenas em poder, mas é o próprio poder de Deus. Paulo o reputa como um tesouro
sagrado, 1 Timóteo 1:11e 15.

Tem exercido profunda influência na história da humanidade. A leitura deste livro da Bíblia
impactou de forma profunda a vida de Agostinho e Lutero, os grandes expoentes da Patrística e da
Reforma, respectivamente.

O evangelho é o poder de Deus. Não há limitação nesse poder, pois Deus é onipotente. O evangelho
é o poder de Deus para a salvação. Não é um poder destruidor, mas salvador. Não é um poder que
mata, mas que dá vida. Não apenas vida física e terrena, mas vida espiritual e eterna. O trabalho do
cristão é ir e pregar o evangelho, e não ficar preocupado em convencer as pessoas a aceitarem a
Cristo. Isso nos foi ensinado por Jesus, quem convence o homem é o Espirito Santo, somente Ele é
capaz de tocar os corações dos incrédulos (e dos crentes, também).

Não há salvação fora do evangelho, pois o evangelho é a boa nova de Cristo. O evangelho trata do
que Deus fez por nós por intermédio de Cristo. Não somos salvos por aquilo que fazemos para Deus,
mas pelo que Deus fez por nós em Cristo. Mas o evangelho é o poder de Deus para a salvação de
todo o que crê. Aqui Deus impõe uma limitação. Somente aqueles que creem podem ser salvos.

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Somente aqueles que colocam sua confiança em Cristo e o recebem como Salvador e Senhor podem
receber a salvação. Grandes e pequenos, ricos e pobres, doutores e analfabetos, judeus e gentios são
salvos por Cristo da mesma maneira: pela fé. A fé não é meritória; é um dom de Deus.

O evangelho é o mais fascinante projeto de vida que Deus tem para oferecer à humanidade perdida
e condenada. Projeto que reconstrói lares, restaura vidas arruinadas, reintegra o homem à sociedade
e o conduz à vida eterna. Ele tem transformado milhares e milhares de pessoas num acontecimento
de vida, alegria e esperança, e tem gerado os homens mais humanos da história, dos quais o mundo
não era digno.

O evangelho não é invenção humana, nem tampouco um conto de fada, mas uma verdade irrefutável,
que não pode ser negada e que tem atravessado séculos e mais séculos e chegado aos milhares e
ainda chegará a outros milhares.

1.4 -SITUAÇÃO ESPIRITUAL DOS PERDIDOS

A cada dia que passa, vemos o esfriamento de muitos, sejam dentro das igrejas e principalmente
fora delas. A situação está crítica, vivenciamos a era do vazio e da insignificância humana. A
existência humana está deteriorada e decadente, marcada pelo tédio e pela indiferença.

Alguns sintomas desta insignificância são justamente a agressão, a quebra de valores familiares, a
depressão, e a banalização da sexualidade. Verifica-se, de fato, no contexto atual, altos índices de
depressão, suicídio, agressão e violência; além do aumento exagerado no uso de entorpecentes, e a
superficialidade com que são vividas dimensões tão íntimas como a sexualidade revelam justamente
a fragilidade dos valores humanos e o profundo desespero e desânimo neste mundo. Devemos
acrescentar um sintoma que é o uso descomedido das redes sociais – que tem revelado, mais do que
redes de conexões e laços humanos significativos, solidão e fuga de relacionamentos, ou a
incapacidade de se relacionar de modo profundo.

A humanidade vive um estado de alienação. Alienação da existência, de si próprio,


dos outros, em suma, do fundamento do seu ser. O estado de alienação profunda é
o estado em que o ser se perdeu e se esqueceu de sua pertença, sua ligação original
que sustenta o ser no vazio. O ser humano em sua essência participa do Ser de Deus
e o Ser de Deus participa do ser humano. Mas a dinâmica existencial acaba
afastando o ser humano do ser-em-si, da sua verdadeira essência, da sua
autenticidade. ( Tillich, Paul)

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Quando Deus chamou Paulo para ir à Europa, e mostrou-lhe, numa visão, um varão macedônio que
lhe rogou, dizendo: "Passa à Macedônia e ajuda-nos!"(At 16.9). Esse homem, que o apóstolo viu
em sua visão, apresentava no seu pedido todos os sofrimentos, angústias e decepções em que os
povos na Europa viviam naquele tempo, por não conhecerem o caminho da salvação.

O mesmo clamor ainda hoje é ouvido! O clamor dos que não foram alcançados pelo amor de Cristo,
deve representar para nós motivo real para realizarmos, urgentemente, a obra missionária. Ainda
temos milhares, de milhares que ainda nem sequer ouviram sobre o sacrifício vicário de Jesus Cristo.

Atualmente, vivemos dias conturbados, e em todas as áreas da atuação humana estamos vivenciando
a falta de temor a Deus, e o desejo de estar diante de Sua Presença poderosa. E cada uma destas
áreas estão em crise, e já haviam sido mencionadas na Palavra de Deus, tais como:

a) Crise moral – divórcio (Genesis 6:1-2); perversão sexual (Romanos 1:27,28); orgia (2
Timóteo 3:4); pornografia (Mateus 5:28) e drogas (1 Coríntios 3:16-1)

b) Crise social – violência (Genesis 6:11,13); fomes e flagelos (Lucas 21:11 e Apocalipse 6:8);
falta de moradia, falta de recursos, saúde, hospitais e educação
c) Crise econômica – inflação, desemprego, falência e concordatas

d) Crise política – guerra (Mateus 24:6,7) Lucas 21:9,10; escândalos, instabilidades

e) Crise religiosa – disseminação de seitas e grupos religiosos

Por conta deste quadro de crises, vemos que pregar o evangelho significa:

• A missão mais importante e urgente da igreja de Cristo; não podemos adiá-la nem a substituí-
la.
• Arrancar as almas do fogo da condenação (Judas 23);
• Mostrar ao pecador que ele está morto em pecados, mas pode receber a vida espiritual
(Efésios2,1,5)
• Mostrar a doença (pecado), mas apontar o remédio (Cristo) (Números 21:4,9)
• É anunciar que o reino de Deus está próximo e todos devem se arrepender. (Marcos 1:15)
• Não é anunciar riqueza para todos por meio da fé em Jesus.
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CONSIDERAÇÕES DO CAPÍTULO

Quando Jesus instituiu a Grande Comissão, em Mateus 28, Ele marcou para cada um de nós uma
parte de uma região, de um local, de uma área para que cada um de nós pudéssemos atuar. Alguns
alcançarão os confins da Terra, mas a grande maioria alcançará apenas algumas regiões.

O principal é que tenhamos o entendimento de que, verdadeiramente, fomos comissionados, e por


conta disto temos de multiplicar a nossa área de atuação evangelística. Se cada um de nós, fizemos
discípulos; e estes outros; e os outros; mais outros, e assim sucessivamente, e com a ajuda do Espírito
Santo, aí sim, chegaremos até os confins da Terra.

Não devemos subestimar o alcance deste trabalho, mas devemos nos empenhar em prol dele! O
nosso campo de atuação é muito grande, é o mundo! A tarefa de evangelizar nesta geração e fazer
novos discípulos é toda nossa, não podemos ter medo de enfrentar este desafio, não será um fardo!
Enquanto viajamos pelo mundo; e enquanto realizamos nossas atividades diárias, quando
trabalhamos, estudamos em um curso, na escola, na universidade ou em qualquer outro local, nos
transportes, shopping, ou em um local público, enfim, tem vários lugares para anunciarmos o
Evangelho de Cristo.

Atualmente, no Brasil temos a liberdade de pregar o evangelho, mas será que estamos usando desta
liberdade para realmente, falar do plano de salvação. Será que podemos utilizar dela de forma a
aumentar o reino de Deus? Estamos sendo instrumentos, para que outras vidas vivam um banquete
ao receber a sua salvação? Qual tem sido o nosso aproveitamento desta liberdade? Precisamos
refletir sobre esta questão.

Veja o relato de um evento de Missões, apesar de não ser um evento Evangelístico servirá para
apreciarmos a questão do aproveitamento desta liberdade para o evangelismo.

“A LIBERDADE QUE APRISIONA”


Publicado em: 4 agosto 2015

Esse foi o tema do 2º Congresso de Missões da Catedral das Assembleias de


Deus em Santa Cruz
Por Monique Suriano
A Catedral das Assembleias de Deus em Santa Cruz (CADESC), presidida pelo
pastor José Pedro Teixeira, realizou nos dias 1 e 2 de agosto o 2º Congresso de
Missões com o tema “A liberdade que aprisiona” baseado em Gálatas
5.13 “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da
liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo
amor”. “Somos livres para tudo: pra pregar o evangelho e anunciar as boas novas,
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tão livres que podemos escolher não pregar e nos acomodar, e isso é um perigo”,
enfatizou o Diretor de Missões Igor Andrade.
O evento foi iniciado na manhã de sábado (1/8) com a presença do fundador da
Missão Mais (Missão em Apoio a Igreja Sofredora), pastor Mario Freitas, que foi
o encarregado de ministrar a Palavra de Deus. Ele pregou em Provérbios 24.11,12
“Se tu deixares de livrar os que estão sendo levados para a morte, e aos que estão
sendo levados para a matança; Se disseres: Eis que não o sabemos; porventura não
o considerará aquele que pondera os corações? Não o saberá aquele que atenta
para a tua alma? Não dará ele ao homem conforme a sua obra?”. O pastor Mario
Freitas contou experiências missionárias e falou sobre as três características da
igreja estável em relação à igreja sofredora. “A primeira é o pessimismo quando
se trata das situações impossíveis que a igreja sofredora enfrenta. A segunda é a
falta de interesse por informações da igreja sofredora. E a terceira é o destemor
diante de tudo que tem acontecido com os nossos irmãos que sofrem”, disse o
pastor.
A cerimônia da abertura oficial do Congresso foi feita à noite pelo pastor
presidente José Pedro Teixeira. Ele contou algumas de suas experiências
missionárias, como as vivenciadas nos campos do Alecrim, Paraíba, Amazonas.
“Em alguns lugares no Amazonas só é possível chegar de barco. Certo dia o rio
estava revolto, e o índio que era o nosso guia disse que ninguém entrava no rio
naquelas condições. Mas eu estava tão ansioso para chegar ao local que decidi ir
assim mesmo. Naquele dia nós passamos por grandes apuros e no meu coração eu
disse que nunca mais faria aquilo. No outro ano estava eu lá novamente!”, relatou
o pastor José Pedro. Ele cantou o hino Desejo Missionário em coro com o Diretor
de Missões e com o Ministério de Louvor CADESC, antes da apresentação de
abertura.
Na apresentação, cinco jovens representaram as regiões do Brasil e cada um
relatou as dificuldades enfrentadas nessas regiões. O jovem Michael Felipe falou
sobre o intenso tráfico humano na Região Norte, que chega a lucrar mais que o
tráfico de drogas em todo o país. Daniel Alcântara falou sobre a ideologia de
gênero que assola as escolas da Região Sul do país, com o objetivo de inserir na
educação o sistema de que as crianças não nascem homem ou mulher, mas que
elas próprias devem descobrir o seu sexo com o passar do tempo. A jovem Paola
de Almeida falou sobre o crescimento do abuso sexual infantil na Região
Nordeste. Karoline Souza falou sobre o envolvimento cada vez maior de
adolescentes no tráfico de drogas na Região Centro-Oeste. E Lucas Maia falou
sobre a escassez de água na Região Sudeste.
Após a apresentação, um grande clamor feito pela igreja, através do evangelista
Sandro do Carmo, atraiu a glória de Deus que encheu toda a casa. Quem pregou
foi o missionário Ângelo da Silva, que atualmente dirige uma Congregação do
Campo do Alecrim, em João Câmara (RN). Ele contou a história da sua vida, e
baseado no primeiro capítulo de Jeremias falou sobre a capacitação que Deus
concede aos servos para que façam a Sua obra. “Deus já te deu as nações por
profeta; as portas das prisões já estão abertas, então saia e obedeça a voz do
Senhor!”, enfatizou. “Deus não tocou a cabeça, o ouvido, não foi nenhuma outra
parte, mas a boca que é para falarmos”, disse Ângelo.
Líder do ministério jovem Underground da Missão Portas Abertas, o missionário
Estevão Medeiros ministrou a Palavra de Deus no encerramento da festa. Ele
compartilhou experiências no campo missionário e falou sobre a necessidade da
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pregação do evangelho em vários lugares do mundo onde a perseguição aos cristão
é extrema. Baseado em Lucas 14, ele descreveu as três características de um
verdadeiro discípulo de Cristo. “A primeira característica é amar a Deus acima de
todas as coisas (verso 26: “Se alguém deseja seguir-me e ama a seu pai, sua mãe,
sua esposa, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até mesmo a sua própria vida mais
do que a mim, não pode ser meu discípulo”). A segunda característica é estar
disposto a levar a cruz d’Ele (verso 27: “Da mesma forma, todo aquele que não
carrega a sua própria cruz e segue após mim não pode ser meu discípulo”. E a
terceira característica é não voltar atrás (verso 28: “Porquanto, qual de vós,
desejando construir uma torre, primeiro não se assenta e calcula o custo do
empreendimento, e avalia se tem os recursos necessários para edificá-la?”),
explanou o missionário Estevão Medeiros.

CAPÍTULO II

1 - COMO EVANGELIZAR

Para começar, o ganhador de almas tem de ter a sua experiência própria da salvação. É um paradoxo
alguém conduzir um pecador a Cristo, sem ele próprio conhecer o Salvador. Isto é apontar o caminho
do Céu sem conhecê-lo. Quem fala de Jesus deve ter experiência própria da salvação.

Você consegue imaginar, que após o sermão do monte, onde milhares precisavam ser alimentados,
se tudo fosse feito de forma totalmente desorganizada? Jesus sempre, o nosso maior exemplo, nos
mostra que em tudo temos de ser organizados, dedicados e fazer tudo com excelência, com zelo e
cuidado.

Desta maneira, temos de evangelizar com graça, ordem e atenção aos mínimos detalhes para que o
evangelismo alcance inúmeras almas para Cristo.

Sendo assim, é possível evangelizar mesmo nos lugares aparentemente difíceis, basta simplesmente
estudar uma estratégia para essa evangelização, mesmo que o tempo seja prolongado.

Muitos lugares, ainda não foram alcançados por falta de estudar as estratégias de evangelismo.
Formar um método com excelência para a obra de Deus, isso requer tempo de estudos, isso mostra
que a preocupação com a propagação do evangelho significa investir no hoje, para não
Sofrer no amanhã, ao semear hoje facilitará para outras gerações colherem futuramente.

Muitas formas de evangelismo são excluídas por algumas igrejas, mas para que sejam usadas para
alcançar vidas para Cristo, será necessário acabar com os preconceitos de certos métodos, tais como
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o teatro, coreografias, músicas (ritmos), estilos e etc. Isso indica que há uma dificuldade no mundo
cristão, com relação ao evangelismo, muitos perderam seus alvos de evangelização por falta de uma
estratégia ou falta de entender o mundo a sua volta, e devemos entender que as pessoas no mundo
todo tem seus costumes, suas culturas, maneiras de vestir-se, e muitos líderes cristãos tem ignorado
essa realidade e forçando-as, a viver do seu jeito.

Como uma ferramenta de auxílio ao evangelista, temos alguns métodos que posteriormente serão
estudados, porém iremos agora apresentar a classificação destes métodos.

1- UTILIZANDO MÉTODOS

1.1 MÉTODO DIRETO


É aquele feito através de alguns tipos de perguntas. Atos 8:30-35

“Você está bem com Deus?” “Você já recebeu a Jesus como seu Salvador e Senhor?”

“Você já tem a certeza da vida eterna?” “Você sabe onde vai passar a sua eternidade?”

1.2 MÉTODO INDIRETO:

Aquele onde é aproveitado as circunstâncias ocasionais como: situação mundial à luz das
profecias, guerras, terremotos, acidentes, catástrofes, doenças, epidemias, mortes, política, crises
pessoais, crimes, dificuldades, etc. (At 17.15,34).

1.3 MÉTODO DA LITERATURA E MENSAGEM EM CD

Utilizando literatura e mensagem relacionada, objetiva e de acordo com a idade da pessoa que se
pretende evangelizar.

Este método surte grande efeito quando, além de entregarmos a literatura e/ou a mensagem para o
pecador, também lhe falamos alguma coisa a respeito do seu conteúdo, para despertar na pessoa a
curiosidade e o desejo de ler.

1.4 MÉTODOS DIVERSOS

(Células, Discipulados, Consolidação, Música, Teatro, Dança e etc.).

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Podemos definir método, “como o conjunto de preceitos para fazer certa coisa, isso é para obter
certo resultado, modo de proceder, boa ordem, programação e classificação dos atos para ter seus
resultados”. (RIOS, 1999 p. 379.)

Os métodos são usados nas grandes empresas para obter o resultado para o crescimento de uma
empresa, é usado pelo marketing para o crescimento do nome de um produto, e o seu resultado é
sua venda, tudo com ordem e programação e sempre com resultados. Então por que não usar
métodos para a evangelização? Porque ter métodos para evangelização? Os métodos não são para
deixar a ação divina de lado, e confiar em seus próprios meios, creio que essa ideia não dará muito
certo, pois primeiramente dependemos da ação do Espirito Santo para convencer o pecador ao
arrependimento; “E quando ele vier convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo;”(Jo 16
v 8).
Ao longo dos nossos estudos, e até mesmo com nossa própria vivência estaremos constatando, que
não existe o melhor método. Aliás, o melhor método será sempre, aquele de ganha almas para Cristo!

2 - APRESENTANDO A MENSAGEM DE MANEIRA APROPRIADA

Aquele que deseja ganhar almas para Cristo deve conhecer bem a Bíblia, isto é, deve ter dela um
razoável conhecimento prático. Não basta, entretanto, ter esse conhecimento. É preciso, também
saber usá-la e de forma apropriada. Algumas sugestões de caráter geral sobre o uso da Bíblia, e de
igual utilidade em todos os casos:

É necessário que o crente conheça bem os textos, para apresentá-los à medida que a necessidade for
exigindo. Não é um texto qualquer que vamos citar, mas aquele apropriado pura o momento, pois a
Bíblia tem uma mensagem adequada para cada caso, cada coração, cada circunstância.

O que é preciso é conhecer a Bíblia e depender do Espírito Santo. Assim sendo, Deus abre a
porta, guia e dá a mensagem adequada e ungida pelo seu Espírito. É oportuno, lembrar de
que, o Espírito Santo, e a Palavra de Deus jamais se contradizem. Quem se julga espiritual deve
conhecer e amar a Bíblia, e quem seguir a Bíblia, deve andar segundo o Espírito.

E a Bíblia, é evidente. Ela é a Palavra de Deus, e, d’Ele temos a extraordinária promessa: “Porque
assim será a palavra que sair da minha boca: ela não voltará vazia, antes fará o que me apraz, e
prosperará naquilo para que a enviei.” (Is 55.11). Vide também Tg 1.21b; Sl 126.5, 6; Rm 1.10.

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2.1 - Marcar Passagens da Bíblia

O ganhador de almas deve munir-se de uma boa tradução da Bíblia e separá-la especialmente para
seu trabalho. Convém sublinhar cuidadosamente, com tinta vermelha, as passagens escolhidas para
serem usadas. Este método tem um valor psicológico. A tinta vermelha grava-se na mente da pessoa,
e enquanto essa impressão perdurar, ela não esquecerá as palavras.

2.2 - Levar as pessoas a ler as passagens.

Convém levar a pessoa com quem se fala a ler ela mesma a passagem na Bíblia, de preferência em
voz alta. Se o evangelizando não souber ler, então a pessoa que procura ganhá-lo pode ler.

2.3. Usar poucas passagens

É muito recomendável selecionar duas ou três passagens sobre os pontos vitais, tais como: o pecado,
a fé e a confissão, que certamente serão considerados ao falar-se com alma perdida. Aquele que
aspira ganhar almas deve familiarizar-se com esses versos de modo a poder usá-lo a qualquer
momento e com toda a habilidade.

CAPÍTULO III

1. ONDE EVANGELIZAR

Disse Jesus: “... ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até
aos confins da terra” (At 1.8). Um pouco antes de sua ascensão, Jesus revelou a seus discípulos os
diversos horizontes para os seus esforços missionários, e que também deverão ser os nossos.

JERUSALÉM

Jerusalém podemos dizer que é a cidade onde vivemos, trabalhamos, estudamos e criamos nossa
família, pequena ou grande não importa, onde estão nossos familiares, vizinhos, colegas de escola
e colegas de trabalho. O que estamos fazendo para atrair essas pessoas para Deus?

JUDÉIA

Podemos considerar como o país ao qual pertencemos, se por nascimento, adoção ou imigração,
bem como cidades, subúrbios e comunidades.

SAMARIA

São povos que estão entre nós e ao nosso lado e que são diferentes de nós. Samaria é próxima da
Judéia, porém os laços que deveriam liga-las, era justamente o que as separava. A questão racial,
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cultural, religiosa causava uma profunda desavença entre estas cidades. Estas questões causavam
grandes barreiras. Será que estamos dispostos a romper muitas barreiras por amor a Cristo?

CONFINS DA TERRA

Podemos dizer que representaria as pessoas mais distantes de outras nações da terra, especialmente
onde os povos que não tem crentes ou há muito poucos?

E não podemos nos esquecer do povo judeu. Devemos amar este povo por causa da sua herança,
que temos o privilégio de receber através de Jesus Cristo. Devemos orar por eles e desejar vê0los
chegar a conhecer ao Senhor.

O lugar de começar é aquele onde o povo está aberto para o Espírito Santo de Deus. Não há nenhuma
vantagem em arrombar uma porta fechada. Vá aonde houver evidência de renovação espiritual, e
trabalhe a partir daí, enquanto o Espírito vai preparando o caminho.

Devemos seguir o exemplo de Jesus, que não perdia as oportunidades, estava sempre acessível aos
que buscavam socorro, para Ele não existia tempo ruim, lugar distante, trânsito, problemas de
condução, muito pelo contrário a caminhada quase sempre era feita a pé. Hoje temos todas as
condições para evangelizar, e ainda assim, muitas das vezes ficamos devendo a devido atenção ao
evangelismo. Em resumo, onde evangelizar significa em todo tempo e em todo lugar! Temos a
melhor resposta na Palavra:

✓ em sua casa (1 Tm 5.8);


✓ de casa em casa (At 20.20);
✓ entre familiares (Lc 8.39);
✓ entre colegas (Jo 1.41,45);
✓ nas conduções (At 8.27,31);
✓ nas prisões (Fm 10);
✓ nos hospitais (Mt 25.36,39);
✓ impactos evangelísticos;
✓ com adesivos;
✓ por meio de roupas com mensagens bíblicas;
✓ com faixas e cartazes (outdoor); e etc.

1- EVANGELIZANDO A FAMÍLIA

“Se eu cresse, no que vocês evangélicos dizem que creem, eu dedicaria toda minha vida para
pregar o evangelho e salvar as pessoas”. (ateu)
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Evangelizando a família:

A linha de frente da evangelização em qualquer momento da História sempre foi primeiro a família.
E sem medo de errar, é o lugar mais difícil para ser crente é dentro da nossa casa, no seio da nossa
família. Dentro da nossa casa não há disfarces, não há máscaras. Se você é um crente fiel na sua
casa, será em qualquer outro lugar.

O alvo número um de Deus é que eu e você alcancemos a nossa família. Veja os versículos que
comprovam tal argumento: Atos 16.31, II Tm 1.5 e I Tm 5.8

Não perca o seu foco, o desejo de ver seus familiares convertidos a Jesus. Não se acomode, deixando
de lado este grande objetivo. Não force a barra. Não fique falando de Bíblia a cada frase, isto dará
a eles uma visão distorcida do evangelho, além de colocar você na categoria dos “crentes chatos”,
inconvenientes. Não fique colocando versículos bíblicos por todos os bolsos, paredes e outros
lugares, atitudes como estas, apesar de bem-intencionadas, terão um efeito contrário no coração
destas pessoas. Não fique insistindo ininterruptamente com seu familiar para ir à igreja. Lembre-se
de que a Bíblia nos exorta: “Seja a vossa moderação conhecida de todos...” (Filip. 4:5).

Intercedendo por eles

Se algumas pessoas pudessem entender o poder da oração intercessória; começariam hoje mesmo a
orar pelos seus e veriam o agir de Deus de maneira mais abrangente! Ao desejar ver alguém chegar
a Cristo, a coisa mais importante a fazer é orar por aquela pessoa, pedindo a Deus para fazer o que
não podemos.

a- Abrão intercede por Ló quando este estava em Sodoma e Deus deu o livramento (Gn18:23-32).
b- A igreja orava por Pedro quando estava no cárcere e Deus quebrou as correntes que o prendiam
(At12:5)
c- Jó oferecia por seus filhos sacrifícios a Deus (Jó1:5)

Aprenda a passar coisas que despertem o desejo dos seus de irem à igreja. (Sl96:3,4)

a- O testemunho é de grande eficácia (Mc5:19).


b- Cuidado com o que fala na mesa de almoço...
Pergunta: Qual é a visão que seus filhos têm da igreja? Do seu pastor?

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Aproveite as oportunidades para reunir não só com a sua família, mas também com seus
familiares.

Um grande erro que distancia as pessoas de nós e da Presença de Deus é achar que por aceitar a
Jesus devemos nos afastar de nossos familiares, isto tem se tornado um empecilho para que muitos
não queiram nem saber de igreja; e isto acontece com a maioria de nossos irmãos, que sem
orientação acham que não podem mais participar de nenhuma reunião familiar devido às coisas que
acontecem nelas.

Implante em seu lar hábitos como culto doméstico, oração, leitura da palavra. Dt 6:6-9

OBS: Porém tenha sabedoria ao implantar estas coisas!

“O segredo é deixar as pessoas com o desejo de quero mais e não de enfastiado, se não ele acaba
vomitando tudo; E aquele alimento não terá efeito nenhum, só trará sensação de satisfação, porém
vazio estará”.

E não te esqueças, que não é por força nem por violência. (Zc4:6)
a- Creia nas promessas de Deus.
b- Aprenda a esperar a hora de Deus.
c- Deixe Deus agir.

Passos importantes:

1. Faça uma lista com o nome de todos os seus familiares e ore constantemente por eles.
2. Aos pais: levante-se de madrugada e ore por seus filhos. Se possível for, imponha as mãos
sobre eles e os abençoe;
3. Convide seus familiares para a igreja, especialmente para cultos com mensagens especiais
(ex. dia das mães, dias dos pais, apresentação teatral, etc)
4. Não se irrite com eles. Não lhes chame de duros, incrédulos, coração de pedra,
5. Use sempre para marido, filhos, esposas as frases “Jesus te ama”, “Deus te abençoe”
6. Nunca leve para casa problemas da igreja
7. Sempre que possível, faça um culto no lar
8. Seja uma pessoa normal dentro do lar, não se mostre “santarrão”. Participe com alegria dos
almoços e confraternizações em família.
9. Nada melhor do que o exemplo de vida. Por isso, mude e isto valerá mais do que palavras.
10. Em data de aniversário, de um livro ou uma bíblia de presente, com uma dedicatória.
11. Para esposos e esposas: não dê mais tempo à igreja que ao seu cônjuge.
Não deixe de cumprir com suas obrigações domésticas.

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2- EVANGELIZANDO NOS LARES

Na tarefa de evangelização pessoal, na maioria das vezes, você terá de ir ao lugar onde as pessoas
se encontram. Assim como Jesus disse, e fez: buscar e salvar o perdido. Na direção do Espírito
Santo, você poderá visitar prisões, hospitais, locais de trabalho e lares. Em cada lugar você deverá
respeitar os seus costumes e normas. E também precisa manter uma atitude que faça você agradável
para a pessoa visitada, de modo que não haja nenhum impedimento para ela ouvir o Evangelho.

Tomando como exemplo o lar, provavelmente o lugar onde se realiza mais visitas para
evangelização, seguem algumas recomendações.

3- EQUIPE PARA VISITAS

Duas pessoas são suficientes para a visita num lar, podendo a medida do possível ter mais pessoas.
De qualquer maneira o Espírito Santo irá direcionar a liderança. Para evitar constrangimentos, o
evangelizador somente irá sozinho se no lar houver pessoas do mesmo sexo. Por exemplo, o homem
somente irá sozinho visitar o lar de uma mulher, se lá também estiver o seu esposo, irmão ou pai.
Para visitar pessoas que vivem sozinhas é recomendável que a equipe tenha evangelizadores dos
dois sexos.

Na entrada do lar, você deverá se apresentar, dizendo seu nome, a sua igreja e a sua função. Se
estiver acompanhado, faça a mesma apresentação das pessoas que estiverem com você. Espere o
visitado lhe convidar para entrar. Ao entrar, agradeça-o com palavras como “obrigado” ou “com
licença”, os princípios da educação que para mais está em desuso, no caso do evangelista jamais
poderá ser esquecido!

3.1 - Marque o horário

Antes de visitar o lar, marque o dia e a hora para permitir que a pessoa se prepare com antecedência.
Se a visita não tiver sido marcada, tome cuidado para que você não se torne um incômodo. Se a
visita se tornar desagradável, com certeza bloqueará a pessoa para receber a Palavra de Deus. Caso
a pessoa visitada tenha outro compromisso naquele momento, como visita de parentes, alguma
tarefa importante no lar ou um lazer que ela gosta muito, peça-lhe desculpas e marque outro dia e
hora.

3.2 - Dentro do Lar

Não se mostre curioso em observar os móveis e as condições do lar, a não ser que você ache
necessário fazer, de modo sincero, algum elogio, por exemplo: “este sofá é mais confortável que o
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meu!” ou “que quadro bonito!”. Nunca altere as atividades no lar, como: desligar televisão, ou o
rádio, baixar volume, fechar cortinas e janelas, juntar cadeiras. Quando uma dessas coisas for
realmente necessária, peça educadamente para que a pessoa visitada o faça.

3.3 - Ao sentar

Procure sentar-se perto da pessoa a ser evangelizada. Assim você poderá mostrar-lhe na Bíblia, o
texto que está lendo, e também poderá pedir-lhe para que o leia.

3.4 - O motivo da sua visita

Mantenha-se alerta para não se desviar dos motivos da visita. Você está ali para falar do Salvador
Jesus, para anunciar as boas novas de uma vida eterna na presença de Deus. Evite outros assuntos,
a não ser que, quando falar deles, possa descontrair a pessoa visitada e assim torná-la mais disposta
para ouvir o Evangelho.

3.5 - Faça o apelo

Estando certo que a pessoa ouviu e entendeu o Evangelho, aproveite o momento e lhe ofereça Jesus,
pedindo-lhe que aceite Jesus em seu coração. Se ela não entender, explique-lhe que “aceitar Jesus”
quer dizer reconhecer que é um pecador, que não pode encontrar-se com Deus em uma situação de
pecado, que deve ter o deseja ser salvo, e crer que Jesus morreu na cruz em seu lugar, que Jesus
pode perdoar todos os seus pecados, e que se desejar poderá seguir a Jesus por toda a sua vida.

NÃO ESQUEÇA

Alguns cuidados ajudarão você, tais como:

• Não demore muito no lar visitado,

• Mas, também, não se mostre apressado,

• Deixe alguma literatura (por exemplo: folhetos),

• Convide a pessoa para visitar a igreja,

• Forneça o endereço da igreja e o horário dos cultos,

• Agradeça, gentilmente, a oportunidade de ter sido recebido no lar, e

• Procure marcar outro dia e hora para retornar.

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4- EVANGELIZANDO EM PRESÍDIOS

Porque devemos Evangelizar nos Presídios

O ministério de Jesus consistia em proclamar libertação aos cativos (Luc 4:18). Ele espera que a sua
igreja visite os presos. O Senhor Jesus está identificado não apenas com os enfermos, mas também
com os presos. É por isso que Ele disse: "Estive na prisão, e fostes ver-me" (Mat 25:36). Então os
cristãos perguntarão: "Quando te vimos na prisão, e fomos visitar-te?" E então responderá Jesus:
"Sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes"
(Mat 25:40).

Na Carta aos Hebreus, o escritor exorta aos seus leitores que se lembrem dos presos como se
estivessem presos (Heb 13:3).

Há quem pense que tais textos bíblicos que tratam do cuidado que devemos ter para com os presos
diz respeito aos presos cristãos, que estão injustamente presos. Mesmo que aceitemos tal
hermenêutica, mesmo assim, devemos visitar os presídios para evangelizar os ladrões e criminosos
que porventura lá estejam, pois Jesus não veio para os sãos e sim para os doentes, não

veio para os justos, mas para os injustos, não veio para os salvos, mas para buscar e salvar os
perdidos (Luc 19:10; Mat 9:10-13).

4.1 COMO EVANGELIZAR NOS PRESÍDIOS?

Assim como há normas para visitação nos hospitais, assim também há normas para visitar nos
presídios. Os cristãos devem respeitar essas normas. Elas visam à boa ordem nos presídios e à
segurança de todos. Infringir tais regulamentos, sob o pretexto de que Deus nos guarda e não
permitirá que coisa alguma de mal aconteça é imprudência. Procure saber sobre quantas pessoas
podem ir ao presídio, se pode levar instrumentos, se pode cantar, se há um lugar para culto com
todos os presos, quanto tempo disponível para tal visita, se pode distribuir literatura, etc.

A evangelização nos presídios deve contar com literatura especial. A literatura usada na
evangelização nos hospitais não é a mesma a ser usada nos presídios. Há poucas exceções a esta
regra. Isto é, há poucos folhetos que podem ser usados nos dois ambientes distintos. Portanto, leia
o material a ser distribuído nos presídios, e certifique-se se tal material é o mais indicado.

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Cuidados com os textos bíblicos a serem usados. Não se recomenda pregar numa festa de aniversário
no texto da morte de Lázaro. Em culto de bodas de casamento, normalmente não se prega sobre a
besta do Apocalipse. Cuidado para não apontar o dedo acusador. Não use a Bíblia ou Deus como
uma arma ou um juiz implacável contra os pecadores. Lembre-se que nós todos somos pecadores.
Não são pecadores apenas aqueles que estão nos presídios.

A evangelização nos presídios requer muito cuidado, e sabedoria do cristão. Pode acontecer o fato
de o preso procurar um visitante para dizer de sua inocência. É possível que o preso lhe diga que
está ali injustamente. É possível também ser isso verdade. Mas esse é um caso para advogado. Peça
que ele converse com o seu advogado sobre isso, e se a igreja tiver algum serviço nessa área, diga
ao preso que pedirá ao advogado para conversar com ele. Não obstante, não se esqueça de dizer ao
preso que tanto você quanto ele são pecadores diante de Deus e precisam do perdão de Jesus, da paz
de Deus.

Procure observar os regulamentos do presídio. Não se coloque na posição de juiz, nem de advogado
dos presos. Você é um arauto de Deus. Você está ali como um pregador das boas-novas. Faça isso.
Compartilhe o amor e o perdão de Deus para com os homens.

Lembre-se que, evangelizar e pregar para presidiários, não tarefa para qualquer um, e você não é
qualquer um, receba a unção do Espírito Santo”

4.2 - EVANGELISMO NO HOSPITAL

"Vinde, benditos de meu Pai, possui por herança o reino que vos está preparado desde a fundação
do mundo, porque adoeci e me visitaste" (Mat 25:34-36).

4.1 - Requisitos Indispensáveis ao Evangelista hospitalar

➢ Conhecendo os Regulamentos dos Hospitais

➢ Nenhum evangelista deve procurar evangelizar nos hospitais quebrando os seus


regulamentos. Para todo, ou quaisquer hospitais certas normas para visitas, deverão ser
observadas diligentemente pelo evangelista.

As normas dos hospitais visam o bem-estar do paciente, do próprio hospital, dos familiares e o
evangelista certamente deverá estar preocupado com o bem-estar do enfermo a ser visitado e
evangelizado. Os hospitais com suas normas para visitas a pacientes na enfermaria, a quartos e nos
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centros de tratamento intensivo. Tais normas não são sem propósito, e por isso devem ser
observadas.
Assim sendo, procure saber quais as normas dos hospitais de sua cidade, ou de determinado hospital,
e procure evangelizar os pacientes de acordo com as normas estabelecidas.

4.2 O Comportamento do Evangelista nos Hospitais

Ao ir a um hospital com o propósito de evangelizar, observe as seguintes sugestões:

1. Seja breve
É preferível que o enfermo lhe peça para você voltar, ou ficar mais um pouco, a ficar cansado de
sua presença e agradecer a Deus por sua partida.

2. Saiba ouvir
Muitas vezes o paciente quer falar alguma coisa. Ele pode querer compartilhar alguma
necessidade não apenas física, mas psicológica, moral ou espiritual. Ouça-o.

3. Não dê palpites médicos


Mesmo que você seja médico ou enfermeiro, não estará ali naquele instante como tal; quanto mais
não sendo um profissional da área médica. Mesmo que o paciente lhe peça uma opinião sobre
como proceder à luz de seu estado clínico, não se aventure a sugerir-lhe coisa alguma. Oriente-o
sempre a conversar com o médico dele sobre o assunto.

4. Não faça promessa de cura

Nem sempre Deus cura. Deus pode curar, mas há exemplos na Bíblia de pessoas piedosas com
enfermidades que não foram curadas. O Apóstolo Paulo tinha um espinho na carne (II Cor 12:7-10);

5. Deus não é sádico


Isto quer dizer que, a despeito de Deus poder usar uma enfermidade para nos ensinar alguma lição,
ele não tem prazer no sofrimento do homem. Ele veio trazer vida, e vida abundante.

6. Deus usa os médicos e todos os demais recursos da medicina


A Bíblia ensina isso. Paulo tinha ao seu lado o médico Lucas, por causa de suas enfermidades (Col

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4:14; II Tim 4:11; Fil 24) Jesus, ao contar a parábola do bom samaritano, fala-nos de como Ele
usou os recursos medicinais da época (Luc 10:33,34).

Dessa forma, o óleo que aos presbíteros é recomendado usar em Tiago 5:14, diz respeito a um
recurso medicinal, e não a um recurso espiritual.

7. Ore pelo enfermo

Peça a Deus que o cure, se for essa a vontade d’Ele. Mas, peça também a Deus para consolá-lo,
confortá-lo e salvá-lo pela fé em Cristo Jesus. Leia a Bíblia com ele. Evite proceder como os amigos
de Jó. Não procure relacionar a enfermidade com algum pecado. Selecione alguns textos para serem
usados no hospital, mas não leia todos para um só enfermo. Há textos maravilhosos na Bíblia, tais
como: Salmos 20; 23; 27; 32; 42; 46; Isaias 53; Jeremias 33:3; Mateus 6:34; 11:28-30; João 14:1-6;
Romanos 5:1-8; 8:18-28; 8:31-39; etc. Você pode encontrar muitos outros textos.

8. Não queira fazer tudo numa visita apenas

Muitas vezes a primeira visita serve apenas para criar um elo entre o evangelista e o enfermo. Não
se precipite. Creia que o Espírito Santo de Deus estará agindo enquanto você trabalhar com o
enfermo como um evangelista.

9. Não passe óleo ungido nos pacientes

Não devemos deixar nenhuma brecha para a sermos alvo de brigas, reclamações no hospital, e
familiares. Devemos sempre manter a porta aberta para o próximo evangelista!

5 – EVANGELIZANDO CRIANÇAS

Este tipo de evangelismo também é maravilhoso, entretanto, devido a tanta onda de pedofilia e
pedófilos deve-se ter bastante cuidado na abordagem com as crianças.

Jesus disse: “Deixai as crianças e não as impeçais de virem a mim, porque de tais é o reino dos céus”
(Mt 19.14). As crianças foram chamadas por Cristo, e ainda, que elas não fossem impedidas de se
aproximar do Mestre.

Na tentativa de abordar crianças, o evangelista deverá dedicar-se em:

- Conhecer a linguagem da criança


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- Adequar sua linguagem ao nível da criança

- Ser sensível às limitações e características de cada fase

- Colocar em prática toda sua criatividade

- Estar sempre pronto a mudar de estratégia

- Ser um bom ouvinte

- Ser como criança

- E conhecer a palavra e ensiná-la de maneira prática

1) Como a criança entende o pecado?

• Primeiro, o pecado é tudo o que é proibido.

• Depois, ela entende que imoral é todo comportamento que magoa aos outros.
• Finalmente, ela entende que pecado é o que ofende a Deus, por causa dos motivos que são errados.
(A consciência de escolha desenvolve, quando a criança começa a raciocinar - “por que fiz
aquilo?” Ela escolhe o errado conscientemente.)

2) Como saber se a criança já está pronta para entender o plano de salvação?

• Conhecendo, e convivendo com a criança! É preciso estar constantemente com a criança,


conhecendo seu desenvolvimento e características próprias.

3) Quais são os resultados de uma decisão “forçada”?

• Dúvidas
• Decisões repetidas
• Pensamento de que é convertida quando não é, está apenas convencida.
• Dispensa da atuação do Espírito Santo
• Natimorto (espiritual)

4) Por que as crianças fazem decisões repetidas?

• Desejo de repetir uma experiência agradável.


• Desejo de agradar os outros.

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• Foi persuadida ou convencida, mas sem a atuação do Espírito Santo.
• Não entende a permanência da salvação.
• O problema da culpa e pecado.

5) Como ajudar aos pais que estão preocupados com a salvação de seus filhos?

• Ofereça literatura adequada


• Esclareça alguns pontos duvidosos:

1. Batismo é somente um símbolo, que não salva ninguém.


2. Para ser um crente, a criança tem que receber Jesus como Salvador e Senhor de sua vida. Não
basta dizer frases como: A criança pode ter uma vida religiosa e experiências religiosas, antes de
ser um cristão verdadeiro, antes de receber a salvação.

3. Crianças são capazes de usar uma linguagem religiosa e fazer muitas perguntas sobre a
salvação, sem entender ou ter interesse em ser salvo.

4. Oriente-os para que reconheçam os sinais de que as crianças estão com convicção:
a. Fazendo perguntas: Sou um crente? Por que as pessoas são batizadas? Tenho pecados? Posso
dar meu coração a Jesus? O que acontecerá comigo depois que eu morrer? Por que Jesus morreu?
O que é pecado? etc.
b. Mudando subitamente seu comportamento.
c. Sentindo muito medo.
d. Demonstrando um interesse intenso pela Bíblia e coisas religiosas.

5. Explique o quanto é importante respeitar as capacidades individuais da criança.

Algumas sugestões para o evangelismo infantil:

1) Quando evangelizando:

• NÃO ofereça brindes ou prêmios.


• NÃO enfatize o medo ou o inferno.
• NÃO pressione o grupo.
• NÃO insista em que a criança faça uma oração repetida ou memorizada.

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2) Quando evangelizando:

• Tenha um relacionamento íntimo com as crianças.


• Incentive as crianças a expressarem seus pensamentos, dúvidas e decisões em suas próprias
palavras.
• Apresente o plano de salvação, usando a Bíblia na Linguagem de Hoje, pois tem um vocabulário
mais acessível às crianças.
• Esclareça conceitos, corrigindo ideias erradas.
• Incentive a criança a falar com Jesus pessoalmente, usando suas próprias palavras.
• Continue a trabalhar com a criança depois de sua decisão por Cristo.
• Não fale: “Você está salva agora!”. Deixe a criança confirmar por conta própria o que aconteceu
com ela.

3) Depois que a criança receber a salvação:

• Converse com os pais.


• Verifique se a criança tem uma Bíblia e se sabe usá-la.
• Arrole a criança em uma classe de discipulado, de preferência ao nível de entendimento dela.
• Ore constantemente pela criança.
• Providencie um “orientador” espiritual para a criança.
• Providencie material para ser usado em casa, com o objetivo de ajudá-la no início da vida cristã.

ONDE EVANGELIZAR CRIANÇAS

A evangelização deverá ser feita em qualquer lugar onde haja crianças. Podemos alcança-las
promovendo eventos que reúnam milhares delas, ou pessoalmente, onde quer que se encontrem.
Na rua, no ônibus, em ambientes fechados ou ao ar livre, a criança está sempre pronta a ouvir a
maravilhosa história do amor de Deus.

1. NO LAR

O lar é primeiro e mais importante campo evangelístico, onde os pais devem, o quanto antes, levar
ao Salvador cada um de seus filhos. Esta é uma grande responsabilidade e um glorioso privilégio.

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2. NA IGREJA

Eles poderão ser evangelizados em trabalhos específicos, como as Escolas Bíblicas Dominicais de
todo Domingo e adequadas a sua faixa etária, ou Escolas Bíblicas de Férias, nos cultos infantis.

A Escola Bíblica Dominical é muito eficaz, pois o professor não perde de vista a criança. O bom
professor não descuida do fato de que, em sua classe, há dois tipos de aluno: o salvo e o não salvo
– o que já se decidiu por Cristo e o que é apenas filho de crente.

3. ESCOLAS E CRECHES

Há poucos anos, tínhamos, em nosso país, a liberdade de anunciar o evangelho em escolas e creches,
por meio das ‘aulas de religião”.

Hoje, infelizmente, em nome da “liberdade religiosa”, esse campo evangelístico praticamente


deixou de existir. Que Deus possa nos acordar e nos desembaraçar para que tenhamos nossas
próprias escolas, onde não apenas as crianças estariam abrigadas da doutrinação do mal, como
outros pequeninos poderiam ser alcançadas por Jesus.

4. ORFANATOS E HOSPITAIS

Visitas a orfanatos, acompanhadas de doações materiais, ou programações recreativas, são outra


forma de alcançar crianças que, talvez, jamais venham a frequentar uma igreja ou ouvir falar do
Salvador.

PREPARANDO UMA MENSAGEM PARA CRIANÇAS

1. Lembre-se que você está falando com crianças! Use um vocabulário apropriado. Todas as ideias
devem ser bem concretas, evitando simbolismo absoluto. As crianças precisam ouvir o evangelho
também. Elas precisam de uma mensagem clara, breve, concreta e viva! Não fale muito. O ideal é
falar de 5 a 7 minutos. Você terá que planejar bem cada palavra.

2. Evite o uso de lendas, contos de fada e até o uso constante de histórias morais. É melhor usar
mensagens bíblicas. Como você se sentiria se o pastor somente pregasse usando ilustrações e
nunca a Bíblia?

3. Planeje bem como pode iniciar a mensagem, porque assim vai conseguir (ou não) a atenção das
crianças. A criança precisa de ajuda para ligar a ideia central da história com sua vida. Para iniciar

29
a mensagem, você pode usar um objeto, um recurso visual, uma pergunta, uma experiência. Evite
usar coisas extravagantes que vão desviar a atenção da criança pelo resto da mensagem (por
exemplo, um cachorrinho que permanece na sala).

4. Depois que iniciar a mensagem, de um modo ou de outro, tente relacionar estas coisas ao
mundo da criança. Faça a criança pensar sobre o assunto em relação à vida dela.

5. Use gestos, linguagem viva, pausas, diálogo, uma voz variada, expressões faciais etc., para
fazer a mensagem viver.

6. Use uma variedade de métodos: Pantomima, monólogo, drama, fantoches, entrevistas,


ilustrações etc. Mas evite simplesmente alegrar as crianças.

DEZ ESTILOS DE SERMÕES PARA CRIANÇAS

1) Lição com objetos: É quando usamos um objeto comum para ensinar um princípio espiritual.
Jesus usou este método. Ele falou sobre cobras, flores, passarinhos etc.

2) História da Bíblia: É possível tentar ser tão criativo que esquecemos o fato de que a própria
Bíblia tem muitas histórias interessantes sobre a nossa fé, e que as crianças precisam e gostam de
ouvir estas histórias.

3) Fantoches

4) Flanelógrafo: Pode comprar figuras para flanelógrafo já prontas, ou colar lixa ou feltro ou
papel camurça no verso de qualquer figura. Você pode contar uma história, ilustrar uma
mensagem, explicar um conceito.

5) Música: As crianças gostam de cantar, e os adultos gostam de ouvir. Use uma seleção de
cânticos ou hinos, para ensinar um conceito ou ilustrar uma ideia.

6) Drama: As crianças podem participar da mensagem, enquanto você narra.

7) Atividades/diálogos: Nestas mensagens, as crianças são incentivadas a pensar e a responder.


Jesus usou este método. Lembra quando ele contou a história do Bom Samaritano? Depois ele
perguntou: “Quem era o próximo?”

8) Trilha sonora: Estas mensagens são divertidas, mas barulhentas. Você conta a história, e as
crianças, ou vários grupos, fazem o som apropriado para acompanhar a narração da história.

10) Celebrações especiais: Este tipo envolve as crianças nos dias especiais na vida. Por exemplo,
o natal.

30
EVANGELIZANDO EM COMUNIDADES CARENTES

Preparo antes de ir:

a) Observe a equipe que você está levando. Como se trata de algo sério, é imprescindível ter
ao seu lado pessoas preparadas e libertas;
b) Caso uma pessoa tenha saído do tráfico, o ideal é não deixá-la abordar estes rapazes ou
moças;
c) Ao chegar no local, ore pedindo a cobertura do sangue de Jesus e amarre o valente;
d) Separe as equipes e sempre tenha equipes com rapazes e moças;
e) Estipule horários e em hipótese alguma abra exceções para atrasos;

CAPÍTULO IV

1- QUEM PODE E QUANDO EVANGELIZAR

Somente o crente cheio do Espírito Santo poderá levar almas a Cristo com eficácia, enquanto o
gemido do Espírito como dito em Romanos 8:26, não for o nosso gemido de intercessão por este
mundo perdido, enquanto a paixão pelas almas não queimar dentro de nós como fazia em George
Whitefield que disse: “Se não queres dar-me almas, retira a minha” ou John Hyde missionário na
China que orava assim: “Dá-me almas, ou morrerei” não seremos realmente discípulos de Cristo.

Precisamos nos compadecer da multidão. O caso do Rico e Lázaro reflete a realidade do mundo
perdido sem Deus, Lucas 16.19.

Uma coisa nós sabemos. Anjos não podem. Todos os salvos, obreiros ou não, foram chamados para
esse trabalho.

Mas o “como” evangelizar, muitos de nós não sabemos! Nesta parte iremos mostrar ao crente como
proceder no evangelismo pessoal. Já vimos que o melhor preparo é o crente se revestir com o poder
de Deus, sem o qual não poderá responder como Samuel (I Samuel 3:10).

2- QUALIFICAÇÕES PARA QUEM VAI EVANGELIZAR

O evangelista é um precioso dom de Cristo à sua Igreja. Sem o ministério da proclamação, o


evangelho teria morrido em Jerusalém. Mas, por intermédio de obreiros como Filipe, a mensagem
da cruz, ultrapassando as fronteiras da Judeia, chegou a Samaria. E, desse recanto gentio tão
desprezados, as Boas-Novas não demoraram a chegar aos confins da Terra.

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Sendo assim, já podemos verificar que o papel do evangelista é essencial à expansão do Reino de
Deus.

PREPARAÇÃO DE UM EVANGELISTA

O evangelista deverá estar bem preparado. Na verdade, o evangelista é o teólogo ambulante, cuja
missão é proclamar o evangelho de Cristo. Para tanto, deverá adquirir conhecimento bíblico,
teológico, hermenêutico, homilético, cultural e linguístico, psicológico e sociológico.

Um grande exemplo para todo evangelista, sem dúvida é o apostolo Paulo. Ele foi um homem culto,
de fácil penetração em ambientes judaicos, gregos e romanos. Mesmo antes de sua conversação era
um erudito nas Sagradas Escrituras, pois foi ensinado pelo rabino mais sábio do seu tempo,
Gamaliel.

O conselho de Paulo para Timóteo (2 Tm 2:15) que diz: “ Procura apresentar-te a Deus aprovado,
como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a apalavra da verdade”.

Se, é para fazer faça com excelência, principalmente, se for para a obra de Deus e para o seu reino!
Que possamos levar isto a sério, e que possamos nos empenhar e nos comprometer a sermos
evangelistas de comprovada excelência!

Além disso, uma questão que compromete o trabalho do evangelista é o cuidado com sua aparência
e sua vestimenta. Por conta disso, o evangelista deve-se apresentar devidamente. Senão vejamos:

CUIDE DE SUA APARÊNCIA

Você já parou para analisar como os mórmons se apresentam diante das pessoas? Normalmente,
nunca um mórmon será visto com o cabelo despenteado ou com tênis e calças jeans sair para
evangelizar. E as testemunhas de Jeová? Fazem questão de se apresentarem bem vestidas! Sabe por
quê? Por que as seitas sabem que a primeira impressão é a que fica. Então, por que nós servos de
Deus temos que ser diferentes? Pense nisso: “SOMOS OS CARTÕES POSTAIS DE NOSSAS
IGREJAS ”, e as pessoas sabem disso! Imagine se um vendedor de salgados batesse a sua porta para
lhe vender seu produto, e você percebesse que suas unhas estão compridas, cabelos despenteados,

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roupas não muito limpas, barba mal-feita; você compraria tal produto? Creio que não, não é
verdade?

Infelizmente, acontece quase a mesma coisa com membros de nossas igrejas que saem de porta em
porta a evangelizar, não se dão conta que as pessoas dão muita importância àquela conhecida frase:
“O mundo trata melhor quem se veste bem”.

Não estamos querendo dizer com isso, que o homem tenha que vestir terno e gravata e a mulher
tenham que ir ao salão de beleza antes de sair para o evangelismo! De modo algum, mas não
podemos descuidar de nossa aparência pessoal. Muitos confundem humildade, acham que precisam
vestir a roupa mais velha que tem para poder dizer que são humildes, nada mais longe da verdade.
Há pessoas que são muito humildes que se vestem bem, e pessoas muito orgulhosas que se vestem
relaxadamente.

Não queremos lhe incentivar a fazer gastos comprando novas roupas, mas sim que você deve usar
roupas adequadas e cuidar da sua aparência e higiene,
1. Homens

Barba feita, se possível roupa social, camisa por dentro das calças, unhas cortadas, higiene bucal
bem-feita (pois no evangelismo pessoal você terá que conversar cara-a-cara com a pessoa a ser
evangelizada, creio que ninguém gosta de conversar com alguém que solta bafo de cebola em seu
rosto, ou lhe mostre restos de alimento em seus dentes), sapatos limpos, camisa com os botões
fechados, não chupar balas ou chicletes quando estiver conversando, etc.

2. Mulheres

Cabelo preso, penteado, higiene feita (de preferência não evangelizar de calças compridas). Você já
notou as mulheres testemunhas de Jeová? Nenhuma usa calças compridas ao sair para evangelizar,
ou como dizem: “sair ao campo”. Não fica bem, utilizar roupas coladas ao corpo, e nem calças
apertadas. Entretanto, irá depender do local onde a mulher for requisitada a ir, e as demais regras
gerais.

3. Cuide de suas Ferramentas

Quais são as ferramentas de trabalho de um evangelista? Basicamente são duas: Bíblia e folhetos.
Lembro-me certa vez quando estava evangelizando, e passando por uma rua estavam dois meninos,

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um virou para o outro e apontando para minha Bíblia disse: “Oia fulano, a Bibria dele é veia e a du
outro é nova”. Não é preciso dizer que fiquei deveras envergonhado!

a) A Bíblia:
A Bíblia de um evangelista tem que estar em condições de uso, não caindo aos pedaços ou cheia de
papeis que mal dá para fechá-la! Se possível sublinhar os principais versículos que tratam sobre a
salvação, fé, pecado, amor de Deus etc. Ninguém consegue guardar todos os versículos na mente,
por isso uma Bíblia sublinhada seria muito útil no evangelismo

b) Os folhetos:

Folhetos ou panfletos são ferramentas muito importantes na evangelização. A forma escrita foi um
maravilhoso presente de Deus e tem sido usada grandemente para a glória de Jesus Cristo. A página
impressa pode grandemente multiplicar nossos esforços no serviço do Senhor e folhetos podem
frequentemente ir a lugares onde nós não podemos. Entretanto precisamos tomar alguns cuidados
com os folhetos.

a) Ao sair para o evangelismo não amasse os folhetos, ninguém gosta de ler um folheto todo
amassado. É horrível!

b) Não os deixe ficar molhados com o suor de suas mãos, sempre entreguê-os em perfeito
estado.

c) Prefira folhetos coloridos, que chamam mais a atenção. Às vezes é preferível pagar um
pouco mais em um folheto atraente, do que em outro mais barato, que ninguém irá se
interessar.

d) Entregue o folheto apropriado à pessoa certa. Por exemplo: a um jovem não entregue um
folheto que serviria para uma criança e vice-versa. Os folhetos são como remédios, para
cada tipo de enfermidade, um tipo de medicamento. Assim também são os folhetos. Para um
doente um folheto que fale sobre cura, a uma pessoa aflita, um folheto que fale sobre
esperança. O evangelista pessoal deve sempre ter em mãos vários tipos de folhetos.

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e) Leia sempre a mensagem de todos eles, você precisa saber do que se trata para falar ao
entregá-lo.

f) O folheto deve sempre ter atrás, o carimbo da igreja com o endereço e dias de culto de modo
legível.

2.1 - O EVANGELISTA

Efésios
4.11 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas
e outros para pastores e mestres,
4.12 com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a
edificação do corpo de Cristo,

1Coríntios
12.28 A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apóstolos; em segundo lugar, profetas;
em terceiro lugar, mestres; depois, operadores de milagres; depois, dons de curar, socorros,
governos, variedades de línguas.

a) A Palavra “Evangelista” ocorre só três vezes no Novo Testamento.

1.Em Efésios 4.11


2. Em Atos 21.8 a Bíblia fala de Felipe, o evangelista
3. Em 2 Timóteo 4.5, Paulo disse a Timóteo, que era pastor de uma igreja para fazer o trabalho
de um evangelista.

b) O significado da palavra ‘evangelista’ é alguém que traz o evangelho (boas-novas); um


mensageiro de boas notícias.

c) O evangelista traz a mensagem da graça redentora de Deus.

d) O tema favorito do evangelista é a salvação na sua forma mais simples;

e) O único exemplo no Novo Testamento que temos de um evangelista é o de Felipe. Este tinha só
uma mensagem, e a mensagem era Jesus Cristo.

Mensagem de Felipe para Samaria:

8.5 Filipe, descendo à cidade de Samaria, anunciava-lhes a Cristo.

Mensagem de Felipe para o Eunuco:

8.35 Então, Filipe explicou; e, começando por esta passagem da Escritura,


anunciou-lhe a Jesus.

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f) Uma característica notável dos evangelistas é essa: não importa por qual parte das escrituram
comecem, eles sempre pregam a Cristo. Este é o chamado deles, é a mensagem deles.

g) O equipamento sobrenatural que acompanha o ministério do evangelista inclui milagres e dons


de curar.

h) Se o dom de Deus ou comissionamento do evangelista está em alguém, a pessoa não precisa


suplicar para ser evangelista; então haverá uma forte chama no íntimo dessa pessoa incitando-a para
a pregação do evangelho.

Marcas do evangelista:

a) proclamação sobrenatural
b) o poder de Deus que atrai multidões. Curas e milagres.
c) O dom supremo de um evangelista é a capacidade sobrenatural de levar uma alma a Cristo
d) É um ministério itinerante, ministrando aos não salvos.

Em Mateus 9:35-38 vai dizer que “ percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas
sinagogas deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias
entre o povo.

E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas,
como ovelhas que não têm pastor. Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande,
mas poucos os ceifeiros. Rogai, pois, ao Senhor da seara, que mande ceifeiros para a sua seara.

1. Percorria Jesus todas as cidades e aldeias

• Evangelista é ativo e gosta de se movimentar


• Evangelista não fica parado
• Evangelista vai para todos os lugares; não fazendo acepção de pessoas. Para ele, tanto faz
um casebre ou uma mansão;

2. Ensinando

• A mensagem principal do evangelista é Cristo e ele ensina a mensagem de forma coerente,


sem fugir das escrituras;
• Jesus cura, liberta e transforma, mas ainda diz que no mundo teremos aflições;
• Não é um ensino baseado na prosperidade com jargões tipo: venha para Jesus e você será
bem-sucedido;
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3. Curando todas as enfermidades e moléstias

• O evangelista sempre vai encontrar doentes em seu caminho


• Os sinais acompanham o ministério evangelístico
4. Grande compaixão

QUALIFICAÇÕES PARA QUEM VAI EVANGELIZAR:

1. Ser convertido (I Tm 1.15)


2. Ter bom testemunho (I Tm 3.7)
3. Ter vida de oração (Rm 10.1)
4. Ter conhecimento da palavra (II Tm 2.15)
5. Ter amor pelas almas (Rm 10.1)
6. Ter profundo amor a Jesus (At 2.13 e 5.41)
7. Ter vida santificada (II Tm. 2.20-21)
8. Ser exemplo (Tt 1.6)
9. Ter sabedoria (Pv 11.30)
10. Ser cheio do Espírito Santo (At 2) –

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES

Ainda que estejamos bem preparados, que sejamos estudiosos, e conhecedores da Palavra, devemos
nos lembrar que nada disto valerá, pois a obra deverá ser feita através do Espírito Santo operando
em nós para trazer vidas para Cristo.

Se o Espírito Santo não encontrar liberdade para operar em nossas vidas, o evangelismo não
acontece. O que Jesus espera é que simplesmente possa encontrar-nos obedientes, submissos a Deus,
além de ser alguém que confia em Deus. Temos de estar disposto, sendo em todo momento fiel,
praticar e liberar amor, a fim de entendermos o preço a ser pago no exercício do IDE do Senhor.

Tenha cuidado sobre a MENSAGEM

A primeira consideração no uso do folheto evangélico é da certeza do conteúdo das


Escrituras. Existem três problemas com muitos dos folhetos evangélicos:

1- Dificuldade para compreensão

Muitos folhetos não contêm uma apresentação clara e bíblica do evangelho. Muitos se referem-se à
salvação, de forma confusa e não de acordo com as Escrituras, tais como ¨pedir a Jesus para entrar
dentro do meu coração” ou ¨dar a minha vida a Cristo.¨
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Salvação não é dar à vida da gente a Cristo, mas sim, absolutamente crer e confiar totalmente na
expiação de Cristo a favor de todos nós.

Em nenhuma parte vemos no Novo Testamento o Senhor Jesus, ou os Apóstolos dizendo às pessoas
para darem suas vidas a Cristo, ou pedirem que Jesus entre em seus corações.

Precisamos seguir a Bíblia, muito cuidadosamente na terminologia que utilizaremos, a fim de que
as pessoas não sejam confundidas, e não farão falsas declarações de fé.

2- Arrependimento

O segundo inconveniente é que, a maioria dos folhetos não tratam de arrependimento. A maioria
dos folhetos sequer mencionam a palavra, ou mesmo mencionam o conceito, ainda que o Senhor
Jesus Cristo e Seus Apóstolos pregaram pleno arrependimento e exigiam isto daqueles que
seriam salvos.

A salvação somente vem pelo arrependimento para com Deus, e fé para com o nosso Senhor Jesus
Cristo¨ (Atos 20:21). Qualquer apresentação do evangelho deveria incluir o fato que Deus “...
anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam;” (At:17:30)

Quer seja usada, ou não, a palavra ¨arrependimento¨ no folheto evangélico, a ideia deveria sê-
lo utilizada. O que é arrependimento? É um giro, uma mudança de direção (1 Tes 1:9). Quando eu
recebo Jesus Cristo como meu Senhor, e Salvador, eu estou dando as costas para a velha vida.

3- Falta de informação

Outro problema é que muitos folhetos simplesmente não dão suficiente informação. Um grande
número de pessoas, na América do Norte hoje são como ignorantes na verdade do Deus da Bíblia,
e das bases do Evangelho do Senhor Jesus Cristo como qualquer Hindu nas trevas da Ásia.

COMO ENTREGAR UM FOLHETO

1- Entregue o folheto sempre sorrindo. Um evangelista nunca irá conquistar uma alma
oferecendo-lhe um folheto com a cara fechada ou sem mesmo olhar na pessoa! Portanto, seja jovial.

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2- Entregue o folheto debaixo de oração. Ora antes, durante e depois de entregá-lo. Os
demônios fazem de tudo para atrapalhar a obra de evangelização.

3- Não force ninguém a pegar o folheto. Quando a pessoa rejeitar não tente forçá-la, isso só’
piora a situação, mesmo por que, a pessoa esta no direito dela de rejeitá-lo. Nesse ínterim agradeça
de modo gentil e não a ameace com versículos bíblicos ou coisas do gênero.

Quantos testemunhos há de pessoas que se converteram através de um


folhetinho!

CAPÍTULO V

QUANDO EVANGELIZAR

Preste atenção ao texto abaixo:

Um grupo de senhoras cristãs estava realizando uma costumeira reunião de


oração. Certo evangelista, um intrépido conquistador de almas, era o
convidado para pregar.

Ele ouvida algumas delas falarem a respeito de uma mulher imoral que vivia
perto.

O evangelista, então, perguntou: “O que vocês estão fazendo para conquistar


a salvação dessa mulher?”

A dirigente tomou a palavra: ”Estamos orando fielmente pela sua salvação


cada vez que nos reunimos”.

“Òtimo”, disse o evangelista. “Mas ela irá para o inferno enquanto vocês
oram. Ainda não foram visitá-la? Ainda não lhe falaram sobre a alma?
Alguém já levou o Evangelho para a casa dela?”

Texto retirado do Livro “CONQUISTANDO ALMAS LÁ FORA ONDE


OS PECADORES ESTÃO ( T.L.OSBORN)

A Bíblia diz que “... há tempo para todo o propósito debaixo do céu” (Ec 3.1).

Agora

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“... eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação” (2 Co 6.2).

Quando devemos evangelizar é a tempo e fora de tempo. A oração é uma arma poderosa, e devemos
sim orar, e orar sem cessar. Entretanto, vários são os momentos que teremos de ter uma atitude de
fé, ousadia e ir, de acontecer. Na maioria das vezes o que realmente queremos é que Deus faça todas
as coisas, enquanto ficamos orando.

Ou seja, passamos de servos a servidos pelo Senhor. Está existindo uma total inversão de valores e
autoridades espirituais. Deus não é e nunca será nosso empregado. Aquilo que temos de fazer, nós
teremos de fazer e fazer chorando ou sorrindo, mas teremos de fazer!

“Conjuro-te, pois, diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo... que pregues a palavra, instes a tempo
e fora de tempo...” (2 TM 4.1,2). Quer ouçam quer deixem de ouvir

Quando da pregação da Palavra de Deus, teremos as mais diversas a atitudes dos que nos ouvem:
uns ficarão irritados (At 7.54) e taparão os ouvidos (At 7.57); alguns escarnecerão e deixarão a
decisão para um outro dia (At 17.32; 24.25); outros nos terão por loucos (At 26.24), mas alguns
crerão (At 17.34). Portanto, o ganhador de almas deve executar a sua tarefa pregando a todos, quer
ouçam quer deixam de ouvir (Ez 2.7).

“... Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração...” (Hb 3.15). “... eis aqui agora o
dia da salvação” (2 Co 6.2).

Enquanto é dia

“Quem observa o vento nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará” (Ec 11.4). “...
enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar” (Jo 9.4).

CAPÍTULO VI

MÉTODOS DE EVANGELISMO

1- POR QUE UTILIZAR MÉTODOS?

Os métodos não são para deixar a ação divina de lado e confiar em seus próprios meios, pois
primeiramente dependemos da ação do Espirito Santo para convencer o pecador ao arrependimento.
É claro que se o planejamento de métodos e estratégias obscurece o Espirito Santo, não deve ser
colocado em pratica, tudo tem que ser feito aos modos de Deus.

Fazer o planejamento dos métodos requer muita atenção, e traz a oportunidade de corrigir o erro
antes de aplicá-las, quando não se tem um método acaba atraindo erros, por isso muitos terminam
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causando certas ignorâncias nos ouvintes, se impondo a cultura, e depois o seu assunto é “mas eu
não sabia”, por isso o método dá a oportunidade de corrigir os erros, e assim poderá fazer as
mudanças antes mesmo de aplicá-las, o despreparo para a evangelização, tornar se a, em algo
insuportável para o ouvinte, por isso é importante escolher o melhor método.

2- ESCOLHENDO O MELHOR MÉTODO

Nos dias de Jesus Cristo, os três maiores grupos de pessoas daquela região eram os judeus, gentios
e samaritanos. Quando Jesus disse: “não tomeis por rumo aos gentios, nem entreis em cidades de
samaritanos, mas dê a preferência para as ovelhas perdidas da casa de Israel”. Isso quer dizer que
os samaritanos não estavam prontos para o evangelho.

Aprende-se que estudar a geografia, o momento certo de evangelizar um povo, uma cidade, ou uma
pessoa como Jesus fazia, isso é método de evangelização, deve saber a hora certa de atingir o alvo.
Paulo era prudente, também na escolha de seus parceiros para a obra missionária, algo de suma
importância, ter uma equipe qualificada para essa obra, vemos um relato no livro de atos, a separação
de João Marcos e Paulo, não se sabe o porquê desse acontecimento, mas sabemos que o apostolo
fazia suas escolhas.

3- UMA EQUIPE QUALIFICADA NA EVANGELIZAÇÃO

Se, é verdade que o nosso Deus escolhe seres humanos como seus instrumentos, que individuo ira
ele escolher? Primeiro Jesus capacitou seus discípulos para sua obra, e depois de preparados os
enviou, Jesus não poderia enviar seus discípulos sem um preparo físico, espiritual e
psicologicamente.

Qualificações para que homens e mulheres sejam úteis na obra missionária ou evangelística:

✓ Pessoas que conheçam a Deus.


✓ Pessoas cheias do Espírito Santo.
✓ Pessoas de oração.
✓ Pessoas comprometidas com o corpo de cristo
✓ Pessoas obedientes ao Senhor.
✓ Pessoas que sejam Dinâmicas e Criativas.

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1- MÉTODOS TRADICIONAIS

1.1- EVANGELISMO PESSOAL E NATURAL.

Esse meio de evangelismo refere-se a uma pessoa cristã já conhecedora do evangelho, que o
compartilha com outra pessoa não salva, isso acontece naturalmente. No dia a dia do crente no
trabalho, no ônibus, na conversa com o vizinho, isso é, quando o assunto dá a oportunidade de falar
do amor de Cristo. O Evangelismo natural está ao alcance de todos os crentes.

Utilize uma abordagem direta

Através de perguntas (At 8.30,35)

Faça perguntas e provoque autorreflexão. Faça boas perguntas que provoquem as pessoas a
refletirem sobre suas vidas, suas crenças e as reivindicações que você está fazendo. E então escute
as respostas delas! Isso o ajudará a entendê-las melhor, bem como a entender as preocupações delas.
Por exemplo:

“Você está bem com Deus?”

“Você já recebeu a Jesus como seu Salvador e Senhor?”

“Você já tem a certeza da vida eterna?”

3- EVANGELISMO EM MASSA.

Esse tipo de evangelização é aquele que atinge um grande número de pessoas para serem
evangelizadas ao mesmo tempo, também conhecida como evangelismo de cruzadas foram muito
usadas pelos evangelistas BILLY GRAN, OSWALDO SMITH, PAUL YONGGI CHO,
REINHARD BONNKE. Esse tipo de evangelismo requer tempo, recursos, divulgações e muita
energia.

Aproveitando circunstâncias ocasionais como: situação mundial à luz das profecias, guerras,
terremotos, acidentes, catástrofes, doenças, epidemias, mortes, política, crises pessoais, crimes,
dificuldades, etc. (At 17.15,34).

Utilizando literatura e mensagem relacionada, objetiva e de acordo com a idade da pessoa que se
pretende evangelizar.
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Este método surte grande efeito quando, além de entregarmos a literatura e/ou a mensagem para o
pecador, também lhe falamos alguma coisa a respeito do seu conteúdo, para despertar na pessoa a
curiosidade e o desejo de ler.

4- EVANGELISMO LEIGA

O método de evangelismo leigo, é aquele realizado por um crente que não tem um preparo especifico
para essa tarefa, a não ser um conhecimento superficial, talvez um crente com uma formação
acadêmica tenha a dificuldade de evangelizar uma pessoa leiga por causa de sua linguagem elevada,
poderá constranger o pecador, por isso o evangelista leigo torna mais fácil para falar na mesma
linguagem do pecador que não teve a oportunidade de ter seu estudo, talvez falando como uma
pessoa mais simples o pecador se sinta mais à vontade.

5- EVANGELISMO DE SATURAÇÃO.

Isto é, saciedade, neutralização, alcançar um limite de espaço, em outras palavras, evangelismo no


mais alto grau, esse método propõe “saturar” uma área geográfica do bairro ou cidade para que cada
pessoa daquela área venha a ter o conhecimento do evangelho, esse é o evangelismo em
Profundidade.
Esse é o método que deveria ser realizado em todos os lugares, esse é o método de evangelismo que
enquanto a equipe de evangelismo não conseguir fazer com que um bairro ou uma cidade tenha
conhecimento da mensagem que está sendo comunicada, essa equipe não finaliza a tarefa de
evangelizar, nesse método tem a liberdade de usar todos os outros tipos de evangelismo através de
cruzadas, folhetos, de casa em casa, discipulados, corporativo, células de oração, transmissões de
rádio, pelo jornal, pelas passeatas nas ruas, pelas campanhas especiais às mulheres, crianças e
estudantes universitários. Utilizando literatura e mensagem relacionada, objetiva e de acordo com a
idade da pessoa que se pretende evangelizar.

5. EVANGELISMO INCORPORATIVO:

Esse método de evangelismo é o suporte para a do evangelismo em Saturação. Esse citado por Peter
Wagner: esse método foi criado quando foram levantadas Sérias dúvidas sobre os resultados
permanentes do evangelismo de saturação, um acontecimento isolado foi, por fim, utilizado por
Deus para trazer a tona uma terceira corrente de evangelismo.
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6. EVANGELISMO ATRAVÉS DOS MINISTÉRIOS ETÁRIOS.

Além das formas de evangelismo, é de suma importância todo evangelista, ter uma aproximação e
um envolvimento, pois quando tiver novos grupos em sua igreja, é importante cuidar de cada um,
por isso existem métodos dos ministérios etários, isso possibilita comunicação do evangelho de
forma eficiente. Os ministérios etários são: Ministério infantil, Ministério juniores, Ministérios dos
adolescentes – teen, Ministério de jovens, Ministério dos casais, Ministério da melhor idade.
A- QUEM EVANGELIZAR

Tipos de pessoas encontradas pelo ganhador de almas.

A tendência do homem é querer escusar-se diante do convite (Lc 14.16,24; At 17.32; 24.25 e
26.24,30).

Aos que permanecem indiferentes à vida espiritual

Mostrar que todos são pecadores (Rm 3.23);


Mostrar que todos necessitam do Salvador (Jo 3.18 e 36; Rm 6.23);
Mostrar que rejeitar a Cristo leva à condenação (Jo 5.24; Jo 5.24; Jo 8.24);
Mostrar que a oportunidade de ser salvo é agora (Lc 12.20; Pv 27.1; Ec 12.1; Gn 6.3).

Os que encontram dificuldades em crer e os que acham impossível a salvação

Acha-se pecador demais (Lc 19.10; Hb 7.25; Mt 9.13; Is 1.18; Rm 5.6,8);


Acha que Deus não receberá. Receia não ser aceito (Jo 6.37; Is 43.25; At 10.43; Is 1.18; Ez
33.11);
Acha que tem cometido pecados imperdoáveis (Mt 31,32; Hb 10.29);
Acha que é tarde demais para crer (2 Co 6.2; 2 Pe 3.9; Hb 3.7,8; Dt 4.30; Ap 22.17; Lc 23.39,43).
Os que se julgam fracos demais

Mostrar que nós não somos guardados por nós mesmos, mas sim pelo Senhor (1 Pe 1.5; 2 Tm
1.12; Jo 10.27,28);
Mostrar o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza, e que o Senhor nos fortalece e nos ajuda em
nossas fraquezas, fazendo-nos triunfar (Fp 4.13; 2 Co 12.9,10; 1 Co 10.13; Hb 7.25; 2 Co 9.8);
Mostrar o engano da afirmação que vida de crente é muito difícil (Pv 3.17; Mt 11.30; 1 Pe 2.19;
Rm 12.2; 1 Tm 4.8);
Mostrar que o homem não pode justificar-se a si mesmo, mas que deve ir a Jesus do jeito que se
encontrar, pois somente Ele poderá salva-lo (Mt 9.13; Lc 15.18,24; Ef 2.8,9; Jo 6.37; Mt 6.33; Lc
15.1,7; Lc 15.8,10).
44
Os que colocam os interesses pessoais em primeiro lugar

Mostrar que as coisas divinas, bem como a salvação da alma, devem ocupar o primeiro lugar na
vida. O Servo de Deus tem a promessa de bênçãos materiais também (Mc 8.36; Lc 12.20; Mt
6.32,33; 1 Tm 4.8);

Mostrar que crer em Cristo não implica deixar as coisas boas e louváveis, e sim as coisas más que
levam o homem à perdição e ruína (Mc 8.36; 1 JO 2.15,17; 1 Tm 6.10; Tg 4.4; Gl 6.8; Fp 3.7,8 Lc
12.16,21);
Mostrar que a vida cristã é vida sem receio de nada, a não ser de pecar contar Deus. É muito
melhor ser amigo de Deus e agradar-lhe, para um dia poder morar eternamente com Ele na glória,
do que ser condescendente por temor dos homens e ter, por um pouco de tempo, o gozo do pecado
(Hb 11.24,27; Pv 29.25; Pv 24.1,2; Mt 5.11,12; 2 Tm 2.12; At 14.22; 1 Co 15.33);
Mostrar que o crente não pertence a este mundo e que as perseguições não nos separam de Cristo,
pois nada são se comparadas à glória de Deus que um dia será revelada em nós (Rm 8.35,39; At
5.40,41; Jô 15.18,19; Rm 8.18; 1 Pe 2.20,21; 1 Pe 4.16).
Os que acham que de qualquer maneira serão salvos

Mostrar que não é religião que salva (Is 60.10; Lc 8.27,35; Lc 15.32; Ef 2.1,5; Êx 32.32, Rm
6.4,1; Jo 3.3,5);
Mostrar que precisa aceitar a Jesus para ser salvo (At 2.21; Mt 10.32,33; Rm 10.9,10; Jo 1.12);
Mostrar que a igreja é onde os salvos se reúnem para cultuar a Deus e manter comunhão uns com
os outros (At 2.42; At 2.46; Hb 10.25; Sl 122.1);
Mostrar que ser membro de uma igreja não é garantia de vida eterna se não houver frutos da
salvação (Tt 1.16; Tg 2.14; Jo 3.3; Hb 12.14);
Mostrar que a salvação é pela graça de Deus (Ef 2.8,9; Mt 10.32; Lc 14.11; 1 Jo 3.21).
Os que duvidam

Para aqueles que não crê na vida eterna, mostrar que a certeza da vida eterna é uma realidade
presente para os que crêem em Jesus (1 Jo 5.13; Jo 5.24; Jo 3.36);

Aos que duvidam da existência de Deus, mostrar as evidências que provam a sua existência (1 Co
8.6; Cl 1.15; Ex 20.1; Jô 1.18; Mt 6.9);
Aos que duvidam ser a Bíblia a Palavra de Deus, mostrar algumas provas da inspiração divina da
Bíblia (Mt 19.1,6; Mt 21.42; Mt 22.29,31; Is 7.14; Mt 2.1,6; Mt 26.47,49; At 2.16,17; Jô 3.34, Jô
7.16);
Aos que duvidam da vida futura após a morte, mostrar que somente em vida é que o homem
decide qual será seu futuro: salvo ou perdido para sempre. Mostrar que o céu é a casa do Pai (Jô

45
14.2 ,3; Ap 21.2). Que o inferno é lugar de castigo eterno, sofrimento (Mt 10.28; Mt 22.13; Mt
5.29,30; Mt 25.46; Mc 3.29)
Os que se queixam
Os que se queixam de Deus, dizendo que Deus é injusto e cruel. (Rm 9.20,21; Ez 33.11; 1 Tm
2.3,4);
Os que se queixam da Bíblia, afirmando que tem contradições, que não é a Palavra de Deus, que é
como qualquer outro livro. Regra geral são pessoas que pouco ou nada conhecem da Bíblia (1 Co
1.18; 2 Co 4.4; 2 Pe 1.21; Mt 11.43);
Os que se queixam do plano da salvação, afirmando que Deus poderia prover um outro meio que
não fosse o da morte de Jesus na cruz (Is 55.8,10; Rm 9.20; Rm 11.33,34);
Os que se queixam dos crentes dizendo: Há muitos hipócritas na igreja (Rm 2.1; Mt 7.1,5; Jo
21.21,22).

CAPÍTULO V
O preconceito:
Deve-se saber que, para evangelizar um determinado povo ou etnia, ou um determinado grupo, não
deve de haver nem um tipo de preconceito contra os grupos marginalizados, a palavra de Deus deve
ser levada as milhões de pessoas que, quer pela pobreza, pela guerra, quer pelo ódio racial ou pela
exploração injusta, devem de ter o conhecimento do propósito de Deus. Esse processo abrange os
idosos, os indígenas, Meninos de rua, os mendigos, Presidiários (presídios, penitenciarias e cadeias),
os Hospitais, Internos em casas de repousos (Asilos), as prostitutas, homossexuais, deficientes
físicos-auditivo/visuais, os cadeirantes, favelados, os sem tetos e os sem terras;
E impossível uma pessoa querer evangelizar outras com preconceitos, isso é algo relevante para a
obra de Deus. Saiba que os métodos, e as estratégias da igreja devem de ter como objetivo alcançar
os grupos.

Lembrete: Não podemos jamais nos esquecer de que a obra é de Jesus Cristo, somos apenas meros
instrumentos em suas mãos. Portanto, sempre ore ao Senhor, e peça a Ele que continue a capacitar
você, a fim de que a salvação que é obra de Deus possa ser feita na vida de tantos outros.

Ao fazermos evangelismo, teremos de estar preparados para toda espécie de perguntas e aptos a
respondê-las, pois o que menos queremos é deixar de alcançar uma alma perdida. Com certeza
vivenciaremos uma gama imensa de perguntas, pois o inimigo sabe o valor de uma alma. Então seja
prudente, não deixe de meditar na Palavra, pois se foi com ela que satanás tentou ao Senhor, que
dirá o que ele gostaria de fazer conosco.

46
Esteja atento (a) para algumas perguntas frequentes, e saiba como respondê-las, tais como estas:

Por que preciso ser salvo?

· Rom 3:10-12 – … Não há um justo, nem um …


· Rom 3:23 – … todos pecaram e destituídos ….

· Jo 3:3,5 – aquele que não nascer de novo, …


· Mat 25:41,43 – Apartai-vos de mim, malditos, para …
· Luc 16:24 – … manda a Lázaro, que …

· Rom 5:18a – … por uma só ofensa veio o juízo sobre …


· Rom 6:23a – … o salário do pecado é a morte …
· Mar 9:43-44 – … inferno … o fogo que nunca se apaga …

· Ap 20:15 – E aquele que não foi achado escrito …


· Ap 21:8 – … quanto aos tímidos … lago que arde com …

Mas não posso ser salvo por …


v 2.1 – Esforçar-me ao máximo?
· Isa 64:6 – … imundo … trapo da imundícia …
· Heb 11:6 – … sem fé é impossível …
v 2.2 – Cumprir a lei? Gal 2:16; Rom 3:20

v 2.3 – Fazer boas obras? Efe 2:8-9; Tit 3:5; Rom 4:2-8.
v 2.4 – Ter sido batizado? 1Ped 3:21; Efe 2:15

v 2.5 – Ser religiosíssimo?

· Jo 14:6 – … caminho …verdade … vida;


· Jo 3:3,5 – … aquele que não nascer de novo …
· At 4:12 – … debaixo do céu nenhum outro nome …
· 1Tim 2:5 – … um só Mediador …

Que acontecerá se eu crer – aceitar Cristo como meu único e total Salvador e Senhor –
controlador?
· 3.1 – Tornar-me-ei filho de Deus.
· Jo 1:12 – Mas, a todos quantos o receberam, …
· 3.2 – Serei perdoado e justificado.At 13:38

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· 3.3 – Começarei a ter uma nova vida.
· 2Cor 5:17 – … se alguém está em Cristo, nova criatura …
Qual a melhor ocasião para se salvo?
· Luc 12:20 – … Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e …

· 2Cor 6:2; Heb 3:7-8 – HOJE


· Sl 95:7-9; Prov 27:1; 29:1; Isa 55:6; At 17:30.

Salvação é possível? Deus quer me salvar?


· Rm 5:6-8;

· 1Tim 1:15 … para salvar os pecadores …


· Mt 11:28-30 … vinde a mim …

· Ap 3:20 – .. estou à porta, e bato;…


Então, como ser salvo?
a) Arrependa-se!
· Luc 13:3 – … se não vos arrependerdes …

· At 3:19 – “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para…


b) Converta-se!
· Mt 18:3 – … se não vos converterdes e não …
c) Creia!
· At 16:31 – … Crê no Senhor Jesus Cristo e …
· Jo 3:18 – Quem crê nele não é condenado; mas …

d) Receba Cristo como seu único e total Salvador e Senhor!


· Jo 1:12 – Mas, a todos quantos o receberam … filhos de Deus …
· Rom 10:9-10 – … boca confessares … em teu coração creres
e) Confesse a Cristo publicamente!

· Mt 10:32-33 –… qualquer que me confessar diante dos homens, eu ...

MANEIRAS DE LEVAR ALMAS À DECISÃO:

Este é o ponto decisivo e que requer do crente um cuidado todo especial. Não é suficiente apenas
falar, mas insistir na aceitação de Cristo (I Co 14.8-9). Deve-se mostrar ao pecador que ele está

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diante da mais importante decisão, que um homem pode fazer que é aceitar Jesus, e que esta
decisão é inadiável (Hb 3.7-8; II Co 6.2). O ganhador de almas deve proceder da seguinte forma:

1. Escolher as pessoas com quem deseja falar


2. Decidir a maneira de falar: se em particular (At 18.26) ou publicamente (At 20.20).

3. Falar sempre – com muita oração (Rm 10; Ef 6.18-20), sem pressa demasiada
(Pv 29.20), de maneira que a pessoa possa compreender (Mt 13.19)
4. Mostrar que o homem é pecador (Rm 3.23), que pelo pecado o homem será
condenado (Jo 3.18).
5. Deixar claro que para receber a vida eterna é preciso receber Jesus (I Jo 5.12)
6. Demonstrar que receber Jesus como salvador é um ato de coração do que crê
(Rm 10.10; At 8.37).
7. Incutir a certeza da salvação (At 10.43; Jo 5.24; II Co 5.17)
8. Finalmente, com muito tato e sabedoria de Deus, convidar o pecador a aceitar
Jesus como salvador e ao mesmo tempo:
• Ficar orando em espírito
• Esperar que a semente germine
• Vigiar

CAPÍTULO VI

CUIDADOS COM O NOVO CONVERTIDO

1. Verificar a profundidade da convicção

2. Não somente orar com o novo convertido, mas deixar que ele expresse seu próprio
coração diante de Deus.

3. Ter certeza de que trouxe o novo convertido para um lugar de segurança

4. Ajudar o novo convertido a andar no caminho do Senhor.

5. Instruir o novo convertido a ler a Bíblia.

6. Falar sobre a necessidade de oração.

7. Enfatizar ao novo convertido a necessidade de falar de Cristo a outros.

8. Falar sobre o batismo nas águas.

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9. Falar sobre o batismo com o Espírito Santo.

10. Apresentar o novo convertido aos irmãos da igreja e ao pastor.

11. Consolar ou exortar conforme o caso.

12. Fazer um acompanhamento constante.

EVANGELIZAÇÃO DE ALGUNS GRUPOS RELIGIOSOS


Introdução

O fato é que nestes últimos tempos, o homem está cada vez mais ligado a ídolos, mitos e divindades.
Os ateus aferram-se aos seus deuses, temendo o presente. Os que se dizem contrários a Jesus Cristo,
vivem criando messias e salvadores. Enfim, o homem moderno continua a ser o mesmo homo
religiosus descoberto pela antropologia nas sociedades tidas como primitivas e atrasadas.

O homem jamais deixará de ser religioso. Que o digam os santuários, capelas e templos espalhados
pela cidade e encravados nos campos. Por essa razão, o evangelista deverá preparar-se, a fim de
expor a mensagem da cruz até mesmo aos que, presumindo-se evangélicos, jamais experimentaram
o poder do evangelho. Somente Jesus Cristo conduz à verdadeira religião.

1. Religião necessidade ou invenção

O que é religião? Uma invenção divina ou humana? Se partirmos do pressuposto de que Deus, como
o Criador de todas as coisas, nada precisa inventar, concluiremos que a verdadeira religião não é
invencionice divina, mas a expressão máxima do amor que levou o Pai Celeste a enviar o Filho a
morrer em nosso lugar. O homem, porém, ao afastar-se de deus, endeusou-se, e pôs-se a inventar as
mais absurdas seitas e as mais esdruxulas religiões.

a) Religião, religar ou reler: palavrar hebraica traduzida ao português como “religião” é


avodhah, que entre outras coisas, significa trabalho e adoração. Já no grego, o termo é thraskeia que
traz a ideia de uma religião meramente formal, mas evoca a adoração que deus requer de cada um
de nós. A religião não se obriga apenas a liturgia, mas de forma ampla ao serviço que a criatura tem
de prestar continuamente ao Criador. É por isso que, no inglês, a palavra “culto” é traduzida pelo
vocábulo service.

Através do latim, temos o vacábulo religio que é interpretado de duas formas que, embora distintas,
são harmônicas. O orador Túlio César explica que religio provém do verbo relegere, que ostenta
este significado: reler.
50
Já Agostinho (354-430), o termo não significa propriamente reler, mas religar. Essencialmente,
porém não há diferenças substanciais, pois todas nos remetem ao encontro pessoal que a criatura
almeja ter com o Criador. Conclui-se, pois, que a religião verdadeira é serviço, adoração, releitura
da alma e um religar entre a criatura e o Criador. Mas tudo isso só é possível por intermédio de Jesus
Cristo, o único medianeiro entre o homem e Deus, porquanto Ele é Verdadeiro Homem e Verdadeiro
Deus.

2. Como Evangelizar os Religiosos

O nosso maior exemplo para evangelizar sempre será o do próprio Jesus, não perdia oportunidades,
sempre atento e solicito. Entretanto, temos de expor o Evangelho aos religiosos.

a. Não discuta religião

Ao receber Nicodemos, na calada da noite, o Senhor Jesus não perdeu tempo discutindo os erros e
desacertos do judaísmo daquele tempo. De forma direta e incisiva, falou àquele príncipe judaico
sobre o novo nascimento (Jo 3:3). Sua estratégia foi certeira. Mais tarde, Nicodemos apresenta-se
voluntariamente como discípulo do Salvador (Jo 7:50; 19:30).

Em vez de contender com os religiosos, exponhamos-lhes que Cristo é a única solução à humanidade
caída e carente da glória de Deus.

b. Não deprecie religião alguma

Em seu encontro com a mulher samaritana, Jesus não depreciou a religião de Samaria, nem sublimou
a de Israel, mas ofereceu-lhe prontamente a água da vida (Jo 4:10). A partir da conversão daquela
religiosa, houve um grande avivamento na cidade, repercutindo pentecostalmente em Atos (At. 8:5-
14).

Se depreciarmos a religião alheia, não teremos tempo para falar de Cristo, pois a evangelização
exige ações rápidas e efetivas.

c. Mostre a verdadeira religião

Sem ofender a religiosidade de seus ouvintes, mostre, em Jesus Cristo, a verdadeira religião.
Provavelmente você deve estar se questionando: “como faço isto?” A Bíblia declara que existe,
sim, uma religião verdadeira que é descrita, por Tiago, como pura e imaculada (TG 1:27). Por

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conseguinte, não podemos nivelar, por baixo, a religião que nos foi concedida pelo Senhor por meio
de seus santos profetas e apóstolos.

A religião verdadeira é a revelação que Deus fez de si mesmo através das Escrituras Sagradas, para
que o adoremos como o Único e Verdadeiro Senhor, e ao seu Unigênito, Jesus Cristo, como o nosso
Único e Suficiente Salvador.

Deveremos fazer como fez Paulo em Atenas. Tendo como ponto de partida o altar ao Deus
Desconhecido, anunciou-lhes Cristo como o único caminho que salva o pobre e miserável pecador
(At 17:26-34).

Se agirmos assim, teremos êxito na evangelização dos católicos, espíritas, judeus, muçulmanos,
ateus e desviados.

Tipos a serem evangelizados ou encontrados para evangelizar

1. Ateu, sim, Graças a Deus

Como evangelizar alguém que diz não acreditar em Deus? Antes de tudo, não percamos tempo em
provar-lhe a existência do Criador, pois não há criatura moral que ignore a presença divina na
criação. Por isso, adotaremos os seguintes passos na evangelização de um ateu:

a. Fale de Cristo, em primeiro lugar

O problema do ateu não é a descrença na existência de Deus, mas a sua crença em Jesus Cristo. Via
de regra, quem se deixar enganar pelo ateísmo destaca Jesus como um líder religioso, mas o ignora
como o fundamento da verdadeira religião. Por esse motivo, proclame Jesus, logo de início, como
a única esperança que tem o homem neste mundo. Evite discussões acadêmicas, pois tais
esterilidades jamais levarão o incrédulo aos pés de Cristo.

Se bem evangelizado, o ateu saberá que está em perigo. Conscientize-o, então, de que a sua
descrença, quanto à existência de Deus não o livrará do Juízo Final. Seja direto e claro na exposição
da mensagem da cruz.

b. Veja o ateu como alguém que precisa de Cristo

Na evangelização de um ateu, temos a tendência de olhá-lo como um pecador diferenciado, em


razão de sua loquacidade. Na verdade, trata-se de um pecador como os demais. Seu aparente
intelectualismo é um verniz tão fino, que não resiste ao primeiro golpe da espada do Espírito. Mesmo

52
que naquele momento não venha converter-se, a marca do evangelho tornar-se-á indelével em sua
alma. Seja amoroso, mas firme, na exposição da mensagem da cruz.

2. Católicos, Cristãos à Procura do Cristianismo

Embora nominalmente cristãos, os católicos acham-se presos à idolatria, ao misticismo e, boa parte
deles, a um perigo sincretismo. Por isso, em sua evangelização, não ofenda Maria, nem os santos
venerados por eles. Evite apontar a igreja evangélica como superior à católica. Antes, exponha-lhes
Jesus como o caminho, a verdade e a vida (Jo 14:6; Hb 13:8). Na evangelização de um católico,
observe os seguintes pontos:

1. Apresente Jesus como o único mediador entre Deus e os homens

Se soubermos como expor-lhe Jesus como o único medianeiro entre o pecador e o Deus amoroso,
porém justo, nem precisaremos falar sobre a inutilidade dos ídolos (1 Cor 8:4). Mostre-lhe que o
Filho é o único caminho que nos leva ao Pai.

No entanto, se o seu interlocutor lhe questionar a respeito da idolatria, não busque uma resposta
socialmente correta; seja verdadeiro. No ato da evangelização, a verdade é o diferencial entre a
salvação e a perdição de uma alma.

2. Não fale mal de Maria, mãe de Jesus

Por mais de quatrocentos anos, Maria foi vista pelos cristãos como a Bíblia no-la apresenta: serva
de Deus e mãe de Jesus Cristo. Fugindo à divinização, ela se confessa necessitada do Salvador, que
trazia no ventre (Lc 1:46-56). Por ela, Jesus também morreu. Portanto, se lhe fossemos escrever a
biografia, usaríamos apenas nove palavras: Maria foi a cristã mais exemplar da História Sagrada.

A partir do quinto século, a imperatriz consorte do Império Romano do Oriente dá início ao culto
mariolátrico, que viria comprometer a teologia de boa parte da cristandade. Élia Pulquéria muito ser
empenhou para que Maria fosse reconhecida como Theotokos. Em grego, a expressão significa mãe
de Deus. Por meio desse subterfúgio, guindava-se Maria a uma posição superior a do próprio Deus.

Desde então, o culto de Maria toma conta da igreja católica e até do islamismo. Aliás, Maria e mais
citada no Corão do que em o Novo Testamento. Por esse motivo, na evangelização de um católico,
não ofenda a mãe de Jesus que, por sinal, foi salva como também o fomos. Antes mostre o Filho de
Maria como o único mediador entre Deus e os homens. Para os católicos, há uma maior ênfase de
Maria ser mãe, para nós é a mãe de Jesus, mas também alguém que no arrebatamento da igreja,
experimentará os poderes da ressurreição.

53
3. Não apresente a igreja evangélica como superior à católica

Lembre-se, não estamos promovendo uma guerra religiosa, mas falando do amor de Cristo a um
grupo que, embora se declare cristão, está longe do verdadeiro Cristo. Por isso mesmo, não mostre
a igreja evangélica como se fora superior à católica. Mas não deixe de convidar os adeptos do
“romanismo” a visitar a sua igreja.

4. Espíritas, a Eternidade Presa no Tempo

Na evangelização dos espíritas e dos adeptos dos cultos afros, não os ofenda, dizendo que tais
religiões são demoníacas e inspiradas por satanás. Mas, com amor e sabedoria, convença-os, pela
Bíblia, de que aos homens está ordenado morrerem uma única vez, e que o sacrifício de Jesus Cristo
é suficiente para levar-nos ao Pai (Hb 9:27; 1 Pe 3:18).

Considere ainda alguns pontos:

1. Valorize a fé, mas não desqualifique as boas obras


O espiritismo notabiliza-se por entidades filantrópicas por todo o Brasil. Por isso, quando formos
evangelizar um de seus adeptos, sejamos prudentes ao falar-lhe sobre a salvação pela fé. Mostre-lhe
que as obras, em si, são insuficientes para salvar-nos. Acrescente, porém, que, pela fé em Jesus
Cristo, fomos chamados às obras, em si, são insuficientes para salvar-nos. Acrescente, porém, que,
pela fé em Jesus Cristo, fomos chamados às boas obras, pois estas evidenciam a confiança que
depositamos em Deus.
Evite discussões e contendas, pois estas nos afastam de nosso verdadeiro alvo: levar o evangelho de
Cristo a todos, em todo tempo e lugar, por todos os meios.
2. Não ofenda as religiões espíritas e dos adeptos dos cultos afros

Há crentes que, apesar de já haverem experimentado os poderes do mundo vindouro, ainda


demonstram um pavor injustificado quanto às práticas espíritas e aos cultos afros. Tal medo, porém,
porém, impede-nos de evangelizar os discípulos de Alan Kardec e os herdeiros da mitologia africana
que, em nosso país, espalham-se de norte a sul. Por esse motivo, deixemos de lado esses temores,
e, com amor e prudência, falemos de Cristo a todos, sem marginalizar este ou aquele grupo. Fale
com uma linguagem clara, objetiva e principalmente bíblica, levando a mensagem da cruz para estes
grupos, que supondo adorarem a Deus, afastam-se cada vez mais do Senhor.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BÍBLIA. Português. Tradução na Linguagem de Hoje. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil,
1988.

54
BONNKE, Reinhard. Evangelismo por fogo. 3.ed. CfaN, 2005.
RIOS, Dermival Ribeiro. Mini dicionário escolar da língua portuguesa. São Paulo: DCL, 1999.
ROSA, Rholyston Carlos. Curso de Evangelismo Pessoal.
WAGNER, Peter. Estratégias Para o Crescimento da Igreja. São Paulo: Editora Sepal,1991
BARRS, Jerram. A Essência da Evangelização. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2004.

Prezado(a) Seminarista,

Lembrem-se, que poderíamos ficar anos estudando sobre evangelismo, mas nada se compara com a
unção do Espírito Santo em nossas vidas, que nos dá sabedoria, graça, para falar com cada uma das
pessoas, que o Senhor colocará para cruzar nossos caminhos.

Vamos nos colocar sempre diante do Senhor com toda sinceridade, e admita que a grande maioria
acha esse chamado: evangelizar muito difícil, se não quase impossível. Não crie barreiras
intransponíveis. Que barreiras são essas, que criamos e que estão dentro de nós, que não podem ser
totalmente destruídas, quando com toda humildade apresentamos ao Senhor.

Não crie a falta de confiança, incerteza e não se vista de culpa. Deus ama você, se Ele usou um
animal, uma mula, Ele não irá usar a coroa da criação D’Ele? Afinal, somos a coroa da criação.
Deus está contando e lhe capacitando para isso. Não dá mais para olhar para trás, a ordem foi para
que todos marchem! Anima-te!

A preciosa semente já temos em nossos corações, a vontade de obedecer ao ide do Senhor já nos
coloca predispostos a fazer a obra, o amor que o Espírito Santo faz brotar pelas almas perdidas faz
e fará toda a diferença.

Espero que possamos nos encontrar ao longa da nossa trajetória espiritual, que possamos continuar
crescendo espiritualmente!

Vou levar você para o resto da minha vida, foi muito bom compartilhar experiências com vocês,
muito obrigada.

Nos vemos por aí, graça e paz! Deus abençoe você e sua casa!!

Kátia Regina dos S. Silva

55
TEXTOS PARA LEITURA

TEXTO 1

O EVANGELISMO É A TAREFA MAIS IMPORTANTE DA IGREJA?

É muito comum o apelo ao evangelismo como solução para resolver problemas de uma determinada
igreja; sobretudo, os relacionados a pouca frequência da membresia nos cultos ou mesmo a
diminuição dela. Não são poucas as igrejas (e eu já vi isso em mais de uma) que, ao constatarem
tais problemas, conclamam um “avivamento” que redunde em mais evangelismo, pessoal ou em
massa. No entanto, as perguntas que me faço são as seguintes: o evangelismo é a tarefa mais
importante da igreja? O abandono da fé por alguns ou a troca de congregação ou denominação por
outros estão associados à falta de evangelismo?

Antes de prosseguir, a resposta que penso para a pergunta que intitula esse artigo é a de que o
evangelismo é, sim, uma tarefa indispensável à igreja. É também importante, mas não a única. Para
que o evangelismo produza resultados, algumas outras tarefas devem existir e funcionar bem dentro
da igreja como condição ao sucesso dessa empreitada. O objetivo deste artigo é discutir a
importância do ensino, da comunhão, da adoração, da oração e do serviço na igreja como apoio ao
evangelismo.

O texto base é o do final do capítulo 2 de Atos, que revela-nos o propósito da reunião da igreja que
ali se desenvolvia, após a descida do Espírito Santo. É sabido que a igreja de Atos foi uma igreja
fortemente missionária, em clara resposta à grande comissão ensinada por Jesus, apesar da severa
perseguição a que estava exposta, tanto dos judeus como do Império Romano. A questão é tentarmos
entender o que a tornava tão consciente de suas funções. Eis o texto:“E perseveravam na doutrina
dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” (Atos 2.42.)

A NECESSIDADE DO ENSINO
Havia um enorme desejo de se aprender o que os apóstolos tinham a ensinar e isso resultava em
forte entendimento de salvação e da Graça por partes dos cristãos primitivos. Em sua época não
havia o Novo Testamento e o ensino era baseado na Escritura (Velho Testamento) e nas palavras de
Jesus. Hoje temos a Bíblia, fonte única de ensino e conhecimento de Deus, contendo todos esses
ensinos. O texto cita o ensino como a primeira atitude obviamente por que não é possível imaginar
uma igreja saudável que não ama as verdades do evangelho e que não tenha sido transformada por
elas.

56
Voltando ao propósito do artigo, como podemos encarar o evangelismo como a solução dos
problemas de uma congregação onde o ensino é desprezado e as verdades da Bíblia, rejeitadas? Qual
mensagem será levada ao não convertido em um panorama desses? E se, mesmo assim, ele aceitar
a convivência com a igreja, como será garantida a conversão e transformação dele sem o verdadeiro
ensino bíblico (1)?
Logo, é impensável um evangelismo dissociado do ensino e do estudo sério da Palavra de Deus. A
mensagem do evangelho deve chegar ao ímpio. E ao responder positivamente a ela, ele deve
encontrar um ambiente de ensino dentro da igreja para que sua fé se desenvolva.

A COMUNHÃO
A transformação experimentada pelo ensino resultava em pessoas de diferentes características
compartilhando a mesma fé e a mesma esperança – a volta de Jesus – gerando edificação e
crescimento na igreja. Os primeiros capítulos de Atos tratam de problemas que surgiram ali, mas
nada que impedisse os cristãos quanto ao seu papel.

Será traumático para o novo convertido crescer em um ambiente hostil e dividido, com facções. A
recomendação da Bíblia para ter os olhos fitos em Jesus será afetada e, certamente, ele tenderá a
algum grupo. No longo prazo haverá desentendimentos e ressentimentos, levando alguns a deixar
a igreja local, inclusive aquele membro que a igreja evangelizou.

Antes de qualquer iniciativa evangelística, é necessário que a igreja olhe para si e tenha uma noção
do que o novo convertido irá receber dela, no curto e longo prazo. Se o que a igreja tem a oferecer
não for saudável, em termos de comunhão, ao seu crescimento, a campanha poderá desmoronar,
apesar do bom treinamento daqueles que irão evangelizar e discipular o novo membro.

ADORAÇÃO
Há quem defenda que o “partir do pão” presente no texto em questão se referia à prática visível da
comunhão, com refeições diárias nas casas uns dos outros. No entanto, há a explicação de que esse
texto refere-se também à celebração da Ceia, conforme ensinou Jesus. Como a comunhão já foi
comentada, vou focar a questão da celebração.

A celebração da Ceia é, além de um sacramento, uma atitude de gratidão e profundo reconhecimento


da obra de Cristo e o que ele garantiu a nós com ela. Ela nos lembra da nova aliança inaugurada por
Jesus por meio do seu sofrimento, morte e ressurreição. Sua prática deve ser precedida por um
entendimento bíblico da salvação, caso contrário ela torna-se um mero formalismo.
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Isso posto, além do ensino e da comunhão, a igreja deve ser uma comunidade de celebração, em que
as verdades da Graça e do Amor de Deus impulsionam a igreja, e os membros individualmente, a
uma vida de adoração e constante alegria pela nova vida operada pelo Espírito Santo no pecador. E
essa adoração como estilo de vida, por meio de atitudes e conduta que glorificam a Deus em todas
as áreas da vida do convertido.

Uma igreja que perde o gozo pela salvação consumada por Cristo perde também a real motivação
de um culto a Deus. Em vez de ser uma reunião de salvos celebrando uns com os outros a Jesus por
seu amor, o culto, na verdade, transforma-se numa reunião social, rotineira e fria. No que diz respeito
ao evangelismo, não é possível oferecer a salvação em Cristo a não convertidos quando a alegria
por possuí-la está apagada.

O SERVIÇO
“E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha.”
Um dos desdobramentos da comunhão é o serviço ao próximo, como resultado do amor em nós
gerado por Cristo. As necessidades de toda a igreja eram conhecidas por todos, dando-lhes um
profundo senso de responsabilidade para com o próximo. Ou seja, a comunhão funcionava
plenamente, e não apenas em cumprimentos rápidos ou forçados durante o culto por meio de
petições de pregadores ou cantores. Além disso, o serviço demonstra que a comunhão entre os
irmãos sai das quatro paredes do templo e atinge a vida diária do membro. Diáconos – aqueles que
efetivamente servem – devem ser todos os cristãos. A quem servir? A igreja, o pastor e o próximo
por que isso se constitui serviço a Deus. Como bem disse Dietrich Bonhoeffer, a Igreja só é Igreja
quando existe para os outros.
A igreja deve estar atenta a esse aspecto e o novo convertido deve receber condições de crescer na
graça e no conhecimento. E o serviço prestado a ele, seja de qual natureza for, é essencial.

A ORAÇÃO
Um dos aspectos importantíssimos para a igreja é a prática constante e bíblica da oração. E essa
prática deve demonstrar que a mesma igreja depende de Deus para o suprimento de suas
necessidades, para obter conhecimento dele por meio da sua Palavra e para cumprir seu papel como
espelho de sua glória para o mundo.

A igreja de Atos era uma igreja de oração. Ela era o meio pelo qual levava a Deus as afrontas e
perseguições que recebia para obter dele livramento. Isso é dependência.

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Além disso, era uma igreja que nutria e mantinha uma comunhão com Deus por intermédio da
prática da oração individual e coletiva, conforme vemos no episódio da libertação de Pedro.

Esses princípios devem ser ensinados ao novo convertido. Mas antes, esse ensino deve ser
acompanhado da oração na prática, vivida pelos membros e praticada publicamente.

CONCLUSÃO
Uma igreja avivada é uma igreja que prega o evangelho e ganha almas. Mas é também uma igreja
que ama e ensina as verdades da Palavra de Deus; que busca e aperfeiçoa a comunhão com Deus e
com os irmãos; que vive e celebra as conquistas de Jesus para nós, por meio de sua vida e obra; que
é guiada pela vontade de Deus e a conhece, também, por meio da oração.

Esses entendimentos devem nos levar a certeza de que o evangelismo não pode ser entendido como
a solução para os conflitos internos da congregação e seus problemas. O evangelismo é
a consequência de uma igreja que já está em plenas condições de fazer novos discípulos, dando-lhes
condições, em seu seio, de dar frutos; ele é consequência também de uma igreja que entende seu
papel perante a “nuvem de testemunhas” que a rodeia, vivendo a diferença e a transformação que
somente cristo pode oferecer.
(1) – Verdadeiro ensino bíblico é aquele que expõe fielmente as verdades da Bíblia, possibilitando
ao pecador conhecer sua necessidade de Deus e poder enxergar Jesus como seu único salvador. O
falso é aquele que se vale de alguns textos bíblicos para impor ao novo convertido um conjunto de
regras abraçado pela congregação e dar a elas um falso valor salvífico.

::TIAGO LINO
www.tiagolinno.wordpress.com / www.twitter.com/tiagolinno
Colaborador do Lagoinha.com

COMENTÁRIOS:

A atual situação da igreja demanda uma mensagem como esta. Esta é uma preocupação legítima
com a eternidade das pessoas. Um grande número, de pessoas pensam, que são ou estão salvas,
quando, na verdade, foi apenas envernizada com o Evangelho, continuando totalmente perdida e
escrava. Isto é realmente preocupante.

Parece que nunca, como agora, o evangelho tem sido tão vulgarizado, diluído, enfraquecido, usado
e abusado como fonte de lucro e manipulação de interesses. O padrão vai despencando, cada vez

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mais, e as pessoas vão, aos poucos, aceitando e se acostumando. Algumas igrejas nem falam mais
de pecado ou do real sentido da cruz. O pecado é encarado como uma fraqueza normal, e, a cruz,
não passa de um símbolo vazio. É muita gente querendo o “melhor” dos dois reinos. Querem a vida
eterna, mas não abrem mão das iguarias de Satanás. Querem a salvação, mas não renunciam ao
prazer transitório do pecado. Estão tentando chegar ao Reino de Deus pelo caminho largo.

Logicamente, vão quebrar a cara. Sem uma mudança radical (arrependimento), estas pessoas,
certamente, terão uma decepção eterna.

A maioria dos crentes não tem um conhecimento bíblico correto sobre a salvação. Ainda não
entenderam, de maneira completa, o princípio e as implicações da salvação. Baseiam-se,
superficialmente, na informação de um ou dois versículos sobre o tema, sem realmente compreender
os conceitos implícitos nestes textos. Infelizmente, um alto percentual das pessoas que frequentam
as igrejas evangélicas nunca nasceu de novo, ou, alimentam conceitos estranhos que comprometem
a experiência de salvação que tiveram.

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