DIRETRIZ_TECNICA_03_-_LAUDO_PARA_ALSF_0810_assinado

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Versão setembro/2024

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL


PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA MARIA
SECRETARIA DE MUNICÍPIO DE MEIO AMBIENTE

DIRETRIZ TÉCNICA – DITEC N.º 03/2024

LAUDO PARA ALVARÁ DE LICENCIAMENTO DE SERVIÇOS FLORESTAIS - ALSF

1. INTRODUÇÃO
Considerando que o Código Estadual do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul, instituído
pela Lei Estadual n.º 15.434, de 09 de janeiro de 2020, estabelece no Capítulo VIII, artigo 51, que “A
localização, construção, instalação, ampliação, reforma, recuperação, alteração, operação e desativação
de empreendimentos, obras e atividades utilizadoras de recursos ambientais ou consideradas efetivas ou
potencialmente poluidoras, bem como capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental,
dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente, conforme dispuser o Conselho
Estadual do Meio Ambiente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis”.
Considerando a Lei Federal n.º12.651/2012 – Lei de Proteção da Vegetação Nativa.
Considerando a Lei Federal n.º 11.428/2006- Lei da Mata Atlântica;
Considerando o Decreto n.º 6.660/2008, que regulamenta dispositivos da Lei n.º 11.428/2006 - Lei da
Mata Atlântica;
Considerando a Lei Estadual n.º 9.519/1992- Código Florestal do Estado do Rio Grande do Sul;
Considerando a Resolução CONSEMA n.º 372/2018 e suas alterações;
Considerando a Lei Complementar n.º 117/2018- Lei de Uso e Ocupação do Solo de Santa Maria;
Considerando a Instrução Normativa n.° 21/ 2014 e a nº 08/2020, que institui o Sinaflor;
Considerando a Instrução Normativa n.º 01/2018, da Secretaria do Ambiente e Infraestrutura do Estado,
que trata sobre a Reposição Florestal Obrigatória no Estado do Rio Grande do Sul;
Considerando a Instrução Normativa n.º 01/2016, que define diretrizes para solicitação e emissão de
Alvarás de Licenciamento de Atividades Florestais (ALSF) no município de Santa Maria;
Considerando a Instrução Normativa n.º 01/SMA/2023, que define o conceito de arborização urbana e
disciplina as modalidades de supressão de exemplares arbóreos isolados em terrenos privados no
município de Santa Maria;
Considerando a Portaria n.º 13/SMA/2020, que estabelece os valores pecuniários por muda devida, a
título de reposição florestal no município de Santa Maria.

2. APLICABILIDADE
A presente Diretriz Técnica visa estabelecer critérios mínimos para o Laudo Técnico no âmbito do
Alvará de Licenciamento de Serviços Florestais - ALSF.

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3. DEFINIÇÕES
3.1 Requerente: Pessoa física que solicita um documento junto à Secretaria de Município de Meio
Ambiente.
3.2 Responsável técnico: Profissional habilitado que assume a responsabilidade técnica pelo laudo.

4. DIRETRIZES GERAIS
O Laudo Técnico para fins de ALSF deve contemplar os seguintes itens:
I – Identificação e endereço do requerente;

II – Identificação e endereço do responsável técnico;

III – Localização da intervenção (endereço e coordenadas geográficas);

IV – Localização de Áreas de Preservação Permanente – APP próximas, se houver;

V – Justificativa da intervenção proposta;

VI – Descrição botânica de todos os indivíduos contemplando os seguintes itens:


a. Nome popular;

b. Nome científico;

c. Diâmetro à altura do peito - DAP igual ou superior a 5 cm;

d. Altura (m);

e. Volumetria (m³ e mst);

f. Diâmetro de projeção de copa (no caso de árvores isoladas);

g. Condições fitossanitárias e de risco;

i. Imagem aérea com centro no local da intervenção;

VII – Cálculo da Reposição Florestal Obrigatória – RFO, bem como a forma de realização da
mesma;

VIII Apresentação de registro fotográfico evidenciando os indivíduos, com legenda;

IX – Demarcação em croqui ou planta de levantamento planialtimétrico com legenda da


vegetação isolada e/ou dos maciços de vegetação a remover, transplantar, podar e dos indivíduos
a permanecer, contemplando as dimensões de projeção de copa e a interferência com a ocupação;

X – Concepção do projeto arquitetônico da edificação projetado na planta do item anterior;

XI – Em caso de licenciamento ambiental de atividade, demarcação em planta de levantamento


planialtimétrico, croqui ou planta de situação e localização, de todos os vegetais descritos no
laudo, devidamente numerados;

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XII – Manifestação sobre a presença de abelhas nativas e ninhos ativos de aves sobre os
vegetais;

XIII – Os vegetais isolados ou em pequenas manchas deverão ser identificados no terreno por
etiquetas numeradas sequencialmente, fitas identificadoras, ou marcação com tinta spray até o
momento da vistoria;

XIV – As florestas deverão ser caracterizadas quanto aos estágios sucessionais, contendo no
mínimo:
a. Relação das espécies (herbáceas, arbustivas e arbóreas nativas e exóticas) com nome
científico, comum e status de conservação;

b. Método de amostragem com indicação do esforço amostral empreendido, ilustrado


com curva do coletor ou outro método equivalente;

c. Informação quanto ao Bioma, com descrição dos ecossistemas encontrados na área e


caracterização dos estágios sucessionais em caso de incidência de Mata Atlântica,
segundo as Resoluções CONAMA nº 33/94, com apresentação do inventário
fitossociológico e demais estudos necessários que amparem a caracterização dos estágios
sucessionais e a aplicação da Lei Federal n° 11.428/06;

d. Para áreas florestais ≥ que 1 (um) hectare será admitido o levantamento por
amostragem;

e. Para áreas florestais < 1 (um) hectare deverá ser realizado o levantamento por censo;

XV – manifestação quanto à incidência de vegetais de espécies raras, endêmicas, ameaçadas,


declaradas imunes ao corte, árvores tombadas, bem como daquelas com especial interesse de
preservação;

XVI – indicação dos dados do responsável técnico: nome, telefone para contato, endereço,
número de registro no conselho de classe e respectiva ART (projeto e execução), devendo
observar a descrição do documento quanto ao tipo de serviço prestado;

XVII – os projetos deverão ser apresentados em formato PDF e em Kml.

XVIII – informações sobre os procedimentos a serem adotados para o manejo objeto da


solicitação de autorização, bem como do local de destinação final dos resíduos oriundos da poda
ou da supressão com apresentação de licença ambiental do local de destino;

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As áreas que abrigam remanescentes de vegetação nativa, pertencentes ao Bioma Mata Atlântica,
conforme estipulado pelo Artigo 1º do Decreto Federal nº 6.660/2008, são delimitadas no Mapa
elaborado pelo IBGE, que estabelece os limites da aplicação da Lei da Mata Atlântica. Ademais, os
remanescentes de vegetação nativa que se estendem para além dos limites do Bioma Pampa, nas áreas
de transição entre os dois biomas, estão sujeitos ao mesmo regime jurídico e às disposições de proteção
estabelecidas pela Lei nº 11.428/2006.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BRASIL. Decreto nº 6.660, de 21 de novembro de 2008. Regulamenta dispositivos da Lei no 11.428, de


22 de dezembro de 2006, que dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata
Atlântica. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 nov. 2008.

BRASIL. Lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006. Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação
nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 dez.
2006.

BRASIL. Resolução CONAMA nº 33, de 7 de dezembro de 1994. Define estágios sucessionais das
formações vegetais que ocorrem na região da Mata Atlântica do Estado do Rio Grande do Sul, visando
viabilizar critérios, normas e procedimentos para o manejo, utilização racional e conservação da
vegetação natural. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 30 dez. 1994.

BRASIL. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as
Leis nºs 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de
dezembro de 2006; revoga as Leis nºs 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de
1989, e a Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 28 mai. 2012.

FEPAM. Norma Técnica – Conteúdo do Inventário Florestal para Supressão de Vegetação


(disponível em https://ww3.fepam.rs.gov.br/central/diretrizes/LF124_InventarioFlorestalParasupressao_v44.pdf.
Assinado digitalmente por MARCOS VINICIUS RAMOS MORAES:
MARCOS VINICIUS 40263045072
DN: C=BR, O=ICP-Brasil, OU=AC SOLUTI Multipla v5 G2,
OU=Renovacao Eletronica, OU=Certificado Digital, OU=Certificado
RAMOS MORAES: PF A3, CN=MARCOS VINICIUS RAMOS MORAES:40263045072
Razão: Eu sou o autor deste documento
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40263045072 Data: 2024.10.09 11:40:24-03'00'
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Tamara Tomasi Volcato Marcos Vinicius Moraes


Superintendente de Licenciamento e Secretário de Município de Meio Ambiente
Controle Ambiental Engenheiro Civil
Engenheira Ambiental Matrícula 13.164-4
Matrícula 19.135-3

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