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APRESENTAÇÃO

Olá, Estudante!

Como você está? Esperamos que você esteja bem! Lembre-se que, mesmo diante dos impactos da COVID-19,
preparamos mais um material, bem especial, para auxiliá-lo neste momento de distanciamento social e assim
mantermos a rotina de seus estudos em casa.

Então, aceite as “Pílulas de Aprendizagem”, um material especialmente preparado para você! Tome em doses
diárias, pois, sem dúvida, elas irão contribuir para seu fortalecimento, adquirindo e produzindo novos saberes.

Aqui você encontrará atividades elaboradas com base na seleção de conteúdos prioritários e indispensáveis
para sua formação. Assim, serão aqui apresentados novos textos de apoio, relação de exercícios com gabaritos
comentados, bem como dicas de videoaulas, sites, jogos, documentários, dentre outros recursos pedagógicos,
visando, cada vez mais, à ampliação do seu conhecimento.

As “Pílulas de Aprendizagem” estão organizadas, nesta quinta semana, com os componentes


curriculares: Língua Portuguesa, Física, Filosofia, Sociologia, História, Projeto de Vida e Educação Física.
Vamos lá!?

Como neste ano estamos comemorando o Aniversário de 120 anos de Anísio Teixeira, você também
conhecerá um pouco da grande contribuição que este baiano deu à educação brasileira. A cada semana
apresentaremos um pouco de sua história de vida e legado educacional, evidenciando frases emblemáticas
deste grande educador.

Nós já sabemos que foi Anísio Teixeira quem criou a escola pública em todos os níveis, desde a educação
infantil até o superior. Para ele o ato de aprender não se reduzia ao simples ato de memorização de conteúdos.

Assim, a nossa “pílula anisiana” é:

“Só aprendemos quando assimilamos uma coisa de tal jeito que, chegado o momento oportuno, sabemos
agir de acordo com o aprendido. ” (ANÍSIO TEIXEIRA).

Você curtiu conhecer um pouco da vida de Anísio Teixeira? Semana que vem, traremos outras curiosidades.

Agora, procure um espaço sossegado para realizar suas atividades. Embarque neste novo desafio e bons
estudos!
RETOMADA DAS ATIVIDADES PARA OS ESTUDANTES - 2ª Série

Modalidade/oferta: Regular Semana: V


Componente Curricular: Filosofia
Tema: Empirismo e Racionalismo
Objetivo(s): Realizar a experiência do pensar filosófico, diferenciando-o dos demais saberes e descobrindo
sua presença implícita em conhecimentos anteriormente adquiridos, mas não filosoficamente
problematizados.
Autores: Adalgisa Sales e Antônio Carlos

I. VAMOS AO MOMENTO DA LEITURA!

TEXTO
O Empirismo de David Hume

A análise de Hume dos conteúdos da experiência dos sentidos começa com a distinção entre impressões e
ideias. Impressões, que incluem todas as nossas sensações e paixões, são mais enérgicas e animadas do que
as ideias, que são “as imagens fracas destas em pensamento e raciocínio”. As ideias são epistemologicamente
inferiores às impressões e o status secundário que Hume lhes dá está em marcado contraste com uma longa
tradição da filosofia ocidental que afirma que as ideias universais – não impressões de sentido singular – são
os objetos próprios do intelecto humano. Seguindo Locke, Hume também distingue entre o simples e o
complexo. Impressões e ideias simples, como ver ou imaginar uma certa tonalidade de vermelho, não
admitem distinção ou separação. Impressões e ideias complexas, como ver ou imaginar uma maçã, podem ser
analisadas em suas partes componentes. Considerando que todas as ideias simples são derivadas de e
representam exatamente impressões simples, muitas ideias complexas não são, e assim sua veracidade deve
ser posta em questão. Hume observa: “Quando nos entretemos, portanto, de qualquer suspeita de que um
termo filosófico seja empregado sem qualquer significado ou ideia (como é muito frequente), precisamos
apenas perguntar, de que impressão é essa ideia suposta? E, se for impossível atribuir qualquer uma, isso vai
servir para confirmar nossa suspeita “. Hume passa a mostrar que um número de ideias complexas em filosofia,
como a ideia de um eu imaterial como o núcleo da identidade pessoal, deixa de cumprir o seu critério empirista
(veja Tratado da Natureza Humana, Livro I, Parte IV, séc. VI).

David Hume e a relação causa e efeito (causalidade)

Tradicionalmente, os filósofos e cientistas ocidentais acreditavam que, para conhecer algo plenamente, é
preciso conhecer a causa da qual ela necessariamente depende. Hume argumenta que tal conhecimento é
impossível. Ele observa que a relação causal fornece a base para todos os raciocínios relativos a questões de
fato; entretanto, ao contrário das relações de ideias exploradas pela matemática, nenhum julgamento que diz
respeito a questões de fato é necessariamente verdadeiro. Isto é porque sempre podemos imaginar, sem
contradição, o contrário de qualquer questão de fato (por exemplo, “o sol não nascerá amanhã” nem é nem
implica uma contradição). Hume acrescenta que a relação causal entre quaisquer dois objetos é baseada na
experiência, e não se sabe a priori (por exemplo, se Adão foi criado com faculdades racionais perfeitos, antes
de experimentar ele ainda não poderia dizer a partir das propriedades da água que ela iria sufocar ele.) No
entanto, tudo o que a experiência estabelece sobre as relações causais é que a causa é anterior no tempo e
contígua com o seu efeito. A experiência não pode estabelecer uma conexão necessária entre causa e efeito,
porque podemos imaginar sem contradição um caso em que a causa não produz seu efeito usual (por exemplo,
podemos imaginar que uma bola branca golpeia violentamente outra bola de bilhar e então, em vez de causar
o movimento da bola de bilhar, a bola branca se distancia dela em alguma direção aleatória). A razão pela qual
erroneamente inferimos que há algo na causa que necessariamente produz seu efeito é porque nossas
experiências passadas nos habituaram a pensar dessa maneira. Isto é, porque já vimos no passado que B
frequentemente segue A e nunca ocorre sem ele, a nossa mente associa B com A tal que a presença de um
determina a mente a pensar no outro (ver Tratado da Natureza Humana, Livro I, Parte III;).

Disponível em: https://psicoativo.com/2016/12/david-hume-empirismo-ideias-x-impressoes-causa-e-


efeito.html. Acesso em: 14 dez. 2108.

II. AGORA, VAMOS AO MOMENTO DA RETOMADA DAS ATIVIDADES?

Explorando o texto!

01. (EMITec/SEC/BA - 2017) Hume estabelece um vínculo entre pensamento e impressão ao considerar que
as ideias têm como fonte específica o sentimento cujos dados são colhidos na empiria. O que você
compreende sobre isso?

02. (PROSEL/UNCISAL - 2011) No período moderno, emergiu uma escola filosófica empirista, que pôs em
questão as concepções inatistas e metafísicas de conhecimento. Para os filósofos partidários dessa escola, o
conhecimento é sempre decorrente da experiência, jamais podendo existir ideias inatas. Qual sua percepção
sobre esta teoria?

Vamos continuar praticando!

03. (FEPESE - 2014) Analise o texto abaixo:

Para os seguidores do ............... , o fundamento e a fonte de todo o conhecimento é a experiência sensível,


que é responsável pela existência das ideias na razão e controla o trabalho da mesma, pois o valor e o sentido
da atividade racional depende do que é determinado pela ...............

Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto.

a) Marxismo - prática
b) Racionalismo - razão
c) Materialismo - matéria
d) Realismo - objetividade
e) Empirismo - experiência sensível

04. Com base nesse texto sobre a filosofia de Hume, assinale o que for correto.

a) Segundo Hume, entre um fenômeno e outro não há conexão causal necessária que possa ser verificada na
experiência; é o hábito que explica a noção da relação causa e efeito: por termos visto, várias vezes juntos,
dois objetos ou fatos – por exemplo, calor e chama, peso e solidez –, somos levados, pelo costume, a prever
um quando o outro se apresenta.
b) Como representante do racionalismo, Hume afirmou que o princípio de causalidade, lei inexorável que
regula todos os acontecimentos da natureza, é inferido da experiência por um processo de raciocínio.
c) Para Hume, o hábito é um falso guia; se não nos fiarmos na razão, fonte do conhecimento verdadeiro, e nos
deixarmos conduzir pelo costume, erraremos inevitavelmente em nossas ações e investigações.
d) É a experiência que nos permite ultrapassar os dados empíricos, os quais possuímos seja na forma de
impressão seja na forma de ideias, e afirmar mais do que aquilo o qual pode ser alcançado na experiência
imediata.
e) A ideia de causa é apenas uma ideia geral constituída pela associação de ideias e baseada na crença formada
pela experiência.

Disponível em: https://www.sigmadf.com.br/wp-


content/uploads/sites/24/2020/04/ARSigma_Filosofia_22_03_0804.pdf. Acesso em: 24 set. 2020.

III. ONDE POSSO ENCONTRAR O CONTEÚDO?

 Livro didático de Filosofia adotado pela Unidade Escolar.

 Sugestão de vídeos sobre o conteúdo trabalhado:


David Hume (1) - O Estudo da Natureza Humana |Empirismo. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Sak1rOiC7fM. Acesso em: 20 set. 2019.
A Experiência Como Guia do Conhecimento. Disponível em:
http://pat.educacao.ba.gov.br/emitec/disciplinas/exibir/id/7100. Acesso em: 20 set. 2020.

 Para saber mais acesse o link:


David Hume. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/biografias/david-hume.htm/. Acesso em: 20
de set. 2020.

IV. GABARITO COMENTADO:

GABARITO COMENTADO

Questão 01. Para Hume, as ideias e impressões são nossos conteúdos mentais. As impressões resultam
diretamente da experiência imediata; e as ideias são as cópias fracas e desbotadas das impressões. Para
o filósofo o acaso, não passando de um efeito aparente de uma causa desconhecida e oculta.

Questão 02. A filosofia empírica (do grego empeiria = experiência) ganha formulação paradigmática,
sistemática, metodológica e crítica consciente a partir de Locke. Para o filósofo empirista, o saber
humano é determinado pelas impressões vindas da sensação, não de um fundamento inteligível inato.

Questão 03. Alternativa: e. Se o “empírico” é relativo ao conhecimento que procede da experiência, das
sensações e percepções, então, a teoria do conhecimento que compreende o conhecimento humano
como derivado da experiência sensível externa ou interna é chamada de Empirismo. Seus principais
representantes foram Francis Bacon(1561-1626), Thomas Hobbes (1588-1679), John Locke (1632-1704),
George Berkeley (1685-1753) e David Hume (1711-1776).

Questão 04. Alternativa: a. Hume considera os sentidos a principal via do conhecimento. Sendo assim,
o homem não pode criar ideias e nem nenhuma teoria geral da realidade, ou seja, nossas certezas devem
ser substituídas por probabilidades, já que não há nenhuma causalidade nos fenômenos, mas o hábito
que julga uma coisa pela outra.

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