[Resumo] Conjunções

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PORTUGUÊS

CONJUNÇÕES Tássia Braúna


tassiadasilvabrauna@hotmail.com
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Material Teórico

ÍNDICE
CONJUNÇÕES.............................................................................................................. 2
Conjunções Subordinativas........................................................................................... 6

Tássia Braúna
tassiadasilvabrauna@hotmail.com
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CONJUNÇÕES

Conjunções são palavras invariáveis que servem para relacionar duas orações
ou dois termos semelhantes da mesma oração. Podem ser coordenativas ou
subordinativas.

Conjunções coordenativas: relacionam termos ou orações de idêntica função


gramatical (orações independentes).

Exemplos: O tempo e a maré não esperam por ninguém.Ouvi primeiro e falei por
derradeiro.

Conjunções subordinativas: ligam duas orações, uma das quais determina ou


completa o sentido da outra (orações subordinadas). Comparem-se:

Exemplos: Eram três da tarde quando cheguei às arenas romanas. Pediram-me


que definisse o Arpoador. Tássia Braúna
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AS CONJUNÇÕES COORDENATIVAS podem ser:

• ADITIVAS: ligam dois termos ou duas orações de idêntica função. São as


conjunções e, nem (= e não):

Exemplo: Leonor voltou-se e desfaleceu.


Exemplo: Ele não me agradece, nem eu lhe dou tempo.

• ADVERSATIVAS: ligam dois termos ou duas orações de igual função,


acrescentando-lhes, porém, uma ideia de contraste: mas, porém, todavia,
contudo, no entanto, entretanto:

Exemplo: Apetece cantar, mas ninguém canta.


Exemplo: Não havia muitas casas, porém sobravam grandes terrenos baldios.

• ALTERNATIVAS: ligam dois termos ou orações de sentido distinto, indicando


que, ao cumprir-se um fato, o outro não se cumpre. São as conjunções ou
(repetida ou não) e, quando repetidas, ora, quer, seja, nem etc.:
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Exemplo: O Antunes das duas uma: ou não compreendia bem ou não ouvia nada
do que lhe dizia o seu companheiro.

Exemplo: Ora lia, ora fingia ler para impressionar aos demais passageiros.

• CONCLUSIVAS: servem para ligar à anterior uma oração que exprime


conclusão, consequência. São: logo, pois, portanto, por conseguinte, por isso,
assim etc.:

Exemplo: Conheci, pois, Ari Ferreira, quando comecei a trabalhar em Clínica


Médica, portanto em 1924.

Exemplo: Nas duas frases a experiência é a mesma. Na primeira não instrui, logo
prejudica.

• EXPLICATIVAS: ligam duas orações, a segunda das quais justifica a ideia


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contida na primeira. São as conjunções que, porque, pois, porquanto, em
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exemplos como:

Exemplo: Vamos comer, Açucena, que estou morrendo de fome.


Exemplo: Dorme cá, pois quero mostrar-lhe as minhas fazendas.

Posição das conjunções coordenativas

1. Das conjunções coordenativas, apenas mas aparece obrigatoriamente no


começo da oração; porém, todavia, contudo, entretanto e no entanto podem
vir no início da oração ou após um dos seus termos:
Exemplo: É noite, mas toda a noite se pesca.
Exemplo: A igreja também era velha, porém não tinha o mesmo prestígio.

Esse último período poderia ser também enunciado:

Exemplo: A igreja também era velha; não tinha, porém, o mesmo prestígio.
Exemplo: A igreja também era velha; não tinha o mesmo prestígio, porém.
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2. Pois, quando conjunção conclusiva, vem sempre posposta a um termo da


oração a que pertence:
Exemplo: Era, pois, um homem de grande caráter e foi, pois, também um grande
estilista.

3. As conclusivas logo, portanto e por conseguinte podem variar de posição,


conforme o ritmo, a entoação, a harmonia da frase.

Valores particulares - Certas conjunções coordenativas podem, no discurso,


assumir variados matizes significativos de acordo com a relação que
estabelecem entre os membros (palavras e orações) coordenados.

1. “E”, por exemplo, pode:

a) ter valor adversativo:


Exemplo: Tanto tenho aprendido e não sei nada.

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Pode também ter valor adversativo, fronteiriço (próximo), por vezes, do valor
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concessivo, fronteiriço, por vezes, do concessivo:

Exemplo: Torço as orelhas e não dão sangue.


Exemplo: Fui, como as ervas, e não me arrancaram. (fernando Pessoa)

b)indicar uma consequência, uma conclusão:

Exemplo: Qualquer movimento, e será um homem morto.


Exemplo: Embarco amanhã, e venho dizer-lhe adeus.

c) expressar uma finalidade:

Exemplo: Ia decorá-la e transmiti-la ao irmão e à cachorra.


Exemplo: Em frente ao espelho, levou um lenço aos olhos e retocou a pintura.

d)ter valor consecutivo:

Exemplo: Esperei mais algumas palavras. Não vieram — e saí desapontado.


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Exemplo: Estou sonhando, e não quero que me acordem.

e) introduzir uma explicação enfática:

Exemplo: Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu.
Exemplo: As filhas estavam casadas, e muito bem casadas.

f) iniciar frases de alta intensidade afetiva, com o valor próximo ao de


interjeições:

Exemplo: — E os críticos! E os leitores! E a glória! Recolheram todas as minhas


sobras, não me deixam respirar.

g) facilitar a passagem de uma ideia a outra, mesmo que não relacionadas,


quando vem repetido ritmicamente em fórmulas paralelísticas que imitam o
chamado estilo bíblico:

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Exemplo: E a minhatassiadasilvabrauna@hotmail.com
terra se chamará a terra de Jafé, e a tua se chamará a terra
de Sem; e iremos às tendas um do outro, e partiremos o pão da alegria e da
concórdia.

2. “Mas” é outra partícula que apresenta múltiplos valores afetivos. Além da


ideia básica de oposição, de contraste, pode exprimir, por exemplo:

a) restrição:

Exemplo: Continuou a conversa interrompida com a senhora gorda, que tinha


muitos brilhantes, mas uma terrível falta de ouvido, porque não se pode ter
tudo.

Exemplo: — Vai, se queres, disse-me este, mas temporariamente.

b)retificação:

Exemplo: Eram mãos nuas, quietas, essas mãos; serenas, modestas e avessas a
qualquer exibicionismo. Mas não acanhadas, isso nunca.
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c) atenuação ou compensação:

Exemplo: Vinha um pouco transtornado, mas dissimulava, afetando sossego e


até alegria.
Exemplo: Uma luz bruxuleante mas teimosa continuava a brilhar nos seus olhos.

d)adição:

Exemplo: Anoitece, mas a vida não cessa.


Exemplo: Era bela, mas principalmente rara.

É particularmente importante o emprego dessa conjunção (assim como de


porém) para mudar a sequência de um assunto, geralmente com o fim de
retomar o fio do enunciado anterior que ficara suspenso. Assim:

Exemplo: Mas continua. Não te esqueças do que estavas a contar.


Tássia Braúna
Exemplo: Mas os dias foram passando.
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Exemplo: Um dia, porém, o Duro regressou à terra.

Conjunções Subordinativas

Classificam-se em causais, concessivas, condicionais, finais, temporais,


comparativas, consecutivas, conformativas, proporcionais e integrantes.

As causais, concessivas, condicionais, finais, temporais, proporcionais,


conformativas, comparativas e consecutivas iniciam orações adverbiais. As
integrantes introduzem orações substantivas.

• CAUSAIS: iniciam uma oração subordinada denotadora de causa porque,


pois, porquanto, como [= porque], pois que, por isso que, já que, uma vez
que, visto que, visto como, que etc.:

Exemplo: Tenho continuado a poetar, porque decididamente estou renovado.


Exemplo: Tio Couto estava sombrio, pois aparecera um investigador da polícia
perguntando por Gervásio.
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Exemplo: Como as pernas trôpegas exigiam repouso, descia raramente à cidade.

• CONCESSIVAS: iniciam uma oração subordinada em que se admite um fato


contrário à ação principal, mas incapaz de impedi-la embora, conquanto,
ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, por mais que, por
menos que, apesar de que, nem que, que etc.:

Exemplo: Não saberei nunca escrever sobre ele, embora tenha tentado mais de
uma vez.
Exemplo: Bandeira livre e bandeira oficial foram comuns, posto que em graus
diversos, a todo o Brasil.
Exemplo: Nem que a matassem, confessava.

• CONDICIONAIS: iniciam uma oração subordinada em que se indica uma


hipótese ou uma condição necessária para que seja realizado ou não o fato
principal se, caso, contanto que, salvo se, sem que [= se não], dado que,
desde que, a menos que, a não ser que
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Braúna
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Exemplo: Se aquele entrasse, também os outros poderiam tentar...
Exemplo: A entrevista ficou marcada para as quatro da tarde, caso você não
prefira ir à noite.

• FINAIS: iniciam uma oração subordinada que indica a finalidade da oração


principal para que, a fim de que, porque [= para que]:

Exemplo: Não bastava a sua boa vontade para que tudo se arranjasse.
Exemplo: Recolheu a carta e a sobrecarta, para mostrá-las a Rubião, a fim de
que ele visse bem que não era nada.

• TEMPORAIS: iniciam uma oração subordinada indicadora de circunstância de


tempo quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim
que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que [= desde
que], etc.:

Exemplo: Quando tio Severino voltou da fazenda, trouxe para Luciana um


periquito.
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Exemplo: Sempre que posso, vou aonde as recordações me chamam.


Exemplo: Tio Cosme vivia com minha mãe, desde que ela enviuvou.
Exemplo: Enquanto Tamar e a irmã estavam no colégio, uma rapariga fugiu de
lá.

• CONSECUTIVAS: iniciam uma oração na qual se indica a consequência do que


foi declarado na anterior que (combinada com uma das palavras tal, tanto, tão
ou tamanho, presentes ou latentes na oração anterior), de forma que, de
maneira que, de modo que, de sorte que etc.:

Exemplo: Foi tão ágil e rápida a saída que Jandira achou graça.
Exemplo: O frio é tanto, é tamanho que a pena cai-me da mão...
Exemplo: Ainda hoje os marmeleiros carregam, que é uma temeridade.

• COMPARATIVAS: iniciam uma oração que encerra o segundo membro de


uma comparação, de um confronto que, do que (depois de mais, menos,
maior, menor, melhore pior),Tássia
qual (depois
Braúnade tal), quanto (depois de tanto),
como, assim como, bem como, como se, que nem:
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Exemplo: Mais do que as palavras, falavam os fatos.


Exemplo: Surgiu, como se viesse doutro mundo, inesperada e pálida.
Exemplo: Ele comeu-a que nem confeitos.

• CONFORMATIVAS: iniciam uma oração subordinada em que se exprime a


conformidade de um pensamento com o da oração principal conforme, como
[= conforme], segundo, consoante etc.:

Exemplo: O som de uma sineta, conforme o capricho do vento, aproximava-se


ou perdia-se ao longe.
Exemplo: Como ia dizendo, o seu raciocínio não está certo.
Exemplo: Cada um tinha razão levando a vida consoante a criação da sua alma.

• PROPORCIONAIS: iniciam uma oração subordinada em que se menciona um


feito realizado ou para realizar-se simultaneamente com o da oração principal
à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais... mais,
quanto mais... tanto mais, quanto mais... menos, quanto mais... tanto menos,
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quanto menos... menos, quanto menos... tanto menos, quanto menos... mais,
quanto menos... tanto mais:

Exemplo: À medida que avançavam, iam penetrando no coração da trovoada.


Exemplo: Tornavam-se agressivos, os nervos cada vez mais tensos, à proporção
que o tempo passava.
Exemplo: Quanto mais se distingue, mais se funde.

• INTEGRANTES: servem para introduzir uma oração que funciona como


sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal ou
aposto de uma outra oração São as conjunções que e se:

Exemplo: Não sei, sequer, se me viste, Não vou jurar que me vias.

Quando o verbo exprime uma certeza, usa-se que:

Exemplo: Tenho certeza de que gosta


Tássiade Braúna
mim.
Exemplo: João Garciatassiadasilvabrauna@hotmail.com
garantiu que sim, que voltava.

Quando o verbo exprime incerteza, usa-se se. Por exemplo:

a) numa dúvida:

Exemplo: Ninguém sabia se estava ferido ou se ferira alguém.


Exemplo: Vê se me entendes.

b) numa interrogação indireta:

Exemplo: Não sei se sentirá saudades, não sei se pensará em mim.


Exemplo: Pergunto a Deus se estou viva, se estou sonhando ou acordada.

Polissemia conjuncional - Algumas conjunções subordinativas (que, como,


porque, se etc.) podem pertencer a mais de uma classe. Sendo assim, o seu
valor está condicionado ao contexto, nem sempre isento de ambiguidades, pois
que há circunstâncias fronteiriças: a condição da concessão, o fim da
consequência etc.
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Locuções conjuntivas - São duas ou mais palavras que, juntas, têm função de
conjunção. Grande parte das locuções conjuntivas é formada por advérbios,
preposições e particípios seguidos da conjunção “que”.

Exemplos: Já que, uma vez que, ainda que, por mais que, sem que, posto que,
visto que etc.

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