Economia exercícios FREQUENCIA
Economia exercícios FREQUENCIA
Economia exercícios FREQUENCIA
O que entende por lei dos rendimentos crescentes à escala e fronteira de possibilidades de
produção e diga qual a sua importância
Numa economia industrial, se houver um aumento proporcional de todos os fatores de produção, de modo
a que não haja desequilíbrio ou sobrecarga para qualquer um deles então temos uma situação em que os
rendimentos marginais são crescentes- estamos perante o aumento de escala. A variação da escala de
produção pode ter três diferentes efeitos- rendimentos constantes à escala; rendimentos decrescentes à
escala e rendimentos crescentes à escalada. Nos rendimentos crescentes à escala, a produção aumenta
mais do que proporcionalmente em relação aos aumentos de escala- são as economias de escala que
decorrem dos rendimentos crescentes à escala.
A fronteira de possibilidades de produção representa a máxima quantidade de bens ou serviços que pode
ser produzida numa determinada economia com os recursos disponíveis admitido que todos são utilizados.
Em qualquer momento do tempo, um país pode apenas produzir uma certa quantidade de bens e serviços
através dos seus recursos limitados. No entanto, pode não ser produzido mais de um bem sem que se
produza menos de outro, quanto mais gasolina se produzir, menos açúcar pode ser produzido por
exemplo. Temos uma representação grá ca expressa numa curva côncava e apenas podemos fazer
escolhas à esquerda dessa linha, utilizando ou não todos os recursos.
2. O que entende por bens de consumo e de produção, bens nanceiros, fatores de produção, bens
sucedâneos e efeito de rendimento
Bens de consumo e de produção são os que constituem objeto das decisões dos consumidores.
Distinguimos os bens de consumo duráveis, cuja utilização se prolonga no tempo (habitação, viatura,
eletrodomésticos) e os bens de consumo não duráveis (alimentos, combustíveis). Por outro lado, os bens
de produção são utilizados pelos produtores, de maneira durável ou não-máquinas, matérias-primas,
energia e o trabalho- tem como m aumentar a quantidade e melhorar a qualidade dos bens de consumo
disponíveis. O critério usado para esta distinção não tem a ver com os bens mas com a natureza das
entidades que os utilizam. Se considerarmos os bens apenas na perspectiva da produção distinguimos os
que são objeto de transformação e os produtos que resultam dessa transformação.
São bens coletivos ou nanceiros, os que têm as seguintes características: indivisibilidade, impossibilidade
de exclusão e não rejeitabilidade.
Os fatores de produção são a terra (os minérios objeto das industrias extrativas), o capital (conjunto de
bens e serviços que constituem a base da atividade produtiva e de recursos nanceiros que garantem o
investimento reprodutivo, o trabalho (designa toda a atividade humana) e a organização económica e
empresarial.
A racionalidade económica leva a que as escolhas tenham sempre em consideração custos e benefícios.
Nessa comparação determinados bens podem substituir outros, diz-se nesse caso que são bens
sucedâneos (o mel é sucedâneo do açúcar, o isqueiro é sucedâneo dos fósforos).
O efeito de rendimento corresponde ao facto de a sensibilidade no mercado tender a aumentar se as
limitações quanto aos recursos dissoneis dos sujeitos económicos forem atingidas. Assim, se houver um
aumento de preços desacompanhado de um aumento do rendimento disponível, o padrão normal de
consume excede as disponibilidades dos consumidores- obrigando-os a retrair-se das suas compras uma
vez que têm de ter presente a fronteira de escolhas possíveis.
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3. Caracterize elasticidade procura/preço, distinguindo elasticidade unitária e uma situação
perfeitamente inelástica.
A elasticidade é a relação que se estabelece entre as variações absolutas ou relativas de dois fenómenos
económicos. A elasticidade procura/preço permite-nos entender como evoluem os comportamentos dos
sujeitos económicos no mercado, tendo em consideração as repercussões mútuas na evolução da procura
e dos preços. A elasticidade representa uma proporcionalidade, na medida em que relaciona a quantidade
procurada ou oferecida com o preço do bem. Pode acontecer que, face a um aumento do preço de um
bem, a procura aumente menos que proporcionalmente, diminua ou até mesmo se mantenha constante.
Assim, a elasticidade da procura de um bem relativamente ao seu preço calcula-se como a realçou entre a
variação em percentagem da quantidade procurada e a variação em percentagem de um preço.
A elasticidade unitária é quando a variação em percentagem da quantidade procurada é exatamente igual à
percentagem de alteração do preço. Assim E=1 (Δq = 25%; Δp = 25%) ex.: bens alimentares.
A situação perfeitamente inelástica veri ca-se quando a variação do preço não provoca qualquer mudança
na quantidade procurada. Assim E=0 (Δq=0) Ex.: sal, droga para os tóxicodependentes
10. Enuncie e explique as duas leis de Gossen. Qual a sua importância para aferir da utilidade e do
valor dos bens ?
A primeira lei de Gossen a rma que à media que uma pessoa consome cada vez mais de um bem, a sua
utilidade marginal desce. O crescimento da utilidade marginal abranda porque a sua utilidade marginal
diminui com o aumento do consumo do bem. A utilidade marginal é a satisfação adicional de utilidade
quando consumimos um bem. Por exemplo, quando eu consumo uma unidade de gelado a sua utilidade
marginal é 5, quando consumo a segunda unidade marginal é 4, quando consumo a terceira a utilidade
marginal é 3, quando consumo a quarta a utilidade é 2 e assim sucessivamente. O ponto de saciedade é o
ponto 0 de utilidade marginal mas geralmente não é atingido..
A segunda lei de Gossen a rma que como não é possível satisfazer todas as nossas necessidades
integralmente, satisfazemo-las apenas parcialmente, não chegando ao ponto de saciedade, de tal forma
que o grau de satisfação proporcionado por um bem seja igual ao grau de satisfação proporcionado pelos
demais bens. Isto leva à conclusão de que deveríamos organizar o nosso consumo de modo a que cada
bem individual nos proporcione a mesma unidade marginal por unidade de despesa. Nessa situação
atingiríamos a satisfação ou utilidade máxima das nossas compras.
11. O que entende por concorrência perfeita e imperfeita? Quais os requisitos que se veri cam para
que a mesma ocorra?
A concorrência perfeita ocorre quando nenhum produtor pode in uenciar o preço de mercado. Em
concorrência perfeita, há muitas empresas pequenas, cada uma a produzir um produto idêntico e sendo
cada uma demasiado pequena para in uenciar o preço do mercado. Sob tais condições, cada produtor
defronta-se com uma curva da procura completamente horizontal. Para que haja concorrência perfeita é
necessária que exista uma multiplicidade de agentes económicos. É necessária uma atomicidade em que
os agentes económicos funcionam como átomos, isto é, a entrada ou saída de um sujeito no mercado não
altera nada quer em preço quer em quantidade.
A concorrência perfeita também requer uidez que se traduz na homogeneidade dos produtos, ou seja, os
bens apresentam uma característica comum quanto à qualidade e marca e não existe qualquer tipo de
fator que os diferenciem dos outros bens. Por m, não deve haver limitações de qualquer natureza à
entrada ou saída de agentes económicos do mercado. O condicionamento económico e o proteccionismo
são fatores contrários à ideia essencial de concorrência.
Já a concorrência imperfeita veri ca-se num setor de atividade sempre que existam vendedores individuais
que detêm alguma parcela de controlo sobre o preço da produção desse setor. Se uma empresa consegue
afetar signi cativamente o preço de mercado dos bens que produz então a empresa é classi cada como
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um concorrente imperfeito. O nível extremo de imperfeição que existe é o monopólio - é quando um só
vendedor tem total controlo sobre um ramo de atividade, é o único a produzir na respetiva atividade e não
existe outro a produzir um produto substituto. Hoje em dia os monopólios exclusivos são raros. Apenas no
caso de serviços locais como água, luz, gás, etc.
A segunda situação são os oligopólios, quando há um grupo limitado de vendedores de produtos
semelhantes ou diferenciados para uma pluralidade de compradores. A primeira situção (produtos
semelhantes) é mais frequente no mercado petrolífero e a segunda situação (produtos diferenciados) é mais
semelhante no mercado automóvel.
Por último, a concorrência imperfeita veri ca-se também quando existe concorrência monopolística, isto
signi ca que, quando há um elevado número de vendedores a produzirem bens diferenciados. Esta
situação é semelhante à concorrência perfeita por haverem muitos vendedores, no entanto diferem-se
porque os produtos são diferenciados e não idênticos.