Economia exercícios FREQUENCIA

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1.

O que entende por lei dos rendimentos crescentes à escala e fronteira de possibilidades de
produção e diga qual a sua importância
Numa economia industrial, se houver um aumento proporcional de todos os fatores de produção, de modo
a que não haja desequilíbrio ou sobrecarga para qualquer um deles então temos uma situação em que os
rendimentos marginais são crescentes- estamos perante o aumento de escala. A variação da escala de
produção pode ter três diferentes efeitos- rendimentos constantes à escala; rendimentos decrescentes à
escala e rendimentos crescentes à escalada. Nos rendimentos crescentes à escala, a produção aumenta
mais do que proporcionalmente em relação aos aumentos de escala- são as economias de escala que
decorrem dos rendimentos crescentes à escala.
A fronteira de possibilidades de produção representa a máxima quantidade de bens ou serviços que pode
ser produzida numa determinada economia com os recursos disponíveis admitido que todos são utilizados.
Em qualquer momento do tempo, um país pode apenas produzir uma certa quantidade de bens e serviços
através dos seus recursos limitados. No entanto, pode não ser produzido mais de um bem sem que se
produza menos de outro, quanto mais gasolina se produzir, menos açúcar pode ser produzido por
exemplo. Temos uma representação grá ca expressa numa curva côncava e apenas podemos fazer
escolhas à esquerda dessa linha, utilizando ou não todos os recursos.

2. O que entende por bens de consumo e de produção, bens nanceiros, fatores de produção, bens
sucedâneos e efeito de rendimento
Bens de consumo e de produção são os que constituem objeto das decisões dos consumidores.
Distinguimos os bens de consumo duráveis, cuja utilização se prolonga no tempo (habitação, viatura,
eletrodomésticos) e os bens de consumo não duráveis (alimentos, combustíveis). Por outro lado, os bens
de produção são utilizados pelos produtores, de maneira durável ou não-máquinas, matérias-primas,
energia e o trabalho- tem como m aumentar a quantidade e melhorar a qualidade dos bens de consumo
disponíveis. O critério usado para esta distinção não tem a ver com os bens mas com a natureza das
entidades que os utilizam. Se considerarmos os bens apenas na perspectiva da produção distinguimos os
que são objeto de transformação e os produtos que resultam dessa transformação.
São bens coletivos ou nanceiros, os que têm as seguintes características: indivisibilidade, impossibilidade
de exclusão e não rejeitabilidade.
Os fatores de produção são a terra (os minérios objeto das industrias extrativas), o capital (conjunto de
bens e serviços que constituem a base da atividade produtiva e de recursos nanceiros que garantem o
investimento reprodutivo, o trabalho (designa toda a atividade humana) e a organização económica e
empresarial.
A racionalidade económica leva a que as escolhas tenham sempre em consideração custos e benefícios.
Nessa comparação determinados bens podem substituir outros, diz-se nesse caso que são bens
sucedâneos (o mel é sucedâneo do açúcar, o isqueiro é sucedâneo dos fósforos).
O efeito de rendimento corresponde ao facto de a sensibilidade no mercado tender a aumentar se as
limitações quanto aos recursos dissoneis dos sujeitos económicos forem atingidas. Assim, se houver um
aumento de preços desacompanhado de um aumento do rendimento disponível, o padrão normal de
consume excede as disponibilidades dos consumidores- obrigando-os a retrair-se das suas compras uma
vez que têm de ter presente a fronteira de escolhas possíveis.
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3. Caracterize elasticidade procura/preço, distinguindo elasticidade unitária e uma situação
perfeitamente inelástica.
A elasticidade é a relação que se estabelece entre as variações absolutas ou relativas de dois fenómenos
económicos. A elasticidade procura/preço permite-nos entender como evoluem os comportamentos dos
sujeitos económicos no mercado, tendo em consideração as repercussões mútuas na evolução da procura
e dos preços. A elasticidade representa uma proporcionalidade, na medida em que relaciona a quantidade
procurada ou oferecida com o preço do bem. Pode acontecer que, face a um aumento do preço de um
bem, a procura aumente menos que proporcionalmente, diminua ou até mesmo se mantenha constante.
Assim, a elasticidade da procura de um bem relativamente ao seu preço calcula-se como a realçou entre a
variação em percentagem da quantidade procurada e a variação em percentagem de um preço.
A elasticidade unitária é quando a variação em percentagem da quantidade procurada é exatamente igual à
percentagem de alteração do preço. Assim E=1 (Δq = 25%; Δp = 25%) ex.: bens alimentares.
A situação perfeitamente inelástica veri ca-se quando a variação do preço não provoca qualquer mudança
na quantidade procurada. Assim E=0 (Δq=0) Ex.: sal, droga para os tóxicodependentes

4. De na e descreva o circuito económico, distinguindo e caracterizando os diferentes uxos aí


presentes.
Os atos económicos são praticados pelos agentes económicos. Estamos perante o circuito económico, no
qual encontramos as inter-relações que se estabelecem, antes do mais, entre as Famílias e as Empresas.
As Famílias compram os bens e serviços às empresas, mas também fornecem trabalho (mão-de-obra),
indispensável para a atividade produtiva. As empresas vendem bens e serviços à famílias, a quem pagam
os salários do trabalho ou as rendas pela utilização da terra. Mas há ainda o Estado, o sujeito económico
mais in uente, que recebe o produto dos impostos e dos tributos, que garante a satisfação das
necessidades públicas (ensino, saúde, infra-estruturas). Por outro lado, temos o Capital, uma vez que as
instituições bancárias e nanceiras mobilizam as poupanças das famílias, pagando-lhes juros, e concedem
crédito que visa antecipar investimentos, tendentes à reprodutividade da riqueza.

5. Quais as fontes e o que são vantagens comparativas absolutas e relativas?


As vantagens absolutas tratam-se de saber o que cada um vai produzir em excesso relativamente às suas
necessidades para poder trocar com outros, de modo a obter bens e serviços não produzidos por ele em
troca daquele excedente. Ex.: O agricultor que vai com o excedente que obtém na produção de trigo pode
trocá-lo pelo endente de peixe obtido pelo pescador. O agricultor podia contudo comprar um pequeno
barco para pescar aos domingos e o pescador podia produzir trigo nas horas vagas no seu quintal, mas
ambas as soluções são menos e cientes do que a troca de excedentes. Dispor de uma vantagem absoluta
é conseguir o máximo de produtividade ao menor custo possível.
Quanto às vantagens comparativas, David Ricardo, analisou a questão da especialização nestes termos: a
Grã-Bretanha deveria ter relações comerciais com Portugal que se traduzissem na permuta de vinho e
tecidos, apesar de em ambos os casos haver vantagem absoluta dos produtos portugueses, em virtude
dos custos. A solução estaria em que cada um se especializasse na sua vantagem- produzindo os
britânicos tecidos de lã, e os Portuguese vinho. Estamos deste modo perante o conceito de vantagem
comparativa. A escassez determina que mesmo a economia que tem vantagens absolutas em ambas as
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atvidades não pode dedicar-se a ambas senão particularmente. A e ciência obriga, por isso, à
especialização com base na vantagem relativa. O que vai orientar as opções racionais dos diferentes
agentes económicos reporta-se aos custos de oportunidade- o tempo gasto na atividade menos produtiva
“roubado” à atividade mais produtiva, e vice-versa. Assim a opção pela actividade menos produtiva é a que
tem mais elevados custos de oportunidade e a escolha pela atividade mais produtiva é a que tem custos
mais baixos.

6. O que entende por multiplicador de investimento e pelas noções rendimento adicional e de


propensão marginal para a poupança?
O princípio do multiplicador é uma teoria formulada por Keynes usada para explicar a forma como o
produto é determinado no curto prazo. Deriva da descoberta que cada variação de uma unidade monetária
em despesas de investimento leva a uma variação multiplicada no Produto Nacional Bruto, ou, do
rendimento. Explica como os choques no investimento, no comércio internacional e na despesa pública e
nos impostos, podem afectar o produto e o emprego numa economia com recursos não utilizados. Sempre
que se realiza um aumento de investimento e não haja pleno emprego dos recursos produtivos então
veri ca-se uma reprodutividade desse acréscimo traduzida num acréscimo multiplicado de rendimento. Se
houver pleno emprego dos recursos produtivos então o multiplicador funciona em termos puramente
monetários- aumentando a procura sem correspondência na oferta aumentado a in ação. O multiplicador é
representado por K, o acréscimo do rendimento por ΔR e o acréscimo de investimento por ΔI. O
multiplicador corresponde à razão entre ΔR e ΔI.
K x ΔI = ΔR
A propensão marginal para a poupança corresponde à parte restante numa unidade adicional de
rendimento que vai para a poupança.

7. O que entende por concorrência imperfeita? De na monopólio, monopsónio, concorrência


monopolística e monopólio bilateral. Exempli que.
A concorrência imperfeita veri ca-se num setor de atividade sempre que existam vendedores individuais
que detêm alguma parcela de controlo sobre o preço da produção desse setor. Se uma empresa consegue
afetar signi cativamente o preço de mercado dos bens que produz então a empresa é classi cada como
um concorrente imperfeito.
O nível extremo de imperfeição da concorrência imperfeita é o monopólio. O monopólio veri ca-se quando
um vendedor tem controlo total sobre um ramo de atividade. É o único a produzir na respetiva actividade e
não existe outro a produzir um produto substituto próximo.
O monopsónio por sua vez é exatamente o inverso. Acontece quando há uma pluralidade de vendedores e
uma monosituação do lado da procura- um só comprador.
A concorrência monopolistica ocorre quando muitas empresas vendem produtos que são similares mas
não iguais. A concorrência monopolistica assemelha-se à concorrência perfeita em três aspetos:
pluralidade de vendedores e compradores, a facilidade da entrada e da saída, e o facto das empresas
considerarem como dados os preços das outras empresas.
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8. Como a teoria dos jogos ajuda a compreender os mercados? Diferencie jogos cooperativos e não
cooperativos, com exemplos.
Para analisar a interação estratégica entre os oligopolistas, os economistas apoiam-se numa área
fascinante da teoria económica conhecida como Teoria dos Jogos, que é a análise de situações que
envolvem dois ou mais decisores que têm objetivos con ituais.
De um lado temos a ine ciência decorrente da inexistência de informação completa nos jogos não
cooperativos, por outro lado, temos uma tendência para o estabelecimento de um equilíbrio previsível
nessas situações. Os jogos cooperativos são aqueles que existe a possibilidade de aliança entre os
intervenientes do jogo, já os jogos não cooperativos são aqueles que não há entendimento, cada um
jogando por si.
Um exemplo de um jogo não cooperativo é o dilema dos prisioneiros: dois indivíduos, A e B, cometem um
crime e são presos em celas incomunicáveis. É lhes dada uma chance de serem libertados, no entanto,
com alguns entraves. Se A confessa e B confessa, ambos são condenados a 10 anos de prisão (10,10). Se
A confessa e B não confessa, A é libertado mas B ganha 20 anos (0,20). Se B confessa e A não confessa,
B é libertado mas A é condenado a 20 anos (20,0). Se A e B não confessam, são condenados a 5 anos de
prisão (5,5). Uma vez que os prisioneiros se encontram incomunicáveis, seria sempre mais vantajoso para
ambos confessam e obter 10 anos pois não sabem se o outro confessaria ou não. Se aplicarmos o mesmo
raciocínio a dois armazéns comerciais em concorrência, eles irão baixar os preços para ganhar nova
clientela até ao ponto em que o rendimento marginal se aproxima do custo marginal - circunstancia em que
deixa de haver lucro.
Um exemplo de um jogo cooperativo é o equilíbrio de Nash. Nash analisou as atitudes pessoais dos
jogadores em situações não cooperativas que têm tendência para encontrar situações de equilíbrio
previsíveis. Apesar de não cooperarem, os incentivos pessoais de cada um podem orientar o resultado do
jogo para uma situação de nida que se revele estável. Suponhamos um casal A e B. A gosta de ir ao
futebol. B gosta de ir ao cinema. Mas ambos gostam de estar um com o outro. Se ambos escolherem a
sua preferencia, não estão juntos e haverá uma desutilidade para ambos. Se A for ao cinema, B obtém a
utilidade máxima. Se A fosse ao futebol obteria uma utilidade mínima por iria sozinho. O equilibrou de Nash
está na solução 0/0

9. O que é o acelerador, que relaciona e como funciona?


O efeito do acelerador liga-se directamente ao efeito do multiplicador, ainda que numa perspectiva
diferente e complementar. Relaciona a intensidade da procura de bens nais e a procura derivada de bens
de investimento ou intermédios.
Enquanto o multiplicador relaciona investimento e rendimento, o acelerador parte do aumento da procura
para o acréscimo de investimento.
Fala-se de efeito acelerador pela comparação ao automóvel. O acelerador começa por dar impulso ao
veículo que se traduz num movimento uniforme, se tirarmos o pé do acelerador, a velocidade abranda.
Conclui-se que entre a intensidade da procura dos bens nais e a procura derivada de bens intermédios
existe uma desproporção pois ambas aceleram ou desaceleram a ritmos diferentes.
Suponhamos uma unidade da industria têxtil que tem 100 teares que permite a produção de 300 000
camisolas. Num primeiro momento em que a procura sobre 10%, é necessário adquirir mais 10 teares que
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resulta num aumento de produção de 30 000 camisolas e no aumento do investimento de 100% (10 mil
unidades de conta que se somam à amortização anual). Num segundo momento a procura aumenta 9%
(mais 30 000 camisolas) e é preciso adquiri mais 10 teares, no entanto, o investimento adicional é nulo pois
é identi co ao período anterior e assim sucessivamente.
A ligação entre os efeitos do multiplicador de investimento e do acelerador é feita através do oscilador que
relaciona o acréscimo de investimento, o acrescimento de rendimento, o aumento da procura e
investimento em equipamentos.

10. Enuncie e explique as duas leis de Gossen. Qual a sua importância para aferir da utilidade e do
valor dos bens ?
A primeira lei de Gossen a rma que à media que uma pessoa consome cada vez mais de um bem, a sua
utilidade marginal desce. O crescimento da utilidade marginal abranda porque a sua utilidade marginal
diminui com o aumento do consumo do bem. A utilidade marginal é a satisfação adicional de utilidade
quando consumimos um bem. Por exemplo, quando eu consumo uma unidade de gelado a sua utilidade
marginal é 5, quando consumo a segunda unidade marginal é 4, quando consumo a terceira a utilidade
marginal é 3, quando consumo a quarta a utilidade é 2 e assim sucessivamente. O ponto de saciedade é o
ponto 0 de utilidade marginal mas geralmente não é atingido..
A segunda lei de Gossen a rma que como não é possível satisfazer todas as nossas necessidades
integralmente, satisfazemo-las apenas parcialmente, não chegando ao ponto de saciedade, de tal forma
que o grau de satisfação proporcionado por um bem seja igual ao grau de satisfação proporcionado pelos
demais bens. Isto leva à conclusão de que deveríamos organizar o nosso consumo de modo a que cada
bem individual nos proporcione a mesma unidade marginal por unidade de despesa. Nessa situação
atingiríamos a satisfação ou utilidade máxima das nossas compras.

11. O que entende por concorrência perfeita e imperfeita? Quais os requisitos que se veri cam para
que a mesma ocorra?
A concorrência perfeita ocorre quando nenhum produtor pode in uenciar o preço de mercado. Em
concorrência perfeita, há muitas empresas pequenas, cada uma a produzir um produto idêntico e sendo
cada uma demasiado pequena para in uenciar o preço do mercado. Sob tais condições, cada produtor
defronta-se com uma curva da procura completamente horizontal. Para que haja concorrência perfeita é
necessária que exista uma multiplicidade de agentes económicos. É necessária uma atomicidade em que
os agentes económicos funcionam como átomos, isto é, a entrada ou saída de um sujeito no mercado não
altera nada quer em preço quer em quantidade.
A concorrência perfeita também requer uidez que se traduz na homogeneidade dos produtos, ou seja, os
bens apresentam uma característica comum quanto à qualidade e marca e não existe qualquer tipo de
fator que os diferenciem dos outros bens. Por m, não deve haver limitações de qualquer natureza à
entrada ou saída de agentes económicos do mercado. O condicionamento económico e o proteccionismo
são fatores contrários à ideia essencial de concorrência.
Já a concorrência imperfeita veri ca-se num setor de atividade sempre que existam vendedores individuais
que detêm alguma parcela de controlo sobre o preço da produção desse setor. Se uma empresa consegue
afetar signi cativamente o preço de mercado dos bens que produz então a empresa é classi cada como
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um concorrente imperfeito. O nível extremo de imperfeição que existe é o monopólio - é quando um só
vendedor tem total controlo sobre um ramo de atividade, é o único a produzir na respetiva atividade e não
existe outro a produzir um produto substituto. Hoje em dia os monopólios exclusivos são raros. Apenas no
caso de serviços locais como água, luz, gás, etc.
A segunda situação são os oligopólios, quando há um grupo limitado de vendedores de produtos
semelhantes ou diferenciados para uma pluralidade de compradores. A primeira situção (produtos
semelhantes) é mais frequente no mercado petrolífero e a segunda situação (produtos diferenciados) é mais
semelhante no mercado automóvel.
Por último, a concorrência imperfeita veri ca-se também quando existe concorrência monopolística, isto
signi ca que, quando há um elevado número de vendedores a produzirem bens diferenciados. Esta
situação é semelhante à concorrência perfeita por haverem muitos vendedores, no entanto diferem-se
porque os produtos são diferenciados e não idênticos.

12.Lei dos rendimentos marginais decrescentes e crescentes


A lei dos rendimentos decrescentes tem em consideração a escassez dos recursos e relaciona, na
economia tradicional, a utilização de um fator de produção xo (a terra) e de um fator de produção variável
(o capital ou o trabalho). Os rendimentos adicionais resultantes dessa relação serão decrescentes e os
custos tenderão a ser crescentes.
Numa economia industrial, se houver um aumento proporcional de todos os fatores de produção, de modo
a que não haja desequilíbrio ou sobrecarga para qualquer um deles então temos uma situação em que os
rendimentos marginais são crescentes- estamos perante o aumento de escala. A variação da escala de
produção pode ter três diferentes efeitos: rendimentos constantes à escala em que a produção aumenta
proporcionalmente ao aumento combinado de todos os fatores; rendimentos decrescentes à escala em
que a produção aumenta menos do que proporcionalmente em relação ao aumento de escala; rendimentos
crescentes à escala em que a produção aumenta mais do que proporcionalmente em relação aos
aumentos de escala- são as economias de escala.

13. Fluidez, atomicidade e concorrência monopolística num mercado.


Diz-se que existe uidez num mercado quando existe homogeneidade dos produtos, permite aos agentes
económicos fazerem as respetivas escolhas livremente. Sempre que um bem tem vários mercados, deixa
de atender-se ao tipo dos bens que os constituem. Perde-se a uidez.
A atomicidade traduz-se na livre entrada e saída de agentes económicos do mercado sem que altere as
respetivas condições de funcionamento, os sujeitos económicos funcionam como átomos.
A concorrência monopolística veri ca-se pela ausência de uidez/homogeneidade no mercado. Ocorre
quando muitas empresas vendem produtos que são similares mas não iguais.

14. Elasticidade unitária e elasticidade perfeita. Exempli que.


A elasticidade é a relação que se estabelece entre as variações absolutas ou relativas de dois fenómenos
económicos. A elasticidade procura/preço permite entender como evoluem os comportamentos dos
sujeitos económicos no mercado tendo em consideração as repercussões mútuas na evolução da procura
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e dos preços.A elasticidade da procura de um bem relativamente ao seu preço calcula-se como a relação
entre a variação em percentagem da quantidade procurada e a variação em percentagem de um preço.
A elasticidade unitária caracteriza-se pela variação da quantidade procurada ser inferior à mudança da
percentagem do preço, por exemplo, a gasolina.
A elasticidade perfeita pode ser perfeitamente inelástica em que a variação do preço não provoca qualquer
mudança na quantidade procurada, por exemplo, o sal, ou pode ser perfeitamente elástica em que a
variação da quantidade procurar que se segue a uma alteração do preço apresenta-se como in nita. A
procura pode desaparecer, fugindo para outros bens mais baratos, por exemplo, a generalidade dos bens
em que existe diferentes oportunidades de escolha.

15. Custo de oportunidade, valor de uso e valor de troca


O custo de oportunidade corresponde à quantidade de produção de um bem que é preciso abandonar
para se alcançar a produção de mais uma unidade de outro bem alternativo. Se um agricultor adquire 1
tonelada de sardinha por troca com 1 tonelada de trigo, ca a ganhar porque se ele próprio tivesse
pescado 1 tonelada de sardinhas isso ter-lhe-ia custado o sacrifício correspondente a 1,5 toneladas de
trigo; por seu lado, se o pescador tivesse produzido 1 tonelada de trigo tal ter-lhe-ia custado o
correspondente a 2 toneladas de sardinha. Ambos ganharam com a especialização e a troca, e perderiam
se não houvesse especialização. O custo de oportunidade tem a ver com a comparação entre o que
produzimos e o sacrifício necessário decorrente de uma escolha alternativa.
Partindo das Leis de Gossen, Carl Menger demonstrou que o valor de uso, ao contrário do que acontece
com o valor de troca, depende da raridade e não da utilidade. Nessa perspectiva, a utilidade nal
determina o valor dado a todas as outras oportunidades do mesmo bem, uma vez que será sacri cada se o
sujeito económico se vir privado de qualquer delas.

16. Moeda representativa, duciária, papel-moeda e moeda escritural


A moeda representativa circula porque está suportada por uma cobertura de moeda metálica equivalente à
circulação. A moeda duciária circula apenas suportada por uma parte da moeda metálica depositada -
com base na con ança ( dutia) e na capacidade que o sistema bancário tem de criar nova moeda. O
papel-moeda é inconvertível e curso forçado - ao contrário da moeda duciária, neste caso já não há
ligação à moeda metálica ou aos metais precioso em reserva, havendo, no entanto, regras prudenciais e de
con ança a cumprir. A moeda escritural resulta da criação monetária pelo sistema bancário,
correspondendo a operações de escrita, que são lançadas em conta corrente, apenas existindo
movimentos monetários em relação aos saldos, a crédito ou a débito. A maior parte da moeda disponível
actualmente corresponde a moeda escritural ou bancária, isto é, aos saldos dos depósitos à ordem.

17. Renda económica, risco moral e seleção adversa.


A renda económica trata-se de um excedente do produtor devido a qualidades deste que têm a ver com o
seu prestígio, com a sua experiência ou com a excepcional con ança que goza. Aqui o excedente não é
devido à sua capacidade inovadora mas sim à posição favorável que tem no mercado (por exemplo, os
“Rolling Stones” em comparação com outra banda de garagem de qualidade mas desconhecida) O lucro
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tem essa razão especí ca caso o produtor com entrada reservada no mercado obtenha bene cio por esse
facto.
A oferta de um produto a um preço mediano vai afastar do mercado os vendedores dos produtos com
qualidade superior à mediana. Vão ser deixados no mercado por “seleção adversa” apenas os vendedores
de produtos com qualidade inferior à mediana. Por exemplo, nos contratos de seguro automóvel vão ser os
condutores com mais acidentes os que vão dominar. Perante esta tendencia, os vendedores de produtos
de qualidade superior à mediana têm interesse em prestar informação gratuita e credível ao comprador,
informação gerada fora das transacções do mercado, de modo a não serem excluídos por “seleção
adversa”. As campanhas publicitárias visarão justi car a credibilidade, trata-se de sinalizar qual a diferença.
Há, em contraponto à “seleção adversa”, o “risco moral”. Ou seja, no decurso de uma relação contratual
duradoura, o vendedor pode vir a abusar da con ança que nele é depositada, deixando de cumprir ou não
cumprindo devidamente os deveres a que se obrigou- e ando-se na assimetria informativa e na
di culdade em detetar o cumprimento defeituoso.

18. Excedente do produtor, lucro económico e renda económica.


O excedente do produto corresponde à diferença entre o preço mínimo a partir do qual a venda já ocorreria
e o preço real a que transação ocorre. Como sabemos a curva da oferta é a representação dos preços
mínimos que os produtores aceitam para cada produção. Assim, o excedente do produto é, no mercado, o
somatório das diferenças entre os custos de produção e o preço efetivo.
O lucro económico corresponde à consideração do custo de oportunidade no cálculo do lucro
contabilístico. A diferença entre lucros contabilísticos e lucros económicos assenta no facto de estes serem
calculados por referencia aos custos de oportunidade que possam ser considerados, enquanto aqueles
são achados por referencia aos custos explícitos.
A renda económica trata-se de um excedente do produtor devido a qualidades deste que têm a ver com o
seu prestígio, com a sua experiência ou com a excepcional con ança que goza. Aqui o excedente não é
devido à sua capacidade inovadora mas sim à posição favorável que tem no mercado (por exemplo, os
“Rolling Stones” em comparação com outra banda de garagem de qualidade mas desconhecida) O lucro
tem essa razão especí ca caso o produtor com entrada reservada no mercado obtenha bene cio por esse
facto

19. Curvas da oferta e da procura (cruz de Marshall)


O confronto da oferta e da procura num mercado permite a xação do preço e do volume das transações.
A procura diminui quando o preço aumenta, a oferta aumenta quando o preço aumenta. Tudo se passa
como se estivéssemos num leilão imaginário em que o vendedor ou leiloeiro ca uma base de licitação e o
comprador vai fazendo lances até obter o bem que pretende adquirir. Já na “lota do peixe” o comprador
apenas pode fazer um lance, uma vez que o pregoeiro começa por um valor alto e segue uma escala
decrescente.
Diferentemente que se passa em feiras, nos quais funciona o regateio, no qual o vendedor propõe um valor
que o comprador não aceita, formando-se o preço quando o vendedor nalmente dá acordo a um
quantitativo muito mais baixo do que o inicial que o comprador se dispõe a pagar.
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A determinação do preço e da quantidade obedece à chamada “lei” da oferta e da procura e permite-nos
encontrar gra camente o preço de equilíbrio. As curvas da procura e da oferta são construídas com base
nas diferentes situações em que os compradores e os vendedores estão dispostos a adquirir ou a alienar
os bens e serviços do mercado em causa. Existe um preço e uma quantidade transacionada de equilíbrio
que correspondem ao ponto onde a oferta e a procura se encontram. Se um preço superior ao preço de
equilíbrio for imposto ao mercado, isto signi ca que a oferta é superior à procura e logo os vendedores
tenderão a baixar o seu preço até ao ponto de equilíbrio.
O excedente da oferta corresponde à diferença entre a menor quantidade que os compradores estão
dispostos a comprar e a máxima quantidade que os produtores estão dispostos a fornecer.
O excedente da procura corresponde à diferença entre a menor quantidade que os vendedores estão
dispostos a vender a maior quantidade que os compradores estão dispostos a comprar.
Alfred Marshall representou gra camente através de duas curvas- que designamos como cruz marshalliana
as funções da procura decrescente (a procura diminui quando os preços aumentam) e da oferta crescente
(a oferta aumenta quando os preços aumentam). As duas curvas encontram-se num ponto de equilíbrio
parcial. O tempo é fundamental na análise de Marshall que assim abandonou a concessão de equilíbrio
geral para procurar basear-se num equilíbrio momentâneo e parcial, inteiramente relacionado com o
período em causa. A cruz marshelliana representa a lei da oferta e da procura, traduzindo o encontro das
respetivas curvas, devendo ser lida numa perspectiva interpretava dinâmica, que in uenciou decisivamente
a moderna Ciência Económica.

20. De na reta de restrição orçamental, efeito de rendimento e efeito de substituição


O equilíbrio do consumidor corresponde ao cabaz de bens preferido por este entre todos os que lhe são
acessíveis no limite do seu orçamento. Temos de conhecer a fronteira das escolhas que representa a
limitação orçamental. A reta de restrição orçamental de ne o limite para as escolhas acessíveis e
inacessíveis. Suponhamos um rendimento de 600€ que permite a aquisição de 30 litro de vinho (10€ o litro)
e de 20 litros de cerveja (15€ o litro) ou de 60 litros de vinho e 0 de cerveja ou ainda 40 litros de cerveja e 0
litros de vinho. Deste modo não será possível comprar 30 litros de vinho mais 30 litros de cerveja, uma vez
que estaríamos fora da fronteira de escolhas acessíveis.
O efeito de rendimento corresponde ao facto de a sensibilidade no mercado tender a aumentar se as
limitações quanto aos recursos disponíveis dos sujeitos económicos forem atingidas. Assim, se houver
aumento de preços desacompanhado de um aumento do rendimento disponível o padrão normal de
consumo excede as disponibilidades dos consumidores- obrigando-os a retrair-se nas suas compras, uma
vez que têm de ter presente a fronteira de escolhas possíveis.
No efeito de substituição, a elasticidade tende a aumentar se o consumidor dispor de alternativas,
podendo fugir do aumento de preços de um bem, substituindo o respetivo consumo por bens sucedâneos,
cujo preço não tenha sofrido aumento.
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