BIOQ Assunto 8 Respiração Celular

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Bioquímica Fundamental

Assunto 8 – Respiração Celular e


Fermentação

Profa. Dra. Deborah Moura Rebouças


deborahmoura@unigrande.edu.br
Objetivo da aula

Estudar a obtenção de energia (ATP) a partir


da oxidação (queima) da glicose.
Conteúdo

Glicólise

Ciclo do ácido cítrico

Cadeia transportadora de elétrons

Fermentação
RESPIRAÇÃO CELULAR

Obtenção de energia a partir da


oxidação (queima) da glicose

Ocorre em 3 estágios

O primeiro estágio ocorre no


citosol

O segundo estágio ocorre na matriz mitocondrial

O terceiro estágio ocorre nas cristas mitocondriais


(membrana inerna da mitocôndria)
RESPIRAÇÃO
CELULAR

GLICÓLISE CICLO DO CADEIA


ÁCIDO CÍTRICO TRANSPORTADORA
DE ELÉTRONS

Oxidação Oxidação
da glicose de grupos Transporte
produz acetil a de elétrons
acetil-CoA CO2 reduz O2 a
H 2O

NADH Produção
FADH2 de ATP
GLICÓLISE
CAMINHOS DE UTILIZAÇÃO
DA GLICOSE
CARACTERÍSTICAS
DA GLICÓLISE

Primeiro estágio da respiração celular


Ocorre no citosol

Ocorre em condições anaeróbias

Quebra de 1 molécula de glicose (6C) em 2 moléculas


de piruvato (3C) numa sequência de 10 reações
enzimáticas

Produção de energia sob a forma de ATP

10 reações, sendo 4 irreversíveis


FASES DA GLICÓLISE

GLICÓLISE

FASE FASE DE
PREPARATÓRIA PAGAMENTO

5 primeiras 5 últimas
reações reações

Fosforilação da glicose e Conversão oxidativa de


sua conversão a 2 gliceraldeído 3-P a piruvato
gliceraldeído 3-P
Formação
Consumo de 4 ATP e
de 2 ATP 2 NADH
FASE
PREPARATÓRIA

Gliceraldeído
3-fosfato
Hexocinase
desidrogenase
Fosfohexose Fosfoglicerato
isomerase cinase
Fosfofruto-
cinase-1 Fosfoglicerato FASE DE
Aldolase
mutase
PAGAMENTO
Triose Enolase
fosfato
isomerase Piruvato
cinase
GLICÓLISE - REAÇÃO 1

Depois de entrar na célula, a glicose é fosforilada pela


hexoquinase produzindo glicose-6-P.

Permite a entrada da glicose no metabolismo intracelular


dado que glicose-6-P não é transportado através da
membrana plasmática.

Reação exorgônica e irreversível.


GLICÓLISE - REAÇÃO 2

Reação endergônica e reversível.


GLICÓLISE - REAÇÃO 3

Reação exergônica e irreversível.


GLICÓLISE - REAÇÃO 4

A Frutose 1,6- Bifosfato é dividida pela aldoase em


duas trioses fosfatadas ficando cada uma com um
fosfato.

Reação endergônica e reversível.


GLICÓLISE - REAÇÃO 5

Reação endergônica e reversível.


GLICÓLISE - REAÇÃO 5

As duas trioses são interconvertíveis

Somente o gliceraldeído é substrato


das reações seguintes, por isso o
isômero assegura que todos os 6
carbonos derivados da glicose podem
prosseguir na via glicolítica
GLICÓLISE - REAÇÃO 6

Formação de NADH + H+.


Reação endergônica e reversível.
GLICÓLISE - REAÇÃO 6

φO Gliceraldeído 3-P é
Convertido num
Composto intermédio
potencialmente
energético
φEnzima Interveniente:
Desidrogenase do
Gliceraldeído 3-P
φGrupo Aldeído (-CHO)
oxidado em Grupo
Carboxílico (-COOH)
φGrupo Carboxílico
formado, forma uma
ligaçao Anídrica com o
fosfato
φO Grupo Fosfato deriva
de um Fosfato Inorgânico
φO NADH intervirá na
Formação de ATP
GLICÓLISE - REAÇÃO 7

Formação de ATP.

Fosforilação no nível
do substrato.

Reação exergônica e
reversível.
GLICÓLISE - REAÇÃO 8

A enzima muda o grupo fosfato de posição dentro da


molécula.
Reação endergônica e reversível.
GLICÓLISE - REAÇÃO 9

Há desidratação e redistribuição da energia.


Reação endergônica e reversível.
GLICÓLISE - REAÇÃO 10

Formação de ATP
Transferência do grupo
fosfato do
fosfoenolpiruvato para o
ADP (Fosforilação no
nível do substrato)
Reação exergônica e
irreversível

Produto intermediário enol-piruvato


que é convertido à forma ceto piruvato
EQUAÇÃO GLOBAL DA GLICÓLISE
EM CONDIÇÕES AERÓBIAS

Glicose + 2NAD+ + 2ADP + 2Pi → 2Piruvato + 2NADH + 2H+ + 2ATP + 2H2O


E O QUE
ACONTECE
COM OS
PIRUVATOS
FORMADOS
NA
GLICÓLISE?
E O QUE ACONTECE COM OS PIRUVATOS
FORMADOS NA GLICÓLISE?

PIRUVATO

Condições Condições
anaeróbias aeróbias

Fermentação Formação de
Acetil CoA

Ciclo do
ácido
cítrico
OXIDAÇÃO DO PIRUVATO EM
CONDIÇÕES AERÓBIAS

Ocorre na matriz mitocondrial.


O Piruvato entra na Mitocôndria associado ao Transportador Do
Piruvato.
Complexo da piruvato desidrogenase formado por 3 enzimas.
Participação de 5 coenzimas.
Redução do NAD+ e formação de NADH.
Descarboxilação oxidativa.
OXIDAÇÃO DO PIRUVATO EM
CONDIÇÕES AERÓBIAS
Complexo da
piruvato
desidrogenase

Piruvato
desidrogenase

Dihidrolipoil
desidrogenase

Dihidrolipoil
transacelilase
CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO
CARACTERÍSTICAS DO CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO

Segundo estágio da respiração


celular
Ocorre na matriz mitocondrial
Ocorre em condições aeróbias
O acetil-CoA produzido através do piruvato é oxidado a
CO2
Energia conservada sob a forma de NADH, FADH2 e
GTP (ATP)
8 reações, sendo 3 irreversíveis
Via anfibólica, servindo a reações catabólicas e
anabólicas
VISÃO GERAL DO CICLO DO
ÁCIDO CÍTRICO
VISÃO GERAL DO CICLO DO
ÁCIDO CÍTRICO
CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO - REAÇÃO 1

Condensação
Reação exergônica e irreversível
CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO - REAÇÃO 2

Desidratação/Hidratação
Reação endergônica e reversível
CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO - REAÇÃO 3

Descarboxilação oxidativa
Formação de CO2 e NADH
Reação irreversível
CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO - REAÇÃO 4

α-cetoglutarato desidrogenase (E1)


Diidrolipoil transuccinilase (E2)
Diidrolipoil desidrogenase (E3)

Descarboxilação oxidativa
Formação de CO2 e NADH
Reação exergônica irreversível
CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO - REAÇÃO 5

Fosforilação no nível do substrato


Formação de GTP
Reação exergônica e reversível
CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO - REAÇÃO 6

Desidrogenação
Formação de FADH2
Reação em equilíbrio reversível
CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO - REAÇÃO 7

Hidratação
Reação exergônica e
reversível
CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO - REAÇÃO 8

Descarboxilação oxidativa
Formação de CO2 e NADH
Reação endergônica reversível
PRODUTOS DE 1 TURNO DO CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO

3 NADH
1 FADH2
1 GTP (ou
ATP)
2 CO2
CADEIA TRANSPORTADORA
DE ELÉTRONS
CARACTERÍSTICAS DA CADEIA
TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS
Terceiro estágio da respiração celular
Ocorre nas cristas mitocondriais (membrana interna da
mitocôndria)
Ocorre em condições aeróbias
NADH e FADH2 são oxidados através de 4 complexos
proteicos carreadores, doando seus elétrons ao O2,
formando H2O
Prótons H+ são bombeados da matriz para o espaço
intermembranas
Prótons H+ retornam à matriz por meio da ATP-sintase,
ocorrendo a formação de ATP (fosforilação oxidativa)
COMPLEXOS PROTEICOS DA CADEIA
TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS
COMPLEXOS PROTEICOS DA CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS

Complexo Complexo Complexo


Complexo I
II III IV

NADH Succinato Citocromo bc1 Citocromo


desidrogenase desidrogenase oxidase

2 elétrons da
1 elétron do Elétrons: ubiquinona ao 2 elétrons do
NADH é FAD citocromo c citocromo c
transferido à succinato ao O2: H2O
ubiquinona Fe-S
ubiquinona 4 H+ da matriz
para o espaço 2 H+ da matriz
4 H+ da matriz intermembranas para o espaço
para o espaço intermembranas
intermembranas
Inibição por
antimicina A Inibição por
Inibição por cianeto
rotenona
COMPLEXO I
COMPLEXO II
COMPLEXO III
COMPLEXO III – CICLO Q
COMPLEXO IV
MODELO QUIMIOSMÓTICO
ATP-SINTASE
RENDIMENTO DE ATP DA OXIDAÇÃO
COMPLETA DA GLUCOSE
FERMENTAÇÃO
CARACTERÍSTICAS DA FERMENTAÇÃO
Ocorre no citosol
Ocorre em condições anaeróbias ou de hipoxia
A glicólise é a única via para a produção de energia na
fermentação

NADH formado na glicólise é reoxidado a NAD+


Fermentação láctica e alcóolica
Conversão de piruvato a lactato ou a etanol
DESTINOS DO PIRUVATO
FERMENTAÇÃO
FERMENTAÇÃO
FERMENTAÇÃO LÁCTICA
FERMENTAÇÃO LÁCTICA
FERMENTAÇÃO LÁCTICA
FERMENTAÇÃO ALCÓOLICA
FERMENTAÇÃO ALCÓOLICA
Conclusão

 Caracterize a Glicólise.

 Caracterize o Ciclo do ácido cítrico.

 Caracterize a Cadeia transportadora de elétrons.

 Caracterize a Fermentação.
Bibliografia

 NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de Bioquímica de


Lehninger. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
Obrigada
pela
atenção!

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