Projeto Linha de Vida + Art Gfu7b71
Projeto Linha de Vida + Art Gfu7b71
Projeto Linha de Vida + Art Gfu7b71
CNPJ: 07.469.087/0001-90
NORMAS UTILIZADAS
NBR 16325-1–Proteção contra quedas de altura.
NBR 6327/83 – Cabo de aço para uso geral.
NR-11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais.
NR-18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção.
NR-35 – Trabalho em Altura.
Norma OSHA 1926.502 – Fall protection systems criteria and practices – Occupation Safety and Health
Administration.
METODOLOGIA
O trabalho seguiu as seguintes etapas: Levantamento da necessidade na carroceria; Cálculo dos cabos e
acessórios; Acompanhamento da montagem da linha de vida e Instruções para acesso e saída da Linha de Vida.
MEMORIAL DE CÁLCULO
Dimensionamento da linha de vida baseia-se em reduzir a consequência de uma queda ou até mesmo eliminar o
risco, além de possibilitar o deslocamento seguro dos trabalhadores durante os trabalhos na carroceria do caminhão
VW/24.250 DE PLACAS GFU7B71 com guindaste articulado hidráulico acoplado marca: MASAL ano: 2020.
VARIÁVEIS DEFINIDAS
a) Peso do corpo (m) – O peso-padrão considerado nos cálculos é de 100 kg
b) Vão (L) – É a distância medida entre as duas ancoragens (comprimento da linha de vida), dado em metros
(m).
c) Diâmetro do cabo (d) – Refere-se ao diâmetro do cabo utilizado como linha de vida e é fornecido pelo
fabricante, medido em mm.
d) Força de ruptura do cabo (fu) – É fornecida pelo fabricante a força de ruptura mínima de cada cabo em kgf.
e) Número de pessoas (n) – É a quantidade de pessoas que utilizarão simultaneamente a linha de vida, por
vão.
f) Comprimento talabarte (a) – É o comprimento em metros somente do talabarte (considerando-se o
absorvedor de energia fechado).
g) Comprimento absorvedor de energia estendido (c) – É a diferença entre o absorvedor de energia fechado e
o absorvedor de energia aberto, dada em metros, fornecida pelo fabricante.
h) Uso de trava-quedas retrátil (A1) – É o valor médio de escorregamento do trava-quedas retrátil, dado em
metros, fornecido pelo fabricante.
i) Espaço de frenagem trava retrátil (B1) – É o espaço percorrido entre o início de acionamento do trava-
quedas e a parada total do corpo.
j) Distância da posição recolhida à posição de trabalho (b1) – É a distância total da ancoragem da posição de
trabalho do trava-quedas até o ponto de conexão da argola D do cinturão de segurança.
▪ Cabo de aço ABNT AACI 6x19 AF Ø 1/4”.
▪ Pontos de Ancoragem: Parafuso com Olhal de 1”.
▪ Diâmetro do cabo = 15,87 mm.
▪ Postes de ancoragem (pilares de sustentação) = Cano 1.3/16 por 2 polegadas galvanizado
▪ Tração de ruptura do cabo = 6.100 Kgf.
▪ Módulo de Elasticidade = 98 GPa.
▪ Am (Área Metálica) = 50,26 mm²
▪ % de flecha inicial = 3,0%
▪ Fator de queda = 0
▪ M = 0,244 Kg/m
▪ Flecha mínima = 208 mm
▪ Vão = variação entre 1,0 a 7,0 metros.
OBSERVAÇÃO: A NR-18 item 18.16.2.1 – Estabelece que os cabos de aços devem ter carga de ruptura equivalente
a, no mínimo, 5 (cinco) vezes a carga máxima de trabalho a que estiverem sujeitos e resistência à tração de seus
fios de, no mínimo, 160 kgf/mm2 (cento e sessenta quilogramas-força por milímetro quadrado).
Convencionalmente os cabos de aço podem ser fabricados em algumas categorias de resistência à tração, a saber:
Plow Steel – Arames com tensão de ruptura de 1570 N/mm² = 160 kgf/mm²
Improved Plow Steel – Arames com tensão de ruptura de 1770 N/mm² = 180 kgf/mm²
Extra Improved Plow Steel – Arames com tensão de ruptura de 1960 n/mm² = 200 kgf/mm²
▪ Flecha (%) – É o percentual da flecha no vão. Linha de vida construída sem a utilização de um absorvedor
de energia. Obrigatoriamente, de acordo com a norma ANSI Z 359, o cabo deve ser instalado com uma
flecha maior que 3% do vão.
▪ Comprimento do cabo – É o comprimento do cabo instalado, em mm. Esse comprimento é ligeiramente
maior que a distância entre o vão.
▪ Distância (Di) de alongamento cabo (ΔL) – É o máximo estiramento admissível do cabo de aço (mm), devido
às máximas forças admissíveis para o cabo. O alongamento do cabo é calculado pela Lei de Hook da
proporcionalidade entre alongamento e força até o limite elástico do cabo.
▪ Flecha inicial parabólica (f1) – E a flecha de montagem do cabo, em mm.
▪ Flecha inicial cabo reto (f2) – E a flecha medida com o cabo reto, considerando o comprimento do cabo, em
mm. Com uma pequena força aplicada perpendicularmente ao cabo, que o deixa reto. Esta flecha é
calculada sem a aplicação da carga, somente considerando o comprimento do cabo com a flecha de
montagem.
▪ Flecha total carga dinâmica (f3) – E a flecha calculada considerando o aumento do cabo decorrente da
queda, em mm.
▪ Distância de frenagem – E a diferença entre a flecha dinâmica e a flecha do cabo reto (e o espaço onde
teremos a desaceleração do corpo), em mm.
▪ Carga do corpo (P) – É de 600 kgf a máxima carga tolerada no corpo de 1pessoa.
▪ Força no cabo (T1) – É a força calculada inicialmente, em kgf, considerando a força de interação adotada,
quando elas se tornam iguais. Teremos o ponto de trabalho, e esta forca será a do sistema.
▪ Força admissível (Fadm) – É a força calculada, considerando a tabela de carga de ruptura do cabo utilizado,
dividida pelo fator de segurança 2 e multiplicada por 0,8 (considerando 80% de eficiência o fechamento do
laço por clips).
▪ Número de pessoas (n) – É a quantidade de pessoas que utilizarão simultaneamente a linha de vida, por
vão;
▪ Hmin cabo/piso-talabarte (ZLQ 1) – É a altura mínima, em metros, de instalação do cabo da linha de vida
até o nível de impacto, quando utilizando talabarte com comprimento pedido nos dados de entrada.
Para calcular, considerar: flecha dinâmica no cabo + comprimento do talabarte + comprimento do absorvedor
de energia totalmente aberto + altura do anel D ao pé do colaborador (1,8 m) + 1,0 m (distância de segurança
pedida pela norma).
▪ Hmin cabo/piso trava-quedas retrátil (ZLQ 2) – É a altura mínima, em metros, de instalação da linha de vida
com utilização do trava-quedas retrátil até o piso do nível de impacto.
Para calcular, considerar: flecha dinâmica no cabo + comprimento do trava quedas retrátil + distância de
escorregamento do trava-quedas retrátil + altura do anel D ao pé do colaborador (1,8 m) + 1,0 m (distância de
segurança pedida pela norma).
CROQUI DA LINHA DE VIDA MÓVEL PARA CAMINHÕES
Sistema de Ancoragem
Norma OSHA estabelece que para uso de ancoragens certificadas deve-se usar FS = 5, neste caso as ancoragens
devem ser projetadas para suportar cargas acima de 2171,7 kg. A boa prática da engenharia recomenda
dimensionar a ancoragem para a carga de ruptura do cabo. Os dados do tubo de aço carbono A-36 que será
utilizado para o sistema de ancoragem podem ser vistos na tabela abaixo, e com isso pode-se verificar que os
limites de resistências a elasticidade, tração e flexão, são bem superiores a carga do cabo, e com isso está APTO
a ser pontos de ancoragem
▪ Dist. piso trab/piso abaixo p/ trava-quedas (Hp) – É a distância, em metros, entre o piso de trabalho e o piso
do local da queda, quando utilizado trava-quedas retrátil.
▪ Coeficiente de utilização do cabo (<100%) – É o percentual de utilização da resistência líquida do cabo de
aço (valor da máxima forca permitida no cabo). É a razão entre a força calculada no cabo e a força
admissível de trabalho. Deve ser menor do que 100%.
▪ Fator de serviço do cabo (>2) – É o percentual atingido devido a força no cabo com relação a máxima força
permitida pelo cabo. É o fator que indica a força admissível multiplicado pelo fator de segurança 2 e dividido
pela forca calculada. Esse valor deve ser maior do que 2.
A “clipagem” do cabo de aço será realizada com base do grampo colocado no trecho mais comprido do cabo (aquele
que vai em direção ao outro olhal), conforme ilustração abaixo:
Para proteção do cabo no contato com o tubo, deve-se instalar, em cada extremidade, sapatilhas olhal para cabo
de aço 8mm, conforme ilustrado na figura abaixo.
RECOMENDAÇÕES
Este projeto foi calculado levando em consideração 01 colaborador trabalhando na linha de vida.
É importante que esta informação fique clara para todos os colaboradores envolvidos na atividade.
“Considerando um cabo de aço 6X19 AF Ø 1/2”, com flecha inicial de 3% e um fator de queda igual a
0 levando em conta esse fator de queda trabalhos em carrocerias de caminhão e um comprimento de
fixação do vão variando de 1,0 metro a 7,0 metros com uma flecha total de 298 mm.
Os cabos de aço de tração não podem ter emendas nem pernas quebradas que possam vir a
comprometer sua segurança.
Os cabos de aço e de fibra sintética devem ser substituídos quando apresentarem condições que
comprometam a sua integridade em face da utilização a que estiverem submetidos.
Fator de Queda: O fator de queda é a razão entre a distância que o trabalhador percorreria na
queda e o comprimento do equipamento que irá detê-lo.
Nas permissões de trabalho deve ser contemplada a inspeção nos cabos guias e sua instalação.
O acesso ao local de instalação da linha de vida deve ser feito de maneira segura, atendendo aos
requisitos legais, especialmente as Normas Regulamentadoras 11, 18 e 35.
Durante o deslocamento o trabalhador estará com dispositivo de trava-quedas retrátil diretamente acoplado ao anel
CONCLUSÃO
A linha de vida instalada na carroceria do CAMINHÃO VW/24.250 DE PLACAS GFU7B71.
deverá ser utilizada por 01 (um) trabalhador com os Equipamentos de Proteção Individuais (Cinto de segurança tipo
paraquedista, dispositivo trava quedas retrátil, capacete, luvas, óculos de segurança e outros equipamentos de
proteção individual relacionados à sua função).