Agravo de Instrumento

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR CARLOS HENRIQUE MIGUEL

TREVISAN DA 29ª CÂMARA DE DIREITO PRIVADO DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO


ESTADO DE SÃO PAULO

AGRAVO Nº 2229631-34.2024.8.26.0000

SAMIRA MARCONDES DA SILVA, já qualificada nos autos da ação em epígrafe, vem,


respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar, tempestivamente,
CONTRAMINUTA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO, que segue anexo a esta peça de interposição.

Requer, outrossim, que todas as intimações pessoais e na Imprensa Oficial em nome


da Agravada sejam feitas, SOB PENA DE NULIDADE, em nome da Dra. Samira Marcondes da
Silva, OAB/SP 431.961.

Termos em que,
Pede Deferimento.
Bauru, 27 de agosto de 2024.

SAMIRA MARCONDES DA SILVA


OAB/SP 431.961
(Assinado Eletronicamente)
CONTRAMINUTA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO

AGRAVANTE: MONICA DANIELA DUARTE DIAS DE SOUZA E OUTROS


AGRAVADO: VILLELA ASSESSORIA JURÍDICA E OUTROS
PROCESSO DE ORIGEM: 1000947-95.2022.8.26.0283
VARA DE ORIGEM: VARA ÚNICA DA COMARCA DE ITIRAPINA/SP

1 – DA TEMPESTIVIDADE

A parte Recorrente foi intimada acerca da decisão publicada em 09/08/2024, de


modo que o prazo para interposição do presente recurso, que é de 15 dias, começou a fluir em
12/08/2024, esgotando-se somente em 30/08/2024.

Desse modo, de acordo com as regras de contagem de prazos estabelecidas pelo


Código de Processo Civil, especialmente aquela contida no artigo 224 c/c arts. 216 e 219, todos
do CPC, a presente manifestação é tempestiva.

2 – SÍNTESE DOS FATOS

Trata-se de ação de indenização por danos morais e materiais.

Após inúmeros desdobramentos processuais foi solicitado arresto cautelar de ativos


financeiros e deferido apenas em face do agravado Carlos Eduardo do Nascimento Villela,
conforme:

A parte agravada reiterou a solicitação em 04/08/2023:


Posteriormente, sobreveio nova e derradeira tentativa de arresto cautelar em nome
de Carlos Eduardo do Nascimento Villela para complementar o restante de R$ 3.257,02 (três mil,
duzentos e cinquenta e sete reais e dois centavos), conforme:

Inconformada com o resultado infrutífero, a parte agravada solicitou nova tentativa


de arresto SISBAJUD, que foi prontamente negada:

Assim sendo, foi interposto agravo de instrumento da presente decisão.

Conquanto respeitoso, não merece prosperar, conforme abaixo será explanado.


3 – DAS RAZÕES RECURSAIS
3.1 – DA AUSÊNCIA DE PREPARO

Conforme decisão proferida em 30/11/2022, foi indeferida a gratuidade da justiça


aos autores Mônica Daniela Duarte Dias de Souza e Jedson Rodrigo de Souza e concedida em
face da Sra. Fátima Aparecida Marques:

Desta forma, para interposição do agravo de instrumento em questão é necessária a


realização do preparo recursal. Como não houve a sua apresentação, o recurso deve ser julgado
como deserto.

Aliás, esse é o entendimento jurisprudencial, conforme:

EXECUÇÃO FISCAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM QUE SE PERSEGUE LIBERAÇÃO DE


NUMERÁRIO ALCANÇADO POR INTERMÉDIO DO SISBAJUD. GRATUIDADE NEGADA
PELO RELATOR. RECORRENTE QUE, DEVIDAMENTE INTIMADA, NÃO PREPARA O
RECURSO NO QUINQUÍDIO LEGAL. AGRAVO JULGADO DESERTO.

Trata-se de agravo de instrumento interposto por Fabiana Chufan Pires contra r.


decisão que, nos autos da execução fiscal n. 1507285-93.2017.8.26.0609, indeferiu
liberação de quantia alcançada por intermédio do SISBAJUD (fls. 11/12).

Sustenta a recorrente que: a) merece gratuidade; b) o bloqueio eletrônico atingiu


valores impenhoráveis; c) a quantia alcançada visa à manutenção própria e de sua
filha; d) merece lembrança o art. 833, inc. X, do Código de Processo Civil; e) está
amparada por farta jurisprudência; f) havia pedido subsidiário que o MM. Juiz de 1º
grau não apreciou (suspensão da execução até decisão administrativa final quanto
ao parcelamento); g) há necessidade de sobrestamento dos atos em 1ª Instância (fls.
1/10).

Como a cirurgiã dentista inobservou o prazo para recolher preparo (fls. 31), meu
voto julga deserto o agravo interposto.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 2123522-


98.2021.8.26.0000, da Comarca de Taboão da Serra, em que é agravante FABIANA
CHUFAN PIRES, é agravado MUNICÍPIO DE TABOÃO DA SERRA. ACORDAM, em sessão
permanente e virtual da 18ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São
Paulo, proferir a seguinte decisão: Julgaram deserto o recurso. V. U., de
conformidade com o voto do relator, que integra este acórdão.

(Agravo de instrumento nº 2123522-98.2021.8.26.0000 – Relator: Botto Muscari,


data do julgamento: 30/06/2021)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. FALTA DE PREPARO RECURSAL. DESERÇÃO. AGRAVO DE


INSTRUMENTO NÃO CONHECIDO.

1. O artigo 1.017, § 1º, combinado com o art. 1.007, ambos do CPC/2015, dispõem
que a petição de agravo de instrumento se fará acompanhar do comprovante de
pagamento das respectivas custas de preparo, quando devidas, sob pena de
deserção.

2. Não tendo sido comprovado o recolhimento das custas de preparo, nem a


concessão do benefício de gratuidade judiciária pelo Magistrado de origem, não
obstante a oportunidade concedida à agravante (art. 932, parágrafo único, do
CPC/2015), tem-se que o recurso está deserto e, portanto, é inadmissível.

3. Agravo de instrumento não conhecido.

(TJ-SP – Agravo de Instrumento – 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial –


Relator: Alexandre Lazzarini)

Assim sendo, requer-se o reconhecimento da deserção.

3.2 – DA PRECLUSÃO EM FACE DESTA AGRAVADA

Houve preclusão em face desta agravada no que concerne à concessão de arresto


cautelar. Isso porque eventual impugnação contra a decisão de primeira instância que somente
o concedeu em relação ao agravado Carlos Eduardo do Nascimento Villela tinha de ser realizada
em 15 (quinze dias) da respectiva decisão, que foi em 17/07/2023, ou seja, há mais de um ano,
conforme:
Dessa forma, como não recorreu da decisão no momento certo, tendo a aceitado
tacitamente, inclusive promovendo atos posteriores, aconteceu tanto a preclusão lógica quanto
a temporal.

Aliás, há precedente neste sentido, conforme o Tema Repetitivo 506 do STJ:

Hipótese de ocorrência da preclusão lógica a que se refere o legislador no art. 503 do CPC,
segundo o qual 'A parte, que aceitar expressa ou tacitamente a sentença ou a decisão, não
poderá recorrer'. Isso porque, apesar da expressa postulação de arbitramento dos honorários
na inicial da execução de sentença, não houve pronunciamento do magistrado por ocasião
do despacho citatório, sobrevindo petição dos recorridos em momento posterior à citação
apenas para postular a retenção do valor dos honorários contratuais, sem reiteração da verba
de sucumbência. (...) Ainda que não se trate propriamente de ação autônoma, por
compreensão extensiva, incide o enunciado da Súmula 453/STJ quando a parte exequente
reitera o pedido formulado na inicial da execução - a fim de arbitrar os honorários
advocatícios sucumbenciais - após o pagamento da execução e o consequente arquivamento
do feito.

A jurisprudência tem se portado no seguinte sentido:

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.


IMPUGNAÇÃO. ILEGITIMIDADE DO EXEQUENTE. INEXISTÊNCIA DO TÍTULO EXECUTIVO.
DECISÃO ANTERIOR. TESES NÃO REBATIDAS EM MOMENTO OPORTUNO. QUESTÕES DE
ORDEM PÚBLICA. PRECLUSÃO CONSUMATIVA. POSSIBIILDADE SÚMULA 83 DO STJ. AGRAVO
INTERNO DESPROVIDO.

1. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça manifesta-se no sentido de que se


sujeito à preclusão consumativa as questões decididas no processo, inclusive as de
ordem pública, que não tenham sido objeto de impugnação recursal no momento
próprio.
2. No caso em exame, além de os temas referentes à ilegitimidade ativa do recorrido e à
inexigibilidade do título de crédito já terem sido objeto de decisão, não foram
impugnadas pela recorrente em momento oportuno.
3. Agravo interno desprovido.

(Superior Tribunal de Justiça STJ – Agravo Interno no Agravo em Recurso Especial – 3ª Turma)
Ademais, cumpre salientar que a decisão de primeira instância foi assertiva no que
diz respeito que não se deve ser aplicada repetitivamente tentativas de arresto, uma vez que se
trata de processo de conhecimento e não de execução e as que foram aplicadas, inclusive com
reiteração programada, foram suficientes para tentar impedir a dilapidação de patrimônio pelo
agravado Carlos Eduardo.

Portanto, requer-se que eventual arresto cautelar em face desta agravada não seja
concedido, ante à clara preclusão da matéria.

3.3 – DEMAIS CONSIDERAÇÕES

Por fim, cumpre salientar que foram juntadas cópias de dois processos em que esta
agravada figura como ré. Entretanto, em ambos, houve a improcedência desta, o que evidencia
que em nada contribuiu para as alegações do recorrente.

• Processo nº 1019280-52.2022.8.26.0071

• Processo nº 1015060-11.2022.8.26.0071
4 – CONCLUSÃO

Ante ao exposto, requer-se que o agravo de instrumento seja desprovido em todos


os seus termos.

Requer, outrossim, que todas as intimações pessoais e na Imprensa Oficial em nome


da Agravada sejam feitas, SOB PENA DE NULIDADE, em nome da Dra. Samira Marcondes da
Silva, OAB/SP 431.961.

Termos em que,

Pede Deferimento.

Bauru, 27 de agosto de 2024.

SAMIRA MARCONDES DA SILVA

OAB/SP 431.961

(ASSINADO DIGITALMENTE)

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