18 Apostila Epistolas Paulinas
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INTRODUÇÃO.
1. Considerações Preliminares.
Em sua epístola, Paulo deixa claro que ainda não conhecia Roma. Logo,
a igreja ali não foi por ele fundada. Entendemos que Pedro também não participou
desse processo, pois, se este ou outro apóstolo fosse responsável por aquela
igreja, Paulo não escreveria uma carta doutrinária para aqueles irmãos. Por outro
lado, se Pedro estivesse em Roma, o mesmo teria sido mencionado nas
saudações do último capítulo. Ambrosiastro, escritor do século IV disse:
"Os romanos abraçaram a fé em Cristo sem ver nenhum sinal de obras
poderosas e nenhum dos apóstolos”
No século II surgiu a tradição segundo a qual Pedro teria exercido seu
ministério em Roma. No século IV iniciou-se a tradição de que ele teria sido o 1º
bispo romano. Quem então teria fundado aquela igreja? De fato, isso não tem
grande importância. Uma das hipóteses mais prováveis é que a igreja tenha sido
fundada no ano 30 pelos judeus de Roma que estiveram em Jerusalém no
Pentecostes (At.2.10,11). Quando Paulo chegou a Roma, no ano 60 (At.28) ele
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encontrou judeus que ali residiam. (É bom lembrar que o envio da epístola é
anterior a essa "visita"). A igreja em Roma era composta de judeus e
principalmente gentios. Na epístola, Paulo fala aos judeus e aos gentios de forma
específica e direta alternadamente (Rm. 1.5-7,13; 2.17-24). Sendo pessoas de
origens, tradições e costumes tão distintos, era natural que a convivência entre
eles apresentasse suas dificuldades. O apóstolo procura tratar dessa questão no
capítulo 14. Romanos é a epístola de Paulo mais longa, mais teológica e mais
influente. Talvez por essas razões foi colocada em primeiro lugar entre as do
apóstolo. Paulo não tinha Roma como campo específico de outro apóstolo (15.20).
Em Romanos, Paulo afirma que muitas vezes planejou ir até Roma para ali pregar
o evangelho, mas que, até então fora impedido (1.13-15; 15.22). Reafirma seu
desejo de ir até eles (15.23-32). Paulo, ao escrever esta epístola, perto do fim da
sua terceira viagem missionária (15.25,26; At 20.2,3; 1 Co 16.5,6), estava em
Corinto como hóspede na casa de Gaio (16.23; 1 Co 1.14). Enquanto escrevia
Romanos através do seu auxiliar Tércio (16.22), planejava voltar a Jerusalém para
o dia de Pentecoste (At 20.16; provavelmente na primavera de 57 ou 58 d.C.) e
entregar pessoalmente uma oferta de socorro das igrejas gentias aos crentes
pobres de Jerusalém (15.25-27). Logo a seguir, Paulo esperava partir para a
Espanha levando-lhe o evangelho, visitar de passagem a igreja de Roma e
receber ajuda dos crentes ali para prosseguir em sua caminhada para o oeste
(15.24, 28).
2. Propósito
Paulo escreveu esta carta a fim de preparar o caminho para a obra que
ele esperava realizar em Roma e na sua missão prevista para a Espanha.
1) Seu propósito era duplo. Segundo parece, os romanos tinham ouvido
boatos falsos a respeito da mensagem e da teologia de Paulo (3.8; 6.1,2, 15); daí
ele achar necessário registrar por escrito o evangelho que já pregava há vinte e
cinco anos
2) Queria corrigir certos problemas da igreja, causados por atitudes
erradas dos judeus para com os gentios (2.1-29; 3.1, 9), e dos gentios para com
os judeus (11.11-32).
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sugerem que esta carta mencionada aqui seja uma outra epístola. Nesse caso,
teríamos quatro epístolas. Trabalhando ainda com hipóteses, sugere-se que essa
epístola corresponda aos capítulos 10 a 13 de II Coríntios, os quais poderiam ter
sido ali agrupados posteriormente.
Temos então o seguinte esquema:
1a carta - desaparecida - existência garantida por I Cor. 5.9.
2a carta - é a que chamamos I Coríntios.
3a carta - desaparecida – existência hipotética.
4a carta – é a que chamamos II Coríntios.
2. Considerações Preliminares.
Corinto era uma cidade cosmopolitica, chamada de a menos grega das
cidades da Grécia. Dos seus 650.000 mil habitantes, cerca de 450 mil eram
escravos. Os demais na sua maioria, comerciantes, os quais eram inimigos da
guerra, dados a sensualidade e a imoralidade. O pecado, em todas as suas
formas, alastra-se nessa cidade de má fama, pela sua licenciosidade.
3. Propósito.
Paulo chegara a Coríntios cerca de 52 d.C. Enquanto morava ali com o
casal Áquila e Priscila, pregava o evangelho, primeiro aos judeus e depois aos
gentios. Mais tarde, Silas e Timóteo vieram ter com ele, o que lhe permitiu
dedicar-se a um ministério de tempo integral na cidade (At 18.1-22). Paulo tinha
dois propósitos principais ao escrever esta epístola:
1) Tratar dos sérios problemas da igreja de Corinto, de que fora
informado. Eram pecados que os coríntios não levavam muito a sério, mas que
Paulo sabia serem graves.
2) Aconselhar e doutrinar sobre variados assuntos que os coríntios lhe
encaminharam por escrito. Isso incluía assuntos doutrinários e de conduta e
pureza, tanto individual, como da congregação.
4. Visão Panorâmica.
Esta epístola trata dos problemas que uma igreja experimenta quando
seus membros continuam “carnais” (3.1-3) e não se separam de uma vez, dos
incrédulos a seu redor (2 Co 6.17). São problemas tipo espírito de divisão (1.10-
13; 11.17-22), tolerância de pecado tipo incesto (5.1-13), imoralidade sexual em
geral (6.12-20), ação judicial entre os cristãos (6.1-11), idéias humanistas a
respeito da verdade apostólica (15) e conflitos a respeito da “liberdade cristã”
(8.10). Paulo também instrui os coríntios a respeito do celibato e do casamento
(7), o culto público, inclusive a Ceia do Senhor (11-14) e a oferta para os santos
de Jerusalém (16.1-4).Entre os ensinos mais importantes de Paulo em 1 Coríntios,
está o das manifestações e dons do Espírito Santo nos cultos da igreja (12-14). O
ensino desses capítulos é o mais rico do NT sobre a natureza e o conteúdo da
adoração na igreja primitiva (14.26-33). Paulo mostra que o propósito de Deus
para a igreja inclui uma rica variedade de dons do Espírito através de crentes fiéis
(12.4-10) e de pessoas chamadas para exercer certos ministérios (12.28-30) -
uma diversidade dentro da unidade, comparável às múltiplas funções do corpo
humano (12.12-27). No da operação dos dons espirituais na congregação, Paulo
faz uma distinção essencial entre a edificação individual e a coletiva como
assembléia (14.2-6,12,16-19,26), e reitera que todas as manifestações públicas
dos dons devem brotar do amor (13) e existirem para a edificação de todos os
crentes (12.7; 14.4-6,26).
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5. Habitantes.
Coríntios era a quarta cidade em tamanho, em todo o Império Romano.
Por causa de Coríntios ser porto marítimo, muitas classes sociais e diferentes
nacionalidades misturavam-se ali. Havia uma minoria romana dominante; muitos
gregos nativos e, uma grande colônia de judeus. Pelas suas ruas viam-se
aglomerações de viajantes negociantes de quase todos os países conhecidos.
1. Considerações Preliminares.
2. Propósito.
Paulo escreveu esta epístola a três classes de pessoas em Corinto:
1) Primeiro, escreveu para encorajar a maioria da igreja que lhe era fiel,
como seu pai espiritual.
2) Escreveu para contestar e desmascarar os falsos apóstolos que
continuavam a difamá-lo, para, assim, enfraquecer a sua autoridade e o seu
apostolado, e distorcer a sua mensagem.
3) Escreveu, também, para repreender a minoria na igreja influenciada
por seus oponentes e que não acatavam a sua autoridade e correção. Paulo
reafirmou sua integridade e sua autoridade apostólica em relação a eles,
esclareceu os seus motivos e os advertiu contra novas rebeliões. 2 Coríntios visou
a preparar a igreja como um todo, para sua visita iminente.
4. Características Especiais
Quatro fatos principais caracterizam esta epístola.
1) É a mais autobiográfica das epístolas de Paulo. Suas muitas
referências pessoais são feitas com humildade, desculpas e até mesmo
constrangimento, mas foi necessário, tendo em vista a situação em Corinto.
2) Ultrapassa todas as demais epístolas paulinas no que tange à
revelação da intensidade e profundidade do amor e cuidado de Paulo por seus
filhos espirituais.
3) Contém a mais completa teologia do NT sobre o sofrimento do crente
(1.3-11; 4.7-18; 6.3-10; 11.23-30; 12.1-10), e de igual modo, sobre a contribuição
cristã (8-9).
4) Termos-chaves, tais como fraqueza, aflição, lágrimas, perigos,
tribulação, sofrimento, consolação, jactância, verdade, ministério e glória,
destacam o conteúdo incomparável desta carta.
1. Origem da Galácia.
O nome Galácia é derivado de gaulês. Os gauleses eram originários da
Gália (França hoje), que dominaram a região centro-norte da Ásia Menor por volta
do ano 300 a.C. Em 189 a.C., esse território foi conquistado pelos romanos. Em
25 a.C., Roma estabeleceu ali uma província que manteve o nome de Galácia.
Contudo, seus limites eram maiores que a região original. Assim, ao norte havia
os gálatas étnicos. Ao sul havia outros grupos que faziam parte da província, mas
que não tinham a mesma origem genealógica gaulesa. Por essas questões,
quando o Novo Testamento menciona os gálatas, existe dificuldade em se
determinar se os autores se referem a todo o povo da província ou apenas ao
grupo étnico descendente dos gauleses.
2. As Igrejas da Galácia.
Enquanto que as epístolas aos coríntios eram destinadas a uma igreja
específica, a carta aos gálatas destina-se a várias igrejas, acerca das quais não
temos muitas informações específicas. Sabemos que, entre tantas cidades
localizadas na província da Galácia, Paulo fundou igrejas em Antioquia da Psídia,
Icônio, Listra e Derbe, durante sua primeira viagem missionária (At.13-14).
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3. Considerações Preliminares.
Os judeus estavam presentes em todo o Império Romano, principalmente
nas cidades mais importantes. Muitos deles se converteram ao cristianismo e,
dentre os convertidos, havia aqueles que queriam impor a lei mosaica sobre os
cristãos gentios. São os já mencionados "judaizantes". Assim como os fariseus e
saduceus perseguiram Jesus durante o período mencionado pelos evangelhos, os
judaizantes pareciam estar sempre acompanhando os passos de Paulo a fim de
influenciar as igrejas por ele estabelecidas. Essa questão entre judaísmo e
cristianismo percorre o Novo Testamento, tornando-se até um elemento que
testifica a favor da unicidade e autenticidade histórica dessas escrituras. Os
judaizantes estavam também na Galácia, onde se tornaram forte ameaça contra a
sã doutrina das igrejas. O assunto principal de Gálatas é o mesmo debatido e
resolvido em Jerusalém ( At 15). Tal assunto implica uma dupla pergunta: (1) A fé
em Jesus Cristo como Senhor e Salvador é o requisito único para a salvação? (2)
É necessário obedecer a certas práticas e leis judaicas do AT para se obter a
salvação em Cristo? Talvez Paulo haja escrito Gálatas antes da controvérsia da
lei, na Assembléia de Jerusalém (At 15), e antes de a igreja comunicar a sua
posição final. Se assim foi, então Gálata é a primeira epístola que Paulo escreveu.
4. Propósito.
Paulo tomou conhecimento de que certos mestres judaicos estavam
inquietando seus novos convertidos na Galácia, impondo-lhes a circuncisão e o
jugo da lei mosaica como requisitos necessários à salvação e ao ingresso na
igreja. Ao saber disso, Paulo escreveu:
6. O Evangelho judaizante.
Os judaizantes chegavam às igrejas com o Velho Testamento "nas
mãos". Isso se apresentava como um grande impacto para os cristãos. O próprio
Paulo ensinava a valorização das Sagradas Escrituras. Como responder a um
judeu que mostrava no Velho Testamento a obrigatoriedade da circuncisão e da
obediência à lei? Além disso, apresentavam Abraão como o modelo para os
servos de Deus. Só a revelação e a experiência com Deus poderiam vencer esse
desafio. O conhecimento não seria suficiente. Os judaizantes ensinavam que a
salvação dependia também da lei, principalmente da circuncisão. Segundo eles,
para ser cristão, a pessoa precisava antes ser judeu (não por descendência, mas
por religião).
1) A lei de Moisés foi dada aos filhos de Israel (Ex.19,3,6). Nós, cristãos
gentios, não somos filhos de Israel segundo a carne.
2) Jesus cumpriu a lei cerimonial. Tal cumprimento significa não apenas
sua obediência, mas a satisfação das exigências da lei cerimonial através da obra
de Cristo. Precisamos entender que os mandamentos da lei mosaica se dividem
em vários tipos. Vejamos, basicamente, estas divisões dentro daquilo que Deus
revelou a Moises no Monte Sinai
a) Os mandamentos morais: dizem respeito ao tratamento para com
o próximo: Não matarás; Não adulterarás; Não furtarás etc. Tais ordenanças estão
vinculadas à palavra amor.
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As leis civis do povo de Israel não se aplicam a nós. Além dos motivos já
expostos, nossas circunstâncias são bastante diferentes e temos nossas próprias
leis civis para observar. O cristão deve obedecer às leis estabelecidas pelas
autoridades humanas enquanto essas leis não estiverem ordenando transgressão
da vontade de Deus (Rm.13.1).
As leis cerimoniais judaicas foram abolidas por Cristo na cruz. Por esse
motivo, mesmo os judeus que se convertem hoje ao cristianismo estão
dispensados da lei cerimonial judaica. Por isso, não fazemos sacrifícios de
animais, não guardamos o sábado, não celebramos as festas judaicas, etc.
Além de tudo isso, é bom que citemos as palavras de Paulo: "... não
estais debaixo da lei, mas debaixo da graça”.(Rm. 6.14) (Veja também Gálatas
3.24-25).
1. Considerações preliminares.
A epístola aos Efésios revela o segredo da estabilidade e da força
espirituais - fruto da comunhão verdadeira com o Salvador glorificado. Sua
mensagem comunica-nos a fonte, o caráter e os resultados dessa comunhão.
Esta epístola contém as mais significantes e profundas declarações sobre os
eternos propósitos de Deus relativos aos homens. Por fim, encerra as mais claras
revelações divinas acerca da natureza e do destino da Igreja. Nos capítulos 19 e
20 de Atos dos Apóstolos está narrado o episódio que levou o apóstolo Paulo a
passar três anos na cidade de Éfeso, cidade a qual dispensou um bom tempo de
seu ministério. Diz o relato bíblico que:
"a palavra do Senhor crescia poderosamente e prevalecia" (At 19.19-20).
A operação divina por meio de Paulo em Éfeso alvoroçou os adeptos do
culto a Diana, que tinha seu templo na cidade (At 19.23-41). O aspecto
circunstancial. Quando Paulo escreveu a epístola aos Efésios, estava preso em
Roma, de onde a enviou àquela igreja através de Tíquico, por quem, também,
enviou as cartas a Filemom e à igreja de Colossos, provavelmente entre 61 e 63
d. C. É considerada uma das "cartas da prisão" porque as escreveu enquanto
estava preso em Roma. Na primavera de 63 d.C., provavelmente, foi liberto. A
saudação peculiar da Igreja primitiva: "graça e paz" (v.2). O apóstolo Paulo usava
estas palavras em suas saudações em todas as epístolas enviadas às igrejas. Na
tradição judaica usava-se apenas a palavra "paz" (shalom, no hebraico), mas
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3. Visão Panorâmica.
Há dois temas fundamentais no Novo Testamento.
1. Como somos redimidos por Deus.
2. Como nós, os redimidos, devemos viver. Os capítulos 1-3 de Efésios
tratam principalmente do primeiro desses temas, ao passo que os capítulos 4-6
focalizam o segundo. Os capítulos 1-3 começam por um parágrafo de abertura
que é um dos trechos mais profundos da Bíblia (1.3-14). Esse grandioso hino
sobre redenção tributa louvores ao Pai pela eleição, predestinação e adoção que
Ele nos propiciou (1.3-6), por nossa redenção mediante o sangue do Filho (1.7-12)
e pelo Espírito, como selo e garantia da nossa herança (1.13,14). Nesses
capítulos, Paulo ressalta que na redenção pela graça mediante a fé, Deus nos
reconcilia consigo mesmo (2.1-10) e com outros que estão sendo salvos (2.11-15),
e, em Cristo, nos une em um só corpo, a igreja (2.16-22). O alvo da redenção é
“tornar a congregar em Cristo todas as coisas... tanto as que estão nos céus como
as que estão na terra” (1.10). Os capítulos 4-6 consistem mais de instruções
práticas para a igreja no tocante aos requisitos que a redenção em Cristo
demanda de nossa vida individual e coletiva. Entre as 35 diretrizes dadas em
Efésios, sobre como os redimidos devem viver, destacam-se três categorias
gerais:
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4. Características Especiais.
Há quatro características que predominam nesta epístola.
1) A revelação da grande verdade teológica dos capítulos 1-3 é
interrompida por duas grandiosas orações apostólicas. Na primeira, o apóstolo
pede para os crentes sabedoria e revelação no conhecimento de Deus (1.15-23);
na segunda, roga que possam conhecer o amor, o poder e a glória de Deus (3.14-
21).
2)“Em Cristo”, uma expressão paulina de peso (106 vezes nas epístolas
de Paulo), sobressai grandemente em Efésios (cerca de 36 vezes). “Toda bênção
espiritual” e todo assunto prático da vida relacionam-se com o estar “em Cristo”.
3) Efésios salienta o propósito e alvo eterno de Deus para a igreja. Há um
realce multifacetado do papel do Espírito Santo na vida cristã (1.13,14 17; 2.18;
3.5,16,20; 4.3,4,30; 5.18; 6.17,18).
4) Efésios é tida, às vezes, como epístola gêmea de Colossenses, pelo
fato de apresentarem definidas semelhanças em seus conteúdos e terem sido
escritas quase ao mesmo tempo.
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5. A cidade de Éfeso.
Era uma das maiores cidades do Império Romano, capital da província
chamada Ásia Menor, cujo território pertence hoje à Turquia. Localizava-se às
margens do rio Caístro. Entre suas construções, destacava-se o templo da deusa
Diana. Os cultos ali realizados incluíam a prostituição em seus rituais. Tal edifício
estava entre as sete maravilhas do mundo antigo. O templo foi incendiado no dia
em que nasceu Alexandre Magno. Posteriormente, o próprio Alexandre ofereceu-
se para reconstruí-lo. Contudo, sua oferta foi recusada pelos efésios, os quais
reconstruíram o santuário, tornando-o mais esplêndido do que antes. Quando
escreveu a primeira carta aos coríntios, Paulo estava em Éfeso. Talvez por isso,
diante da grandiosidade daquela construção, o apóstolo fala sobre a igreja de
Cristo, comparando-a a um edifício. Ele menciona o processo de edificação, o
fundamento, os construtores e o material utilizado (I Co. 3.9-17). Mais tarde,
quando escreve aos Efésios, Paulo volta a essa comparação (Ef.2.19-22). Havia
em Éfeso uma grande biblioteca e um teatro com lugares para 25 mil pessoas
assentadas. A cidade possuía o principal porto da Ásia, colocando-se, assim, na
rota comercial do Império. Foi construído naquela cidade um templo para a
realização de cultos ao imperador romano. Hoje, existem apenas ruínas daquele
grande centro urbano, entre as quais se destaca a fachada da antiga biblioteca.
6. Fundação da igreja.
Paulo fundou a igreja em Éfeso por ocasião da sua primeira visita,
durante a segunda viagem missionária (At.18.19). Na segunda vez em que foi à
cidade (At.19.1), permaneceu lá durante um período superior a dois anos. Éfeso
tornou-se o centro dos trabalhos missionários do apóstolo. Naquele período, toda
a Ásia Menor foi evangelizada (At.19.10). Pode ser que nessa ocasião tenham
sido fundadas as sete igrejas mencionadas no Apocalipse (2 e 3).
A permanência de Paulo em Éfeso foi interrompida por uma grande
perseguição. Através de suas pregações, muitos se converteram a Cristo. Com
isso, o comércio das imagens da deusa Diana estava se enfraquecendo. Tomados
de ira, os fabricantes de ídolos provocaram grande tumulto, tentando fazer com
que Paulo fosse publicamente condenado por pregar uma doutrina que estaria
"prejudicando" a cidade (At.19.21-40; I Co.15.32). Afinal, o turismo e o comércio
estavam estabelecidos sobre a idolatria. Diante de disso, Paulo se retira. Depois
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Autor: Paulo.
Tema: Alegria de Viver por Cristo.
Data: Cerca de 62/63 d.C.
1. Considerações Preliminares.
2. Propósito.
Da prisão (1.7,13, 14), certamente em Roma (At 28.16-31), Paulo
escreveu esta carta aos crentes filipenses para agradecer-lhes pela sua oferta
generosa, cujo portador foi Epafrodito (4.14-19) e para levar os membros da
igreja a se esforçarem para conhecer melhor o Senhor, conservando a unidade, a
humildade, a comunhão e a paz.
3. Visão Panorâmica
Diferente de muitas das cartas de Paulo, Filipenses não foi escrita
primeiramente devido a problemas ou conflitos na igreja. Sua tônica básica é de
cordial afeição e apreço pela congregação. Da saudação inicial (1.1) à bênção
final (4.23), a carta focaliza Cristo Jesus como o propósito da vida e a esperança
da vida eterna por parte do crente. Nesta epístola, Paulo trata de três problemas
menores em Filipos:
1. Considerações Preliminares.
A cidade de Colossos estava localizada perto de Laodicéia (cf. 4.16), no
sudeste da Ásia Menor, cerca de 160 quilômetros a leste de Éfeso. A igreja
colossense, tudo indica, foi fundada como resultado do grandioso ministério de
Paulo em Éfeso, durante três anos (At 20.31), cujos efeitos foram tão poderosos e
de tão grande alcance que “todos os que habitavam na Ásia ouviram a palavra do
Senhor Jesus” (At 19.10). Paulo talvez nunca tenha visitado Colossos
pessoalmente (2.1), mas mantivera contatos com a igreja através de Epafras,um
dos seus convertidos e cooperadores naquela cidade (1.7; 4.12).O motivo desta
epístola foi o surgimento de ensinos falsos na igreja colossense, ameaçando o
seu futuro espiritual (2.8). Quando Epafras, dirigente da igreja colossense e seu
provável fundador viajou com o objetivo de visitar Paulo e informar-lhe a respeito
da situação em Colossos (1.8; 4.12), Paulo então escreveu esta epístola. Nessa
ocasião Paulo estava preso (4.3,10, 18), possivelmente em Roma (At 28.16-31),
aguardando comparecer perante César (At 25.11,12). O cooperador de Paulo,
Tíquico, entregou pessoalmente a carta em Colossos, em nome do apóstolo (4.7).
Não está descrita claramente na carta a heresia surgida em Colossos, uma vez
que os leitores originais a conheciam bem. No entanto, pelas refutações de Paulo
ao falso ensino, deduz-se que era uma mistura estranha de ensinos cristãos,
tradições judaicas extrabíblicas e filosofias pagãs (semelhante ao sincretismo
religioso das seitas falsas de hoje). Tal ensino subvertia e substituía a centralidade
de Jesus.
2. Propósito.
Paulo escreveu esta carta para combater os falsos ensinos em Colossos,
que estavam suplantando a centralidade e supremacia de Jesus Cristo na criação,
na revelação, na redenção e na igreja; e para ressaltar a verdadeira natureza da
nova vida em Cristo e suas exigências para o crente.
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3. Visão Panorâmica.
Depois de saudar a igreja e expressar gratidão pela fé, amor e esperança
dos crentes colossenses, bem como pelo seu progresso contínuo, Paulo focaliza
dois assuntos principais: a doutrina correta (1.13-2.23) e exortações práticas (3.1-
4.6).
Teologicamente, Paulo enfatiza o verdadeiro caráter e glória do Senhor
Jesus Cristo. Ele é a imagem do Deus invisível (1.15), a plenitude da deidade em
forma corpórea (2.9), o criador de todas as coisas (1.16,17), o cabeça da igreja
(1.18) e a fonte toda-suficiente da nossa salvação (1.14,20-22). Enquanto Cristo é
todo-suficiente, a heresia colossense é totalmente insuficiente, vazia, enganosa e
humanista (2.8); de espiritualidade superficial e arrogante (2.18) e sem poder
contra os apetites pecaminosos do corpo (2.23).Nas suas exortações práticas,
Paulo faz um apelo em favor de uma vida alicerçada na suficiência completa de
Cristo, como o único meio de progresso no viver cristão. A realidade da habitação
de Cristo neles (1.27) deve evidenciar-se na conduta cristã (3.1-17), no
relacionamento doméstico (3.18-4.1) e na disciplina espiritual (4.2-6).
4. Características Especiais.
Três características principais tem esta epístola.
1) Mais do que qualquer outro livro do NT, Colossenses focaliza a dupla
verdade da preeminência de Cristo e da perfeição do crente nEle.
2) Afirma com toda intensidade a plena divindade de Cristo (2.9) e contém
um dos trechos mais sublimes do Novo Testamento a respeito da sua glória (1.15-
23).
3) Às vezes, Colossenses é tida como uma “epístola gêmea” de Efésios,
porque as duas têm certas semelhanças de conteúdo, e foram escritas
provavelmente na mesma época.
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1.Considerações Preliminares
Tessalônica, situada a pouco menos de 160 km a sudoeste de Filipos, era
a capital, cidade principal e porto da província romana da Macedônia. Entre os
200.000 habitantes da cidade, havia ali uma grande comunidade judaica. Quando
Paulo fundou a igreja tessalonicense, na sua segunda viagem missionária, seu
frutífero ministério ali foi encerrado prematuramente devido à intensa hostilidade
judaica (At 17.1-9).Forçado a sair de Tessalônica, Paulo foi a Beréia, onde outro
ministério breve, porém bem-sucedido, foi interrompido pela perseguição movida
pelos judeus que o seguiram desde Tessalônica (At 17.10-13). A seguir, viajou
para Atenas (At 17.15-34), onde Timóteo se encontrou com ele; depois, Paulo
enviou Timóteo de volta à Tessalônica para verificar a condição da nova igreja
(3.1-5); ao mesmo tempo, Paulo seguiu para Corinto (At 18.1-17). Timóteo, ao
completar sua tarefa, viajou para Corinto levando a Paulo informações sobre a
igreja tessalonicense (3.6-8), o que levou Paulo a escrever esta carta, talvez três a
seis meses depois de fundada a igreja.
2. Propósito.
Por ter sido Paulo forçado pela perseguição a sair de Tessalônica, os
novos convertidos receberam apenas um mínimo de ensino sobre a vida cristã.
Paulo ao saber, por meio de Timóteo, das reais circunstâncias, escreveu esta
epístola.
1) para expressar sua alegria pela fé e perseverança dos tessalonicenses
em meio à perseguição,
2) para instruí-los na santidade e na vida piedosa.
3) para elucidar certas doutrinas, especialmente no tocante à situação
dos crentes que morrem antes da volta de Cristo.
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3. Visão Panorâmica.
Depois de saudar a igreja (1.1), Paulo, com alegria, enaltece os
tessalonicenses pelo seu zelo e fé perseverantes em meio à adversidade (1.2-10;
2.13-16). Responde às críticas contra ele, relembrando à igreja a pureza dos seus
motivos (2.1-6), a sinceridade da sua afeição e solicitude pelo rebanho (2.7,8,17-
20; 3.1-10) e a integridade da sua conduta entre eles (2.9-12). Paulo destaca a
necessidade e importância da santidade e do poder na vida cristã. O crente
precisa ser santo (3.13; 4.1-8; 5.23,24), e o evangelho, acompanhado pelo poder
e manifestação do Espírito Santo (1.5). Paulo admoesta os tessalonicenses a não
extinguirem o Espírito, ao desprezar as suas manifestações, especialmente a
profecia (5.19,20). Um tema de destaque é a volta de Cristo para livrar seu povo
da ira de Deus sobre a terra (1.10; 4.13-18; 5.1-11). Parece que alguns crentes
haviam morrido em Tessalônica, motivando preocupação sobre a sua salvação
final. Por isso, Paulo explica o plano de Deus para os santos que já tiverem
partido quando Cristo voltar para buscar a sua igreja (4.13-18), e exorta os vivos
sobre a importância de estarem preparados quando Ele vier (5.1-11). Paulo
termina a carta com uma oração pela santificação e preservação espiritual dos
tessalonicenses (5.23,24).
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2º TESSALONICENSES.
Autor: Paulo.
Tema: A Volta de Cristo.
Data: Cerca de 51 ou 52 d.C.
1. Considerações Preliminares.
Ao escrever Paulo esta epístola, a situação na igreja de Tessalônica era
quase a mesma da ocasião em que ele escreveu a primeira carta. É provável,
pois, que esta carta tenha sido escrita apenas poucos meses depois de 1
Tessalonicenses, quando Paulo ainda se encontrava trabalhando em Corinto com
Silas e Timóteo (1.1; cf. At 18.5). Tudo indica que Paulo, ao ser informado do
acolhimento da sua primeira carta e do progresso dos crentes tessalonicenses, foi
movido a escrever esta segunda carta.
2. Propósito
O propósito de Paulo nesta epístola é semelhante ao de 1
Tessalonicenses:
1) animar seus novos convertidos perseguidos;
2) exortá-los a dar bom testemunho cristão e a trabalhar cada um pelo
seu sustento e;
3) corrigir certos erros doutrinários sobre eventos dos tempos do fim,
ligados ao Dia do Senhor (“Dia de Cristo’’) (2.2).
3. Visão Panorâmica.
O tom da primeira carta de Paulo aos tessalonicenses é o de uma ama
que cria os seus filhos (1 Ts 2.7). Na segunda, o tom é primeiramente o de um pai
que disciplina os filhos desobedientes para corrigir seus caminhos (3.7-12; cf. 1 Ts
2.11). Elogia-os, porém, pela sua fé perseverante e volta a encorajá-los a
permanecer fiéis em todas as perseguições (1.3-7).A seção principal da carta trata
do Dia do Senhor, no seu aspecto escatológico (2.1-12; cf. 1.7-10). Afigura-se de
2.2 que alguns em Tessalônica afirmavam por “espírito” (suposta revelação
profética), por “palavra” (mensagem verbal) ou “epístola” (supostamente escrita
por Paulo), que o tempo da grande tribulação e o Dia do Senhor já haviam
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começado. Paulo corrige tal erro, declarando que três eventos notáveis
assinalarão e precederão a chegada do Dia do Senhor (2.2): (1) ocorrerá uma
grande apostasia e rebelião (2.3); (2) a restrição determinada por Deus para
resistir à injustiça, será removida (2.6,7); e (3) “o homem do pecado” se revelará
(2.3,4,8-11). Paulo repreende aqueles que, na igreja, estavam se aproveitando da
expectativa da iminente volta de Cristo como desculpa para a ociosidade. Exorta
os crentes a serem diligentes e disciplinados no seu viver (3.6-12).
4. Características Especiais.
Três são as características especiais desta epístola. (1) Ela contém um
dos trechos mais completos do NT a respeito da iniqüidade e da impostura
desenfreadas, no final dos tempos (2.3-12). (2) O justo juízo de Deus, vinculado à
segunda vinda de Cristo é descrito aqui em termos apocalípticos, como no livro de
Apocalipse (1.6-10; 2.8). (3) Emprega termos descritivos do Anticristo que não se
acham noutras partes da Bíblia (2.3,8).
1º EPÍSTOLAS A TIMÓTEO.
Autor: Paulo.
Tema: A Sã Doutrina e a piedade.
Data: Cerca de 65/66 d.C.
1. Considerações Preliminares.
A primeira Epístola a Timóteo, não é dirigida a uma igreja, mas a um
pastor, por isso está entre as chamadas epístolas pastorais, juntamente com a de
Tito. Timóteo e Tito foram discípulos e ajudantes de São Paulo. Timóteo significa
adorando a Deus. Era filho de mães judia e pai grego (At 16.1). Sua mãe era uma
crente fervorosa (2 Tm 1.5). Paulo havia sido solto de sua primeira prisão em
Roma, conforme ele muito almejava (Fl 2.24). Por certo teve permissão de
empreender importante viagem, passando por Éfeso, onde deixou Timóteo como
pastor e seguiu para Macedônia-lugar em que escreveu esta carta (1.3). A
epístola é composta de 6 capítulos com 113 versículos.
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2) Propósito.
O principal propósito das Epístolas Pastorais foi proporcionar instruções
para a organização e administração da Igreja cristã, assim como combater as
heresias que ameaçavam destruí-la, através da desordem doutrinal e moral (Tm.
1,4,1;1,6,2 e Tt., 1,5;16 e 3;8,12).
3. Visão Panorâmica.
Um dos cuidados principais que Paulo transmite a Timóteo é que lute
com bravura pela fé e refute os falsos ensinos que estavam comprometendo o
poder salvífico do Evangelho (1.3-7; 4.1-8). Paulo também instrui Timóteo a
respeito das qualificações espirituais dos dirigentes da igreja, e oferece um quadro
geral das qualidades de um obreiro candidato a futuro pastor de igreja. (3.-1-
15).Entre outras coisas, Paulo ensina o jovem Timóteo sobre o relacionamento
pastoral com os vários grupos dentro da igreja, como as mulheres em geral (2.9-
15; 5.2), as viúvas (5.3-16), os homens mais idosos e os jovens (5.1), os
presbíteros (5.17-25), os escravos (6.1-2), os falsos mestres (6.3-60) e os ricos
(6.7-10; 17-19) Nesta epístola, Paulo exprime sua afeição a Timóteo como seu
filho na fé, e estabelece um elevado padrão de piedade para a vida dele e da
igreja.
4)
2º EPÍSTOLAS A TIMÓTIO.
Autor: O apóstolo Paulo.
Tema: Perseverança Inabalável na Fé
Lugar e Data: Provavelmente tenha sido escrita em Roma, ano 65-67
d.C. Esta carta contém as últimas palavras do apóstolo.
1. Considerações Preliminares.
Esta é a última carta de Paulo. Ela foi escrita quando o imperador Nero
procurava impedir a expansão da fé cristã em Roma, perseguindo severamente os
crentes. E Paulo voltara a ser prisioneiro do imperador em Roma (1.16,17). Estava
sofrendo privações como se fosse um criminoso comum (2.9), abandonado pela
maioria dos seus amigos (1.15), e tinha consciência de que o seu ministério
chegara ao fim, e que sua morte se aproximava (4.6-8,18),
Paulo escreve a Timóteo como “amado filho” (1.2) e fiel cooperador ( Rm
16.21). Sua intimidade com Timóteo e sua confiança nele percebe-se no fato de o
apóstolo mencioná-lo como seu cooperador na escrita de seis epístolas, de
Timóteo haver permanecido consigo durante sua primeira prisão (Fp 1.1; Cl 1.1;
Fm 1), e de lhe haver escrito duas cartas pessoais. Ante sua execução iminente,
Paulo pede duas vezes a Timóteo que venha estar novamente com ele em Roma
(4.9,21). Timóteo ainda residia em Éfeso quando Paulo lhe enviou esta segunda
epistola (1 Tm 1.3; 2 Tm 1.18). Nesta epístola, o apóstolo envia saudações a
Onesíforo que residia em Éfeso (1.16), e igualmente para o casal Áquila e Priscila
(4.19).
2. Propósito.
Sabendo Paulo que Timóteo era tímido e enfrentava adversidades no
ministério, e divisando a sombria perspectiva de forte perseguição vinda de fora,
contra a igreja, e da atividade nociva dos falsos mestres dentro dela, ele exorta
Timóteo a defender o evangelho, a pregar a Palavra, a perseverar na tribulação e
a cumprir sua missão.
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3. Visão Panorâmica.
No capítulo 1, Paulo assegura a Timóteo o seu incessante amor e
orações, e exorta-o a nunca transigir na fidelidade ao evangelho, a guardar com
diligência a verdade e a seguir o seu exemplo.No capítulo 2, Paulo incumbe seu
filho espiritual a preservar a fé, transmitindo suas verdades a homens fiéis que,
por sua vez, ensinarão a outros (2.2). Admoesta o jovem pastor a sofrer as
aflições como bom soldado (2.3), a servir a Deus com diligência e a manejar
corretamente a palavra da verdade (2.15), a separar-se daqueles que se desviam
da verdade apostólica (2.18-21), a manter-se puro (2.22) e a trabalhar com
paciência como mestre (2.23-26). No capítulo seguinte, Paulo declara a Timóteo
que o mal e a apostasia aumentarão (3.1-9), porém, ele precisa permanecer
sempre, e em tudo, leal às Escrituras (3.10-17). No capítulo final, Paulo incumbe
Timóteo de pregar a Palavra e de cumprir todos os deveres do seu ministério
(4.1-5). Termina, informando a Timóteo quanto aos seus assuntos pessoais,
quando ele já encarava a morte, e instando com o jovem pastor a vir logo ao seu
encontro (4.6-21).
EPÍSTOLA A TITO.
Autor: Paulo.
Tema: A Sã Doutrina e as Boas Obras.
Data: Cerca de 65/66 d.C
1. Considerações Preliminares.
Tito, como 1 e 2 Timóteo, é uma carta pessoal de Paulo a um dos seus
auxiliares mais jovens. É chamada de “epístola pastoral” porque trata de assuntos
relacionados com a ordem e o ministério na igreja. Tito, um gentio convertido (Gl
2.3), tornou-se íntimo companheiro de Paulo no ministério apostólico. Embora não
mencionado nominalmente em Atos (por ser, talvez, irmão de Lucas), o grande
relacionamento entre Tito e o apóstolo Paulo vê-se (1) nas treze referências a Tito
nas epístolas de Paulo, (2) no fato de ele ser um dos convertidos e fruto do
ministério de Paulo (1.4; como Timóteo), e um cooperador de confiança (2 Co
8.23), (3) pela sua missão de representante de Paulo em pelo menos uma missão
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EPÍSTOLA A FILEMOM.
Autor: Paulo. É uma carta particular de intercessão escrita por Paulo
provavelmente em Roma, e enviada a Filemom, em Colossos, Colossenses 4:7-9.
Tema: Reconciliação.
Data: Cerca de 62 d.C.
Dados acerca de Filemom: Aparentemente era membro da igreja de
Colossos, a qual parece que se reunia em sua casa, v. 2.
1. Considerações Preliminares.
Paulo escreveu esta “epístola da prisão” (vv. 1, 9) como uma carta
pessoal a um homem chamado Filemom, mais provavelmente durante sua
primeira prisão em Roma (At 28.16-31). Os nomes idênticos mencionados em
Filemom (vv. 1,2, 10, 23,24) e em Colossenses (Cl 4.9,10-17), indicam que
Filemom morava em Colossos e que as duas cartas foram escritas e entregues
junta. Filemom era um senhor de escravos (v. 16) e membro da igreja de
Colossos (compare vv. 1,2 com Cl 4.17), talvez um convertido de Paulo (v. 19).
Onésimo era um escravo de Filemom que fugira para Roma; ali, teve contato com
Paulo, que o levou a Cristo. Desenvolveu-se um forte vínculo de amizade entre os
dois (vv 9-13). Agora, Paulo, um tanto apreensivo, envia Onésimo de volta a
Filemom, acompanhado por Tíquico, cooperador de Paulo, levando esta carta (cf.
Cl 4.7-9).
2. Propósito.
Paulo escreveu a Filemom para tratar do problema específico do escravo
fugitivo deste, Onésimo. Segundo a lei romana, um escravo fugitivo era passível
da pena de morte. Teria possivelmente roubado ao seu amo e fugido para Roma,
v. 18, onde esteve sob a influência de Paulo e se converteu (cf. v. 10). Chegou a
ser discípulo de Cristo, Colossenses 4:9. Paulo queria tê-lo em Roma como seu
ajudante (v. 13), mas por não ter o consentimento de Filemom (v. 14), sentiu-se no
dever de enviar o escravo a seu amo. Desta maneira, o apóstolo escreve esta
bela carta de intercessão, pedindo a Filemom que perdoe a Onésimo e lhe
devolva a confiança.Paulo intercede junto a Filemom em favor de Onésimo e
pede-lhe que graciosamente receba Onésimo de volta, como um irmão crente e
como companheiro de Paulo, com o mesmo amor com que acolheria o próprio
Paulo.