Pé de milho

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Pé de milho: número de espigas, número de grãos e

peso do grão; conhecimento atrelado à


produtividade da lavoura
08/07/2019

 Categoria(s): Derivados de Milho |

A morfologia das plantas é um assunto intrigante. Quanto mais a


gente conhece a respeito de determinadas culturas, mais a gente quer
saber. Dias atrás, a equipe AFNews revelou 12 curiosidades sobre o
cereal milenar, que tem alto valor nutritivo e é o mais consumido no
mundo, depois do trigo e do arroz, o milho. Pois bem, a ciência
moderna descobriu as sutilezas da sabedoria divina, que se deixa
revelar em coisas que poucas pessoas notam, como por exemplo: a
espiga de milho tem número par de fileiras de grãos.

Segundo a Embrapa, a explicação está nos primórdios florais, que são


arranjados em fileiras longitudinais nas espigas. Cada primórdio floral
divide-se e dá origem a dois botões florais. De cada botão floral sai
uma espigueta, e de cada espigueta saem duas flores, das quais
somente uma consegue crescer. Como cada espigueta origina um
grão de milho, e os grãos seguem o mesmo esquema de
disposição, em fileiras duplas, isto vai resultar sempre em um número
par de fileiras. No sentido figurado, a espiga de milho é uma tabuada
de dois.

Quantas espigas produz um pé de milho?

Todo nó da planta tem potencial para produzir uma espiga, exceto os


últimos seis a oito abaixo do pendão ( conjunto de ramos, cheios de
pequenas flores, que aparece no alto do pé de milho). Assim, uma
planta de milho teria potencial para produzir várias espigas, porém
apenas uma ou duas espigas conseguem completar o crescimento
( as que têm caráter prolífico ou condições de fecundar), as demais
são abortadas. No estágio de seis folhas completamente
desenvolvidas, muitas espigas são facilmente visíveis se for feita uma
dissecação da planta.

Na cultura do milho, a produtividade é o resultado da combinação de


três componentes do rendimento: número de espigas por unidade de
área, número de grãos por espiga e peso do grão. O número de
espigas por área é determinado pela população final de plantas,
enquanto o número de grãos é o resultado do número e do
comprimento das fileiras e o peso é diretamente relacionado com a
produção de fotoassimilados e a eficiência do enchimento dos grãos.

O fato mais relevante de tudo isso é que cada um desses


componentes é determinado em diferentes fases de desenvolvimento
da planta e, por isso, cada fase é importante e desempenha papel vital
na produtividade. O conhecimento a cerca do momento em que os
componentes de rendimento são definidos e quais são os fatores que
podem afetá-los devem ser observados pelo produtor, para que o
mesmo possa definir com segurança as práticas de manejo mais
adequadas para alcançar maior produtividade e rentabilidade da
lavoura.

Pendão ou Boneca, quem surgiu primeiro?

Normalmente, o pendão é aquele que surge primeiro na planta. Os


cabelos ou a boneca aparecem dois a cinco dias depois
do aparecimento do pendão. Quando isso acontece, o Intervalo
de Florescimento Masculino e Feminino (IFMF) é chamado de
positivo.

Às vezes, pode acontecer de o pendão e a boneca surgirem na planta


simultaneamente. Nesse caso, o IFMF é igual a zero. O
IFMF desejável é o positivo e o mais curto possível, ou seja, assim
que houver a abertura das anteras no pendão é desejável que
as estruturas receptoras, que são os cabelos, tenham emergido,
pois isso garantirá a fertilização, senão de todos, mas da grande
maioria dos grãos.

Medidas Padrão

Uma espiga de milho típica tem de 500 a 800 grãos, com base no
ambiente favorável e nas práticas de produção. O peso médio do grão
em 15,5% de umidade é aproximadamente 350 mg, com uma variação
de 200 a 430 mg. Um saco comercial de milho em torno de 25 kg,
contém aproximadamente 60 mil sementes.

Secagem do Grão

A taxa da perda de umidade do grão de milho depende muito da


temperatura do ar movimento do ar, umidade relativa e teor da
umidade do grão. O secamento está altamente relacionado com as
características híbridas, como a orientação da espiga, densidade da
planta, impermeabilidade e comprimento da palha, e dureza do grão.

Como regra geral, são necessários 30 GDDs (método Graus-dia de


Desenvolvimento) Esse método é baseado no uso de temperaturas
mínimas e máximas para crescimento e desenvolvimento da planta.
Para o milho, essas temperaturas são: para remover um ponto de
umidade do grão no início do processo de secagem (30 a 25%), e 45
GDDs para remover um ponto de umidade no final do processo de
secagem (25 a 20%).

As taxas de secagem do grão variam entre os híbridos e os


ambientes. Por exemplo, o milho seca melhor em um dia ensolarado a
10°C do que em um dia chuvoso ou nublado a 10°C. Ambos os dias
possuem o mesmo número de unidades de calor, mas a energia
adicional fornecida pela energia radiante em um dia ensolarado
melhora bastante o processo de secagem.

Número ímpar é possível?

É improvável, mas pode acontecer se a planta sofrer uma mutação


genética.

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