Alimentos_para_Animais_2024_25 (1)
Alimentos_para_Animais_2024_25 (1)
Alimentos_para_Animais_2024_25 (1)
PRODUÇÃO ANIMAL I
Alimento:
Toda a substância que é ingerida pelos animais e capaz de ser digerida, absorvida e
utilizada pelo organismo em extensão variável.
Nutriente:
Qualquer componente do alimento que é efetivamente utilizado pelo animal para
renovação dos tecidos, para o crescimento, para a síntese de produtos (leite, ovos,
lã) e para a produção de trabalho.
TERMINOLOGIA
Aditivos:
Substâncias ou preparações contendo substâncias destinadas a incorporar nos
alimentos para animais suscetíveis de influenciar as características destes alimentos
ou a produção animal.
TERMINOLOGIA
Matéria-prima:
Componente da dieta que cumpre uma ou mais funções nutricionalmente úteis,
como:
Constituir um veículo de nutrientes;
Conferir volume e estrutura física;
Conferir aroma e sabor;
Proteger os nutrientes;
Facilitar a granulação;
Ter efeito positivo sobre a eficiência de utilização dos nutrientes;
Melhorar a aceitação dos produtos de origem animal pelo consumidor.
ALIMENTOS PARA ANIMAIS
Forragens
Forragens consumidas no estado fresco (pastoreio)
Silagens de milho e silagens de erva (ensilagem)
Feno-silagem
Fenos (fenação)
Forragens desidratadas artificialmente
Alimentos fibrosos
Palhas de cereais
Palhas de leguminosas
PALHAS DE CEREAIS
Elevado teor em NDF (> 70% na MS);
Baixo teor em PB (< 5% na MS);
Baixo teor em minerais e vitaminas;
Baixa digestibilidade da MO (< 50%);
Baixo nível de ingestão.
Processos de valorização:
Suplementação (N, Ca, P, S, vitaminas…);
Tratamentos químicos (NaOH, NH3, ureia…)
PALHAS DE CEREAIS
Digestibilidade de palha de centeio
55
50
45
DMS
(%)
40 DMO
35
30
PC PCSU PCTU
PALHAS DE CEREAIS
Composição de palhas tratadas e não tratadas com ureia
140
120
100
(g/kg MS)
80
PB
60 ADL
40
20
0
PC PCU PT PTU
EFEITO DA DISTRIBUIÇÃO DO TAMANHO DE PARTÍCULA DA FORRAGEM NA
DIGESTIBILIDADE DA MO E NA INGESTÃO DE BOVINOS E OVINOS
Caprinos1 Ovinos2
Palha oferecida (g MS/ kg PV/d) 18 54 90 18 54 90
PV inicial (kg) 30,2 30,6 30,4 53,3 52,4 52,8
PV final (kg) 30,1 33,1 34,0
Ing. CC (g) 194 194 194 293 293 294
Palha ofer. (g MS/d) 542 1740 2931 957 2787 4702
Palha recus. (g MS/kg MS ofer.) 125 566 703 208 647 751
Ing. Palha (g MS/d) 474 755 871 758 984 1117
Ing. Palha (g MS/kg PV/d) 15,5 22,8 26,2 11,1 19,0 22,2
Ing. Palha diges. (g MOD/kg PV/d)* 7,2 12,8 14,5 6,6 10,5 12,7
* Baseado na DMO in vitro da palha oferecida e recusada.
112 animais; período experimental de 42 d, precedido de 35 d de adaptação à dieta. (Wahed et al., 1990)
210 animais; período experimental de 21 d, precedido de 35 d de adaptação à dieta.
ALIMENTOS PARA ANIMAIS
Alimentos concentrados
Grãos de cereais Produtos e subprodutos de sementes de
80-90% MS
Fibra
Proteína
Amido
Lípidos
GRÃOS DE CEREAIS
Composição química;
Perfil em aminoácidos;
Digestibilidade;
Fermentabilidade/degradabilidade no rúmen;
Espécies animais alvo;
Limites nutricionais de incorporação;
Efeito nas características dos produtos animais.
http://fundacionfedna.org/ingredientes-para-piensos
GRÃOS DE CEREAIS: Características nutricionais comuns
Baixo teor em fibra (aveia * 30% > cevada*18%…> milho, trigo * 12-14%):
Monogástricos vs Ruminantes;
ß-glucanas e pentosanas (cevada, centeio, trigo)
Aumento da viscosidade do digesta
Elevado teor em amido (milho, trigo * 70% > cevada*52% > aveia * 45%):
Relação Amido – Fibra;
Tamanho do grânulo;
Amilose/Amilopectina;
Processamento do amido.
Acidose, cetose, …
GRÃOS DE CEREAIS: Características nutricionais comuns
Pigmentos
GRÃOS DE CEREAIS: Características nutricionais comuns
Sêmea de trigo
Elevado teor em fibra (NDF > 45% na MS);
Moderado teor em PB (≈ 15% na MS);
Moderado teor em amido (11-16% na MS):
Baixo teor em GB (4-5% na MS),
Elevado teor em P (1% na MS) mas na forma de fitatos.
Sêmea de arroz
Características nutricionais semelhantes às da sêmea de trigo;
Teor mais elevado em gordura;
13-14% na MS;
Teor mais elevado em cinza;
Menor digestibilidade.
SUBPRODUTOS DE CEREAIS
SUBPRODUTOS DE CEREAIS
Efeito do tempo de 50
Light
Mandioca
Baixo teor em fibra (NDF < 10% na MS);
Elevado teor em amido (≈ 70% na MS);
Muito baixo teor em PB (3-4% na MS).
Polpa de beterraba
Fresca vs desidratada;
Elevado teor fibra;
NDF > 40% na MS;
Fonte de pectinas e de açúcares;
Baixo teor em PB;
≈ 9% na MS.
Polpa de citrinos
Elevado teor em NDF (20-25% na MS);
Baixo teor em PB (6-9% na MS);
Elevado teor em pectinas (25-28% na MS);
Elevado teor em açúcares (25-28% na MS).
Milho destilado
Elevado teor em NDF;
50-55% na MS;
Bom teor em PB;
25-30% na MS;
Baixa degradabilidade da proteína no rúmen;
Moderado teor em gordura (8-10% na MS).
Semente de algodão
NDF (25-35% na MS);
Elevado teor em GB (≈ 20% na MS);
Elevado teor em PB (25-30% na MS).
Soja integral
Fator antitrípsicos, urease e lectinas: termolábeis
Deg. N (%)
Bagaço de girassol 76
Bagaço de amendoim 75
Bagaço de colza 70
Bagaço de soja 65
Bagaço de algodão 55
Bagaço de coco 40
Bagaço de palmiste 40
(FEDNA, 2010)
FATORES ANTINUTRICIONAIS
Bagaço de amendoim
Contaminação fúngica:
Aspergillus flavus
Aflotoxinas B1 (mais tóxica), G1, B2 e G2
Animais jovens mais sensíveis
Danos hepáticos, proliferação do ducto hepático, necrose hepática e tumores hepáticos.
Relativamente termoestáveis;
Controlo:
Condições de armazenamento que previnem crescimento fúngico
FATORES ANTINUTRICIONAIS
Bagaço de colza
Glucosinolatos (tioglucosídeos) e mirosinase (tioglucosidase): podem originar
isotiocianatos, tiocianatos orgânicos, nitrilos e 5-viniloxazolidina-2-tiona (goitrina).
Menor IV, Menor crescimento, Bócio, Intoxicação hepática e renal, Sabor a peixe dos
ovos (trimetilamina);
Maior importância em monogástricos
Ácido erúcico
Variedades “00”
Redução significativa do conteúdo de glucosinolatos e ácido erúcico
GLÚTEN DE MILHO
Níveis de incorporação:
Animais não-ruminantes 2-5%;
Animais ruminantes 2%;
Exceto gorduras protegidas.
Cuidados na utilização:
Risco de oxidação adição de antioxidantes;
Utilização em leites de substituição:
Micronização (5 µ) e emprego de agentes emulsificantes (e.g., lecitina).
BIBLIOGRAFIA