Anestesia

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Anestesia

Profª Francini
Introdução

Origem grega an = privação, aísthesis =


sensação e ia = perda da sensibilidade;
O termo refere-se a perda de qualquer
tipo de sensibilidade, sendo causada por
estados patológicos ou provocada
artificialmente por agentes anestésicos;
Há perda da sensibilidade dolorosa,
perda da consciência e possibilidade de
amnésia;
Objetivos: extirpar a sensibilidade
dolorosa durante a cirurgia, promover
relaxamento muscular, proporcionar
condições ideais para a atuação da
equipe cirúrgica.
Contexto Histórico

O primeiro relato data do século I d.C. com o


uso da mandrágora;
Éter era pesquisado desde o século XIV, sendo
utilizado em uma ressecção cirúrgica em 1846;
Após, descoberto clorofórmio, o óxido nitroso e
a cocaína;
O dia 16 de outubro de 1846 é considerado o dia
em que foi realizada a primeira intervenção
cirúrgica com anestesia geral;
No século XVII deu inicio à administração de
drogas por via inalatória;
Contexto Histórico

No final do século XIX surgiu a anestesia


regional, embora os populares cirurgiões
peruanos já utilizassem a propriedade
entorpecente da cocaína nas trepanações de
crânio;
Com o desenvolvimento o anestesia tornou-se
mais segura;
Promovendo o alívio da dor, à hipnose, ao
controle dos reflexos autonômicos, ao bloqueio
neuromuscular e à diminuição dos estímulos
neurohumorais;
ATENÇÃO!
Gerenciar o cuidar do
paciente anestesiado é um
modelo de competência do
enfermeiro para atingir uma
assistência de enfermagem
integral, com qualidade,
segurança e excelência
profissional.
Association of periOperative
Registered Nurses (AORN)
Anestesia Geral
É dividida em três períodos:
Indução: compreende entre a administração de
agentes anestésicos até o início do procedimento
cirúrgico;
Manutenção: compreende do início até o término
do procedimento cirúrgico;
Despertar: compreende o "acordar" e vai até o
paciente estar adapto para deixar a SO.
Assistência de
Enfermagem

PRÉ-ANESTÉSICA
A visita pré-operatória de enfermagem
merece destaque, pois constitui uma função
fundamental para o planejamento da
assistência perioperatória, além de subsidiar
o anestesiologista na escolha dos métodos e
fármacos que serão utilizados.
Assistência de
Enfermagem

INTRAOPERATÓRIO
Caracterizada pela previsão, provisão, con-
trole e avaliação dos materiais e
equipamentos utilizados nas anestesias
geral e regional, realizados pelo enfermeiro,
mas também por sua atuação na indução
anestésica, monitoração, intubação,
extubação endotraqueal e em situações de
emergência.
Assistência de
Enfermagem

INTRAOPERATÓRIO
Posicionamento adequado do paciente na
mesa cirúrgica, a monitoração dos
parâmetros clínicos, o acompanhamento da
indução anestésica, o aquecimento do
paciente e a sondagem vesical integram
atividades desenvolvidas pelos enfermeiros .
Assistência de
Enfermagem

PÓS-OPERATÓRIO
Extubação do paciente, ao controle dos
sinais vitais, à aspiração endotraqueal, aos
cuidados com a segurança do paciente e a
sua transferência para a Unidade de
Internação (UI) ou para a Unidade de Terapia
Intensiva (UTI).
Pré-Anestésicos
Finalidade

Redução da ansiedade, sedação, amnésia


anterógrada, analgesia, redução de secreções das
vias aéreas, prevenção de respostas aos reflexos
autonômicos, redução do volume do conteúdo
gástrico e aumento do pH, efeito antiemético,
redução da necessidade de anestésicos,
facilidade de indução suave da anestesia e
profilaxia das reações alérgicas.
Pré-Anestésicos
Benzodiazepínicos (diazepam, lorazepam,
midazolam, barbitúricos);
Difenidramina, profilaxia e tratamento de
reações alérgicas;
Opiáceos;
Cetamina, efeito positivo a estabilidade
cardiovascular e a broncodilatação e, efeito
negativo, as alucinações;
Clonidina, ação ansiolítica e sedativa, produz
analgesia e diminuição das pressões ocular e
arterial;
Omeprazol, antiácidos e antagonistas de
receptor H2, utiliza-das para diminuir o risco de
aspiração de conteúdo gástrico;
Pré-Anestésicos
Pré-Anestésicos
Diazepam, fentanil, utilizados para suprimir o
reflexo vagal;
Bloqueadores neuromusculares têm como
finalidade provocar o relaxamento muscular
necessário para se atingir o sítio cirúrgico, sem a
interferência involuntária ou voluntária do
paciente (galamina, atracúrio, pancurônio,
vecurônio, rocurônio, succinilcolina);
Anestesias
Tipos

Anestesia geral: inalatória, intravenosa e


balanceada;
Anestesia regional: peridural, espinhal e
bloqueio de plexos nervosos;
Anestesia combinada: geral e regional;
Anestesia local.
Anestesia Geral
Estado de inconsciência reversível, caracterizado
por amnésia, analgesia, depressão dos reflexos,
relaxamento muscular e depressão neurovegetativa,
resultante da ação de uma ou mais drogas no
sistema nervoso.

Dividida em inalatória, intravenosa e balanceada;


Anestesia Geral
Inalatória

Agentes anestésicos voláteis usados sob pressão;


Anestesia alcançada quando o agente inalado
atinge a concentração adequada no cérebro -
depressão;
Óxido nitroso - não é inflamável, porém fraco
potencial de analgesia, potencializa o efeito de
hipnoanalgésicos e barbitúricos;
Produz vasodilatação periférica e hipóxia por
difusão;
Seu uso só é recomendado junto ao oxigênio;
Anestesia Geral
Inalatória
Anestesia Geral
Inalatória

Halogenados (sevoflurano, halotano, isoflurano)


apresentam efeitos dose dependentes, diminuem
as secreções, relaxam musculatura brônquios,
potencializam o efeito de bloqueadores
neuromusculares, relaxam musculatura uterina
(risco de hemorragias);
Anestesia Geral
Inalatória
Anestesia Geral
Intravenosa

Anestésicos não-opióides: barbitúricos, cetamina,


etomidato, propofol e benzodiazepínicos;
Anestésicos opióides: fentanil, alfentanil,
sulfentanil;
Bloqueadores neuromusculares;

Tiopental é o mais utilizado para manter a


anestesia - sono superficial e controle de
convulsões;
Anestesia Geral
Balanceada

Combinação de agentes anestésicos inalatórios e


intravenosos;
Técnica difundida e amplamente recomendada;
Morbimortalidade

Condições físicas do paciente;


Cirurgia;
Característica do fármaco;
Técnica escolhida;
Habilidade do profissional envolvido;
Estudo realizado observou que nas 24h
após o procedimentos cirúrgico, 98% dos
casos que evoluíram a óbito foi realizado
anestesia geral;
Anestesia Regional
Perda reversível da sensibilidade, em decorrência
da administração de um agente anestésico para
bloquear ou anestesiar a condução nervosa a uma
extremidade ou região do corpo;

Raquidiana

Aplicação de anestésico local no espaço


subaracnóide, espaço que contém o LCR;
Bloqueio simpático, bloqueio motor, analgesia e
insensibilidade aos estímulos;
Anestesia Regional
Raquidiana

Utilizada em procedimentos cirúrgicos realizados


abaixo da cicatriz umbilical, isto é, correções de
hérnias umbilical e inguinal, cirurgias urológicas,
ginecológicas, vasculares e ortopédicas;
A punção subaracnoidea é realizada no espaço
intervertebral lombar de L2 e L3 ou L3 e L4 ou, ainda,
L4 e L5, utilizando agulhas calibres 25G, 26G, 27G do
tipo cortante (Quincke), ponta de lápis (Whitacre)
ou ponta de Huber (Atraucan);
Anestésicos: bupivacaína, lidocaína, procaína,
mepivacaína e prilocaína.
Quincke

Whitacre

Atraucan
ATENÇÃO!
Cefaleia pós-raquianestesia pode ocorrer
quando o paciente assume a posição
ortostática, em decorrência do
extravasamento do LCR pela dura-máter
estando intimamente relacionado ao calibre
da agulha utilizada para a anestesia. Na
maioria dos casos, a cefaleia surge no 2o dia
pós-operatório, podendo, também, aparecer
entre o 5o e o 7o dia após a punção dural. O
tratamento inclui hidratação, analgésicos e
cafeína
Anestesia Epidural
Aplicação de anestésico no espaço peridural
(localizado entre a membrana dura-máter e o
espaço subaracnóide), bloqueando a condução
nervosa e causando insensibilidade aos
estímulos;
Perda reversível da sensibilidade, em
decorrência da administração de um agente
anestésico para bloquear ou anestesiar a
condução nervosa a uma extremidade ou
região do corpo;
Anestesia Epidural
Após ser injetado, por meio do processo de
difusão, o anestésico vai para o espaço
subaracnóide, se fixa ao tecido nervoso,
bloqueando raízes nervosas intra e extradurais;
Posicionamento e local - mesmo da raquidiana;
Anestésicos: bupivacaína, lidocaína e
cloroprocaína
ATENÇÃO!
Punção subaracnóide acidental, com
administração de anestésico no espaço
subaracnóide, pode causar cefaleia
decorrente da punção, hipotensão,
bradicardia e parada respiratória;

Punção vascular com infusão do anestésico


local em uma veia, pode acarretar
toxicidade sistêmica
BLOQUEIO DE NERVOS
PERIFÉRICOS

Ocorre por meio da administração de um


anestésico local, provocando perda da
sensibilidade local;
Complicações: administração acidental
intravascular, superdose do anestésico local, ƒ
lesão do nervo e compressão do nervo.
ANESTÉSICO LOCAL
Bloqueiam a condução de impulsos nos tecidos
nervosos, em virtude da afinidade que possuem
por tal tecido, sendo essa ação reversível;
Subdividida em:
Tópica: aplicação de anestésicos locais em
mucosas, como oral, nasal, esôfago e no trato
geniturinário;
Infiltrativa: administrados no meio intra e/ou
extravascular e atingem seu objetivo quando
chegam às terminações nervosas específicas;
SEDAÇÃO
Normalmente associada aos demais tipos de
anestesia mencionados (com exceção da
anestesia local);
Fármacos utilizados: benzodiazepínicos
(midazolam, lorazepam, opióides e
remifentanila), a cetamina e o propofol;
CLASSIFICAÇÃO ASA
ASA = American Society of Anesthesiology;
Trata-se de um sistema de pontuação clínica
que avalia o histórico pessoal, familiar e clínico
do paciente a fim de prevenir a
morbimortalidade pós-operatória;
Pode ainda, prever riscos perioperatórios devido
ao fato de poder ser associado ao
procedimento proposto;
REFERÊNCIAS

CARVALHO, R.; BIANCHI, ERF. Enfermagem em


centro cirúrgico e recuperação. 2.ed. Barueri, SP:
Manole, 2016.

SOBECC. Diretrizes de práticas em enfermagem


cirúrgica e processamento de produtos para a
saúde. 8. ed. rev. atual - São Paulo: SOBECC - 2021.

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