Leis de Newton e Forças
Leis de Newton e Forças
Leis de Newton e Forças
Leis de Newton
2o bimestre - Aula 01
Ensino Médio
Dinâmica de Newton
A partir das formulações sobre o
movimento dos corpos e suas causas o
físico inglês Isaac Newton (1643 – 1727)
publica sua obra mais famosa -
Princípios Matemáticos de Filosofia
Natural - onde formula algumas
definições iniciais da Dinâmica e
posteriormente propõe suas conhecidas
leis.
Contracapa da primeira
edição do livro Principia
Conceitos fundamentais da Dinâmica - Massa
. Assim, massa (m) é uma grandeza
A primeira definição apresentada no escalar cuja unidade de medida no
Principia é a do conceito de massa. SI é o quilograma (kg).
Para Newton: 1 kg = 1000 g
1 kg = 1000 g
Massa é a quantidade de matéria, 1000 kg = 1 ton
obtida a partir de sua densidade e
volume.
Conceitos fundamentais da Dinâmica - Força
O conceito de força para Newton. A força é uma grandeza vetorial, cuja
unidade de medida é newton (N) e
apresenta módulo (intensidade), direção
Força imprimida é uma ação exercida (horizontal, vertical) e sentido (direita,
sobre um corpo a fim de alterar seu
esquerda).
estado, seja de repouso, seja de
movimento uniforme em linha reta.
Forças de campo são aquelas que
Tipos de força atuam à distância, sem necessidade
Forças de contato são aquelas que de contato, como a força
demandam contato físico entre corpos, gravitacional, a força elétrica, a força
como a força de atrito, força normal e magnética, a força peso, a força
força de tração, por exemplo. nuclear por exemplo.
Um corpo tende a
Entende-se inércia Com isso, a manter seu
como a tendência Primeira Lei de estado de
que um corpo tem Newton, conhecida repouso ou de
de oferecer também como Lei movimento
resistência à da Inércia, é retilíneo uniforme,
mudança de estado enunciada da a menos que uma
do movimento. seguinte forma força altere esse
estado.
Lei da inércia aplicada
Retomando o gif da
atividade inicial da aula, é
possível explicá-lo a partir da
Lei da Inércia.
É a partir da força de contato da colisão do carro com o muro que há a
alteração do estado anterior de movimento. No entanto, o corpo do
motorista tende a manter o movimento que estava junto ao carro. Por
isso, o uso do cinto de segurança é tão importante, pois ele impede
que, pela ação da inércia, o corpo seja arremessado em casos de
colisão.
Continua...
O mesmo ocorre quando um ônibus ou um trem freia, diminuindo sua
velocidade. Os passageiros tendem a continuar o movimento desempenhado
pelo ônibus anteriormente, sendo projetados para frente.
Puxando a toalha
Referencial inercial
● Consideramos inercial aquele sistema de referências em que os
corpos não tenham seu estado de movimento ou de repouso alterados a
menos que uma força seja aplicada neles.
● Isso significa que uma situação deve ser analisada a partir de um
ponto de referência ou um observador.
● Um exemplo seria um avião em velocidade constante realizando uma
viagem. Com relação ao observador na superfície da Terra, o avião está
em um referencial inercial, no entanto, com relação ao próprio planeta
Terra, que também se move, não. Portanto, adota-se um referencial
inercial para analisar determinada situação.
(UFRN) Considere um grande navio, como um transatlântico, movendo-
se em linha reta e com velocidade constante (velocidade de cruzeiro).
Em seu interior, existe um salão de jogos climatizado, e nele, uma mesa
de pingue-pongue orientada, paralelamente, ao comprimento do navio.
Dois jovens resolvem jogar pingue-pongue, mas discordam sobre quem
deve ficar de frente ou de costas para o sentido do deslocamento do
navio. Segundo um deles, tal escolha influenciaria no resultado do jogo,
pois o movimento do navio afetaria o movimento relativo da bolinha de
pingue-pongue.
Continua...
Nesse contexto, de acordo com as leis da Física, pode-se afirmar que:
A. A discussão não é pertinente, pois, nesse caso, o navio se comporta
como um referencial não inercial, não afetando o movimento da bola.
B. A discussão é pertinente, pois, nesse caso, o navio se comporta como
um referencial não inercial, não afetando o movimento da bola.
C. A discussão é pertinente, pois, nesse caso, o navio se comporta como
um referencial inercial, afetando o movimento da bola.
D. A discussão não é pertinente, pois, nesse caso, o navio se comporta
como um referencial inercial, não afetando o movimento da bola.
Correção
Nesse contexto, de acordo com as leis da Física, pode-se afirmar que:
D. a discussão não é pertinente, pois, nesse caso, o navio se comporta
como um referencial inercial, não afetando o movimento da bola.
Uma vez que os jovens e a mesa de pingue-pongue estão dentro do
navio, que tem velocidade constante e move-se em linha reta, esse se
comporta como um referencial inercial. Assim, não haverá diferença no
movimento da bola.
Segunda Lei de Newton – Princípio Fundamental da
Dinâmica
Matematicamente, expressamos a
Para melhor analisarmos situações
Segunda Lei de Newton da seguinte
em que o corpo não está em
forma:
equilíbrio ou em inércia, utilizamos
𝐹Ԧ𝑅 = 𝑚 ∙ 𝑎Ԧ
a 2ª Lei de Newton ou Princípio
Fundamental da Dinâmica. Esta
𝐹Ԧ𝑅 – força resultante, ou seja, soma
enuncia que:
vetorial de todas as forças aplicadas
A força resultante que atua sobre sobre um corpo, em Newton (N).
um corpo é igual ao produto de 𝑚 – massa, em quilograma (kg).
sua massa pela aceleração.
𝑎Ԧ – aceleração em 𝑚Τ𝑠 2 .
(Fuvest) Um veículo de 5,0 kg descreve uma trajetória retilínea que
obedece à seguinte equação horária: s = 3t2 + 2t + 1, em que s é medido
em metros e t em segundos. O módulo da força resultante sobre o
veículo vale:
A. 30 N.
B. 5 N.
C. 10 N.
D. 15 N.
E. 20 N.
Correção
(Fuvest) Um veículo de 5,0 kg descreve uma trajetória retilínea que obedece à
seguinte equação horária: s = 3t2 + 2t + 1, em que s é medido em metros e t em
segundos. O módulo da força resultante sobre o veículo vale:
A. 30 N. Da equação horária, é possível extrair informações. Como desejamos
obter o módulo da força resultante e já temos a informação sobre a
B. 5 N.
massa, é preciso saber a aceleração.
C. 10 N. Assim:
𝑎𝑡 2
D. 15 N. 𝑠 = 𝑠0 + 𝑣𝑜 𝑡 + → 𝑠 = 3𝑡 2 + 2𝑡 + 1
2
Sabe-se que a variável que multiplica o quadrado do tempo na função
E. 20 N. horária é a metade do valor da aceleração. Assim:
𝑎 2
= 3 → 𝑎 = 6 𝑚/𝑠
2
Então, pode-se determinar o módulo da força resultante:
𝐹 = 𝑚 ∙ 𝑎 = 5 ∙ 6 → 𝐹 = 30 𝑁
Forças aplicadas a um corpo
A partir do Princípio Fundamental da No entanto, quando as forças aplicadas
Dinâmica, os movimentos a um corpo são de mesma intensidade,
desempenhados no cotidiano mesma direção e sentidos opostos, a
acontecem, uma vez que forças são força resultante é nula. Assim:
imprimidas em um corpo que ganha 𝐹Ԧ𝑅 = 𝑚 ∙ 𝑎Ԧ → 0= 𝑚 ∙ 𝑎Ԧ → 𝑎Ԧ = 0
aceleração e pode se mover a partir do Isso pode significar duas situações:
repouso ou sair do movimento • O corpo está em repouso.
uniforme. Matematicamente,
• O corpo está em movimento uniforme.
entende-se que o vetor aceleração e o
vetor força resultante vão apresentar 𝐹Ԧ 𝐹Ԧ
sempre a mesma direção e o mesmo 𝑚
sentido.
Força resultante
A força resultante é a soma vetorial de todas as forças aplicadas em um corpo.
Vejamos como obter o módulo da força resultante nos casos seguintes:
𝐹𝑅 = 𝐹1 − 𝐹2 já que 𝐹1 > 𝐹2
𝐹𝑅 = 𝐹1 + 𝐹2
Continua...
Força resultante
• Forças perpendiculares • Forças entre as quais há um ângulo 𝜃
𝐹Ԧ2 𝜃
𝐹Ԧ1
Forças I
2o bimestre – Aula 5
Ensino Médio
A força peso pode ser calculada a
Força peso partir do produto da massa (m)
Diferente da linguagem cotidiana, pela aceleração da gravidade (g):
massa e peso são conceitos 𝑃 = 𝑚 ∙ 𝑔Ԧ
diferentes. Enquanto a massa é a
quantidade de matéria em um 𝑚
Força normal
𝑚
A força normal (N) é aquela que
surge quando existe o contato
direto entre dois corpos 𝑃Ԧ
Continua...
Além de utilizar cordas ou fios ideais para puxar objetos, é possível
utilizá-las para conectar corpos. Veja a seguir:
Para o corpo b:
𝑃𝑏 − 𝑇𝑎,𝑏 = 𝐹𝑅 𝑏
𝑃𝑏 −𝑇𝑎,𝑏 = 𝑚𝑏 ∙ 𝑎
A figura a seguir mostra um bloco de 6 kg pendurado em repouso no teto por um
fio ideal. Determine o valor da tração no fio. Considere g = 10 m/s2.
Correção
A figura a seguir mostra um bloco de 6 kg pendurado em repouso no teto por um
fio ideal. Determine o valor da tração no fio. Considere g = 10 m/s2.
𝑃Ԧ
Para testar a aplicação de diversos conjuntos de força, manipule
o simulador virtual. Experimente as opções “Net Force” (Força de
tração) e “Motion” (Movimento). Altere as diversas opções de
variáveis e anote suas observações.
Simulador de forças
Virem e conversem 5 MINUTOS
Arqueira atirando uma flecha com o arco Carros fazendo curva em estrada
O uso de materiais elásticos propicia o
Força elástica surgimento da força elástica 𝐹Ԧ𝐸𝐿 , que
Como você viu anteriormente, diversos restaura deformações causadas em
materiais podem ser utilizados, a partir materiais.
Assim, a força elástica é responsável pela
de suas propriedades elásticas, para
restauração elástica de corpos como
funções diferentes. O arco e flecha já molas e ligas elásticas.
teve como função a caça, a guerra e, a
partir do século XVII, virou uma
modalidade esportiva. Por outro lado,
materiais mais rígidos, como metais
em formato de mola, também
desempenham funções diversas a
Deformação em um estilingue
partir das suas capacidades de
deformação e de restauração. Continua...
O sinal negativo deve-se ao fato de que o
Lei de Hooke sentido da força elástica é restaurativa, ou
seja, sempre direcionada para o lado oposto
O cientista inglês Robert Hooke (1635 ao sentido da deformação do corpo.
– 1703) estudou o comportamento
A oposição do sentido da força
das molas experimentalmente. Uma
elástica e da deformação pode ser
de suas conclusões foi que a
verificada na ilustração a seguir.
deformação da mola ∆𝑥 dependia
de sua espessura e do seu material,
características posteriormente
representadas pela constante elástica
(k). Matematicamente, a força elástica
é determinada pela Lei de Hooke:
𝐹Ԧ𝐸𝐿 = −𝑘 ∙ ∆𝑥Ԧ
Lei de Hooke - gráfico
O módulo da força elástica é dado por:
𝐹𝐸𝐿 = 𝑘 ∙ ∆𝑥
Lembrando que a deformação da mola
é ∆𝑥 = 𝑥 − 𝑥0 , ou seja, a diferença
entre o comprimento final e o
comprimento inicial da mola ou do
A tangente do ângulo formado pela
material elástico.
reta representa k.
É possível obter a constante elástica 𝐹𝐸𝐿 𝐹𝐸𝐿
(k) de um corpo, a partir da análise do 𝑡𝑔𝜃 = e𝑘=
𝑥 𝑥
gráfico do módulo da força elástica em Então: 𝑡𝑔𝜃 = 𝑘
função da deformação sofrida.
(UERN) A tabela apresenta a força elástica e a deformação de 3 molas
diferentes. Comparando as constantes elásticas dessas 3 molas, tem-se que:
a) K1>K2>K3.
b) K2>K1>K3.
c) K2>K3>K1.
d) K3>K2>K1.
Correção
(UERN) A tabela apresenta a força elástica e a deformação de 3 molas
diferentes. Comparando as constantes elásticas dessas 3 molas, tem-se que:
Força Deformação Utilizando a expressão da força elástica, é possível determinar o
Mola
Elástica (N) (m) valor da constante elástica das molas 1, 2 e 3, e compará-las.
Para a mola 1:
1 400 0,5 𝐹𝐸𝐿 = 𝑘1 ∙ ∆𝑥
400 = 𝑘1 ∙ 0,5
2 300 0,3 400
𝑘1 = 0,5 = 800 𝑁/𝑚
3 600 0,8 Para a mola 2:
𝐹𝐸𝐿 = 𝑘2 ∙ ∆𝑥
300 = 𝑘2 ∙ 0,3
a) K1>K2>K3. 300
𝑘2 = 0,3 = 1000 𝑁/𝑚
b) K2>K1>K3. Para a mola 3:
c) K2>K3>K1. 𝐹𝐸𝐿 = 𝑘3 ∙ ∆𝑥
600 = 𝑘3 ∙ 0,8
d) K3>K2>K1. 600
𝑘3 = 0,8 = 750 𝑁/𝑚
Assim: 𝑘2 > 𝑘1 > 𝑘3
Força resultante centrípeta
A força centrípeta 𝐹𝑐𝑝 é responsável
por manter corpos em trajetórias
curvilíneas. Sem esta força, corpos
desempenhando curvas seguiriam o
movimento em inércia e sairiam pela
tangente. Assim, define-se a força A expressão matemática da força
centrípeta: centrípeta considera a aceleração
como uma força resultante que atua 𝑣2
centrípeta: 𝑎𝑐𝑝 =
sobre corpos em trajetórias curvilíneas, 𝑅
aponta para o centro da trajetória e é Assim, a força centrípeta é dada por:
perpendicular à velocidade tangencial 𝑣2
(v) desempenhada. 𝐹𝑐𝑝 = 𝑚
𝑅
Força centrípeta aplicada
No caso de um corpo em movimento circular, preso a um fio em plano
horizontal, temos a seguinte situação:
Assim:
𝑣2
𝑇=𝑚
𝑅
Força centrípeta aplicada
No caso de um corpo passando por No caso de um corpo passando por
uma lombada, temos a seguinte uma depressão, temos a seguinte
situação: situação:
a) 2,0 ∙ 104 𝑁.
b) 2,6 ∙ 104 𝑁.
c) 3,0 ∙ 104 𝑁.
d) 2,0 ∙ 103 𝑁.
e) 3,0 ∙ 103 𝑁
Correção
(CESESP ‒ PE) Um caminhão transporta, em sua carroceria, uma carga de 2,0
toneladas. Determine, em newtons, a intensidade da força normal exercida pela
carga sobre o piso da carroceria quando o veículo, a 30 m/s, passa pelo ponto
mais baixo de uma depressão com 300 m de raio. Dado: g = 10 m/s2.
a) 2,0 ∙ 104 N.
Uma vez que esta é uma situação de um corpo passando por um
b) 𝟐, 𝟔 ∙ 𝟏𝟎𝟒 𝐍. vale, tem-se que:
c) 3,0 ∙ 104 N. 𝐹𝑐𝑝 = 𝑁 − 𝑃
𝑚𝑣 2
𝑁 − 𝑚𝑔 =
d) 2,0 ∙ 103 N. 𝑅
302
𝑁 − 2,0 ∙ 10 ∙ 10 = 2,0 ∙ 103 300
3
e) 3,0 ∙ 103 N.
𝑁 = 2,6 ∙ 104 𝑁
A atração denominada “globo da
morte” é famosa em diversos
circos pelo mundo. Nela,
motociclistas dão voltas
completas dentro do globo.
Explique como eles conseguem
fazer essas curvas sem cair.
Para saber mais sobre as forças
Motociclistas na atração “globo da
envolvidas nessa prática, você
morte” em um circo
pode acessar o vídeo a seguir.
Materiais 𝜇𝐸 𝜇𝐷
Madeira sobre madeira 0,4 0,2
Gelo sobre gelo 0,1 0,03
Borracha sobre cimento 1 0,8
Aço sobre aço (seco) 0,8 0,6
Aço sobre aço (molhado) 0,1 0,05
(Fatec) O bloco da figura, de massa 5 kg, move-se com velocidade
constante de 1,0 m/s em um plano horizontal, sob a ação da força F,
constante e horizontal.
Correção F
Fat
A. 25. D. 10.
B. 20. E. 5.
C. 15. P