Leis de Newton e Forças

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Física

Leis de Newton

2o bimestre - Aula 01
Ensino Médio
Dinâmica de Newton
A partir das formulações sobre o
movimento dos corpos e suas causas o
físico inglês Isaac Newton (1643 – 1727)
publica sua obra mais famosa -
Princípios Matemáticos de Filosofia
Natural - onde formula algumas
definições iniciais da Dinâmica e
posteriormente propõe suas conhecidas
leis.
Contracapa da primeira
edição do livro Principia
Conceitos fundamentais da Dinâmica - Massa
. Assim, massa (m) é uma grandeza
A primeira definição apresentada no escalar cuja unidade de medida no
Principia é a do conceito de massa. SI é o quilograma (kg).
Para Newton: 1 kg = 1000 g

1 kg = 1000 g
Massa é a quantidade de matéria, 1000 kg = 1 ton
obtida a partir de sua densidade e
volume.
Conceitos fundamentais da Dinâmica - Força
O conceito de força para Newton. A força é uma grandeza vetorial, cuja
unidade de medida é newton (N) e
apresenta módulo (intensidade), direção
Força imprimida é uma ação exercida (horizontal, vertical) e sentido (direita,
sobre um corpo a fim de alterar seu
esquerda).
estado, seja de repouso, seja de
movimento uniforme em linha reta.
Forças de campo são aquelas que
Tipos de força atuam à distância, sem necessidade
Forças de contato são aquelas que de contato, como a força
demandam contato físico entre corpos, gravitacional, a força elétrica, a força
como a força de atrito, força normal e magnética, a força peso, a força
força de tração, por exemplo. nuclear por exemplo.

Força de tração na corda com a Força peso que atrai


qual crianças brincam paraquedistas em direção à Terra
Analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa que contém a(s) correta(a).
I. A força é uma grandeza vetorial capaz de mudar o estado de movimento de
um corpo.
II. A força é uma grandeza capaz de alterar a massa e a trajetória de um corpo.
III. Forças de campo agem à distância, sem necessitar de contato entre os
corpos.
A. I e II.
B. I e III.
C. II e III.
D. I, II e III.
E. Apenas II.
Correção
Analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa que contém a(s) correta(a).
I. A força é uma grandeza vetorial capaz de mudar o estado de movimento de
um corpo.
II. A força é uma grandeza capaz de alterar a massa e a trajetória de um corpo.
III. Forças de campo agem à distância, sem necessitar de contato entre os
corpos.
A. I e II.
A força é uma grandeza vetorial capaz de
B. I e III.
alterar o estado de movimento de um
C. II e III. corpo (trajetória e velocidade), mas não
D. I, II e III. sua massa, embora possa deformá-lo.
E. Apenas II.
Observe o gif a seguir. Descreva o que está acontecendo. Como você
pode explicar os movimentos dos corpos envolvidos nessa situação?

Ilustração de um carro colidindo com um muro e motorista


sendo arremessado para fora
1a Lei de Newton – Lei da Inércia

Um corpo tende a
Entende-se inércia Com isso, a manter seu
como a tendência Primeira Lei de estado de
que um corpo tem Newton, conhecida repouso ou de
de oferecer também como Lei movimento
resistência à da Inércia, é retilíneo uniforme,
mudança de estado enunciada da a menos que uma
do movimento. seguinte forma força altere esse
estado.
Lei da inércia aplicada
Retomando o gif da
atividade inicial da aula, é
possível explicá-lo a partir da
Lei da Inércia.
É a partir da força de contato da colisão do carro com o muro que há a
alteração do estado anterior de movimento. No entanto, o corpo do
motorista tende a manter o movimento que estava junto ao carro. Por
isso, o uso do cinto de segurança é tão importante, pois ele impede
que, pela ação da inércia, o corpo seja arremessado em casos de
colisão.
Continua...
O mesmo ocorre quando um ônibus ou um trem freia, diminuindo sua
velocidade. Os passageiros tendem a continuar o movimento desempenhado
pelo ônibus anteriormente, sendo projetados para frente.

Quando o ônibus sai do repouso e acelera, o mesmo acontece, mas no sentido


oposto. O corpo dos passageiros é projetado para trás por causa da inércia dos
corpos, tentando assim, seguir o movimento anterior.
(Cefet-MG) A imagem mostra um garoto sobre um skate em movimento
com velocidade constante que, em seguida, choca-se com um obstáculo
e cai.

A queda do garoto justifica-se devido à(ao):


A. princípio da inércia.
B. ação de uma força externa.
C. princípio da ação e reação.
D. força de atrito exercida pelo obstáculo.
A queda do garoto justifica-se devido à(ao):
A. princípio da inércia.
B. ação de uma força externa.
C. princípio da ação e reação.
D. força de atrito exercida pelo obstáculo.
O Princípio ou Lei da Inércia explica a alteração de estado de
movimento causada pelo obstáculo sobre o skate do garoto. Ele, no
entanto, tendeu a seguir o movimento anterior e sofreu a queda.
Veja o gif e o vídeo a seguir. Como você explica o que está acontecendo
com base nos conceitos estudados nesta aula? Quais são os paralelos
possíveis entre ambas as situações?

Puxando a toalha
Referencial inercial
● Consideramos inercial aquele sistema de referências em que os
corpos não tenham seu estado de movimento ou de repouso alterados a
menos que uma força seja aplicada neles.
● Isso significa que uma situação deve ser analisada a partir de um
ponto de referência ou um observador.
● Um exemplo seria um avião em velocidade constante realizando uma
viagem. Com relação ao observador na superfície da Terra, o avião está
em um referencial inercial, no entanto, com relação ao próprio planeta
Terra, que também se move, não. Portanto, adota-se um referencial
inercial para analisar determinada situação.
(UFRN) Considere um grande navio, como um transatlântico, movendo-
se em linha reta e com velocidade constante (velocidade de cruzeiro).
Em seu interior, existe um salão de jogos climatizado, e nele, uma mesa
de pingue-pongue orientada, paralelamente, ao comprimento do navio.
Dois jovens resolvem jogar pingue-pongue, mas discordam sobre quem
deve ficar de frente ou de costas para o sentido do deslocamento do
navio. Segundo um deles, tal escolha influenciaria no resultado do jogo,
pois o movimento do navio afetaria o movimento relativo da bolinha de
pingue-pongue.

Continua...
Nesse contexto, de acordo com as leis da Física, pode-se afirmar que:
A. A discussão não é pertinente, pois, nesse caso, o navio se comporta
como um referencial não inercial, não afetando o movimento da bola.
B. A discussão é pertinente, pois, nesse caso, o navio se comporta como
um referencial não inercial, não afetando o movimento da bola.
C. A discussão é pertinente, pois, nesse caso, o navio se comporta como
um referencial inercial, afetando o movimento da bola.
D. A discussão não é pertinente, pois, nesse caso, o navio se comporta
como um referencial inercial, não afetando o movimento da bola.
Correção
Nesse contexto, de acordo com as leis da Física, pode-se afirmar que:
D. a discussão não é pertinente, pois, nesse caso, o navio se comporta
como um referencial inercial, não afetando o movimento da bola.
Uma vez que os jovens e a mesa de pingue-pongue estão dentro do
navio, que tem velocidade constante e move-se em linha reta, esse se
comporta como um referencial inercial. Assim, não haverá diferença no
movimento da bola.
Segunda Lei de Newton – Princípio Fundamental da
Dinâmica
Matematicamente, expressamos a
Para melhor analisarmos situações
Segunda Lei de Newton da seguinte
em que o corpo não está em
forma:
equilíbrio ou em inércia, utilizamos
𝐹Ԧ𝑅 = 𝑚 ∙ 𝑎Ԧ
a 2ª Lei de Newton ou Princípio
Fundamental da Dinâmica. Esta
𝐹Ԧ𝑅 – força resultante, ou seja, soma
enuncia que:
vetorial de todas as forças aplicadas
A força resultante que atua sobre sobre um corpo, em Newton (N).
um corpo é igual ao produto de 𝑚 – massa, em quilograma (kg).
sua massa pela aceleração.
𝑎Ԧ – aceleração em 𝑚Τ𝑠 2 .
(Fuvest) Um veículo de 5,0 kg descreve uma trajetória retilínea que
obedece à seguinte equação horária: s = 3t2 + 2t + 1, em que s é medido
em metros e t em segundos. O módulo da força resultante sobre o
veículo vale:
A. 30 N.
B. 5 N.
C. 10 N.
D. 15 N.
E. 20 N.
Correção
(Fuvest) Um veículo de 5,0 kg descreve uma trajetória retilínea que obedece à
seguinte equação horária: s = 3t2 + 2t + 1, em que s é medido em metros e t em
segundos. O módulo da força resultante sobre o veículo vale:
A. 30 N. Da equação horária, é possível extrair informações. Como desejamos
obter o módulo da força resultante e já temos a informação sobre a
B. 5 N.
massa, é preciso saber a aceleração.
C. 10 N. Assim:
𝑎𝑡 2
D. 15 N. 𝑠 = 𝑠0 + 𝑣𝑜 𝑡 + → 𝑠 = 3𝑡 2 + 2𝑡 + 1
2
Sabe-se que a variável que multiplica o quadrado do tempo na função
E. 20 N. horária é a metade do valor da aceleração. Assim:
𝑎 2
= 3 → 𝑎 = 6 𝑚/𝑠
2
Então, pode-se determinar o módulo da força resultante:
𝐹 = 𝑚 ∙ 𝑎 = 5 ∙ 6 → 𝐹 = 30 𝑁
Forças aplicadas a um corpo
A partir do Princípio Fundamental da No entanto, quando as forças aplicadas
Dinâmica, os movimentos a um corpo são de mesma intensidade,
desempenhados no cotidiano mesma direção e sentidos opostos, a
acontecem, uma vez que forças são força resultante é nula. Assim:
imprimidas em um corpo que ganha 𝐹Ԧ𝑅 = 𝑚 ∙ 𝑎Ԧ → 0= 𝑚 ∙ 𝑎Ԧ → 𝑎Ԧ = 0
aceleração e pode se mover a partir do Isso pode significar duas situações:
repouso ou sair do movimento • O corpo está em repouso.
uniforme. Matematicamente,
• O corpo está em movimento uniforme.
entende-se que o vetor aceleração e o
vetor força resultante vão apresentar 𝐹Ԧ 𝐹Ԧ
sempre a mesma direção e o mesmo 𝑚
sentido.
Força resultante
A força resultante é a soma vetorial de todas as forças aplicadas em um corpo.
Vejamos como obter o módulo da força resultante nos casos seguintes:

• Forças de mesma direção e • Forças de mesma direção e sentidos


sentido opostos
𝐹Ԧ1
𝐹Ԧ1
𝐹Ԧ2
𝑚 𝐹Ԧ𝑅
𝑚 𝐹Ԧ2
𝐹Ԧ𝑅

𝐹𝑅 = 𝐹1 − 𝐹2 já que 𝐹1 > 𝐹2
𝐹𝑅 = 𝐹1 + 𝐹2

Continua...
Força resultante
• Forças perpendiculares • Forças entre as quais há um ângulo 𝜃

𝐹Ԧ1 𝐹Ԧ𝑅 𝐹Ԧ2 𝐹Ԧ𝑅

𝐹Ԧ2 𝜃
𝐹Ԧ1

𝐹𝑅 = 𝐹12 + 𝐹22 𝐹𝑅 = 𝐹12 + 𝐹22 + 2𝐹1 ∙ 𝐹2 ∙ cos 𝜃


(FCC) Um corpo de massa igual a 2,0 kg, que pode deslizar sobre uma
superfície plana, está sujeito a um sistema de forças representado
abaixo. Sabendo-se que nenhuma outra força atua sobre o corpo, qual é
a intensidade da sua aceleração?
A. 2,5 𝑚/𝑠 2 .
B. 2,0 𝑚/𝑠 2 .
C. 1,5 𝑚/𝑠 2 .
D. 1,0 𝑚/𝑠 2 .
E. 0,5 𝑚/𝑠 2 .
Correção
A. 2,5 𝑚/𝑠 2 . No plano fornecido, cada dois quadradinhos
B. 2,0 𝑚/𝑠 2 . equivale a 1,0 N. Em ambos os eixos, temos forças
de mesma direção e sentidos opostos. Assim:
C. 1,5 𝑚/𝑠 2 .
𝐹𝑅𝑦 = 𝐹1 − 𝐹3 = 2 − 2 → 𝐹𝑅𝑦 = 0
D. 1,0 𝑚/𝑠 2 .
𝐹𝑅𝑥 = 𝐹2 − 𝐹4 = 2,5 − 1,5 → 𝐹𝑅𝑥 = 1,0 𝑁
E. 𝟎, 𝟓 𝒎/𝒔𝟐 .
Desse modo, a força resultante equivale a 1,0 N.
Para calcular a aceleração, utilizamos a equação da
força:
𝐹 1
𝐹 =𝑚∙𝑎 →𝑎 = = → 𝑎 = 0,5 𝑚/𝑠 2
𝑚 2
Exercícios – copiar e responder no caderno
1) Um corpo de 4kg de massa está 2) Um bloco de 5kg que desliza sobre
submetido à ação de uma força um plano horizontal está sujeito às
resultante de 15N. A aceleração forças F = 15N, horizontal para a
adquirida pelo corpo na direção direita e f = 5N, força de atrito
desta resultante é em m/s²: horizontal para a esquerda. A
a) 2,25 aceleração do corpo é:
b) 1,35 a) 2 m/s²
c) 4,25 b) 3 m/s²
d) 2,85 c) 5 m/s²
e) 3,75 d) 7 m/s²
e) 10 m/s²
Gabarito
1) E
2) A
3ª Lei de
Newton
3a Lei de Newton – Princípio da Ação e Reação
De acordo com a proposição de Newton, formula-se o Princípio da Ação e
Reação da seguinte forma:

Para toda força de ação sobre um


corpo, surge uma força de reação
no outro corpo, de mesma 𝐹Ԧ 𝐹Ԧ𝐴,𝐵 (𝑎çã𝑜)
intensidade, mesma direção, mas 𝐴 𝐵
𝐹Ԧ𝐵,𝐴 (𝑟𝑒𝑎çã𝑜)
com sentido oposto.

Pode-se denominar par ação e reação, o par de forças de mesma


intensidade, mesma direção e sentidos opostos, em que um deles
seja reação da ação do outro.
Conclusões do Princípio da
Ação e Reação
1. Toda força surge da interação entre dois corpos,
portanto, sempre surge em pares de ação e reação. Recuo da canoa devido à força
do caminhar
2. As forças de ação e reação sempre surgem
simultaneamente e com a mesma intensidade,
entretanto, a consequência de sua ação em cada um
dos corpos pode ser diferente. Quando dois corpos
colidem, um deles pode sofrer maior deformação do
que o outro, ou ainda sofrer maior aceleração. Por
exemplo, um soco em uma parede traz maiores Recuo da arma ao disparar um
consequências para a mão do que para a parede. projétil
(UFMG) A Terra atrai um pacote de arroz com uma força de 49 N. Pode-
se, então, afirmar que o pacote de arroz:
A. atrai a Terra com uma força de 49 N.
B. atrai a Terra com uma força menor do que 49 N.
C. não exerce força nenhuma sobre a Terra.
D. repele a Terra com uma força de 49 N.
E. repele a Terra com uma força menor do que 49 N.
Correção O Princípio da Ação e Reação
(UFMG) A Terra atrai um pacote de arroz estabelece que para toda força de
ação sobre um corpo, surge uma
com uma força de 49 N. Pode-se, então,
força de reação. Essa força de
afirmar que o pacote de arroz: reação terá a mesma intensidade,
A. atrai a Terra com uma força de 49 N. a mesma direção e sentido oposto
B. atrai a Terra com uma força menor do à força de ação.
que 49 N. A Terra atrai o pacote de arroz
com uma força de 49 N na direção
C. não exerce força nenhuma sobre a
vertical e o sentido para baixo. A
Terra. reação será o pacote de arroz
D. repele a Terra com uma força de 49 N. atrair a Terra com uma força de
E. repele a Terra com uma força menor do mesma intensidade, mesma
que 49 N. direção e sentido oposto.
3a Lei de Newton – Pares ação e reação
É importante ressaltar que a ação e a
reação estão sempre aplicadas em
corpos diferentes. É por essa razão que
pares ação e reação não se anulam.
Essa premissa é diferente de haver
duas forças distintas com a mesma
intensidade, mesma direção e sentidos
Par ação (corpo B) e reação (corpo A) do
opostos agindo no mesmo corpo. lançamento de um projétil por meio de um
Neste segundo caso, não se trata de canhão. A linha de ação das forças passa pelo
centro dos corpos
um par ação e reação.
3a Lei de Newton – Pares ação e reação
Dois patinadores encontram-se em repouso sobre uma A B
pista. Ao se empurrarem, o patinador B entra em
movimento para a direita e o patinador A, para a esquerda.
A velocidade de ambos variou devido à aplicação de
forças.
O patinador A aplicou uma força no patinador B com A B
direção horizontal para a esquerda, e o patinador B aplicou
uma força no patinador A na direção horizontal para a
direita, formando um par ação e reação.
Como esse par age em corpos diferentes, as forças não se
anulam, caso contrário nenhum deles sairia do lugar.
(Fatec-SP) Julgar:
I. Um atleta arremessa uma bola para a frente exercendo nela uma força de
100N; simultaneamente a bola exerce no atleta uma força oposta de igual
intensidade.
II. Necessariamente a reação da bola sobre o atleta acelera este para trás.
III. Nas interações entre os corpos, as forças de ação e reação se equilibram.
A. somente I está correta
B. somente I e II estão corretas
C. as três afirmações estão corretas
D. as três afirmações estão erradas
E. nenhuma afirmação está correta.
Correção
II – Incorreta. A força de reação irá tender a causar
A. somente I está uma aceleração no atleta para traz, no entanto,
correta devemos lembrar que há outras forças presentes no
corpo do atleta, por exemplo, a força de atrito de seu
B. somente I e II estão
tênis com o chão. Dependendo da resultante dessas
corretas forças no momento do arremesso, ele poderia ou
C. as três afirmações não ter o corpo acelerado para trás.
estão corretas III – Incorreta. A bola sofre a força de ação e o atleta
a força de reação, como cada uma delas age em um
D. as três afirmações corpo diferente, não tem sentido falar em equilíbrio
estão erradas dessas forças. Elas podem ser somadas produzindo
E. nenhuma afirmação uma resultante nula; isso só faria sentido se ambas
está correta. as forças atuassem no mesmo corpo.
Retomando a situação inicial da aula, faça uma pesquisa de como o
Princípio da Ação e Reação pode explicar o movimento de lançamento
de um foguete.
Quiz
https://create.kahoot.it/details/535a3ba9-2874-4d84-8b29-
7bf456b6dd59
Física

Forças I

2o bimestre – Aula 5
Ensino Médio
A força peso pode ser calculada a
Força peso partir do produto da massa (m)
Diferente da linguagem cotidiana, pela aceleração da gravidade (g):
massa e peso são conceitos 𝑃 = 𝑚 ∙ 𝑔Ԧ
diferentes. Enquanto a massa é a
quantidade de matéria em um 𝑚

corpo, o peso é uma força.


Os corpos próximos à superfície da
𝑃Ԧ
Terra caem com aceleração g = 9,8
Independentemente da posição ou do
m/s2. Isso quer dizer que estão sob movimento do corpo, sua força peso sempre
ação de uma força. Essa força de estará direcionada para o centro do corpo que
exerce atração gravitacional sobre ele.
origem gravitacional é o peso (P).
Continua...
A massa de um corpo não vai se alterar em
Assim, podemos dizer que o peso de função da aceleração da gravidade à qual
esteja submetida, mas sua força peso vai
uma pessoa de massa 50 kg é 500 N,
sofrer alterações.
uma vez que: 𝑃 = 50 ∙ 10 = 500 𝑁,
considerando a aceleração da gravidade
de aproximadamente 10 m/s2.
Como a aceleração da gravidade é
diferente em outros lugares do espaço, o
peso para uma mesma massa também
será diferente.
Considerando que na Lua a aceleração
da gravidade é 𝑔𝑙𝑢𝑎 = 1,6 𝑚/𝑠 2 , o peso
de uma pessoa de 50 kg na Lua será: O peso do astronauta na Lua é menor em comparação
● 𝑃𝑙𝑢𝑎 = 𝑚 ∙ 𝑔𝑙𝑢𝑎 = 50 ∙ 1,6 → 𝑃𝑙𝑢𝑎 = com o seu peso na Terra. Por isso, seu caminhar fica mais
leve e lento
80 N.
𝑁
Continua...

Força normal
𝑚
A força normal (N) é aquela que
surge quando existe o contato
direto entre dois corpos 𝑃Ԧ

impedindo que eles se 𝑁


atravessem. Essa força sempre
𝑚
se apresenta no sentido da 𝑁 𝑚
repulsão entre os corpos e em
direção perpendicular à
superfície. 𝑃Ԧ
𝑃Ԧ
Algumas considerações importantes sobre
a força normal:
• A força normal não tem uma expressão Se não houver contato entre as
superfícies, não haverá força
matemática própria;
normal.
• A força normal é uma força de reação
ao contato entre dois corpos ou do
contato com a superfície;
• A força normal e a força peso atuando
𝑚
em um mesmo corpo não formam um
par de ação e reação, uma vez que
com ambas atuando sobre o mesmo
corpo, não estão de acordo com a 3a 𝑃Ԧ
Lei de Newton.
Considere que um elevador está subindo com aceleração de 0,5 m/s2.
Sobre o piso do elevador há uma pessoa de 60 kg. Qual é a força normal
que o piso do elevador exerce sobre a pessoa? Considere g = 10 m/s2
Correção
Considere que um elevador está subindo com aceleração de 0,5 m/s2. Sobre o
piso do elevador há uma pessoa de 60 kg. Qual é a força normal que o piso do
elevador exerce sobre a pessoa? Considere g = 10 m/s2

No diagrama de corpo livre da situação temos a aceleração do corpo na vertical


para cima, a força peso na vertical para baixo e a força normal do piso na
vertical para cima.
Considerando o referencial positivo do eixo y para cima, tem-se que:
𝐹𝑅 = 𝑚 ∙ 𝑎
𝐹𝑅 = 𝑁 − 𝑃
𝑚∙𝑎 =𝑁−𝑚∙𝑔
𝑁 =𝑚∙𝑎+𝑚∙𝑔
𝑁 = 60 ∙ 0,5 + 60 ∙ 10 = 30 + 600 → 𝑁 = 630 𝑁
Para o estudo dessa força,
Força de tração consideraremos os objetos de
transmissão de força, ou seja, os fios
A humanidade faz o uso de cordas desde ideais, que são:
muito tempo. Elas são utilizadas para • Inextensíveis;
movimentar objetos muito massivos, • De massa desprezível;
grandes e difíceis de serem carregados • Perfeitamente flexíveis;
com a força do próprio corpo. A força • Apresentam apenas a dimensão de
aplicada por meio da corda ao ser comprimento.
tensionada é transmitida diretamente
para o corpo. A transmissão de força que
ocorre por meio de cordas, fios ou barras
rígidas é chamada de força de tração.

Continua...
Além de utilizar cordas ou fios ideais para puxar objetos, é possível
utilizá-las para conectar corpos. Veja a seguir:

Neste caso, temos para o corpo a:


𝑇𝑏,𝑎 = 𝐹𝑅 𝑎
𝑇𝑏,𝑎 = 𝑚𝑎 ∙ 𝑎
Assim como previsto pela 3a Lei de
Newton, como as forças de tração têm Para o corpo b:
mesma intensidade, mesma direção, 𝐹 − 𝑇𝑎,𝑏 = 𝐹𝑅 𝑏
sentidos opostos e agem sobre corpos 𝐹 − 𝑇𝑎,𝑏 = 𝑚𝑏 ∙ 𝑎
diferentes, as forças de tração, nesse
caso, formam um par de ação e reação.
Continua...
Um outro caso comum do uso de fios ideais é o de suspender corpos
por meio de polias. Veja a seguir:

Neste caso, temos para o corpo a:


𝑇𝑏,𝑎 = 𝐹𝑅 𝑎
𝑇𝑏,𝑎 = 𝑚𝑎 ∙ 𝑎

Para o corpo b:
𝑃𝑏 − 𝑇𝑎,𝑏 = 𝐹𝑅 𝑏
𝑃𝑏 −𝑇𝑎,𝑏 = 𝑚𝑏 ∙ 𝑎
A figura a seguir mostra um bloco de 6 kg pendurado em repouso no teto por um
fio ideal. Determine o valor da tração no fio. Considere g = 10 m/s2.
Correção
A figura a seguir mostra um bloco de 6 kg pendurado em repouso no teto por um
fio ideal. Determine o valor da tração no fio. Considere g = 10 m/s2.

A partir do diagrama de corpo livre do bloco, temos


𝑇
forças apenas na vertical, sendo estas a força de tração
e o peso. Assim:
𝐹𝑅 = 𝑇 − 𝑃
𝑚∙𝑎 =𝑇−𝑃
Como o bloco está em repouso, 𝑎 = 0
0=𝑇−𝑃
𝑇=𝑃
𝑇 =𝑚∙𝑔
𝑇 = 6 ∙ 10
𝑇 = 60 𝑁

𝑃Ԧ
Para testar a aplicação de diversos conjuntos de força, manipule
o simulador virtual. Experimente as opções “Net Force” (Força de
tração) e “Motion” (Movimento). Altere as diversas opções de
variáveis e anote suas observações.

Simulador de forças
Virem e conversem 5 MINUTOS

Observe os GIFs a seguir. Quais são as forças envolvidas nesses


movimentos?

Arqueira atirando uma flecha com o arco Carros fazendo curva em estrada
O uso de materiais elásticos propicia o
Força elástica surgimento da força elástica 𝐹Ԧ𝐸𝐿 , que
Como você viu anteriormente, diversos restaura deformações causadas em
materiais podem ser utilizados, a partir materiais.
Assim, a força elástica é responsável pela
de suas propriedades elásticas, para
restauração elástica de corpos como
funções diferentes. O arco e flecha já molas e ligas elásticas.
teve como função a caça, a guerra e, a
partir do século XVII, virou uma
modalidade esportiva. Por outro lado,
materiais mais rígidos, como metais
em formato de mola, também
desempenham funções diversas a
Deformação em um estilingue
partir das suas capacidades de
deformação e de restauração. Continua...
O sinal negativo deve-se ao fato de que o
Lei de Hooke sentido da força elástica é restaurativa, ou
seja, sempre direcionada para o lado oposto
O cientista inglês Robert Hooke (1635 ao sentido da deformação do corpo.
– 1703) estudou o comportamento
A oposição do sentido da força
das molas experimentalmente. Uma
elástica e da deformação pode ser
de suas conclusões foi que a
verificada na ilustração a seguir.
deformação da mola ∆𝑥 dependia
de sua espessura e do seu material,
características posteriormente
representadas pela constante elástica
(k). Matematicamente, a força elástica
é determinada pela Lei de Hooke:

𝐹Ԧ𝐸𝐿 = −𝑘 ∙ ∆𝑥Ԧ
Lei de Hooke - gráfico
O módulo da força elástica é dado por:

𝐹𝐸𝐿 = 𝑘 ∙ ∆𝑥
Lembrando que a deformação da mola
é ∆𝑥 = 𝑥 − 𝑥0 , ou seja, a diferença
entre o comprimento final e o
comprimento inicial da mola ou do
A tangente do ângulo formado pela
material elástico.
reta representa k.
É possível obter a constante elástica 𝐹𝐸𝐿 𝐹𝐸𝐿
(k) de um corpo, a partir da análise do 𝑡𝑔𝜃 = e𝑘=
𝑥 𝑥
gráfico do módulo da força elástica em Então: 𝑡𝑔𝜃 = 𝑘
função da deformação sofrida.
(UERN) A tabela apresenta a força elástica e a deformação de 3 molas
diferentes. Comparando as constantes elásticas dessas 3 molas, tem-se que:

Mola Força Elástica Deformação


(N) (m)
1 400 0,5
2 300 0,3
3 600 0,8

a) K1>K2>K3.
b) K2>K1>K3.
c) K2>K3>K1.
d) K3>K2>K1.
Correção
(UERN) A tabela apresenta a força elástica e a deformação de 3 molas
diferentes. Comparando as constantes elásticas dessas 3 molas, tem-se que:
Força Deformação Utilizando a expressão da força elástica, é possível determinar o
Mola
Elástica (N) (m) valor da constante elástica das molas 1, 2 e 3, e compará-las.
Para a mola 1:
1 400 0,5 𝐹𝐸𝐿 = 𝑘1 ∙ ∆𝑥
400 = 𝑘1 ∙ 0,5
2 300 0,3 400
𝑘1 = 0,5 = 800 𝑁/𝑚
3 600 0,8 Para a mola 2:
𝐹𝐸𝐿 = 𝑘2 ∙ ∆𝑥
300 = 𝑘2 ∙ 0,3
a) K1>K2>K3. 300
𝑘2 = 0,3 = 1000 𝑁/𝑚
b) K2>K1>K3. Para a mola 3:
c) K2>K3>K1. 𝐹𝐸𝐿 = 𝑘3 ∙ ∆𝑥
600 = 𝑘3 ∙ 0,8
d) K3>K2>K1. 600
𝑘3 = 0,8 = 750 𝑁/𝑚
Assim: 𝑘2 > 𝑘1 > 𝑘3
Força resultante centrípeta
A força centrípeta 𝐹𝑐𝑝 é responsável
por manter corpos em trajetórias
curvilíneas. Sem esta força, corpos
desempenhando curvas seguiriam o
movimento em inércia e sairiam pela
tangente. Assim, define-se a força A expressão matemática da força
centrípeta: centrípeta considera a aceleração
como uma força resultante que atua 𝑣2
centrípeta: 𝑎𝑐𝑝 =
sobre corpos em trajetórias curvilíneas, 𝑅
aponta para o centro da trajetória e é Assim, a força centrípeta é dada por:
perpendicular à velocidade tangencial 𝑣2
(v) desempenhada. 𝐹𝑐𝑝 = 𝑚
𝑅
Força centrípeta aplicada
No caso de um corpo em movimento circular, preso a um fio em plano
horizontal, temos a seguinte situação:

A força de tração faz as vezes de


resultante centrípeta, o que significa
que:
𝐹𝑐𝑝 = 𝑇

Assim:
𝑣2
𝑇=𝑚
𝑅
Força centrípeta aplicada
No caso de um corpo passando por No caso de um corpo passando por
uma lombada, temos a seguinte uma depressão, temos a seguinte
situação: situação:

Assim: 𝐹𝑐𝑝 = 𝑃 − 𝑁 Assim: 𝐹𝑐𝑝 = 𝑁 − 𝑃


(CESESP ‒ PE) Um caminhão transporta, em sua carroceria, uma carga de 2,0
toneladas. Determine, em newtons, a intensidade da força normal exercida pela
carga sobre o piso da carroceria quando o veículo, a 30 m/s, passa pelo ponto
mais baixo de uma depressão com 300 m de raio. Dado: g = 10 m/s2.

a) 2,0 ∙ 104 𝑁.
b) 2,6 ∙ 104 𝑁.
c) 3,0 ∙ 104 𝑁.
d) 2,0 ∙ 103 𝑁.
e) 3,0 ∙ 103 𝑁
Correção
(CESESP ‒ PE) Um caminhão transporta, em sua carroceria, uma carga de 2,0
toneladas. Determine, em newtons, a intensidade da força normal exercida pela
carga sobre o piso da carroceria quando o veículo, a 30 m/s, passa pelo ponto
mais baixo de uma depressão com 300 m de raio. Dado: g = 10 m/s2.

a) 2,0 ∙ 104 N.
Uma vez que esta é uma situação de um corpo passando por um
b) 𝟐, 𝟔 ∙ 𝟏𝟎𝟒 𝐍. vale, tem-se que:
c) 3,0 ∙ 104 N. 𝐹𝑐𝑝 = 𝑁 − 𝑃
𝑚𝑣 2
𝑁 − 𝑚𝑔 =
d) 2,0 ∙ 103 N. 𝑅
302
𝑁 − 2,0 ∙ 10 ∙ 10 = 2,0 ∙ 103 300
3
e) 3,0 ∙ 103 N.
𝑁 = 2,6 ∙ 104 𝑁
A atração denominada “globo da
morte” é famosa em diversos
circos pelo mundo. Nela,
motociclistas dão voltas
completas dentro do globo.
Explique como eles conseguem
fazer essas curvas sem cair.
Para saber mais sobre as forças
Motociclistas na atração “globo da
envolvidas nessa prática, você
morte” em um circo
pode acessar o vídeo a seguir.

A física do globo da morte


Observe o gif a seguir.
Faça uma pesquisa sobre o
esporte curling e qual é a
razão pela qual os atletas
dessa modalidade fazem
esse movimento de varrer o
gelo no trajeto em que a
pedra deslizará.
Atletas jogando curling

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Características importantes da força
Força de atrito de atrito:
• depende do tipo de superfície, mas
Sabemos, tacitamente, que em
não da área de contato entre a
superfícies lisas os corpos tendem a
superfície e o corpo;
sofrer deslizamentos e
• é proporcional à força normal que
escorregamentos mais facilmente, ao
a superfície realiza sobre o corpo;
passo que em superfícies mais
• opõe-se ao movimento ou à
rugosas o movimento é mais
tendência de movimento.
aderente ou dificultado. A força de
Desta última característica, sabemos
contato que se opõe ao movimento
que a força de atrito pode ser
ou à tendência de movimento e
estática, antes de acontecer o
depende do tipo de superfície de
movimento, ou dinâmica (ou cinética),
contato é a força de atrito 𝑭𝒂𝒕 . que ocorre durante o movimento.
Força de atrito estático
A força de atrito estático é aquela que
surge do contato entre superfícies e se A intensidade da força de atrito
opõe à tendência do movimento. Ao estático máxima é dada pela
empurrar uma geladeira, por exemplo, é expressão:
necessário empenhar sobre ela uma força 𝐹𝑎𝑡𝐸 = 𝜇𝐸 . 𝑁
que, inicialmente, não irá movimentá-la. Ao
aumentarmos essa força, é possível Sendo 𝜇𝐸 o coeficiente de
perceber que a geladeira cede e inicia o atrito estático, uma grandeza
movimento. adimensional associada à
Na iminência do movimento, temos o que é superfície onde o possível
chamado de atrito estático máximo. movimento ocorrerá.
Força de atrito dinâmico
● Seguindo o exemplo anterior, uma vez que a força
aplicada à geladeira vence o atrito estático, os corpos
passam a deslizar entre si e ocorre o movimento.
A partir daí, tem-se o atrito dinâmico ou cinético,
matematicamente expresso por:
● 𝐹𝑎𝑡𝐷 = 𝜇𝐷 . 𝑁 Transição do atrito estático
para o dinâmico
𝑣Ԧ

Sendo 𝜇𝐷 o coeficiente de atrito dinâmico,


uma grandeza adimensional associada à
superfície onde o movimento ocorrerá.
Atrito estático x atrito dinâmico
● A partir da imagem a seguir, entendemos que o
atrito estático se estabelece a partir da força
externa que tende a colocar o corpo em
movimento. O valor do atrito estático cresce
igualando-se à força externa até atingir um valor
máximo, chamado de atrito estático máximo (𝐹𝑎𝑡𝐸 ).
Na iminência do movimento, temos o atrito estático
máximo, quando a força externa ultrapassa esse
valor, o movimento do corpo tem início e a força de
atrito assume um valor constante, menor do que o
valor de 𝐹𝑎𝑡𝐸 , chamado de atrito dinâmico (𝐹𝑎𝑡𝐷 ).
Continua...
● Podemos dizer que é mais difícil vencer o atrito estático para iniciar o
movimento do que manter o estado de movimento.
● 𝜇𝐸 > 𝜇𝐷

Materiais 𝜇𝐸 𝜇𝐷
Madeira sobre madeira 0,4 0,2
Gelo sobre gelo 0,1 0,03
Borracha sobre cimento 1 0,8
Aço sobre aço (seco) 0,8 0,6
Aço sobre aço (molhado) 0,1 0,05
(Fatec) O bloco da figura, de massa 5 kg, move-se com velocidade
constante de 1,0 m/s em um plano horizontal, sob a ação da força F,
constante e horizontal.

Se o coeficiente de atrito entre o bloco e o plano vale 0,20 e a aceleração


da gravidade, 10 m/s2, então o módulo da força F, em Newtons, vale:
A. 25. D. 10.
B. 20. E. 5.
C. 15.
N

Correção F
Fat
A. 25. D. 10.
B. 20. E. 5.
C. 15. P

De acordo com o diagrama de corpo livre, analisaremos as forças nos eixos


x e y.
No eixo y não há movimento, portanto, a força resultante é nula. Assim:
𝐍 − 𝐏 = 𝟎 → 𝐍 = 𝐏 → 𝐍 = 𝐦 ∙ 𝐠 → 𝐍 = 𝟓 ∙ 𝟏𝟎 → 𝐍 = 𝟓𝟎 𝐍
No eixo x há a força de atrito contrária ao movimento e a força F no sentido
do movimento, como a velocidade é constante, 𝐅𝐑 = 0. 𝐀𝐬𝐬𝐢𝐦:
𝐅𝐑 = 𝐅 − 𝐅𝐚𝐭 → 𝐦 ∙ 𝐚 = 𝐅 − 𝛍𝐝 ∙ 𝐍 → 𝟓 ∙ 𝟎 = 𝐅 − 𝟎, 𝟐 ∙ 𝟓𝟎
𝟎 = 𝐅 − 𝟏𝟎 → 𝐅 = 𝟏𝟎 𝐍
Plano inclinado
● Uma das máquinas simples mais utilizadas
cotidianamente é o plano inclinado, como
rampas, esteiras rolantes e escadarias, e que
consiste em uma superfície inclinada em um
certo ângulo (<90º) com relação à horizontal.

Quando um corpo está em um plano inclinado


sem atrito, este está sujeito às forças normal
e peso. No entanto, essas forças não têm a
mesma intensidade como na superfície plana.
Para analisar essa situação é necessário
decompor a força peso.
Plano inclinado sem atrito
● Decompondo a força peso nos Decompondo a força peso nos
eixos x e y com relação ao plano eixos x e y com relação ao plano
inclinado, temos o seguinte: inclinado, temos o seguinte:
𝑃𝑥 = 𝑃 ∙ sen 𝜃
𝑃𝑦 = 𝑃 ∙ cos 𝜃

Assim, temos que para o plano


inclinado sem atrito:
𝑁 = 𝑃𝑦
𝑁 = 𝑃 ∙ cos 𝜃
Assim, analisemos as forças
Plano inclinado com atrito em cada eixo. No eixo x:
● No plano inclinado com atrito 𝐹𝑅 = 0 (a=0), então 𝐹𝑎𝑡𝐸 = 𝑃𝑥
podemos ter ou não movimento. No caso 𝜇𝐸 . 𝑁= 𝑃 ∙ sen 𝜃 (I)
do corpo estar na iminência de
movimento, temos atrito estático No eixo y:
máximo. 𝑁 = 𝑃𝑦
𝑁 = 𝑃 ∙ cos 𝜃 (II)

Substituindo (II) em (I)


𝜇𝐸 . 𝑃 ∙ cos 𝜃 = 𝑃 ∙ sen 𝜃
sen 𝜃
𝜇𝐸 =
cos 𝜃
𝜇𝐸 = tan 𝜃 Continua...
Assim, analisemos as forças em
Plano inclinado com atrito cada eixo. No eixo x:
𝐹𝑅 = 𝑚 ∙ 𝑎, então 𝑃𝑥 − 𝐹𝑎𝑡𝐷 = 𝑚 ∙ 𝑎
● No caso do corpo se movimentar 𝑃 ∙ sen 𝜃 − 𝜇𝐷 . 𝑁 = 𝑚 ∙ 𝑎
com atrito sobre o plano inclinado, 𝑚 ∙ 𝑔 ∙ sen 𝜃 − 𝜇𝐷 . 𝑁 = 𝑚 ∙ 𝑎 (I)
deve-se considerar o atrito dinâmico.
No eixo y:
𝑁 = 𝑃𝑦
𝑁 = 𝑃 ∙ cos 𝜃
𝑁 = 𝑚 ∙ 𝑔 ∙ cos 𝜃 (II)

Substituindo (II) em (I)


𝑚 ∙ 𝑔 ∙ sen 𝜃 − 𝜇𝐷 . 𝑚 ∙ 𝑔 ∙ cos 𝜃 = 𝑚 ∙ 𝑎
𝑎 = 𝑔(sen 𝜃 − 𝜇𝐷 ∙ cos 𝜃)
(UNIFOR-CE) Um bloco de massa de 4,0 kg é abandonado num plano
inclinado de 37o com a horizontal com o qual tem coeficiente de atrito
0,25. A aceleração do movimento do bloco é, em m/s2:
Dados: g = 10 m/s2; sen 37o = 0,60; cos 37o = 0,80.
A. 2,0.
B. 4,0.
C. 6,0.
D. 8,0.
E. 10.
Correção Este é um caso de um corpo deslizando
com atrito em um plano inclinado.
A. 2,0. Analisemos as forças em cada eixo.
𝐅𝐑 = 𝐦 ∙ 𝐚, então 𝐏𝐱 − 𝐅𝐚𝐭𝐃 = 𝐦 ∙ 𝐚
B. 4,0. 𝐏 ∙ 𝐬𝐞𝐧 𝟑𝟕° − 𝛍𝐃 . 𝐍 = 𝐦 ∙ 𝐚
𝐦 ∙ 𝐠 ∙ 𝐬𝐞𝐧𝟑𝟕° − 𝛍𝐃 . 𝐍 = 𝐦 ∙ 𝐚 (I)
C. 6,0.
D. 8,0. No eixo y:
𝐍 = 𝐏𝐲
E. 10.
𝐍 = 𝐏 ∙ 𝐜𝐨𝐬 𝟑𝟕°
𝐍 = 𝐦 ∙ 𝐠 ∙ 𝐜𝐨𝐬 𝟑𝟕° (II)

Substituindo (II) em (I)


𝐦 ∙ 𝐠 ∙ 𝐬𝐞𝐧 𝟑𝟕° − 𝛍𝐃 . 𝐦 ∙ 𝐠 ∙ 𝐜𝐨𝐬 𝟑𝟕° = 𝐦 ∙ 𝐚
𝐚 = 𝟏𝟎(𝟎, 𝟔𝟎 − 𝟎, 𝟐𝟓 ∙ 𝟎, 𝟖𝟎) → 𝐚 = 𝟒 𝐦Τ𝐬𝟐
Para colocar em prática os conhecimentos desta aula, acesse o
simulador on-line disponível no link a seguir. Você pode manipular a
força aplicada ao corpo, bem como a superfície, visualização de vetores
e entre outros marcadores. Registre como o diagrama de corpo livre se
diferencia quando a caixa está na superfície horizontal e no plano
inclinado. Escreva em seu caderno as equações de cada eixo a partir
de marcadores escolhidos por você.

Simulador “Rampa: forças e movimento”

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