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Teses Trabalhistas

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Principais teses processuais

Não quantificação dos pedidos


• Situação ensejadora: petição inicial que não traz valor aos pedidos
• Fundamento: art. 840, §1º e §3º da CLT

MODELO:
DA PRELIMINAR DE EXTINÇÃO POR NÃO QUANTIFICAÇÃO DOS
PEDIDOS

O Reclamante alega que a liquidação dos pedidos não é requisito da


petição inicial. E, em razão disso, apresenta apenas valor estimado, indicando
“a calcular” ou “apurado em liquidação de sentença”.
Porém o legislador for expresso neste aspecto ao fazer constar no art.
840, § 1º da CLT: “Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação
do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte
o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de
seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.” E,
seu parágrafo terceiro é claro em estabelecer que os pedidos que não atendam
aos requisitos serão julgados extintos sem resolução do mérito.
Trata-se de alteração que busca maior responsabilidade do Reclamante
ao elencar seus pedidos, bem como para que sejam adequados à situação
efetivamente apresentada.
Diante do exposto, requer a extinção sem resolução de mérito do feito,
por não ter o Reclamante atribuído o valor efetivamente pretendido em seus
pedidos.

Inépcia da inicial
• Situação ensejadora:
✓ Falta de pedido ou causa de pedir
✓ Da narração dos fatos não resulta logicamente o pedido
✓ Pedidos incompatíveis
• Fundamento: art. 330 do CPC

MODELO:
PRELIMINARMENTE - DA INÉPCIA DA INICIAL

Inicialmente, a observa-se que careceu o Reclamante de explicar a


causa de pedir para o pedido de diferença salarial, não tendo indicado
paradigma para a equiparação salarial, a justificar tal pedido, apenas
mencionando que:

“como realizava as mesmas atividades que seu colega, requer


a equiparação salarial, com a condenação da reclamada ao
pagamento de diferença salarial”

Assim, não tendo apresentado a causa de pedir, a petição inicial é


inepta, consoante art. 330 do CPC, in verbis:

Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:


I - for inepta;
(...);
§ 1o Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em
que se permite o pedido genérico;
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.

Ressalta-se que tais matérias obstam o direito ao contraditório e


ampla defesa, bem como o julgamento dos pedidos da presente.
Diante do exposto, o pedido de diferença salarial deve ser extinto sem
resolução de mérito, com fulcro no art. 485, I do CPC.

Ilegitimidade
• Situação ensejadora: Inclusão de alguém que não é o empregador ou
que não tem responsabilidade solidária ou subsidiária
• Fundamento: Art. 2º da CLT

MODELO:
DA PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA

O Reclamante inclui no polo passivo a Reclamada XXXXXXXX,


porém, não há qualquer responsabilidade desta Reclamada para com os
pedidos que são apresentados.
Na sua contratação a Reclamada adimpliu todas a verbas, não tendo
nenhuma responsabilidade por eventuais contratações de terceiros.
Vale destacar que, para figurar no polo passivo, há que se ter
legitimidade, assim entendida como a pessoa que tem responsabilidade pelas
obrigações pretendidas na inicial, o que não ocorre no presente caso, devendo
de imediato ser excluída do polo passivo a quarta Reclamada.
Nesse sentido:

ILEGITIMIDADE PASSIVA. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM


RESOLUÇÃO DO MÉRITO . Constatado que a empresa
reclamada não era quem contratava os serviços da reclamante,
deve ser declarada sua ilegitimidade passiva para integrar a
ação. Nesta hipótese, impõe-se a extinção do feito sem resolução
do mérito, nos termos do inciso VI do art. 485 do CPC. Provimento
negado.
(TRT da 4ª Região, 4ª Turma, 0020909-95.2017.5.04.0304 RO, em
14/12/2018, Desembargadora Ana Luiza Heineck Kruse)

Diante do exposto, reque a extinção do processo sem julgamento do


mérito, nos termos do preceituado no artigo 485, VI do NCPC, por ser esta
medida de direito e LÍDIMA JUSTIÇA!

Ônus da Prova
• Situação ensejadora: Ônus da prova da parte adversa
• Fundamento: art. 818 da CLT

MODELO:
DO ÔNUS DA PROVA SOBRE A REALIZAÇÃO DAS HORAS EXTRAS

O reclamante alega que trabalhava durante 1 hora a mais de segunda


a sexta feira, totalizando o total de 5 horas extras durante a semana.
Ocorre que pretensão não procede, pois tais horas extraordinárias
nunca foram realizadas.
O reclamante não acostou nenhum documento que comprovasse tal
alegação, e o da prova cabe ao reclamante, conforme preceitua o
artigo 818 da CLT.
A reclamada possui apenas 6 funcionários, não estando obrigada a
manter o controle de horário, conforme art. 74 da CLT, in verbis:

Art. 74. O horário de trabalho será anotado em registro de


empregados.
§ 2º Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadores
será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em
registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções
expedidas pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do
Ministério da Economia, permitida a pré-assinalação do período de
repouso.

Nesse sentido:

HORAS EXTRAS. REGISTROS HORÁRIOS.


ESTABELECIMENTOS COM MENOS DE 10 EMPREGADOS .
Segundo o disposto no § 2º do art. 74 da CLT, constitui obrigação
do empregador efetuar o registro da jornada de trabalho sempre que
seu estabelecimento contar com mais de dez empregados. Em
estabelecimento que conta com menos de 10 empregados é
inexigível a manutenção de registros de horários escritos, motivo
pelo qual é da parte autora o ônus de demonstrar a prestação de
trabalho no horário apontado na inicial.
(TRT da 4ª Região, 2ª Turma, 0021599-42.2017.5.04.0202 ROT, em
12/06/2019, Desembargadora Brigida Joaquina Charao Barcelos)

Assim, resta com o reclamante, o dever indeclinável de coprovar as


alegações trazidas na sua peça de ingresso, ou seja, de desincumbir do
ônus probandi que lhe é imposto, pela regra do art. 818 da CLT c/c art. 373,
inciso I do CPC.

Prescrição
• Situação ensejadora:
✓ + de 2 anos do término do contrato
✓ + de 5 anos de contratação (ao ajuizamento)
• Fundamento: art. 11 da CLT

MODELO:
DA PRESCRIÇÃO TOTAL

A presente ação foi ajuizada em 31/05/2019, sendo que a rescisão


do contrato de trabalho se deu em 26/01/2015. Logo, a ação foi ajuizada
após dois anos da extinção do contrato, incidindo, pois, a prescrição total, nos
termos do art. 11 da CLT e art. 7º, XXIX da CRFB:
Art. 11, CLT A pretensão quanto a créditos resultantes das relações
de trabalho prescreve em cinco anos para os trabalhadores urbanos
e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de
trabalho.

Art. 7º, XXIX, CRFB - ação, quanto aos créditos resultantes das
relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a
extinção do contrato de trabalho;

Diante do exposto, requer a declaração da prescrição total quanto à


relação contratual mantida com a quarta Reclamada, e consequente extinção
com resolução de mérito do feito, nos termos do art. 487, II do CPC.

DA PRESCRIÇÃO PARCIAL

Ademais, não sendo acolhida a prescrição bienal, requer seja


reconhecida a prescrição quinquenal, pois a ação foi ajuizada em 31/05/2019,
sendo que o Reclamante alega que foi contratado em 15/07/2008, logo
somente poderá buscar verbas que retroagem até cinco anos ao ajuizamento
da presente ação, ou seja, até 31/05/2014, nos termos do art. 11 da CLT e da
Súmula 308, I do TST.

Súmula nº 308 do TST


PRESCRIÇÃO QÜINQÜENAL (incorporada a Orientação
Jurisprudencial nº 204 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e
25.04.2005
I. Respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a
prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões
imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do
ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao quinquênio da
data da extinção do contrato.

Diante do exposto, requer a extinção dos pedidos anteriores a


31/05/2014, com resolução de mérito, declarando-se a prescrição parcial, nos
termos do art. 487, II da CLT.
Cerceamento de defesa
• Situação ensejadora: Vedação de produção de prova
• Fundamento: princípio do contraditório e ampla defesa

MODELO:
PRELIMINARMENTE – DO CERCEAMENTO DE DEFESA

O magistrado deferiu o pagamento de horas extras, sem contudo


possibilitar a defesa da reclamada.
Logo, houve cerceamento de defesa pelo indeferimento da prova
testemunal, nos termos do Art. 5º, LV, CF/88.
Nesse sentido:

NEGATIVA AO PEDIDO DE PRODUÇÃO DE PROVA


TESTEMUNHAL. CERCEAMENTO DE DEFESA. O indeferimento
da produção de prova testemunhal a respeito de questões fáticas
controvertidas acarreta a nulidade do processo por cerceamento de
defesa, sendo necessário o retorno dos autos à Vara de origem para
renovação do ato e o regular processamento do feito.

(TRT da 4ª Região, 8ª Turma, 0020613-33.2018.5.04.0403 ROT, em


15/05/2020, Desembargador Gilberto Souza dos Santos)

Diante do exposto, requer seja declarada a nulidade processual, retornando


os autos para a origem para a realização da prova testemunhal.

Intempestividade – ausência de preparo


• Situação ensejadora: recurso intempestivo ou sem o preparo
• Fundamento: prazo do recurso e necessidade de preparo (custas e
depósito recursal)

MODELO:
PRELIMINAR DE INTEMPESTIVIDADE
Inicialmente, inconformado o recorrente, 15 dias após haver sido
notificado da decisão de improcedência dos pedidos, apresentou a medida
jurídica cabível para tentar revertê-la.
Ocorre que o prazo para a interposição de recurso ordinário é de 08
dias, nos termos do art. 895, I da CLT. Assim, não deve ser conhecido o
presente recurso, por intempestivo.

PRELIMINAR DE DESERÇÃO

O juiz prolatou sentença de improcedência total dos pedidos, com


custas fixadas em R$ 500,00. Inconformado, xxxxxx recorreu, sem juntar
qualquer documento.
Assim, é deserto o recurso, pois deveria o recorrente ter recolhido as
custas, já que sua ação foi julgada improcedente, devendo comprovar o
recolhimento no prazo do recurso, nos termos do art. 789, II e §1º da CLT.
Assim, não deve ser conhecido o presente recurso, por ser deserto.

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