traduzido - hacia la vida & andes - final
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Link: https://hacialavida.noblogs.org/revuelta-en-la-region-peruana-entrevista-a-ls-
companers-de-editorial-ande/
1
Caudilho pode ser compreendido como “chefe” ou “liderança”. [NT]
2
https://www.editorialande.com/. O grupo se apresenta como “uma editora comunista que traduz, edita,
imprime e publica livros de distintos gêneros e saberes de diferentes partes do mundo, sempre vinculados
a pensar a sociedade e buscar transformá-la”.
fornece informações cruciais e uma lúcida análise da situação na
região peruana, contextualizando nacional e internacionalmente o
atual ciclo de protestos, explicando sua gênese, avaliando seus
limites e projeções, esclarecendo o panorama da luta de classes em
geral, incluindo as disputas internas da classe capitalista e seus
representantes políticos de direita e esquerda.
Incentivamos sua leitura, discussão e difusão.
3
O “S/” refere-se ao sol (plural em castelhano: soles; plural em português: sóis), que é a unidade
monetária (moeda) do Peru. [NT]
4﹘ Temos visto que a imprensa burguesa tem sido
particularmente hostil com as manifestações (“Isso é
terrorismo”, “Polícia defenda Peru”, “É violência política, não
é protesto social”, são algumas das manchetes que se tem
visto depois da marcha para Lima). Há elementos específicos
que expliquem este comportamento ou é apenas a
continuidade de seu tradicional papel criminalizador?
A imprensa atual no Peru, como em grande parte da América Latina, é controlada e
concentrada por um punhado de famílias. O Grupo El Comercio da família Miró
Quesada controla aproximadamente 80% da imprensa escrita e dominam 28% dos
meios disponíveis na leitura digital. Em dois de seus periódicos mais midiáticos como
são o Perú 21 e Trome, se tem acusado diretamente os trabalhadores que protestam de
terroristas. O veículo de extrema-direita Willax, pertencente à corporação Erasmo
Wong, é inclusive mais recalcitrante ao “terruquear”4, pedindo abertamente que se
“atire na cabeça” dos manifestantes. A partir dessa cantareira de grupos de imprensa
constituída e intimamente vinculada à grande burguesia do Peru, vem-se difundindo a
ideia de que qualquer pessoa que se manifesta é um vândalo ou terrorista. Essa postura
não é senão a expressão de seus interesses de classe “tradicionais” em um momento de
agudização da luta de classes. Assim como os níveis repressivos estão agudizando
frente à irrupção do proletariado, o papel da grande imprensa tem tido um movimento
análogo, tentando dar legitimidade à repressão estatal frente à opinião pública. Então, o
principal elemento para explicar a postura da grande imprensa é o próprio processo de
luta e o espanto que gera nos setores burgueses a ação direta dos trabalhadores.