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A Constituição Federal prevê no art. 22, XXIV que a União possui competência privativa para fixar as
diretrizes e bases da educação nacional, logo os Municípios não possuem competência para editar lei
proibindo a divulgação de material com referência a “ideologia de gênero” nas escolas municipais. Logo, a
Lei municipal 1.516/2015 é formalmente inconstitucional.
Além disso, essa lei municipal é materialmente inconstitucional porque viola dois princípios relacionados
com o ensino a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber (art.
206, II, CF/88); e o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas (art. 206, III, CF/88).
Essa lei contraria ainda um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, que é a
promoção do bem de todos sem preconceitos (art. 3º, IV, CF/88).
Por fim, a lei não cumpre com o dever estatal de promover políticas de inclusão e de igualdade,
contribuindo para a manutenção da discriminação com base na orientação sexual e identidade de gênero.
V – MEDIDA CAUTELAR
A possibilidade de concessão da medida cautelar em sede de ADPF se
encontra no art. 5º, § 3º, da Lei 9.882/99.
A fumaça do bom direito está presente pois foram violados preceitos
fundamentais como objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil,
o art 22, XXIV da CRFB e o 206,II, III.
Já o perigo na demora se faz presente, visto que ha lesão a preceito
fundamental.
Requer a sustação dos os efeitos da Lei nº 1516/2015, até decisão final.
DOS PEDIDOS
Ante o exposto requer:
a) que seja concedida a medida cautelar na forma do art. 5º, § 3º, da Lei 9.882/99 para
sustar a eficácia da lei 1516/2015
b) A Procedência da arguição de descumprimento de preceito fundamental para que seja
reconhecida a inconstitucionalidade da Lei nº 1516/2015
c) que seja ouvido o Procurador-Geral da República, conforme o art.7°, parágrafo único, da
Lei 9882/99;
c) que seja ouvida a Câmara Municipal de Alfa, de acordo com o art.6°, da Lei 9882/99;
d) a juntada dos documentos anexos, consoante o art.3°, parágrafo único, da Lei 9882/99.
Da à causa o valor de...
Pede deferimento.
Local... Data
Advogado... OAB
PEÇA PROCESSUAL
A Lei Federal nº 13.467/2017 alterou a redação do art. 394-A da CLT dispondo no inciso II e III que: “ Sem
prejuízo de sua remuneração, nesta incluído o valor do adicional de insalubridade, a empregada deverá ser
afastada: II – das atividades consideradas insalubres em grau médio ou mínimo, quando apresentar atestado de
saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento durante a gestação; III- de
atividades consideradas insalubres em qualquer grau, quando apresentar atestado de saúde, emitido por
médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento durante a lactação”. Antes da alteração pela Lei
Federal 13.467/2017 a redação era a seguinte: Art. 394-A. CLT – “A empregada gestante ou lactante será
afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, de quaisquer atividades, operações ou locais insalubres,
devendo exercer suas atividades em local salubre”. A Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos,
acreditando que a alteração do art. 394-A pela lei 13.467/2017 afronta a Constituição Federal, contrata os seus
serviços como advogado(a) para que elabore a petição inicial da medida judicial cabível, de modo que o Tribunal
Superior competente reconheça a incompatibilidade do referido ato normativo com a Constituição da República
Federativa do Brasil.
AO MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ,
com sede..., por seu advogado, procuração anexa, com escritório..., vem perante Vossa Excelência
propor a presente AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE, com pedido de MEDIDA
CAUTELAR, com fundamento no art. 102, I, “a”, da CRFB/88 e na Lei nº 9.868/99, em face da Lei
13.467/2017, elaborada pelo Congresso Nacional pelo Presidente da República, pelos motivos a
seguir expostos:
DO OBJETO DA AÇÃO/ CABIMENTO
De acordo com o art. 102, I, a da CRFB/88 caberá ADI em face de lei ou ato normativo federal ou
estadual que viole a Constituição Federal.
A lei federal 13.467/2017 violou diretamente a Constituição Federal ao condicionar as gestantes
atestado de saúde, emitido por médico, que recomende o afastamento durante a lactação para a
realização de atividades consideradas insalubres, e por essa razão deve ser declarada
inconstitucional.
DA COMPETÊNCIA
De acordo com o art. 102, I, a da CRFB/88 compete ao Supremo Tribunal Federal, processar e julgar a ADI
em face de lei ou ato normativo federal ou estadual que viole a Constituição Federal.
Além do mais, é também da competência do STF processar e julgar o pedido de medida cautelar previsto no
art 102,I, “p”, CF/88
DA LEGITIMIDADE
A autora é legitimada ativa para a propositura da ação, de acordo com o art. 103, IX da CRFB/88 e art. 2º,
inciso IX, da Lei nº 9.868/99, estando presente a pertinência temática, visto ser legitimada especial.
O Congresso Nacional e o Presidente da República são legitimados passivos, visto serem os responsáveis
pela elaboração da norma.
DOS FUNDAMENTOS:
A Lei Federal nº 13.467/2017 alterou a redação do art. 394-A da CLT ao dispor que a empregada
deverá ser afastada atividade insalubre, quando apresentar atestado de saúde por médico.
Ocorre que é inconstitucional a expressão “quando apresentar atestado de saúde, emitido por
médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento”, visto que é proibido o trabalho
da gestante ou da lactante em atividades insalubres.
A proteção à maternidade é um direito social, conforme dispõe o art.6º da CF, que protege não
apenas a mulher como também a criança, de acordo com o art. 227 da CF.
Além disso, a Constituição Federal dispõe sobre a proteção do mercado de trabalho da mulher,
mediante incentivos específicos, nos termos da lei, conforme Artº 7, XX, CF.
Portanto, a Lei Federal 13.467/2017 deverá ser declarada pela Suprema Corte inconstitucional.
DA MEDIDA CAUTELAR:
De acordo com os art 102, I, “p” e nos arts. 10 a 12 da Lei n° 9868/99 , é cabível medida cautelar
em sede de ADI a fim de sustar os efeitos da Lei Federal 13.467/2017, diante de sua afronta aos
dispositivos constitucionais supramencionados.
A fumaça do bom direito está presente de acordo com os fatos e fundamento jurídicos acima
citados, pois houve violação ao art. 6º , 7º, XX, e 227 da CF.
O perigo na demora, por sua vez está presente pois a exposição a insalubridade pode causar
sérios danos a mulher e a criança.
Desse modo, requer a suspensão da Lei Federal 13.467/2017 bem como a determinação de que
todos os processos que tramitam no controle difuso e tenham esta norma como objeto de
discussão sejam igualmente suspensos.
Em face do exposto, o Partido requer:
a) a concessão da medida cautelar de acordo com o artigo 10 da Lei nº 9.868/99 para sustar a eficácia da lei
13.467/2017.
b) A procedência dos pedidos para que seja declarada a inconstitucionalidade da lei 13.467/2017, conforme
arts. 10 a 12 da Lei 9.868/99;
c) a juntada dos documentos em anexo, de acordo com o art. 3º, parágrafo único da Lei 9.868/99;
c) que sejam solicitadas informações ao Congresso Nacional e o Presidente da República, de acordo com o
art. 6º, caput, da Lei 9.868/99;
d) a citação do Advogado Geral da União, no prazo de 15 dias, de acordo com o artigo 103 §3º CF e art. 8º da
Lei 9.868/99;
e) a oitiva do Procurador-Geral da República, após a manifestação do AGU, na forma do art. 8º da Lei
9.868/99.
Dá-se a causa o valor de ...
Termo em que,
Pede deferimento.
Local, data,
Advogado... OAB...