Ritos e Celebrações Na Catequese - Parte i a Vi
Ritos e Celebrações Na Catequese - Parte i a Vi
Ritos e Celebrações Na Catequese - Parte i a Vi
E esse processo iniciático era tão bom que, em quatro séculos praticamente, o
cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano e se espalhou pelo
mundo então conhecido.
Nos dois últimos séculos, tem-se sentido certo esvaziamento de sentido com
relação à fé e a vida sob os preceitos cristãos. Mesmo criados em meio a uma
família e comunidade cristã, muitos se “perdem” no meio do caminho e se
afastam da vida em comunidade e das práticas religiosas.
Muitos são os motivos que pedem este resgate. Começa pela mudança da
questão “Família”. A secularização e a descristianização já não permitem que a
família cumpra a função que exercia durante a cristandade, de iniciar os filhos
para a vida cristã. Na maioria das vezes ela não é formada num ambiente
cristão capaz de iniciar na fé.
E por último, hoje encontramos uma visão distorcida dos sacramentos, que
são encarados mais como uma questão “social” ou de pressão por parte das
gerações mais velhas. A catequese é meramente uma etapa que se cumpre só
para receber determinado sacramento.
Assim, esses desafios, e outros, aqui nem citados, pedem uma Nova
Evangelização, uma catequese que aproxime mais o catequizando de uma
verdadeira experiência de encontro com Jesus e assim, de uma iniciação cristã
mais eficaz. Por isso, a importância de se resgatar alguns elementos do
catecumenato. Entre eles, os aspectos celebrativos da iniciação à fé cristã.
FONTES:
As celebrações
O RICA, apesar de ser um Ritual basicamente para adultos, pode ter seus
rituais e celebrações adaptado para as crianças (cfe item 312). Aliás, ele trás
um capítulo dedicado à iniciação de crianças em idade de catequese.
FONTES:
A Acolhida:
- Preparar uma mesinha à frente da nave, com uma bandeja com pequenas
cruzes de madeira com cordão para serem entregues aos catequizandos como
símbolo de pertença a Cristo.
Logo após o Canto Inicial e a acolhida à assembléia o padre explica que hoje é
um dia de festa porque a Igreja acolhe os novos catequizandos deste ano
catequético e às suas famílias. Em seguida o presidente diz:
“- Cristo chamou vocês para serem seus amigos, lembrem-se sempre dele e
sejam fiéis em segui-Lo. Para isso vou marcar vocês com o sinal da crus de
Cristo, que é o sinal dos cristãos. Este sinal vai fazer com que se lembrem de
Cristo e de seu amor por vocês. Vocês vão receber também uma pequena crus
das mãos da sua (seu) catequista.”
Entrada da Palavra
O comentarista (ou o padre) fala:
“- Assim como recebemos solenemente a Palavra de Deus para ser lida e
rezada, vocês também, novos catequizandos receberão das mãos dos seus
pais, a Bíblia, que contem a História da Salvação e todos os ensinamentos de
Jesus para que vocês se tornem verdadeiros cristãos. Enquanto recebemos a
Palavra de Deus com o canto, os pais podem entregar aos seus filhos a Bíblia,
com um forte abraço e o desejo que de esta seja a luz que os conduzirá na
catequese e pela vida afora.”
Ritos Finais
No momento mais adequado (pode ser na Ação de Graças), sugere-se que um
catequizando de cada etapa, leiam juntos os “Compromissos dos
catequizandos”, diante de Deus, da Igreja e da Comunidade. A seguir, um
casal, representando os pais, leiam os “Compromissos do Pais” com o
primeiros educadores da fé, ressaltando a importância da família na caminhada
catequética dos filhos. E ainda, um catequista pode declarar os
“Compromissos do catequista”, diante dos catequizandos, de suas famílias e
da comunidade paroquial. Podem citar, por exemplo, a importância da
participação em todos os momentos promovidos pela catequese e pela
comunidade paroquial, missas dominicais. Os compromissos podem ser
elaborados pela comunidade.
Despedida
Quem preside, depois de citar a alegria da recepção dos novos catequizandos
e convidá-los a viver de acordo com o que ouviram, envia-os com uma bênção
a todos os catequizandos de todas as etapas.
OUTRAS SUGESTÕES:
FONTES:
Ambiente:
- Velas, flores, cartaz escrito “FESTA DO PAI NOSSO”.
- Preparar um local para colocar as simbologias citadas: bandeja com os
pergaminhos.
Orientações:
- Esta celebração deve ser realizada preferencialmente na missa, com a
assembleia paroquial reunida, utilizando as leituras do dia (quando for possível
fazer esta celebração no domingo com a leitura apropriada Mt 6, 9-13 ou Lc 11,
2-4. Em alguns anos não se tem estas leituras no domingo).
- Aproveitar momentos como a entrada da Palavra e Ofertório para envolver os
pais dos catequizandos.
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RITOS INICIAIS:
Liturgia da Palavra
Liturgia Eucarística
FONTES:
Modelo de pergaminho:
O CREDO NA CATEQUESE
O que é o CREDO? Qual é a importância da profissão de fé católica? Por que a
entrega do Símbolo?
OBSERVEMOS:
O DGC (Diretório Geral para a Catequese) estabelece ainda mais três colunas,
que são as dimensões narrativas da historia da salvação, formando assim as
“SETE pedras fundamentais”:
- O Antigo Testamento;
- A vida de Jesus e;
- A história da Igreja.
UM PEQUENO HISTÓRICO:
O ATO DE CRER
Bento XVI afirma em sua carta Porta da Fé, que é importante conhecer os
conteúdos da fé para aderir plenamente com a inteligência e vontade ao que
nos propõe a Igreja, através do Catecismo da Igreja Católica. Afirma ainda
(item 4), que os conteúdos essenciais: “Necessitam ser confirmados,
compreendidos e aprofundados de maneira sempre nova para se dar
testemunho coerente deles em condições históricas diversas das do passado”.
PROFESSANDO A NOSSA FÉ
EU CREIO...
Deus é amor (1Jo 4, 8-16), vem ao nosso encontro, revela-nos o seu ser
e o seu plano de salvação “Deus quer que todos se salvem” (1Tm 2, 4).
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FONTES DE PESQUISA:
FELLER, Victor G.. Eu Creio - Encarte do Jornal Missão Jovem, Ano XV abril
de 2007 a abril de 2008, n.º 176 a 198.
VER
Mistério não quer dizer coisa oculta, mas algo que experimentamos, mas
não conseguimos explicar com a nossa inteligência.
Mistério é sempre uma revelação por parte de Deus de algo conhecido
só por Ele. Deus se revela, vem ao nosso encontro.
Deus se faz conhecer pela natureza, pelos acontecimentos, através de
pessoas, símbolos, sinais visíveis como os Sacramentos e através da
sua Palavra.
Jesus veio nos revelar o Pai. Se nos abrirmos para Deus, aceitarmos o
seu amor, abandonarmos-nos com confiança no seu ser e agir é o que
chamamos de FÉ. Pela Fé o ser humano acolhe a revelação; ouve,
reconhece, aceita e passa a pôr em prática a Palavra de Deus que
lemos na Bíblia.
Fé é um dom de Deus, é a resposta que damos ao seu convite de amor
e salvação. Ter fé é deixar Deus ser Deus em mim, para mim, comigo.
Contemplação/Reflexão
- Colocar um fundo musical bem suave e pedir que olhem com atenção as suas
impressões digitais, pensem que elas são sua identificação. Não há mais
ninguém no mundo com essas marcas nos dedos iguaizinhas as suas.
- Depois de instantes pedir que falem o que sentiram, o que passou pela
cabeça deles.
- Ouvir sem emitir juízos, respeitar. Depois completar: vocês confessaram os
seus sentimentos, as suas verdades.
- Pedir que peguem a semente e olhem para ela pensando que uma
sementinha também foi plantada no coração de cada um no Batismo. Que
semente foi essa?
A semente da Fé! Para fazer essa fé crescer, amadurecer, é que estamos na
catequese. Quando foram batizados bebês, seus pais e padrinhos
responderam pela sua fé, mas agora estão se preparando, serão convidados a
assumir sua fé.
Quando confessamos a nossa fé em público, fazemos uma PROFISSÃO DE
FÉ.
Desde os primeiros apóstolos, há mais de dois mil anos atrás, os cristãos foram
fazendo um resumo das principais verdades de nossa fé, formulando o CREDO
(ou Creio, a primeira palavra da Profissão de Fé). Recitado em nossas missas,
o CREDO é símbolo de fé porque é um sinal de identificação do cristão, e por
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JULGAR/ILUMINAR
CREDO – 1ª PARTE:
“Creio em Deus Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra.”
CREDO – 2ª PARTE
“E em Jesus Cristo, seu único Filho Nosso Senhor, que foi concebido
pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria , padeceu sob
Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu a mansão dos
mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos Céus, está sentado à direita
de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e mortos.”
Deus enviou a sua palavra aos filhos de Israel, anunciando-lhes a boa nova da
paz, por meio de Jesus Cristo. Este é o Senhor de todos. Vós sabeis como
tudo isso aconteceu na Judéia, depois de ter começado na Galileia, após o
batismo que João pregou. Vós sabeis como Deus ungiu a Jesus de Nazaré
com o Espírito Santo e com o poder, como ele andou fazendo o bem e curando
todos os oprimidos do demônio, porque Deus estava com ele. E nós somos
testemunhas de tudo o que fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles o
mataram, suspendendo-o num madeiro. Mas Deus o ressuscitou ao terceiro dia
e permitiu que aparecesse, não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus
havia predestinado, a nós que comemos e bebemos com ele, depois que
ressuscitou.
Ele nos mandou pregar ao povo e testemunhar que é ele quem foi constituído
por Deus juiz dos vivos e dos mortos. Dele todos os profetas dão testemunho,
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anunciando que todos os que nele creem recebem o perdão dos pecados por
meio de seu nome.
CREDO – 3ª PARTE
Creio no Espírito Santo. Na Santa Igreja Católica, na comunhão dos
santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida
eterna.
Orientar que cada grupo deverá ler a parte do Credo que lhe coube, depois a
passagem Bíblica, discutir e escrever uma frase resumo do que acreditam e
concluíram, com suas palavras. É como formular uma frase do Creio, mas do
jeito do grupo, sem copiar. Poderá colar gravuras, desenhar ilustrando essa
frase. Depois apresentar a todos.
CELEBRAR
AGIR
MODELO DE PERGAMINHO:
Ângela Rocha
Catequista