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"O LIVRO DE Jó"

Carlos Euclides Marques


Mestrando em Teoria Literária, UFSC

Nestes breves apontamentos, partimos da leitura do texto dramático


de Luis Alberto de Abreu e do texto bíblico de Jó, do qual o primeiro é uma
adaptação, para fazer uma reflexão acerca das diferenças dos dois textos e do
quanto estas engendram possibilidades interpretativas, seja quanto à
textualidade, seja quanto à temática: o sofrimento do justo. Esta temática
leva-nos a fazer uma aproximação com a tragédia grega e seu espírito o
páthei máthos' . Evidentemente, esta aproximação tem uma série de perigos,
contudo, questões como: a efemeridade humana, a'humanidade, a divindade
e a textualidade dramática instigam a nossa audácia.
Como referência do texto bíblico tomamos a Bíblia Sagrada, tradução
dos originais mediante a versão dos Monges de Maredsous (Bélgica) pelo
Centro Bíblico Católico, revista pelo Frei João José Pedreira de Castro, O. F.
M., e pela equipe auxiliar da Editora Ave-Maria. Nesta encontramos uma
Introdução ao Antigo Testamento com um pequeno resumo comentado do
Livro de Já, que abaixo transcrevemos para começar a nossa costura:

O livro de Jó é uma composição literária estreitamente aparentada

com o gênero dramático, cuja ação nos é apresentada numa


introdução e numa conclusão em prosa que enquadram um logo
poema dialogado.

O autor, aliás desconhecido, situa sua composição no 5° século

Anuário de Literatura, 1996, pp. 223-235


"O Livro de Já" 224

a.C., em lugares e em situações assaz imprecisas. O personagem


de Jó era, para os antigos israelitas, urna figura-tipo do justo
sofredor. O assunto do poema é o problema do sofrimento. Três
amigos (aos quais mais tarde se ajunta um quarto) apresentam-se
a Já para consolá-lo em suas desgraças: — inopinadamente ele se
vira privado de todos os seus bens, de seus próprios filhos, e, ao
mesmo tempo, atingido em sua própria saúde. Os amigos de Já
apresentam as idéias correntes em Israel: o sofrimento é um
castigo; todo homem é pecador; apenas porém, com uma idéia
nova, a missão educativa e purificadora do sofrimento. O
problema, embora ventilado de todos os lados, permanece sem
solução. As piedosas e inofensivas consolações que os amigos
propõem ao patriarca em seus sofrimentos, Jó responde com
urna afirmação de sua inocência com um apelo incessante a Deus,
do qual sabe perfeitamente que procedem as suas provações.
Então, Deus mesmo entra em cena: respondendo a Jó,
reconhecendo que ele é um justo, mas que não procedeu com
bastante retidão, pretendendo perscrutar os desígnios de Deus.
Ao homem toca humilhar-se com paciência e esperança na sua
presença, sem querer desvendar os planos misteriosos do Criador.
Portanto, o problema do sofrimento não é resolvido totalmente.
Cumpriria ao homem a satisfatória solução que lhe seria dada
pela voluntária paixão e morte de Jesus Cristo; só então é que a
mente humana poderia descobrir o sentido divino e eterno do
sofrimento e tirar dele não só a conformidade com os decretos
divinos, mas ainda a verdadeira paz e as consolações celestiais2.
Carlos Euclides Marques 225

Logo no começo, temos uma diferença entre o texto adaptado e o


bíblico. Luis Alberto de Abreu faz uma alusão ao deserto, o que poderia
levar a urna interpretação geográfica de que a história se passou no deserto,
destoando do texto bíblico, o que não precisa o lugar da ação. O autor, aliás
desconhecido, situa sua composição no 5° século a.C., em lugares e em
situações assaz imprecisas3. No entanto, essa primeira impressão pode dar
lugar a um sentido figurado e, o deserto, seria então a situação angustiante
do homem mediante a tentativa de explicar sua condição no mundo, seu ser
no mundo. Questão acentuada em função do sofrimento: situação limite; da
qual Jó é a representação metonímica, levada às últimas, pois o sofredor é um
justo. Um terna teológico-moral. Neste prólogo da adaptação vemos, ainda,
a morte de Deus:

MESTRE
E foi neste deserto que ocorreu o drama de um tempo ido

E de homens tão parecidos com os homens de agora

Andou pelo mundo outrora um homem chamado Jó

Deus, na aurora dos tempos, ainda não estava morto


como acontece agora

E .ló caminhava na senda de Deus


que não era morto

E era o único ser que o justo Jó temia4.

Qual o significado da morte de Deus? Tomemos um paralelo com a


interpretação da célebre obra de Nietzsche, Assim Falou Zaratustra, onde
encontramos esta fala de Zaratustra:
"O Livro de Já" 226

Mas, quando ficou só, Zaratustra falou assim ao seu próprio

coração: "Será possível? Esse velho santo, em sua floresta, ainda

não soube que Deus está morto!"5

Temos, aqui, a metáfora do esgotamento da tradição, de uma cultura


fundamentalmente judaico-cristã, da qual Nietzsche foi um grande crítico. O
que é a cultura senão um paradigma, um constructo a partir do qual
estabelecemos nossa visão de mundo, nosso cosmos—palavra interessante,
pois dela obtemos cosmético. O que na realidade é a nossa visão de mundo?
Um arranjo para que o mundo não fique sem significação, arranjo este que
não me assegura que o mundo seja, verdadeiramente, o que eu faço dele.
Qual o princípio fundamental do texto bíblico? A irrefutável existência
de Deus. Esta seria a resposta. Já o texto adaptado coloca a possibilidade de
negação deste Deus, pelo menos para contemporaneidade. Nele o narrador
se coloca no presente, embora conte uma ação passada. As marcas textuais
para tanto são:

para o tempo da história (passado): E foi neste deserto que

ocorreu o drama de um tempo ido; Andou pelo mundo outrora


um homem (...); Deus, na aurora dos tempos, ainda não estava

morto; E Jó caminhava na senda de Deus;


para o tempo do narrador (presente): E de homens tão
parecidos com os homens de agora; (..)como acontece

agora(... )6.

No texto bíblico, a narrativa está em um tempo mítico (o tempo


primordial ao qual podemos voltar através da presentificação da narrativa).
Carlos Euclides Marques 227

Para entendermos melhor a questão do tempo mítico, tomemos uma fala de


Mircea Eliade:

"Viver" os mitos implica, pois, unia experiência verdadeiramente

"religiosa", pois ela se distingue da experiência ordinária da vida

quotidiana. A "religiosidade" dessa experiência deve-se ao fato

de que, ao realizar os eventos fabulosos, exaltantes, significativos,

assiste-se novamente às obras criadoras dos Entes Sobrenaturais.


Não se trata de uma comemoração dos eventos míticos mas de

sua reiteração. O indivíduo evoca a presença dos personagens


dos mitos e torna-se contemporâneo deles. Isso implica
igualmente que ele deixa de ser no tempo cronológico, passando
a viver no Tempo primordial, no Tempo em que o evento teve
lugar pela primeira vez. É por isso que se pode falar no " tempo

forte" do mito: é o Tempo prodigioso, "sagrado", em que algo de


novo, de forte e de significativo se manifestou plenamente. Reviver

esse tempo, reintegrá-lo o mais freqüentemente possível, assistir

novamente ao espetáculo das obras divinas, reencontrar os Entes

Sobrenaturais e reaprender sua lição criadora é o desejo que se


pode ler como filigrana em todas as reiterações rituais dos mitos.

Em suma, os mitos revelam que o mundo, o homem e a vida têm

uma origem e uma história sobrenaturais, e que essa história é


significativa, preciosa e exemplar'.

Embora possamos dizer que Jó não é um Ente Sobrenatural; trata-se


de uma figura-exemplo, um modelo. Sua dúvida é uma dúvida primordial.
Além do mais, Deus aparece no texto bíblico, o que não fica bem claro no
texto adaptado, questionando Já quanto à sua dúvida:
"O Livro de Jó" 228

1 Então, do seio da tempestade, o Senhor

deu a .1i5 esta resposta:

2 Quem é aquele que obscurece assim a

Providência com discursos sem inteligência?

3 Cinge os teus rins como um homem;

vou interrogar-te e tu responderás.

4 Onde estavas quando lancei os fundamentos da terra?


Fala, se estiveres informado disso.
5 Quem lhe tomou as medidas , já que o sabes?

Quem sobre ela estendeu o cordel?

6 Sobre que repousam as suas bases?

Quem colou nela a pedra de ângulo,

7 sob os alegres concertos dos astros da manhã,

sob as aclamações de todos os filhos de Deus?


8 Quem fechou com portas o mar,
quando brotou do seio maternal,
9 quando lhe dei as nuvens por vestimenta,

e o enfaixava com névoas tenebrosas;


10 quando lhe tracei limites,

e lhe pus ferrolhos,


11 dizendo: "Chegarás até aqui, não irás mais longe;

aqui se deterá o orgulho de tuas ondas"?8

Através de uma série de perguntas, Deus, um Ente Sobrenatural,


mostra que é ele o criador de tudo e, como superior, não deve ser questionado.
Carlos Euclides Marques 229

A presentificação de Deus marca este reiterar do tempo primordial.


Nestes tempos de pós-modernidade, apresentam-se: ausência de
horizontes, ecletismo (que por vezes beira o "vale tudo"), anarquismo
epistemológico, niilismo, entre outros sintomas. Essa situação, que aponta
para a ausência de Deus, leva o homem a pensar sua situação-no-mundo
como uma condição absurda e seu Ser como um sempre-sendo, um sem-
fundamento a não ser seu auto-fundamentar-se, que por sua vez é uma
construção ilusória — a ilusão necessária — é o apolíneo diluído no
dionisíaco. E assim, mediante uma das maiores catástrofes de nossos dias,
a AIDS, o homem se questiona quanto ao seu próprio fazer, pois se é ele
mesmo Deus, ou seja, o fundamento (ou fundamentador) do mundo, a questão
é: qual a minha contribuição para o estado das coisas. Na verdade, pensamos
em: qual a minha culpa? Mas esta palavra— culpa— está carregada de um
preenchimento cristão que, por sua vez, repõe a tradição e cria uma névoa
para o pensar hodierno, fundado no ser humano e não no divino. O divino
aqui pode ser a natureza e, nesta medida, podemos fazer uma interpenetração
do tema por urna perspectiva ecológica. Uma das causas apontadas para
AIDS é o desequilíbrio entre o homem (ser natural, um organismo) e sua
conduta em relação ao corpo e, aqui, não se restringe somente aos
dependentes de drogas, mas também às práticas sexuais e à química alimentar
de nossos tempos. Tomada a natureza como divina, a relação está entre o
homem e o meio em que vive. Esse meio pode, ter uma ordem dada a qual o
homem pode "escapar", contudo essa fuga não pode se dar em excesso —
em grego hybris que também significa: orgulho, insolência: ultraje, insulto
— o que aproxima (tanto o texto bíblico como o adaptado) da tragédia grega.
Já, numa certa medida, foi arrogante; talvez, como o homem moderno que a
partir da máxima bacon iana — Saber é poder — usa da natureza sem medida
"O Livro de Já" 230

e, muitas vezes, esse uso é tomado como justo. E quem dá a medida dessa
justiça?
O homem quer ser soberano. Contudo, torna-se um tirano, pois impõe
sua vontade privada sobre a ordem da natureza. Assim, aquele que mediante
o súdito deveria ouvir, grita. Destoando do antigo ideal de governante: aquele
que antes de mais nada serve aos governados. Nesta medida, o mais difícil é
ser governante, pois a este cabe conhecer o princípio (a ordem natural das
coisas) e por ela reger a si e aos outros. Contra os tiranos, mais cedo ou mais
tarde, o povo se impõe. Semelhantemente se dá na relação homem-natureza.
Na realidade, a AIDS é a primeira relação metafórica que vem à cabeça
para a doença do texto. Entretanto, esta (a doença) é a metáfora de todas as
grandes epidemias, particularmente no momento em que se desconhece tanto
o agente causador quanto a cura, ou seja, quando não se tem o porquê.
Assim sendo, na relação homem-natureza, podemos incluir, hoje, não só a
AIDS, mas também uma série de doenças ressurgentes: seja pela pobreza,
seja pela resistência aos medicamentos, referentes dessa metáfora. Esse último
fator (resistência aos medicamentos) é interessante na nossa relação, porque
podemos dizer que estes velhos conhecidos da humanidade (bactérias e
vírus) estão recuperando o seu lugar (resistindo aos medicamentos), a sua
ordem. O que é o corpo humano para uma bactéria ou um vírus? Um mundo,
um cosmos, uma ordenação. Ao serem ingeridos9 pelo organismo humano,
esses microrganismos engendram uma desordem em nosso corpo-cosmos
assim como nós provocamos na terra-corpo 1 °. Na expressão campo/corpo
que encontramos na fala do mestre", podemos ver a relação corpo/terra,
homem/natureza.
Carlos Euclides Marques 231

J
Em meu corpo/campo o Mal
semeou e cultivou com esmero
o grão da doença, a peste, e as
raízes do meu desespero
E nesta minha pele, vejam,
brotam feridas tal como a terra é
rompida pela força da erva
daninha!
Da planta do meu pé ao cume da
minha cabeça
Chagas deitam raízes e florescem
flores malditas
de sangue e de dor
Deus... afasta de mim o Maldito
lavrador! 12

Interessante como a adaptação termina:

As raízes de Deus perfuram


os seus músculos
E Suas garras partem os seus
OSSOS

Em tua carne
Verás a Deus! 13

Esta fala final recupera a questão da presença ou não de Deus. Ao


"O Livro de Jó" 232

tomarmos apenas o texto adaptado, este não assegura que Jó, assim como
na Bíblia, tenha reencontrado Deus. Na linha de raciocínio que
ver Deus significaria reconhecer sua efemeridade (do homem) no estar no
mundo; ou ainda, na relação soberano-tirano, ser consciente de que seu
domínio sobre a natureza tem limites e se ele não respeitar esses limites, será
trucidado por ela.
Temos, nesta interpretação, a retomada do ideal grego de harmonia' 4
e de princípios trágicos. Para reforçar esta idéia tomemos os apontamentos
de aulas do professor Marcos José Müller l 5:

Contrariamente aos primeiros gregos, para quem a vicia era muito

mais cantada como pórtico da beleza, para os tragediógrafos, o


sofrimento e a morte carregam consigo um elemento belo, que

reside justamente no fato de eles (o sofrimento e a morte)

revelarem aquilo que de realmente bom (útil) existe para o homem.


Apesar desse caráter pessimista, a tragédia traz um elemento de

superação, de reconciliação do homem para com o saber prático,


para com o bem. Através das agruras e acidentes (reversos da
fortuna) do cotidiano, o homem passa a conhecer seu verdadeiro
destino (o que realmente lhe é útil). Para tanto, ele deve reconhecer

(e nisso a ciência pode ajudar) os sinais que seu cotidiano revela


acerca da verdadeira natureza de sua vida. O BELO HOMEM é

aquele, por fim, capaz de realizar tal compreensão e, portanto,

capaz de superar e triunfar sobre o trágico, reconhecendo nele a

manifestação do que verdadeiramente é útil (bom). Percebe-se


então o caráter eminentemente moral associado ao conceito de
beleza: KALOKAGATHÍA 16.
Carlos Euclides Marques 233

Esta visão repõe o elemento propedêutico do teatro, esquecido em


nossos dias, e a concepção aristotélica acerca da tragédia, de "que,
suscitando o "terror e a piedade, tem por efeito a purificação dessas
emoções"". Mesmo nos relatos daqueles que viram a peça encontramos
falas do tipo: "Em certo momento me senti angustiado; Era muito forte;
Muito sofrimento; Deixa a gente um pouco deprimido..." Esse impacto
estético, produzido pela interação de elementos visuais, auditivos e olfativos
muito fortes pode produzir no sujeito uma catarse. Entretanto, não é todo o
espectador que chegará a uma elaboração intelectiva desse processo
catártico, muitos permanecerão no estágio meramente sentimental (dos
sentidos, recuperando o significado grego da palavra aisthesis). Mesmo
esse primeiro estágio é uma possibilidade de gerir algo de novo no sujeito. O
sofrimento é tomado não como uma fatalidade, mas na função de uma
pedagogia. Assim como Édipo, em seus últimos dias, encontra-se sereno,
apesar de seus sofrimentos; o Já da adaptação reencontra a tranqüilidade
na morte. E, mesmo no texto bíblico, encontramos este sentido, conforme o
resumo apresentado no início, que ora recuperamos:

Portanto, o problema do sofrimento não é resolvido totalmente.


Cumpriria ao homem a satisfatória solução que lhe seria dada
pela voluntária paixão e morte de Jesus Cristo; só então é que a
mente humana poderia descobrir o sentido divino e eterno do
sofrimento e tirar dele não só a conformidade com os decretos

divinos, mas ainda a verdadeira paz e as consolações celestiais 18.

Por séculos, o Velho Testamento foi interpretado pelos cristãos como alegoria
do Novo Testamento. Desta forma, o sofrimento de Já é um prenúncio do
sofrimento de Cristo que, por sua vez, veio ao mundo para redimir os
"O Livro de Já" 234
homens, purgá-los, poderíamos assim dizer. Ao tomarmos, ainda, os relatos
dos espectadores verificamos que na cena final há uma luz na sala de cirurgia,
incidindo de cima para baixo, diretamente em Já, no momento final: sua
morte. Esta luz pode ser a metáfora de Deus, do conhecimento absoluto.
O que recuperaria um conteúdo mítico, o qual, no texto adaptado,
pelo menos no nosso ponto de vista, não fica muito claro. Esse caráter
místico repõe a religiosidade: o religare, ligar novamente. O que levaria à
outras possibilidades interpretativas.
Cabe frisar que nossa interpretação tem como base, muito mais, o
texto adaptado do que sua representação, a qual não podemos ter o prazer
de assistir, o que talvez ponha nosso texto em contradição à representação.
Porém, em nossa defesa temos a dizer que, partimos da adaptação e, desta
textualidade é que emanam as possibilidades interpretativas, rapidamente
aludidas. Evidentemente, privilegiamos alguns temas como: a morte de Deus
e a relação homem-natureza; além de uma leitura filtrada por olhares gregos
e uma perspectiva existencialista.

Notas
1. "No sofrimento, o conhecimento"; ou ainda "experiência dá sapiência".
2.Cf., p. 29-30.
3.Biblia Sagrada, Introdução, p. 29.
4.Cf.,p. 01.
Cf. p. 29.
Cf., Luis Alberto de Abreu, O Livro de Já, p. 01. Nosso grifo serve para
destacar as passagens que indicam, com mais ênfase, o problema da
temporalidade.
7. Cf., Mito e Realidade, p. 22.
Carlos Euclides Marques 235

Jó, 38, 1-11.

Em alguns casos não há ingestão, mas um penetrar por parte do


microrganismo.
Esta comparação, micro-macro, lembra o conceito de semelhança, ultilizado
no pensamento renascentista.
Cf., Luis Alberto de Abreu, O Livro de Já, p. 05.
Ibid., ibidem.
p. 31.
Vamos brincar com as palavras. Em grego viver em harmonia com é
symphoneo, donde vem a nossa sinfonia: composta pelo prefixo sym: junto
de e do radical phoneo, verbo: falar; ordenar, prescrever; ressoar; deste
deriva o substantivo phone: som claro e forte; voz; faculdade ou uso da
palavra; grito; som articulado; canto dos pássaros; som dos instrumentos;
linguagem, idioma, dialeto; sentença; palavra, expressão. Para nós o que é
uma sinfonia? Um conjunto variado e harmônico; vários instrumentos
tocando, de modo que o resultado seja uma ordem sonora. Bela metáfora
para a posição do homem no mundo. Ele é um instrumento dentro de uma
orquestra sinfônica, e, corno tal, deve tocar, orquestrar, em concordância
com os outros instrumentos; caso contrário, este, porá à perder todo o recital.
Professor-assistente do Departamento de Filosofia, UFSC. Esses
apontamentos das aulas de Estética, no curso de graduação em filosofia
encontram-se em arquivo computadorizado do próprio professor ou em
fotocópias que os alunos tiravam para acompanhar as aulas.
KayotÂoyakt: ser bom e belo.
Cf., Poética, 449 b 25-30. Trad. Eudoro de Souza.
18. Cf , pp. 29-30.

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