A Origem dos Átomos (1)

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 7

A Origem dos Átomos

Atualmente, sabe-se que toda matéria conhecida é constituída de


incontáveis átomos. O nome dessa minúscula estrutura vem do grego
atomos, que significa indivisível. Entretanto, segundo a matéria da BBC, os
físicos já sabem hoje que os átomos não são sólidos como pequenas esferas
e sim uma espécie de sistema planetário elétrico minúsculo. Essa referência
se dá pelo atual modelo do átomo que lembra o esquema dos sistemas
planetários que possuem uma ou mais estrelas centrais e os planetas que as
orbitam.

Cientistas do Átomo

Até os cientistas chegarem no que é a atual estrutura do átomo,


diversos modelos atômicos foram elaborados durante os séculos.

Modelo de Dalton

Em 1803, o primeiro deles foi formulado por Dalton. Esse físico afirmou
que os átomos são partículas minúsculas, maciças, esféricas e indivisíveis.
Isso faz analogia a bola de bilhar.

Modelo de Thomson
No ano de 1898, a ideia de que o átomo é indivisível foi contestada por
J.J. Thomson. A partir de uma experiência com tubos de raios catódicos, ele
percebeu a existência de partículas subatômicas negativas que,
posteriormente, seriam denominadas como elétrons. Com essa nova
descoberta, ele também pôde perceber que existiam partículas positivas uma
vez que a carga do átomo é neutra! Assim, relacionou o seu modelo com algo
semelhante a um pudim de passas, como pode ser visto na imagem abaixo.

Modelo atômico de Thomson. Fonte: Manual da Química

Modelo de Rutherford

Já em 1911, o físico neozelandês Ernest Rutherford realizou uma


experiência com uma lâmina de ouro em que foi disparado um fino feixe de
partículas α, emitidas pelo material radioativo polônio, colocado dentro de
uma caixa de chumbo. Ao bombardear essas partículas ele esperava que, de
acordo com o modelo de Thomson, todas passaria pela folha de ouro.

Porém, ele foi surpreendido ao observar que uma porcentagem dessas


partículas sofreu um desvio de rota superior a noventa graus. Isso o levou a
duas conclusões principais: a carga positiva deve localizar-se numa parte
pequena do átomo que também contém a maior parte da massa da estrutura.
Tal afirmação justifica o desvio sofrido pelas partículas que, provavelmente,
colidiram com os núcleos da folha de ouro. Já a sua segunda afirmação é
baseada no fato que a maioria dos átomos atravessaram a lâmina. Assim, foi
possível dizer que existe muito espaço vazio na estrutura atômica.
Todas essas novas descobertas determinaram o modelo nuclear que
Rutherford construiu. Nele, o átomo consiste de um núcleo muito pequeno
carregado positivamente o qual é cercado por elétrons carregados
negativamente. Para completar o modelo, em 1932, o cientista Chadwick
descobriu a terceira partícula subatômica, o nêutron. Dessa forma, o modelo
ficou como está exposto na imagem abaixo:

Estrutura atômica. Fonte: Conhecimento Científico.

A atual estrutura do átomo

O último modelo de átomo formulado utiliza das informações


constatadas por Rutherford. Assim, em 1913, o cientista Niels Bohr afirmou
que: “Os elétrons movem-se em órbitas circulares, e cada órbita apresenta
uma energia bem definida e constante (nível de energia) para cada elétron de
um átomo.” Assim, essas camadas eletrônicas são representadas pelas
letras K, L, M, N, O, P e Q.

Portanto, o átomo que conhecemos atualmente possui um núcleo


formado por prótons e nêutrons, com cargas positivas e neutras,
respectivamente. Além de órbitas que contém elétrons de carga negativa os
quais movem-se por essas órbitas circulares que possuem um nível de
energia bem definido.
Atual estrutura dos átomos. Fonte: Conhecimento Científico.

Descobertas que mudaram o mundo

A noção de existência do átomo e de sua estrutura revolucionou em


vários campos da ciência. Exemplo disso é o raio X que, atualmente,
possibilita que radiografias sejam realizadas, auxiliando em diagnósticos
médicos. Em 1985, o físico alemão Röentgen, em uma das suas
experiências, descobriu a existência do raio X. Mais tarde, cientistas
explicaram que os raios X eram resultantes da colisão de raios catódicos
(elétrons) contra os elétrons do cátodo. Todo esse estudo só foi possível
devido os conhecimentos acerca do átomo.
Primeira radiografia. Fonte: Mundo Educação

Além disso, a partir das descobertas feitas por Röentgen, Marie Curie e
seu esposo Pierre Curie identificaram que o minério urânio emitia raios. Eles
batizaram essa propriedade como radioatividade, o que rendeu a eles um
prêmio Nobel da Física. No campo da medicina, a radioatividade é
extremamente útil nos equipamentos voltados aos diagnósticos, como a
tomografia. Ela também é de suma importância na parte de tratamentos,
como o do câncer com o uso da radioterapia.

Essa última propriedade, além de todas as suas finalidades já citadas,


pode gerar energia que é denominada por energia nuclear. Sua geração se
dá pela radioatividade emitida pelo o Urânio. Dessa forma, a fissão nuclear do
minério é uma reação exotérmica, ou seja, ocorre uma grande liberação de
calor e consequentemente uma grande geração de energia. Assim, nas
usinas termonucleares esse calor é utilizado para aquecimento da água que
transforma-se em vapor para movimentar as turbinas e geradores da usina.

A respeito dessa energia gerada a partir da radioatividade, existem


diversos debates sobre os riscos que as usinas nucleares oferecem a
sociedade. Um exemplo é o acidente nuclear de Chernobyl. Para saber mais
sobre isso, confira nosso texto do blog que aborda esse assunto.
Poder de destruição dos átomos: bombas atômicas

Foi citado aqui diversas tecnologias que são benéficas ao ser humano
em que o domínio acerca da estrutura e funcionamento do átomo foi
primordial. Entretanto, esse conhecimento também é utilizado na criação de
armamento bélico. Exemplo disso é bomba atômica. Ela funciona por meio do
processo de reação nuclear de fissão dos átomos que possibilita uma grande
liberação de energia a partir de uma pequena quantidade de matéria.

Seu poder de destruição é inegável. Em 1945, último ano da Segunda


Guerra Mundial, esse artefato militar foi lançado pelo os Estados Unidos com
alvo em Hiroshima e Nagasaki, cidades japonesas. A primeira bomba,
apelidada por Little boy, atingiu Hiroshima às 8h45min do dia 6 de agosto,
destruindo tudo em um raio de cerca de 2 km. Isso foi responsável pela morte
de 66 mil pessoas, deixando 69 mil feridos. A música Rosa de Hiroshima,
composta por Ney Matogrosso, retrata o acontecimento e suas sequelas que
jamais serão esquecidas.

Efeitos da bomba atômica sobre a cidade de Hiroshima. Fonte: Manual da


Química.

A Química dos Minerais

Segundo o portal Museu de Minerais, Minérios e Rochas Heinz Ebert,


os minerais são sólidos homogêneos, ou seja, compostos formados por uma
única substância química, formada por vários átomos de elementos químicos.
Esses elementos, em determinadas condições de temperatura e pressão,
ligam-se e formam diversos minerais. Tem-se ciência de que, atualmente,
mais 5.000 minerais já foram catalogados.
Isso é uma prova de como o átomo é a unidade básica de todas as
matérias e que forma compostos tão importantes, como os minerais. Muitos
deles são de extrema importância para o nosso cotidiano, como o lítio que
está presente nas baterias dos smartphones.

Bateria de Lítio. Fonte: DC Logistics Brasil.

Brenda Belchior.

Veja também:

- Aula História do Átomo na Plataforma Educandus

Disponível em: ED História do átomo - PLAY (educandus.com.br)

- Matéria BBC:
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/160113_vert_earth_como_sabemos_que_a
tomos_existem_rw

Você também pode gostar