ciclos-de-vida-teste
ciclos-de-vida-teste
ciclos-de-vida-teste
Grupo I
O Aedes aegypti, conhecido popularmente como mosquito-da-dengue, é proveniente de África, mais
precisamente do Egito, tendo sido introduzido nas Américas durante as primeiras colonizações
europeias. Este mosquito, que se alimenta do néctar das plantas, tem um ciclo de vida formado por
quatro etapas básicas: ovo, larva, pupa e adulto. Do ovo ao adulto, o período de desenvolvimento é de
aproximadamente 10 dias. Alguns dias após o início da fase adulta, o mosquito está apto para o
acasalamento, que normalmente ocorre durante o voo. Uma vez que a fêmea armazena o esperma na
espermateca, basta uma cópula para que a reprodução se concretize. Além da destruição dos locais de
criação do mosquito (calhas e outros recipientes onde se acumule água), outras medidas podem e
devem ser implementadas na luta contra o Aedes aegypti, como é o caso do controlo químico
(inseticidas) e biológico. Um exemplo de um método de controlo biológico consiste na utilização de uma
linhagem de mosquitos machos geneticamente modificados (mosquitos transgénicos), que são
libertados na Natureza para se reproduzir transmitindo um gene que provoca a morte dos descendentes
antes de atingirem a fase adulta.
Fig.1
Adaptado de http://www.biogents.com/cms/website.php?id=/en/traps/mosquitoes/tiger_mosquitoes.htm
[consultado em outubro de 2016]
1. A transmissão do vírus dengue ao ser humano ocorre _____ à postura de ovos e _____ à produção
de óvulos pela fêmea.
(A) previamente (...) previamente (C) previamente (…) posteriormente
(B) posteriormente (…) previamente (D) posteriormente (…) posteriormente
Página 1 de 10
4. O ciclo de vida do mosquito inclui uma fase aérea e uma fase aquática. A fase aquática inclui ______,
que pertencem à ______.
(A) as larvas e as pupas (…) haplofase (C) apenas as larvas (…) haplofase
(B) as larvas e as pupas (…) diplofase (D) apenas as pupas (…) diplófase
5. Assumindo-se numa célula de larva em G1 uma quantidade inicial de DNA de 2Q, pode considerar-
se que, num ciclo celular__________, as quantidades de DNA no núcleo da célula no período G2 e
após a telofase são, respetivamente, de _____.
(A) meiótico (…) 2Q e de 4Q (C) meiótico (…) 4Q e de 2Q
(B) mitótico (…) 2Q e de 4Q (D) mitótico (…) 4Q e de 2Q
8. Nas 15 horas após a postura, os ovos de A. aegypti adquirem rapidamente resistência à perda de
água e permanecem viáveis e sem eclodir até aos 450 dias. Explique de que modo esta resistência
dos ovos é uma vantagem adaptativa para o mosquito.
10. Explique por que razão os cientistas decidiram criar apenas uma linhagem masculina de mosquitos
transgénicos para combater o agente transmissor do vírus dengue.
Página 2 de 10
11. Faça corresponder a cada uma das afirmações, expressas na coluna A, a respetiva designação,
que consta da coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
a. Ascensão dos cromossomas-irmãos para polos opostos do fuso
1. Anafase I
acromático.
2. Telofase I
b. Descondensação dos cromossomas e formação de dois núcleos
3. Anafase II
haploides.
4. Metafase II
c. Condensação máxima dos cromossomas e formação da placa
5. Telofase II
equatorial.
Grupo II
Muitos parasitas que afetam os seres humanos são protistas, com ciclos de vida complexos. O
género Trypanosoma inclui a espécie T. brucei, responsável pela doença do sono, endémica do
continente africano, e a espécie T. cruzi, que causa a doença de Chagas, presente nas regiões tropicais
do continente americano. Estas duas doenças tropicais são transmitidas a partir de picadas de insetos
que funcionam como vetores de transporte dos protistas.
Na doença do sono, os humanos são contaminados pela picada da mosca tsé-tsé (Glossina). Os
protistas flagelados multiplicam-se no sangue por bipartição e espalham-se pelo cérebro. Os sintomas
iniciais da infeção incluem desorientação, dificuldade em dormir e falta de coordenação. Se não for
tratada, pode causar muito cansaço e sono, sendo fatal em estádios mais avançados.
Os parasitas podem passar dos humanos para as moscas, quando picam os humanos para se
alimentarem do seu sangue. Os parasitas reproduzem-se por bipartição no aparelho digestivo da mosca
e infetam as glândulas salivares, onde se multiplicam ativamente. Ao picarem novos humanos, as
moscas transmitem os parasitas causadores da doença do sono.
Análises genéticas recentes aos parasitas presentes nas glândulas salivares dos insetos permitiram
detetar a expressão de genes associados à meiose, tendo sido observadas células que interagem pelos
seus flagelos e que se fundem, funcionando como possíveis gâmetas.
Página 3 de 10
1. Classifique o tipo de meiose presente na T. brucei, com base no momento em que ocorre, no seu
ciclo de vida.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) III é verdadeira; I e II são falsas. (D) I e II são verdadeiras; III é falsa.
8. Em 1993, foi identificado um novo nucleótido de DNA em T. brucei, designado por base J, presente,
preferencialmente, nas sequências nucleotídicas dos telómeros e no final de alguns genes. A estirpe
de T. brucei incapaz de sintetizar a base J, apresenta um aumento do comprimento do mRNA e,
em muitas situações, originava a morte dos parasitas.
9. Faça corresponder cada uma das afirmações expressas na coluna A ao respetivo termo,
na coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
(a) Formação de um invólucro nuclear em redor de um conjunto (1) Telófase II
haploide de cromossomas, formados por dois cromatídios (2) Prófase I
cada. (3) Metáfase
(b) Alinhamento dos cromossomas na placa equatorial. (4) Telófase I
(c) Espiralização dos cromossomas homólogos emparelhados. (5) Prófase II
Grupo III
Os lagostins da espécie Procambarus fallax eram originários da América do Norte e foram importados
por lojas europeias que comercializavam animais para aquários. Em 1995, apareceu, num aquário na
Alemanha, um lagostim mutante da espécie P. fallax. A mutação originou células com 3n cromossomas
e modificou a sua capacidade de se reproduzir, passando a desenvolver-se a partir de ovos não
fecundados. Estes ovos formam-se por mitoses sucessivas e cada lagostim consegue produzir centenas
de ovos por postura. Toda a descendência é composta por fêmeas. Em termos genéticos, os lagostins
da espécie Procambarus fallax possuem 92 pares de cromossomas.
Embora os lagostins mutantes sejam semelhantes aos da espécie Procambarus fallax, as
diferenças genéticas e a incapacidade de se cruzarem entre si levaram alguns cientistas a considerarem
uma nova espécie – Procambarus virginalis.
A figura representa o ciclo de vida da nova espécie de lagostim. Esta espécie está a espalhar-se
rapidamente pelos lagos e cursos de água europeus. Em 2007, foi introduzida na ilha de Madagáscar,
causando o decréscimo significativo das populações de lagostim autóctones.
Figura 3.
Baseado em https://nyti.ms/2nKQ1QV; https://go.nature.com/2VW9nTy [consult. janeiro 2019]
Página 5 de 10
1. A figura representa o ciclo de vida _____do lagostim, em que _____ verifica a ocorrência de meiose
e fecundação.
(A) assexuado … se (C) sexuado … não se
(B) sexuado … se (D) assexuado … não se
5. O aparecimento de lagostins com 3n cromossomas pode ser explicado por progenitores ancestrais
da espécie P. fallax terem produzido
(A) um gâmeta diploide, que se fundiu com outro gâmeta haploide.
(B) só gâmetas masculinos e femininos contendo 184 cromossomas.
(C) só gâmetas masculinos e femininos contendo 92 cromossomas.
(D) gâmetas com alteração no número de alguns pares de cromossomas específicos.
6. Mencione três fenómenos responsáveis pelo aumento da variabilidade genética dos seres vivos que
se reproduzem sexuadamente.
8. Procambarus fallax e Procambarus virginalis são seres que pertencem à mesma _____, mas não à
mesma _____.
(A) espécie … subespécie (C) espécie … família
(B) ordem … subespécie (D) ordem … família
Página 6 de 10
10. Os lagostins com 3n cromossomas não conseguem produzir gâmetas. Explique este facto com
fenómenos que ocorrem na prófase I.
11. Diversos estudos sugerem que as espécies que se reproduzem de forma assexuada sofrem
extinção a uma taxa superior às espécies que se reproduzem sexuadamente.
Explique em que medida estes dados são relevantes para o estudo dos impactes da
micropropagação vegetativa de plantas com interesse agrícola.
Grupo IV
A Ulva rigida, de nome comum alface-do-mar, tal como todas as algas, não possui diferenciação em
raízes, folhas e tecidos de transporte e não produz flores nem sementes. A sua cor verde deve-se à
clorofila presente nos cloroplastos. É considerada uma espécie marinha cosmopolita, encontrando
habitats desde o Ártico ao Antártico, percorrendo as latitudes das costas continentais do Atlântico, Índico
e Pacífico, inclusive as ilhas oceânicas. É frequente encontrar esta alga em todo o sistema litoral do
arquipélago dos Açores, nomeadamente, na zona de marés, em rochas expostas e nas poças.
Ulva rigida é uma espécie em que ocorre a separação de sexos, existindo indivíduos do sexo
masculino e indivíduos do sexo feminino. A reprodução dá-se por zoósporos tetraflagelados e por
gâmetas biflagelados que são libertados para a água, onde realiza uma fecundação externa a partir da
qual se dá a formação de um zigoto que se desenvolve num novo indivíduo. A reprodução vegetativa,
por fragmentação, é muito comum em algumas populações.
Baseado em
Magalhães, B. (2014). Avaliação
do efeito da temperatura e luz no
crescimento in vitro de Ulva rigida
(Dissertação de Mestrado, Universidade dos Açores) (consult. jan 2020)
3. Ulva rigida é uma espécie com uma grande capacidade de proliferação e de adaptação a diversos
habitats mundiais. Relacione os tipos de reprodução realizados pela alga com o seu sucesso dispersivo
e adaptativo.
Página 7 de 10
4. Num ciclo celular normal de Ulva rigida, durante a fase S, a estrutura dos cromossomas sofre
alterações
(A) devido ao aumento da síntese proteica.
(B) devido ao aumento da condensação da cromatina.
(C) passando a ser constituídos por dois cromatídios resultantes da transcrição do DNA.
(D) passando a ser constituídos por dois cromatídios resultantes da replicação semiconservativa do
DNA.
6. Em Ulva rígida, os processos envolvidos na meiose II são semelhantes à mitose, uma vez que, em
ambas as divisões,
(A) a ploidia dos núcleos é mantida.
(B) ocorre a replicação do DNA.
(C) se originam células-filhas diploides.
(D) se verifica o emparelhamento dos cromossomas homólogos.
7. O facto de os cloroplastos de Ulva rigida se replicarem por bipartição, à semelhança do que acontece
com a maioria dos procariontes atuais, apoia a hipótese
(A) autogénica para a origem das células eucarióticas.
(B) endossimbiótica para a origem das células procarióticas.
(C) endossimbiótica, que pretende explicar a origem dos eucariontes unicelulares.
(D) autogénica, que pretende explicar a origem dos eucariontes unicelulares.
Grupo V
As clamidomonas incluem algas verdes unicelulares que possuem dois flagelos para se deslocarem na
água. São organismos amplamente distribuídos, em particular no solo e nos ambientes de água doce,
e adaptam--se rapidamente às variações do meio.
As clamidomonas, em especial Chlamydomonas reinhardtii, são muito usadas como modelos
experimentais para o estudo da fotossíntese, do funcionamento dos flagelos e da resposta das células
à luz.
A espécie C. reinhardtii é haploide e pode crescer num meio simples contendo sais inorgânicos e na
presença de luz. Também sobrevivem no escuro, se estiver presente acetato como fonte de carbono.
Se o nitrogénio (azoto) for removido do meio de cultura, as células haploides fundem-se e formam um
zigósporo, que possui um revestimento resistente que protege a célula de condições ambientais
adversas por longos períodos de tempo.
Página 8 de 10
Figura 5
5. Classifique o tipo de divisão meiótica que pode ocorrer no ciclo de vida das clamidomonas.
(A) Paragem do crescimento celular, de forma a preparar a célula para a síntese de DNA e divisão
celular.
(B) Ocorrência da meiose.
(C) Replicação do material genético da entidade haploide.
(D) Libertação das células juvenis para o meio ambiente.
(E) União dos gâmetas com formação do zigoto.
(F) Formação de um revestimento externo protetor em relação às condições ambientais.
Página 9 de 10
7. Nos lagos, os zigósporos após a sua formação tendem a depositar-se no fundo, onde ficam em
latência à espera que as condições ambientais melhorem.
Explique, numa perspetiva darwinista, este mecanismo de adaptação.
Coluna A Coluna B
Página 10 de 10