RômuloDeOliveiraAzevêdo_Dissert

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

ANÁLISE DE FATORES DETERMINANTES NA VIABILIDADE ECONÔMICA DE


INVESTIMENTOS EM ENERGIA SOLAR E EÓLICA

RÔMULO DE OLIVEIRA AZEVÊDO

JOÃO PESSOA – PB
2020
RÔMULO DE OLIVEIRA AZEVÊDO

ANÁLISE DE FATORES DETERMINANTES NA VIABILIDADE ECONÔMICA DE


INVESTIMENTOS EM ENERGIA SOLAR E EÓLICA

Projeto de dissertação submetido ao exame de


defesa do mestrado no Programa de Pós-
Graduação em Engenharia de Produção da
Universidade Federal da Paraíba.

Orientador: Prof. Dr. Paulo Rotella Junior

JOÃO PESSOA – PB
2020
AGRADECIMENTOS

À minha mãe Luci Augusta de Oliveira por todo apoio e incentivo à minha educação,
por estar sempre ao meu lado me ajudando nos momentos difíceis e compartilhando alegrias.

Aos meus amigos e colegas que me incentivam e ajudam de alguma forma na minha
caminhada.

Agradeço ao meu orientador Paulo Rotella Junior pela paciência e por toda ajuda na
caminhada do meu processo de mestrado e a todos os professores e colaboradores do Programa
de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP), por compartilharem conhecimento e
pela disposição em ajudar.

Agradeço também a todos os componentes da minha banca pela disposição e pelas


contribuições ao trabalho de pesquisa.

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela


concessão da bolsa de estudo durante o período de mestrado.

Agradeço a Deus pela vida e a todos que acreditam e torcem por mim.
RESUMO

A crescente demanda por eletricidade e a crise ambiental e energética no mundo vêm


destacando estudos sobre fontes alternativas de energia, que possam suprir essa demanda e
mitigar os danos causados ao meio ambiente. Energias renováveis, como a energia eólica e a
energia solar, são as principais fontes de energia alternativa buscadas no mundo por serem
consideradas fontes limpas de energia e abundantes em quase todo o planeta. Embora seja
necessário instalar tais fontes de energia, é essencial avaliar os fatores que impactam na
viabilidade econômica dos projetos, a fim de facilitar e incentivar investidores na instalação
destas fontes renováveis de energia. Portanto, o objetivo desta pesquisa é apresentar um quadro
analítico sistemático, a fim de identificar e analisar os principais fatores que impactam no
estudo de viabilidade financeira de um projeto para instalação de usinas eólicas e solares. Para
isso, foi realizada uma revisão sistemática da literatura (RSL) por meio do Web of Science
(WoS), a fim de analisar os principais estudos relacionados ao tema e identificar os principais
fatores que podem afetar financeiramente o investimento em tais fontes de energia. Os
processos de RSL envolveram basicamente três etapas: a etapa de entrada; a etapa de
processamento; e a etapa de saída. Foram realizadas duas pesquisas de trabalhos: a primeira
para os estudos sobre a viabilidade econômica de energia eólica; e a segunda para os estudos
sobre a viabilidade econômica de energia solar. Os fatores encontrados nos dois processos
foram classificados em cinco categorias: (i) fatores de localização; (ii) fatores econômicos; (iii)
fatores políticos; (iv) fatores climáticos e ambientais; e (v) fatores técnicos. No caso da energia
solar, 29 fatores que exercem influência foram identificados. Dentre eles, destacamos os custos
iniciais de investimento, geração de energia, operação e manutenção, radiação solar, eficiência,
tarifa de energia, consumo de eletricidade e juros e impostos. Já, no caso da energia eólica, 23
parâmetros foram identificados como fatores de impacto, sendo a potência instalada o fator de
maior destaque, presente em todos os estudos da amostra final, seguido pelo custo de
investimento, a velocidade do vento, o tempo de vida útil e o custo de operação e manutenção.
Os resultados podem ajudar formuladores de políticas, investidores, pesquisadores e outros
stakeholders a identificar os principais fatores que estão sendo examinados na literatura e a
avaliar quais devem ser considerados em seu estudo para garantir um desenvolvimento
sustentável da geração de energia por meio destas fontes.

PALAVRAS-CHAVE: Energias renováveis; Energia solar; Energia eólica; Viabilidade


econômica; Revisão sistemática.
ABSTRACT
The growing demand for electricity and the environmental and energy crisis in the world have
highlighted studies on alternative sources of energy, which can supply this demand and mitigate
the damage caused to the environment. Renewable energies, such as wind and solar energy,
are the main sources of alternative energy sought in the world because they are considered
clean and abundant sources of energy in almost the entire planet. Although it is necessary to
install such energy sources, it is essential to assess the factors that impact on the economic
viability of the projects, in order to facilitate and encourage investors in the installation of these
renewable energy sources. Therefore, the objective of this research is to present a systematic
analytical framework, to identify and analyze the main factors that impact on the financial
feasibility study of a project for the installation of wind and solar plants. For that, a Systematic
Literature Review (RSL) was carried out through the Web of Science (WoS), in order to analyze
the main studies related to the theme and to identify the main factors that can financially affect
the investment in such energy sources. The RSL processes basically involved three stages: the
entry stage; the processing step; and the exit step. Two research studies were carried out: the
first for studies on the economic viability of wind energy; and the second for studies on the
economic viability of solar energy. The factors found in the two RSL processes were classified
into five categories: (i) location factors; (ii) economic factors; (iii) political factors; (iv)
climatic and environmental factors; and (v) technical factors. In the case of solar energy, 29
influencing factors have been identified. Among them, we highlight the initial investment costs,
energy generation, operation and maintenance, solar radiation, efficiency, energy tariff,
electricity consumption and interest and taxes. In the case of wind energy, 23 parameters were
identified as impact factors, with installed power being the most prominent factor, present in
all studies of the final sample, followed by investment cost, wind speed, time of useful life and
the cost of operation and maintenance. The results can help policy makers, investors,
researchers and other stakeholders to identify the main factors being examined in the literature
and to assess which ones should be considered in their study to ensure sustainable development
of energy generation through these sources.

KEYWORDS: Renewable energy; Solar energy; Wind energy; Economic viability; Systematic
review.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Modelo de condução da RSL em três etapas ........................................................... 15


Figura 2 - Síntese da filtragem dos artigos da primeira RSL após leitura ................................ 17
Figura 3 - Síntese das etapas de leitura dos artigos da segunda RSL ....................................... 20
Figura 4 - Evolução do número de publicações por ano da RSL sobre energia eólica ............ 21
Figura 5 - Mapa de localização de publicações da amostra da RSL sobre energia eólica ....... 22
Figura 6 - Número de publicações por país da RSL sobre energia eólica ................................ 22
Figura 7 - Número e média de citações dos artigos mais citados da amostra da RSL sobre
energia eólica ............................................................................................................................ 23
Figura 8 - Evolução de citações dos autores ao longo dos anos da RSL sobre energia eólica . 24
Figura 9 - Mapa de dados bibliográficos das principais palavras-chave da RSL sobre energia
eólica......................................................................................................................................... 25
Figura 10 - Principais fatores identificados na amostra da RSL sobre energia eólica ............. 25
Figura 11 - Evolução do número de publicações por ano da amostra final da RSL sobre
energia solar.............................................................................................................................. 40
Figura 12 - Mapa de publicações da amostra da RSL sobre energia solar ............................... 41
Figura 13 - Número de publicações por país da RSL sobre energia solar ............................... 41
Figura 14 - Número e média de citações dos artigos mais citados da amostra da RSL sobre
energia solar.............................................................................................................................. 42
Figura 15 - Evolução de citações dos autores ao longo dos anos da RSL sobre energia solar 43
Figura 16 - Mapa de dados bibliográficos das principais palavras-chave da RSL sobre energia
solar .......................................................................................................................................... 44
Figura 17 - Fatores de impacto no investimento de energia solar ............................................ 45
LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Termos de busca da RSL sobre energia eólica ........................................................ 16


Quadro 2: Termos de busca da RSL sobre energia solar .......................................................... 19
Quadro 3: Fatores identificados nas referências da RSL sobre energia eólica ......................... 26
Quadro 4: Resumo dos fatores de impacto identificados na RSL sobre energia solar ............. 45
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

IEA International Energy Agency


TPES Fornecimento total de energia primária
MME Ministério de Minas e Energia
ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica
RSL Revisão Sistemática da Literatura
WoS Web of Science
VPL Valor Presente Líquido
O&M Operação e Manutenção
FIT feed-in tariffs
BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
RPM Rotação por minuto
TIR Taxa Interna de Retorno
LED Diodo emissor de luz
BIPV Painéis fotovoltaicos integrados à construção
WACC Custo médio ponderado de capital
RADR Taxa de desconto ajustada ao risco
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 15
1.1 OBJETIVOS ............................................................................................................................... 16
1.1.1 Objetivo geral ....................................................................................................................... 16
1.1.2 Objetivos específicos............................................................................................................ 17
1.2 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................ 17
1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................................................ 18
2. METODOLOGIA................................................................................................................. 18
2.1 RSL SOBRE A PERSPECTIVA DA VIABILIDADE ECONÔMICA DE ENERGIA EÓLICA
........................................................................................................................................................... 19
2.1.1 Fase de entrada – Energia eólica .......................................................................................... 19
2.1.2 Fase de processamento – Energia eólica .............................................................................. 21
2.1.3 Fase de saída – Energia eólica.............................................................................................. 22
2.2 RSL SOBRE A PERSPECTIVA DA VIABILIDADE ECONÔMICA DE ENERGIA SOLAR 22
2.2.1 Fase de entrada – Energia solar ............................................................................................ 22
2.2.2 Fase de processamento – Energia solar ................................................................................ 23
2.2.3 Fase de saída – Energia solar ............................................................................................... 24
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................................ 24
3.1 ANÁLISE DE FATORES DE IMPACTO NO INVESTIMENTO DE ENERGIA EÓLICA .... 25
3.1.1 Caracterização da amostra final ........................................................................................... 25
3.1.2 Análise de rede de dados ...................................................................................................... 28
3.1.3 Fatores de impacto identificados .......................................................................................... 29
3.1.3.1 Fatores de localização ................................................................................................... 31
3.1.3.2 Fatores econômicos ....................................................................................................... 32
3.1.3.3 Fatores políticos ............................................................................................................ 35
3.1.3.4 Fatores climáticos e ambientais ..................................................................................... 37
3.1.3.5 Fatores técnicos ............................................................................................................. 40
3.2 ANÁLISE DE FATORES DE IMPACTO NO INVESTIMENTO DE ENERGIA SOLAR ..... 43
3.2.1 Caracterização da amostra final ........................................................................................... 43
3.2.2 Análise de rede de dados ...................................................................................................... 47
3.2.3 Fatores de impacto identificados .......................................................................................... 48
3.2.3.1 Fatores de localização ............................................................................................... 52
3.2.3.2 Fatores econômicos ................................................................................................... 54
3.2.3.3 Fatores políticos ........................................................................................................ 58
3.2.3.4 Fatores climáticos e ambientais ................................................................................. 63
3.2.3.5 Fatores técnicos ......................................................................................................... 66
4. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 71
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 76
APÊNDICE A – SÍNTESE DA AMOSTRA FINAL DE ARTIGOS DA RSL SOBRE A
ENERGIA EÓLICA ................................................................................................................. 98
APÊNDICE B – SÍNTESE DA AMOSTRA FINAL DE ARTIGOS DA RSL SOBRE A
ENERGIA SOLAR ................................................................................................................ 103
15

1. INTRODUÇÃO

A geração de energia elétrica é essencial para a qualidade de vida e o desenvolvimento


humano, mas a forma com que essa energia é gerada pode causar danos ao meio ambiente e
prejudicar a vida do homem. O consumo em excesso de combustíveis fósseis, que resulta em
crises ambientais, e o fato de serem recursos limitados no planeta destacam a necessidade de
encontrar fontes alternativas de energia ilimitadas e limpas (QOLIPOUR et al. 2017).

Mohsin et al. (2018) argumentam que o uso de combustíveis fósseis resultará em danos
irreversíveis ao meio ambiente e ressalta que diversas nações no mundo estão em esforço para
fornecer energia limpa e sustentável até 2030. Segundo Serri et al. (2018), os benefícios de
produzir eletricidade a partir de fontes de energia renováveis e reduzir emissão de gases de
efeito estufa são conhecidos e promovidos desde 1997 pelo Protocolo de Kyoto.

Fontes de energia não renováveis têm sido utilizadas em grande escala no mundo e isso
vem causando preocupação diante desse cenário. De acordo com a International Energy Agency
(IEA, 2018), a eletricidade em 2016 ainda era dominada por fontes de combustíveis fósseis e o
fornecimento mundial total de energia primária (TPES) aumentou quase 2,5 vezes, entre 1971
e 2016, sendo o petróleo a fonte de combustível dominante (embora tenha caído de 44% para
32% do TPES). A IEA argumenta ainda a crescente redução percentual no uso de combustíveis
fósseis e percebe a tendência no crescimento da participação de energias renováveis como fonte
energética no mundo, tendo o investimento nessas fontes de energia aumentado, atingindo cerca
de 11% no ano de 2016.

Os recursos energéticos considerados renováveis incluem a energia solar, geotérmica,


eólica, biomassa, oceânica e hidroelétrica (HEPBASLI, 2008). As energias solar e eólica são
uns dos recursos que mais se destacam entre essas fontes energéticas no mundo pelos seus altos
potenciais de geração elétrica, porém suas explorações em alguns países ainda são baixas. No
Brasil, por exemplo, as usinas hidrelétricas têm dominância, enquanto as fontes de energia solar
e eólica ainda têm uma participação muito pequena. Segundo o Ministério de Minas e Energia
(MME, 2017), o Brasil tem cerca 2,2% da capacidade instalada de geração elétrica no mundo
e as fontes de energia solar contam com menos de 1% da matriz energética nacional, enquanto
as usinas hidrelétricas e termelétricas contam com quase 90% da capacidade total instalada de
geração elétrica no Brasil.

Como alternativas para suprir a demanda energética, reduzir gastos com energia e
atenuar os impactos ambientais, estão os sistemas de energias renováveis e dentro desses
sistemas se destacam as energias solar e eólica. De acordo com Villalva (2015), o sol é a
principal fonte de energia do nosso planeta e a terra recebe uma quantidade de energia solar,
em forma de luz e calor, suficiente para suprir milhares de vezes as necessidades mundiais,
porém pouco dessa energia é aproveitada. Fazelpour et al. (2017) afirmam que a capacidade de
energia eólica instalada no mundo tem crescido bastante e atingiu 432 GW em 2015, mas
também argumenta que antes de instalar um parque eólico é necessário avaliar o potencial
eólico, a viabilidade e custo operacional para evitar riscos de investimento e maximizar a
eficiência.

A energia solar fotovoltaica é a energia produzida da conversão direta da luz em


eletricidade através de células fotovoltaicas, que converte energia solar em energia elétrica
16

(IMHOFF, 2007). De acordo com Dutra et al. (2013), a energia solar destaca-se entre as outras
fontes por ser autônoma, não poluir em demasia o meio ambiente, por ser uma fonte de energia
inesgotável, renovável e que oferece grande confiabilidade.

Apesar das vantagens do uso de energia solar em respeito ao meio ambiente, o alto custo
de investimento nessa tecnologia pode causar o desinteresse de investidores. Oliveira et al.
(2018) afirmam que o valor do custo específico da energia fotovoltaica é mais elevado que
outras fontes de energia renováveis, porém um conjunto de baterias e inversores pode auxiliar,
tendo-se um ganho de escala e redução do custo específico, além de existir um enorme potencial
desta fonte de energia a ser explorado. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL, 2005), uma das restrições técnicas para a difusão de projetos de aproveitamento de
energia solar é a baixa eficiência dos sistemas de conversão de energia, o que torna necessário
o uso de grandes áreas para a captação de energia em quantidade suficiente para que o
empreendimento se torne economicamente viável.

Já, de acordo com a Aneel (2008), a energia eólica é, basicamente, aquela obtida da
energia cinética do vento, gerada pela migração das massas de ar provocada pelas diferenças
de temperatura existentes na superfície do planeta. Segundo Martins et al. (2008), a energia
cinética contida no vento é convertida em energia mecânica pelo giro das pás do rotor e
transformada em energia elétrica pelo gerador. Para Gomes et al. (2014), a energia eólica é
considerada uma das grandes esperanças de diversos países como meio de reduzir impactos
ambientais na geração de energia elétrica, mas alguns locais não possuem condições favoráveis
para a implantação de aerogeradores, devido a fatores como altitude, vento vegetação, entre
outros.

Segundo Castro (2009), os custos associados à instalação de aproveitamentos eólicos


dependem dos custos de instalação e do tipo de tecnologia usada, sendo, por isso, muitas
variáveis em função das fundações, acessos, transporte, ligação à rede, número de turbinas,
altura do rotor, tipo de gerador, sistema de controle, etc. De acordo com Oliveira et al. (2018),
dentre as fontes alternativas de energia na matriz brasileira, a energia eólica é a que mais vem
crescendo e sendo explorada, devido ao seu menor custo específico em relação às demais. Para
eles, a grande desvantagem da energia eólica é que para sua instalação são necessários locais
específicos que atendam a condições ótimas de geração e que compensem a instalação, além
do inconveniente da frequência, velocidade e incidência dos ventos, que apresentam grande
variação.

Como se pode perceber, são diversos os fatores que podem impactar na viabilidade
econômica dessas energias no mundo. Diante do exposto, surge o questionamento: “quais os
fatores que podem impactar na viabilidade econômica de projetos de energias eólica e solar?”.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo geral

Identificar e discutir os principais fatores de impacto em estudos de viabilidade


econômica de sistemas de energias solar e eólica.
17

1.1.2 Objetivos específicos

• Identificar os principais artigos de viabilidade econômica de fontes de energia eólica e


solar;
• Identificar e discutir fatores que afetam a viabilidade econômica de tais fontes;
• Classificar em categorias os fatores de impacto na viabilidade econômica de estudos
de energia eólica e solar;
• E, por fim, fornecer uma base de dados.

1.2 JUSTIFICATIVA

Algumas barreiras são enfrentadas quando se trata de substituir a energia convencional


por energia renovável, e uma das principais é a viabilidade financeira do investimento nessas
tecnologias. Diversos pesquisadores falam da necessidade de se explorar fatores que possam
inviabilizar um sistema de energia renovável e estudar formas de incentivo que possam facilitar
a viabilização desses projetos.

Pesquisadores tentam explorar as características econômicas que afetam a eletricidade


produzida e os custos totais envolvidos no desenvolvimento de sistemas de energias renováveis.
Estudar essas características é importante para se ater aos principais fatores que podem
colaborar ou inviabilizar um projeto (JIE et al. 2018). Por esses motivos, conhecer os
parâmetros que podem ser considerados de risco nesse tipo de análise é de grande interesse
acadêmico e dos investidores, reconhecendo o poder energético das fontes de energia solar e
eólica e a necessidade de se investir em fontes alternativas de energia.

Diversos são os fatores que podem influenciar na viabilidade econômica de energias


renováveis no mundo e os pesquisadores estão atentos ao que pode facilitar ou dificultar o uso
desse tipo de energia. De acordo com Karimi et al. (2019), a implementação de sistemas
fotovoltaicos no telhado, por exemplo, pode ser economicamente viável, porém os sistemas não
oferecem nenhum grande benefício econômico, por isso recomendam uma política de incentivo
onde os proprietários possam vender a eletricidade gerada pelos sistemas fotovoltaicos ao
governo. Viana et al. (2019) afirmam que o custo de investimento inicial em sistemas de
geração solar fotovoltaica é alto e isso dificulta o acesso a curto prazo, sendo necessárias
políticas aprimoradas para incentivar essa geração de energia.

Para Blanco (2009), o custo de investimento inicial da turbina eólica junto à conexão de
rede e obras civis representam até 80% do custo total do investimento e está entre os fatores
mais influentes, assim como o fator de capacidade (eficiência) da turbina. De acordo com Rocha
et al. (2018), o custo de investimento nas turbinas também é o fator que mais influencia na
viabilidade econômica de projetos de energia eólica, seguido de fatores como a velocidade do
vento e o preço da energia. Para Glassbrook et al. (2014), do ponto de vista ambiental, há muitas
vantagens na implementação de turbinas eólicas. Porém o alto custo de investimento dificulta
o interesse das pessoas, com isso ele ressalta a importância de incentivos do governo, e além
disso, a quantidade de energia gerada é muito importante para tornar o investimento viável
financeiramente e isso depende muito da variação do vento local. De acordo com Tervo et al.
(2018), a adição de armazenamento de energia por baterias é um fator que otimiza os sistemas
18

de energias renováveis e, para os locais estudados, representou um ganho substancial na


utilização de eletricidade do sistema.

Embora o número de trabalhos sobre estudos de viabilidade econômica em energias


renováveis tenha aumentado no mundo, poucos são os autores que exploram os fatores de
impacto na economia desses sistemas, mesmo sendo evidente a importância de conhecê-los.
Sendo assim, esse estudo buscará identificar, através dos principais parâmetros de impacto, de
que forma a geração de energia solar e eólica pode se tornar um investimento viável.

1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO

Esta dissertação foi estruturada e dividida em quatro capítulos. O capítulo 1 trouxe a


introdução, contextualizando o tema do trabalho, definindo o objetivo principal e os objetivos
específicos e abordando as justificativas para a pesquisa. O capítulo 2 apresentará a metodologia
utilizada, apontando os principais procedimentos metodológicos usados para atingir o objetivo
da pesquisa. O capítulo 3 será referente aos resultados e discussões, sendo este capítulo
subdividido em 2 seções: a primeira sobre a análise dos fatores de impacto na viabilidade
econômica de energia eólica, explorando os fatores de impacto identificados na literatura; e a
segunda sobre a análise dos fatores de impacto na viabilidade econômica de energia solar,
explanando os parâmetros identificados. E, por fim, o capítulo 4 trará as principais conclusões
referentes ao trabalho e sugestões para pesquisas futuras.

2. METODOLOGIA

Neste trabalho, a revisão sistemática da literatura foi utilizada a fim de auxiliar na busca
e agrupamento de artigos e revisões de pesquisa que tratassem da viabilidade econômica de
energias eólica e solar no mundo. Hart (1998) afirma que descobrir o que já é conhecido se faz
necessário antes de se iniciar qualquer estudo de pesquisa. Segundo Webster e Watson (2002),
uma revisão de literatura relevante anterior é uma característica essencial a qualquer projeto
acadêmico, e uma revisão efetiva da literatura é aquela que cria uma base sólida para o avanço
do conhecimento, facilita o desenvolvimento de teorias, fecha áreas onde existe uma infinidade
de pesquisas e descobre áreas onde a pesquisa é necessária. Para Okoli e Schabram (2010), um
dos propósitos das revisões da literatura é fornecer uma base teórica para pesquisas seguintes e
aprender a amplitude da pesquisa sobre um tópico de interesse. Rowley e Slack (2004)
argumentam que a construção de uma bibliografia é um processo contínuo desde o início da
pesquisa bibliográfica até a conclusão da revisão bibliográfica.

Nesta pesquisa, o processo de uma RSL foi utilizado com o objetivo de reunir uma
quantidade amostral de trabalhos sobre a viabilidade econômica de investimentos em energia
eólica e sobre a viabilidade econômica da energia solar no mundo, a fim de investigar e analisar
os manuscritos identificando parâmetros que possam impactar de alguma maneira na
viabilidade econômica desses sistemas de geração energética. Neste estudo foram realizados
dois processos de RSL, sendo o primeiro para reunir trabalhos sobre o tema de energia eólica e
o segundo para reunir trabalhos sobre a energia solar.
19

Levy e Ellis (2006) classificam a revisão da literatura como um processo sistemático


dividido basicamente em três etapas: Entrada, Processamento e Saída. Adaptando o modelo
desenvolvido pelos autores, para a RSL desta pesquisa, tem-se o processo em três fases: (i) o
processo de entrada - onde são definidos o problema de pesquisa, os objetivos, os termos de
busca, os critérios de inclusão ou de exclusão de manuscritos, os métodos e ferramentas a serem
utilizados; (ii) a etapa de processamento - onde será realizada a busca de trabalhos nas bases de
dados definidas, a análise dos resultados da busca, aplicação de filtros desejados para refinar a
busca e a documentação dos resultados; (iii) e por último a fase de saída – aqui será feita a
análise dos artigos finais da busca e construída de uma tabela de amostra final com a síntese da
pesquisar realizada. A Figura 1 mostra o modelo adaptado da condução da RSL em três etapas.

Figura 1 - Modelo de condução da RSL em três etapas

Processamento
• 1. Problema; • 1. Análise dos artigos finais;
• 2. Objetivos; • 2. Construção de tabela com a
• 3. Termos de busca; • 1. Busca nas bases de dados; síntese da pesquisa
• 4. Critérios de inclusão e • 2. Análise dos resultados da
exclusão; busca e realização de filtros;
• 5. Métodos e ferramentas. • 3. Documentação dos
resultados.

Entrada Saída

Fonte: adaptado de Levy e Ellis (2006).

2.1 RSL SOBRE A PERSPECTIVA DA VIABILIDADE ECONÔMICA DE ENERGIA


EÓLICA

O primeiro processo de RSL desta pesquisa consistiu em reunir estudos sobre a


viabilidade econômica na geração de energia eólica. As três fases da revisão foram seguidas e
são mostradas a seguir.

2.1.1 Fase de entrada – Energia eólica

Esta fase consiste na construção do planejamento da RSL. O primeiro passo foi a


definição do problema a ser estudado: “Quais são os fatores que exercem influência em estudos
de viabilidade econômica da energia eólica?”

Junto à definição do problema, foram alinhados os objetivos da pesquisa: Identificar


artigos científicos que abordam o tema de viabilidade econômica em energia eólica e, nestes,
verificar os fatores/ variáveis que impactam financeiramente, segundo os autores.
20

Seguindo nas etapas da fase de entrada, foram definidos os termos de busca. No início
da revisão, realizou-se uma busca de manuscritos focados no tema da problemática deste
estudo, identificando as principais palavras-chave que seriam, posteriormente, utilizadas na
pesquisa de artigos e revisões nas bases de dados.

Nesta pesquisa, a única base de dados selecionada foi a Web of Science (WoS), por ser
vista como uma base de dados confiável e com trabalhos relevantes e de qualidade publicados
em periódicos de impacto na literatura. O WoS inclui mais de 10.000 revistas e compreende
sete bancos de dados de citações diferentes, incluindo informações diferentes coletadas de
periódicos, conferências, relatórios, livros e séries de livros. Como o WoS é o banco de dados
de citações mais antigo, ele tem uma forte cobertura com dados de citações e dados
bibliográficos e tem a maior profundidade e maior qualidade (CHADEGANI et al. 2013).

Foram realizadas duas buscas com os mesmos termos, alternando o local de estrutura
nos quais estes termos deveriam ser encontrados nos trabalhos (entre os títulos ou os tópicos
dos trabalhos). Os termos de busca utilizados estão apresentados no Quadro 1 a seguir. A última
busca desta RSL foi realizada na base de dados em 31 de janeiro de 2020, incluindo todos os
trabalhos encontrados até o ano de 2019.

Quadro 1: Termos de busca da RSL sobre energia eólica


Localização
Termos de
Pesquisa na
busca
estrutura
(“economic
Pesquisa feasibility” Título E
1 ou Tópico
“economic
assessment”
ou
“economic
viability”)
Pesquisa E Tópico E
2 (“wind Título
energy” ou
“wind risk”
ou “wind
power”)
Fonte: autoria própria

Com os termos de busca definidos, determinou-se critérios de inclusão e/ou exclusão a


fim de refinar e melhorar a amostra, focando no objetivo deste trabalho. Os principais critérios
de inclusão de trabalhos na amostra foram definidos como:

a) Pesquisas aplicadas ao contexto mundial;


b) Pesquisas em formato de artigos e revisões, por fornecerem maior acessibilidade e
difusão do conteúdo para a comunidade acadêmica e profissional;
c) Disponibilidade de acesso ao conteúdo completo;
d) Literatura focada na avaliação econômica de energia eólica;
e) Trabalhos disponíveis na língua inglesa;
21

f) Trabalhos que não foram encontrados na busca, mas são considerados importantes para
a pesquisa.

No que se refere à exclusão dos trabalhos na amostra, os principais critérios usados


foram:

a) Falta de acesso ao conteúdo completo;


b) Duplicidade de trabalhos;
c) Trabalhos disponíveis apenas em idiomas diferentes do inglês;
d) Pesquisas com temas que fogem do objetivo deste trabalho.

Ainda durante a fase de entrada, foram determinadas as principais ferramentas e


procedimentos metodológicos a serem aplicados no refinamento da pesquisa. Foi usada a base
de dados Web of Science para obtenção dos manuscritos, o software bibliométrico VOSviwer
para análise de rede de dados, e o Microsoft Excel para trabalhar e sintetizar os resultados e
informações e na elaboração de gráficos de análise do conteúdo.

2.1.2 Fase de processamento – Energia eólica

Nesta fase foi realizada a busca na base de dados, selecionando os filtros que poderiam
melhorar essa busca, de acordo com o tema a ser estudado. O único filtro usado nos trabalhos
encontrados foi para selecionar aqueles disponíveis em formato de artigos e revisões. No
resultado da pesquisa, após os filtros, o número da amostra ficou em 219 manuscritos.

Da amostra de 219 manuscritos, por critérios de exclusão, restaram 214 trabalhos. Os


artigos que restaram foram submetidos à leitura, a fim de refinar ainda mais essa pesquisa. A
Figura 2 mostra uma síntese da filtragem dos artigos dessa revisão após leituras, identificando
o número de artigos em cada etapa.

Figura 2 – Síntese da filtragem dos artigos da primeira RSL após leitura

1º filtro: leitura de títulos, 2º filtro: leitura dos 3º filtro: leitura completa


resumos e palavras-chave resultados e conclusão dos artigos

Inicial: 214 trabalhos Inicial: 153 trabalhos Inicial: 130 trabalhos

Final: 153 trabalhos Final: 130 trabalhos Final: 120 trabalhos

Fonte: autoria própria

Na Figura 2 verifica-se que inicialmente tínhamos 214 artigos na busca, no entanto após
a leitura de títulos, resumos e palavras-chave essa busca foi reduzida para 153 trabalhos, pois
verificou-se que alguns dos temas tratados nos trabalhos fugiam do objetivo desta pesquisa,
analisando fontes de energia diferentes da eólica ou trabalhos que não tratavam do estudo de
viabilidade econômica.
22

Na segunda etapa de leitura foi dada atenção aos resultados e conclusão, pois era neles
que se encontrava a análise econômica com mais ênfase, podendo verificar se os manuscritos
de fato analisavam os fatores de impacto de acordo com o esperado. Nesta etapa a amostra
diminuiu de 153 para 130 trabalhos, pois alguns dos trabalhos foram excluídos da amostra por
não apresentarem os fatores de impacto na economia ou por não deixar claro a forma como os
fatores influenciavam na viabilidade econômica.

Na etapa final de leitura, os trabalhos foram submetidos à leitura completa e, após


concluída, a amostra final ficou com um número de 120 manuscritos.

Após as etapas de leitura e a seleção final dos artigos, ficou definida a amostra de
trabalho a ser analisada nesta pesquisa, com 120 manuscritos. Com a amostra definida, os
artigos foram separados e documentados para a realização do estudo, realizando anotações
necessárias e guardando as informações avaliadas como importantes que caracterizam os
trabalhos, a fim de atingir o objetivo da pesquisa ao final.

2.1.3 Fase de saída – Energia eólica

Esta é a fase de síntese e análise dos resultados da pesquisa. Nesta fase todos os artigos
da amostra final do primeiro processo de RSL foram analisados e apresentados em uma tabela
(ver Apêndice A).

2.2 RSL SOBRE A PERSPECTIVA DA VIABILIDADE ECONÔMICA DE ENERGIA


SOLAR

Esta seção trata do segundo processo de RSL do trabalho proposto. Semelhante ao


primeiro processo de RSL, este processo consistiu em reunir artigos que discutem a viabilidade
econômica de energia solar. As três fases da revisão foram seguidas e são mostradas a seguir.

2.2.1 Fase de entrada – Energia solar

Nesta primeira etapa, a definição do problema de pesquisa foi responder à questão:


“Quais são os fatores que exercem influência em estudos de viabilidade econômica da energia
solar?”

Na sequência os objetivos da pesquisa foram definidos: localizar e agrupar trabalhos


sobre o tema de viabilidade econômica em energia solar e identificar neles os fatores que podem
ter impacto na viabilidade financeira.

Assim como no processo de RSL da energia eólica, a única base de dados utilizada aqui
foi a Web of Science.

Por perceber resultados de busca diferentes, foram feitas duas pesquisas utilizando os
mesmos termos de busca definidos na fase de entrada, alternando-se apenas o local da estrutura
nos quais estes termos deveriam ser encontrados nos artigos (nos títulos ou nos tópicos dos
estudos). O Quadro 2 a seguir apresenta os termos de busca que foram definidos e usados na
23

base de dados. A última busca realizada nesta RSL na base de dados foi feita em 18 de janeiro
de 2020.

Quadro 2: Termos de busca da RSL sobre energia solar


Localização
Termos de
Pesquisa na
busca
estrutura
(“economic
Pesquisa feasibility” ou Título E
1 “economic Tópico
assessment” ou
“economic
viability”)
E
Pesquisa (“solar Tópico E
2 energy” ou Título
“solar power”
ou
“photovoltaic”)
Fonte: autoria própria

Depois que os termos de busca foram determinados para a pesquisa na base de dados,
os mesmos critérios de inclusão e/ou exclusão da primeira RSL foram aplicados para refinar e
melhorar a amostra, focando no objetivo desta pesquisa.

Por fim, assim como no primeiro processo de RSL, as principais ferramentas e


metodologias utilizadas no refinamento da pesquisa foram definidas. A base de dados Web of
Science (WoS) foi utilizada para a obtenção dos manuscritos, o software bibliométrico
VOSviwer foi usado para a análise de rede de dados, e o Microsoft Excel foi a ferramenta
utilizada para trabalhar na síntese dos resultados e informações e na elaboração de gráficos de
análise do conteúdo.

2.2.2 Fase de processamento – Energia solar

A busca na base de dados foi efetivamente realizada nesta fase, utilizando os termos de
busca definidos na fase anterior e se aplicando os filtros que poderiam melhorar essa busca, de
acordo com o tema deste trabalho. O único filtro usado nesta busca dos trabalhos encontrados
diz respeito ao formato destes manuscritos, para selecionar apenas aqueles disponíveis em
formatos de artigos ou revisões, por serem formatos mais adequados e relevantes para esta
pesquisa. No resultado da busca, após a aplicação dos filtros, o número da amostra inicial foi
de 485 trabalhos.

Com o resultado da amostra inicial, seguiu-se a fase de processamento com a aplicação


dos critérios de inclusão e/ou exclusão que foram definidos no início, para melhorar ainda mais
a amostra de trabalhos. De acordo com a aplicação destes critérios, da amostra inicial de 485
restaram 471 trabalhos. Os artigos que restaram na amostra foram então submetidos à leitura, a
fim de refinar ainda mais a busca através do estudo dos manuscritos. A Figura 3 apresenta um
resumo das etapas de leitura dos artigos dessa revisão, mostrando o número de artigos restantes
após cada etapa.
24

Figura 3 – Síntese das etapas de leitura dos artigos da segunda RSL

1º filtro: leitura de títulos, 2º filtro: leitura dos 3º filtro: leitura completa


resumos e palavras-chave resultados e conclusão dos artigos

Inicial: 471 trabalhos Inicial: 366 trabalhos Inicial: 247 trabalhos

Final: 366 trabalhos Final: 247 trabalhos Final: 234 trabalhos

Fonte: autoria própria

Na Figura 3 verifica-se que a princípio tínhamos 471 artigos na busca, mas depois da
leitura de títulos, resumos e palavras-chave esse número foi reduzido para 366 artigos, pois
alguns dos temas tratados nos manuscritos encontrados inicialmente estavam fora do escopo
desta pesquisa.

Seguindo na leitura dos estudos, na segunda etapa foram lidos os resultados e conclusões
por resumir e apresentar os principais conteúdos dos manuscritos, na qual se poderia verificar
se os manuscritos de fato tratavam da viabilidade econômica de energia solar e analisavam os
fatores de impacto de acordo com o esperado. Nesta etapa a amostra diminuiu de 366 para 247
artigos.

Na última etapa de leitura, os trabalhos restantes da amostra foram submetidos à leitura


completa e, após concluída, a amostra final do trabalho ficou definida com um número de 234
manuscritos.

Finalizada a etapa de leitura dos artigos e revisões, a amostra final desta pesquisa ficou
definida com um número de 234 manuscritos. Com essa amostra definida, os trabalhos foram
separados e documentados para a realização final do estudo, separando informações e anotações
necessárias que foram avaliadas como importantes para a caracterização dos estudos, a fim de
atingir o objetivo da pesquisa ao final.

2.2.3 Fase de saída – Energia solar

Nesta fase foi feita a síntese e análise dos resultados da pesquisa. Aqui todos os artigos
da amostra final do segundo processo de RSL foram analisados e sintetizados em uma tabela
(ver Apêndice B).

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Neste capítulo serão apresentadas as análises e discussões dos fatores de impacto


identificados nos processos de RSL, exibindo os principais resultados das análises das buscas,
discutindo as principais informações e características dos trabalhos das amostras, a fim de
25

conhecer o perfil dos trabalhos pelo número de citações e relevância na literatura, o ano em que
foram publicados e os locais onde foram feitos os estudos. Além disso, também serão mostradas
e analisadas as principais palavras-chave utilizadas nas pesquisas da amostra. Ao final, como
objetivo principal deste trabalho, os fatores de impacto identificados na amostra final serão
apresentados, discutidos e classificados em categorias, de acordo com o ponto de vista ao qual
se enquadram.

3.1 ANÁLISE DE FATORES DE IMPACTO NO INVESTIMENTO DE ENERGIA


EÓLICA

Da amostra de trabalhos da RSL sobre energia eólica, 120 estudos foram analisados.
Nesta seção será exposta a análise da amostra final e, por fim, serão discutidos os parâmetros
identificados como fatores de impacto na viabilidade econômica de energia eólica.

3.1.1 Caracterização da amostra final

Ano de publicação: O primeiro artigo encontrado na pesquisa foi publicado no ano de


1984 e até meados de 2010 se nota que não havia muito estudo em viabilidade econômica de
energia eólica, porém observa-se um crescimento de publicações na última década. Isso reflete
o interesse cada vez maior por fontes de energia renovável, em especial a energia eólica. A
Figura 4 apresenta um gráfico da evolução de trabalhos publicados ao longo dos anos.

Figura 4 – Evolução do número de publicações por ano da RSL sobre energia eólica
18

16

14

12

10

0
1984 1989 1994 1999 2004 2009 2014 2019

Fonte: autoria própria

Local de publicação: Foi observado que o local de estudo da viabilidade econômica em


energia eólica tem influência no resultado da avaliação, pois fatores como velocidade do vento,
custo de eletricidade, políticas públicas, entre outros que dependem do local, têm um grande
alcance no impacto econômico desses estudos. Por esse motivo, torna-se importante conhecer
os principais locais onde esses trabalhos estão sendo realizados. A Figura 5 apresenta um mapa
de localização, nela se observa um maior número de publicações no Brasil, o que era esperado
visto que foram incluídos artigos importantes de origem brasileira na busca inicial da amostra.
26

Além do Brasil, nota-se interesse nesse tipo de estudo em regiões como o Irã, com 10
publicações na amostra, Estados Unidos com 9 publicações, na Espanha com 8 publicações, na
China com 6 publicações, e em países como Turquia e Canadá que aparecem com 5 publicações
cada. Além destes, outros países aparecem na amostra com um número de 1 a 4 publicações,
totalizando 46 países de publicações (ver Figura 6). Observa-se também uma concentração em
países da Europa e na região sul da Ásia, isso ocorre pela dependência desses países por fontes
de energia como o petróleo, cada vez mais escasso e a preços elevados, e também pela alta
demanda energética destes países e a necessidade de atender essa demanda e reduzir os
impactos ambientais.

Figura 5 – Mapa de localização de publicações da amostra da RSL sobre energia eólica

Fonte: autoria própria

Figura 6 – Número de publicações por país da RSL sobre energia eólica


12
10
9
8
6
5 5
4 4 4 4
3 3 3 3
2 2 2 2 2 2
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Estados Unidos

Canadá

Grécia

Bélgica

Omã
Nigéria

Argélia

Austrália
Argentina

Myanmar

México
Irã

Espanha
China

Coreia do Sul
Alemanha

Egito

Gana

Chipre
Croácia
Dinamarca

França
Índia

Itália

Suécia

Colômbia
Jordânia

Zimbábue
Brasil

Paquistão

Inglaterra

Tailândia

Escócia

Irlanda

Ucrânia
Líbano
Bangladesh

Kuwait
Turquia

Chile

Malásia

Portugal

Taiwan

Uzbequistão
África do Sul

Arábia Saudita

Fonte: autoria própria

Número de citações: O número de citações de cada trabalho mostra a relevância que


eles têm na literatura e o interesse em estudos no tema desta pesquisa. A Figura 7 mostra os 15
artigos mais citados da amostra, com os trabalhos com mais de 30 citações no total, nela se
pode observar que trabalhos realizados antes de 2010 ainda têm grande relevância na literatura.
27

Referências como Blanco (2009), Greenblatt et al. (2007) e Diaf et al. (2008) aparecem com
mais de 100 citações, sendo as publicações com maior número de citações da amostra.

Além disso, a importância dos trabalhos na literatura pode ser observada pela média de
citações por ano destes trabalhos, que reflete a intensidade com que estes manuscritos estão
impactando na literatura. Como exemplo, trabalhos mais recentes como os de Madlener e Latz
(2013), Adaramola el al. (2014), Mohammadi e Mostafaeipour (2013), Fazelpour et al. (2015)
e Da Silva et al. (2016), apesar de terem um número não muito grande no total de citações,
surgem com uma média alta, o que revela que estes trabalhos têm tido grande importância na
literatura recente. A Figura 8 ilustra a evolução de citações dos 15 trabalhos mais citados da
amostra ao longo do tempo, nela pode-se observar que trabalhos mais antigos como o de
Desrochers et al. (1986), que era praticamente o único citado no início, vem sido menos citado
à medida que novos trabalhos vão surgindo e ganhando espaço na literatura a respeito do tema,
como também se pode observar que a literatura mais recente está cada vez mais explorando
novos e variados trabalhos, com isso surge uma concorrência maior em citações conforme os
anos passem.

Figura 7 – Número e média de citações dos artigos mais citados da amostra da RSL sobre energia eólica
350 35,00
300 30,00
250 25,00
200 20,00
150 15,00
100 10,00
50 5,00
0 0,00

Número total de citações do artigo Média de citações por ano

Fonte: autoria própria


28

Figura 8 – Evolução de citações dos autores ao longo dos anos da RSL sobre energia eólica
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1998

2013
1989
1990
1991
1992
1995
1996

1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012

2014
2015
2016
2017
2018
Blanco (2009) Greenblatt et al. (2007)
Diaf et al. (2008) Soderholm et al. (2007)
Madlener & Latz (2013) Richardson & Mcnerney (1993)
Kaldellis & Gavras (2000) Adaramola et al. (2014)
Silva et al. (2016) Ngala et al. (2007)
Desrochers et al. (1986) Mohammadi & Mostafaeipour (2013)
Moran & Sherrington (2007) Fazelpour et al. (2015)
Simic et al. (2013)

Fonte: autoria própria

3.1.2 Análise de rede de dados

Com o uso do VOSviwer, foi feita uma análise de rede dos dados da amostra para as
principais palavras-chave, a fim de observar quais os principais termos usados na busca destes
trabalhos e as ligações entre eles. Para esta análise foi criado um mapa baseado nos dados
bibliográficos, selecionando os dados da amostra final dos 120 trabalhos. O tipo de análise
selecionado foi de “co-ococrrence”, o método de contagem “full counting” e a unidade de
análise “author keywords”. Optou-se por um mínimo de ocorrências de palavras-chave igual a
3, para que o mapa mostre todos os termos que aparecem em pelo menos 3 trabalhos. Ao final
da análise, foram identificadas 22 palavras-chave e o mapa de dados foi criado no modo
“overlay visualization”, onde é possível analisar a evolução dos termos utilizados ao longo dos
anos (ver Figura 9).

Pode-se perceber que o termo “wind energy” é o que aparece com mais frequência, o
que já era esperado, pois este foi um dos principais termos usados na busca desta pesquisa.
Além disso, também é possível notar que termos mais recentes estão sendo utilizados, como
“wind speed”, “wind power density”, “net present value” e “offshore wind energy”, enquanto
termos como “economic analysis” e “economic viability” foram utilizados na literatura mais
antiga e não aparecem mais com tanta frequência, o que significa que estão sendo menos usados
atualmente na literatura.
29

Figura 9 – Mapa de dados bibliográficos das principais palavras-chave da RSL sobre energia eólica

Fonte: autoria própria

3.1.3 Fatores de impacto identificados

Na RSL realizada foram encontrados 23 parâmetros vistos como fatores de impacto na


viabilidade econômica de energia eólica. O Apêndice A apresenta as referências utilizadas para
identificação destes parâmetros.

A potência instalada, o custo de investimento, a velocidade do vento, o tempo de vida


útil e o custo de operação e manutenção foram os fatores mais recorrentes que apareceram nos
trabalhos. Além dos fatores mais citados é importante também dar atenção ao surgimento de
outros fatores, a fim de decidir quais deles merecem ser avaliados para cada caso de estudo. A
Figura 10 mostra graficamente os principais fatores e nela pode-se observar que a potência
instalada foi o fator mais citado, presente em todos os 120 trabalhos da amostra, seguido de
custo de investimento, velocidade do vento, tempo de vida útil e o custo de operação e
manutenção, que são citados 112, 109, 103 e 100 vezes, respectivamente.

Figura 10 – Principais fatores identificados na amostra da RSL sobre energia eólica

Potência instalada 120


Custo de investimento 112
Velocidade do vento 109
Tempo de vida útil 103
Custo de operação e manutenção 100
Taxas de juros e impostos 96
Custo de energia 86
Eficiência 79
Altura da turbina 77

Fonte: autoria própria


30

Os fatores identificados foram classificados de acordo com o ponto de vista onde se


enquadram, como fatores de localização, econômicos, políticos, climáticos e ambientais, e
fatores técnicos. Rediske et al. (2018) argumentam que os fatores para tomada de decisão na
instalação de projetos de energia renovável podem ser agrupados em seis pontos de vista: (i)
socioambiental; (ii) localização; (iii) econômico; (iv) político; (v) clima; e (vi) orografia. Nesta
pesquisa, de acordo com os fatores aqui identificados, quatro destes pontos de vista foram
considerados na classificação, além disso foi incluído o ponto de vista técnico. O Quadro 3
apresenta os fatores de impacto identificados, a classificação em que se enquadram e as
referências onde eles foram encontrados.

Quadro 3: Fatores identificados nas referências da RSL sobre energia eólica


Total de
Classificação Fatores Referências
referências
2, 10, 13, 18, 19, 23, 25, 30, 32, 36, 39, 40, 42, 75,
Rugosidade do terreno 19
91, 96, 101, 112, 117
Localização
10, 12, 13, 16 – 20, 22, 23, 25, 26, 62, 64, 71, 75,
Localização da turbina 27
76, 80, 83, 99, 104, 108, 112, 114 – 117
1 – 4, 6 – 30, 32 - 58, 60 - 66, 68, 70 - 101, 103,
Custo de investimento 112
105 - 118, 120
1 - 4, 6, 8 – 14, 16 - 20, 22 – 26, 29, 30, 32, 33, 35 -
Custo de operação e
56, 58, 60 - 66, 68, 70, 71, 73 - 83, 85 - 91, 93 - 96, 100
manutenção
99 - 101, 103, 105 - 112, 114 - 116, 118 - 120
1, 3, 5, 8, 10 – 12, 14, 17, 20 - 22, 24 - 26, 28 - 30,
Econômico 32 – 34, 36, 38 - 42, 44 - 48, 50 - 54, 56 - 59, 61 -
Custo da energia 86
63, 66 - 69, 72, 74 - 76, 79, 80, 82 - 85, 87, 88, 90 -
101, 104, 108 - 114, 117 - 120
2, 8, 9, 12, 21, 22, 30, 32, 35, 36, 41, 43, 52, 56, 78,
Custo de depreciação 23
84, 85, 88, 90, 100, 107, 109, 118
4, 6, 36, 43, 50, 52, 58, 62, 64, 70, 75, 83, 96, 107,
Aluguel de terra 16
109, 111
2 – 4, 6 - 8, 10 – 12, 14 - 27, 29, 30, 32, 34 - 51, 53
Taxas de juros e
- 56, 58, 60 - 66, 68, 70, 71, 73 - 76, 78, 80 - 91, 96
impostos
94, 96, 97, 99 - 101, 103, 106 - 112, 114 - 118, 120
1 - 3, 7 - 9, 11, 16, 17, 21, 26, 28, 30, 32, 34, 37,
Preço de venda da 39, 41 - 43, 47, 48, 50, 59, 60, 62 - 64, 68 - 70, 73,
47
energia 78, 79, 83, 84, 86, 87, 92, 93, 96, 99, 108, 110, 114
Político - 116
2, 6, 7, 12, 18, 19, 23, 30, 34, 39, 41, 43, 46, 47, 50,
Taxa de inflação 54, 60, 62, 63, 65, 71, 74, 79, 81 - 84, 87, 89 - 91, 40
93, 94, 103, 109 - 111, 114 - 116
6, 7, 11 – 13, 15, 17, 21, 23, 28, 30, 32, 36, 43, 49,
Condições de
50, 71, 76, 78, 79, 83 - 85, 89, 90, 93, 96, 97, 100, 36
financiamento
108 - 111, 113 – 115
1 – 5, 7 - 48, 50 - 72, 74 - 83, 85 - 87, 90 - 93, 95 -
Velocidade do vento 109
101, 102 - 106, 109 - 115, 118 - 120
2, 4, 7, 8, 10, 13, 17 – 21, 23 – 26, 29 - 35, 38, 40 -
Climático e Densidade do ar 44, 50, 52 - 54, 58 - 60, 70, 71, 75, 79, 81, 82, 87, 49
ambiental 102, 104, 109, 112, 118 - 120
1, 4, 9, 10, 13, 14, 18, 23, 30, 32, 34, 38, 40 - 42,
Temperatura 23
44, 53, 70, 71, 75, 105, 112, 119
Pressão atmosférica 1, 4, 10, 18, 24, 25, 38, 40 - 42, 44, 53, 70, 71 14
2 - 5, 8, 10, 12 – 20, 23 – 25, 27, 29 - 36, 38 - 48,
Altura da turbina 50 - 54, 58 - 63, 65, 68, 71, 72, 75, 76, 79 - 83, 85, 77
Técnico
86, 91, 93, 96, 99, 100, 102 - 104, 106, 108 - 113
Potência instalada 1 – 120 120
31

1 – 10, 12 – 14, 16 - 30, 32 - 56, 60 - 66, 68, 70, 71,


Tempo de vida útil 73 - 78, 80 - 83, 85 – 88, 90, 91, 93 - 101, 103, 105 103
- 118
1, 2, 4 - 9, 13, 14, 16 - 25, 27, 29 - 35, 37, 38, 40 -
42, 44, 45, 49, 52 - 54, 58 - 60, 62 - 67, 69 - 71, 73,
Eficiência 79
75 - 78, 80, 81, 83, 86, 88 - 90, 92, 94, 95, 98 - 100,
104, 106, 107, 109 - 111, 115, 116, 118, 120
2, 4, 7, 8, 10, 12 - 17, 21, 24, 25, 29 - 32, 34, 35, 38
Diâmetro do rotor - 46, 48, 50 - 52, 54, 58 - 63, 65, 68, 70, 71, 74 - 56
76, 80, 81, 83, 86, 99, 103, 109, 111, 120
6, 8, 9, 11, 25, 34, 43, 48 - 50, 56, 66, 69, 71, 74,
Tempo de operação 25
83, 92, 95, 96, 102, 105, 109, 112, 119, 120
Número de lâminas da
14, 17, 26, 63, 70, 111, 118, 120 8
turbina
Tempo de construção 36, 85, 107, 109, 115 5
Fonte: autoria própria

É possível perceber a variedade de estudos sobre viabilidade econômica em energia


eólica através deste Quadro 3, pela quantidade de fatores identificados e as diferentes
referências onde são encontrados. A seguir, os 23 parâmetros serão explorados de acordo com
suas classificações.

3.1.3.1 Fatores de localização

A classe de localização refere-se basicamente à localização geográfica onde os sistemas


de energia eólica são instalados e os fatores classificados nesta classe sofrem alteração de algum
modo de acordo com essa localidade. Os parâmetros classificados dentro dessa categoria são a
rugosidade do terreno e a localização da turbina.

Rugosidade do terreno

A rugosidade é vista como um fator importante na análise de viabilidade de projetos


eólicos. Alguns autores argumentam que os ventos são muito influenciados pela rugosidade do
terreno. Para Mohsin et al. (2018), o comprimento da rugosidade está relacionado com a altura
de deslocamento e a altura de deslocamento é a altura sobre os elementos de rugosidade onde
existe fluxo livre.

Ao se estimar o valor da velocidade média do vento, alguns pesquisadores utilizam o


valor de comprimento de rugosidade (geralmente medida em metros de comprimento), expressa
em relação inversamente proporcional à velocidade do vento, ou seja, quanto maior a
rugosidade, menor a velocidade do vento e, portanto, menor a probabilidade de viabilidade do
sistema eólico. Ramadan (2017) fala que a velocidade do vento e a densidade de potência são
muito influenciadas pela rugosidade, em sua pesquisa utilizou-se a velocidade do vento média
para diferentes alturas da turbina com diferentes comprimentos de rugosidade.

Mattar e Guzman-Ibarra (2017) analisaram a rugosidade do terreno como fator de


impacto na velocidade do vento e apresentaram gráficos de variação de potência de energia
variando de acordo com o comprimento da rugosidade da superfície. Para estes autores o
comprimento de rugosidade da superfície deve ser estimado de acordo com o tipo de superfície
que se encontra no local da instalação.
32

Localização da turbina

Alguns pesquisadores consideraram o local onde a turbina será instalada como um fator
importante de impacto da análise de viabilidade financeira de projetos eólicos. Asumadu-
Sarkodie e Owusu (2016) avaliaram e compararam 11 locais de instalação no país de Gana,
mostrando a diferença entre a produção de energia, energia exportada para a rede e o fator de
capacidade para cada região, evidenciando a importância de se avaliar o local onde o parque
eólico será instalado.

Para Soe et al. (2015), a seleção do local é o principal passo do projeto de energia eólica,
envolvendo principalmente a avaliação de recursos eólicos em larga escala. Segundo estes
autores, os dados de vento em larga escala são necessários para determinar os locais apropriados
para a instalação das turbinas.

Alguns autores argumentam que as políticas públicas e as características da população


local devem ser estudadas, para atender os principais objetivos do investimento em energia
eólica de acordo com a localização. Soderholm e Pettersson (2007) falam que duas questões
são preocupantes quando se trata de escolher o local ideal para a instalação: o local selecionado
deve ser adequado com relação aos objetivos do código ambiental e às disposições de
gerenciamento de recursos; e para todas as atividades e medidas, os locais devem ser
selecionados para atingir o objetivo com um mínimo de danos ou prejuízo ao meio ambiente.
Para eles, a escolha do local é provavelmente um dos obstáculos legais mais significativos na
produção de energia eólica.

3.1.3.2 Fatores econômicos

Quando se fala em fatores econômicos, trata-se dos parâmetros que estão diretamente
ligados aos custos em relação ao projeto de instalação, representando valores de entrada ou
saída no fluxo de caixa do negócio. Nesta categoria estão enquadrados o custo de investimento,
o custo de operação e manutenção, o custo da energia, o custo de depreciação e o aluguel de
terra.

Custo de investimento

O custo de investimento é sem dúvida um dos fatores que mais impactam na viabilidade
econômica de projetos de energia eólica. Grande parte do custo de investimento incide sobre os
aerogeradores escolhidos. Neste custo, pode incluir o projeto, o aerogerador, a infraestrutura
civil e elétrica, a instalação e o transporte, entre outros. Segundo Neto et al. (2018), o custo de
investimento consiste em várias despesas que dependem do tamanho da planta, dificuldades
apresentadas pela terra, sofisticação do equipamento e outras, causando um forte impacto no
fluxo de caixa do projeto eólico.

Na análise de viabilidade econômica, os principais critérios usados utilizam o custo de


investimento como parâmetro de análise, para comparar o fluxo de caixa gerado ao longo do
tempo de vida do projeto com o valor investido inicialmente e verificar o retorno ou prejuízo
financeiro do projeto. Segundo Aquila et al. (2017), o principal critério de análise financeira,
conhecido como critério do Valor Presente Líquido (VPL), quantifica o quanto o custo do
projeto impactará na posição do capital inicialmente investido.
33

O custo de investimento depende muito do fornecedor e da tecnologia que será instalada,


por isso é importante haver uma pesquisa de mercado que compare os preços e qualidades dos
produtos, avaliando o custo-benefício deles. Além disso, muitos autores consideram o custo de
investimento como parâmetro para estimar outros custos. Para Belabes et al. (2015), o custo de
investimento está entre os parâmetros mais importantes do projeto eólico e depende dos
fabricantes, variando muito de um fabricante a outro. Segundo Ali et al. (2017), um dos
parâmetros que pode afetar a seleção da turbina eólica é o custo de investimento inicial, e
escolher um modelo de turbina mais sofisticado implica não só em um custo de investimento
inicial mais alto, mas também o custo de operação e manutenção será maior.

Ao custo de investimento, alguns autores consideram ainda a possibilidade de sistemas


de armazenamento de energia, que pode ser considerado como um novo fator de impacto,
podendo tornar o custo de investimento inicial mais alto, mas com uma provável maior
possibilidade de viabilidade. Para Bhattara et al. (2019), os sistemas de armazenamento de
energia são percebidos como soluções viáveis para suavizar os desafios da energia eólica,
podendo ser utilizados para superar as mudanças de tempo. Além disso, a literatura também
fala da questão de armazenamento como alternativa de geração de energia por diferentes fontes
renováveis, utilizando a técnica de energia híbrida e aproveitando o melhor do potencial de cada
uma delas. Segundo Madlener e Latz (2013), uma variedade de estratégias operacionais foi
comparada com três sistemas diferentes de armazenamento de energia, sendo que o meio de
armazenamento mais lucrativo foi o sistema de armazenamento de energia de ar comprimido
(CAES). Da Silva et al. (2016) afirmam que, apesar de sua instalação rápida e impactos
ambientais reduzidos, a falta de capacidade de armazenamento e a geração de energia
intermitente são vistas como os principais problemas para a maior exploração da energia eólica.

Custo de operação e manutenção

Geralmente o custo de operação e manutenção (O&M) é calculado pelos pesquisadores


como uma porcentagem do custo de investimento. Hulio et al. (2017) consideram o custo de
O&M como 2% do custo da turbina eólica. Para Grieser et al. (2015), os custos de O&M são
estimados em 0,5% dos custos totais de instalação. Para Zhao et al. (2013), em um período de
15 anos (considerado em sua pesquisa), o custo total assumido para O&M foi de 5% do custo
da turbina eólica. Já em Aquila et al. (2016) este custo é calculado como 12% da receita bruta
gerada do projeto eólico. Portanto, é comum considerar o valor gasto com operação e
manutenção como uma porcentagem do valor do projeto e ele varia de acordo com a pesquisa
de cada projeto, por isso deve-se levar em consideração o tipo de equipamento oferecido pelo
fabricante e o custo com O&M destes equipamentos.

O&M são custos considerados para garantir o bom funcionamento da instalação até o
final do período de vida útil dela e eles dependem muito dos tipos de equipamentos que serão
instalados na turbina eólica. Para Blanco (2009), assim como qualquer equipamento industrial,
as turbinas eólicas exigem um custo com operação e manutenção que constitui uma
considerável parte dos custos totais anuais, incluindo reparos e peças reservas e manutenção da
instalação elétrica.

Custo da energia
34

O custo com a energia convencional é considerado muitas vezes para medir a economia
de energia gerada no projeto quando se utiliza a energia eólica, provocando uma receita positiva
no fluxo de caixa, levando-se em conta a tarifa de energia cobrada pela rede. Este custo costuma
variar muito de local para local. Mohsin et al. (2018) discutem que no Paquistão o preço da
eletricidade por unidade e as tarifas de energia variam nos estados em relação ao propósito do
consumo, assim as mudanças de preço no estágio final de fornecimento são de acordo com os
locais. Estes autores também falam da necessidade de se comparar preços de energia renovável
com preços de energia convencional.

A tarifa de energia é tida como um valor que afeta muito a economia de parques eólicos
e depende da localização e das políticas públicas de energia. Rocha et al. (2018) dizem que,
entre as variáveis que influenciam no fluxo de caixa de um projeto eólico, a tarifa residencial
de eletricidade e sua interação com a distribuição do vento são fundamentais para calcular a
economia de energia obtida na instalação do gerador eólico. Em algumas regiões o preço da
energia local pode ser tão alto que muitas vezes tornam os projetos eólicos rentáveis sem a
necessidade de subsídio do governo. Watts et al. (2016) falam que no Chile os preços de energia
local são mais altos e essas características fazem do país um lugar muito atraente para o
desenvolvimento de projetos de energias renováveis.

Custo de depreciação

Ao longo do tempo, com o uso e o desgaste natural, as peças e equipamentos eletrônicos


sofrem uma depreciação, ou seja, vão perdendo valor. Alguns autores consideram como fator
de impacto na viabilidade econômica de projetos eólicos esse custo de depreciação das
máquinas, que é medido em porcentagem do custo total da turbina por ano. Para Aquila et al.
(2017), o custo da depreciação por ano é de 5% do valor do investimento, desconsiderando os
custos pré-operacionais. Já Liu et al. (2018) consideram o custo de depreciação como sendo
4% por ano do valor total investido.

Para o custo de depreciação deve-se conhecer os tipos de equipamentos que serão


utilizados no projeto e saber o quanto de valor eles perdem ao longo do tempo. Pesquisadores
recomendam pesquisar na literatura, com base no histórico dos equipamentos ou com o próprio
fabricante das peças. Segundo Tuyet e Chou (2018), a depreciação impacta no imposto de renda
anual e alguns dos métodos mais utilizados para calcular seu valor (aceitáveis para as
autoridades de Taiwan) são: o método de linha reta, o de saldo declinante, o de soma ao ano, o
da quantidade de produção e o de máquina/horas de trabalho, sendo o método de depreciação
linear o mais utilizado. O método de depreciação linear consiste em dividir o valor total do
equipamento pelo número de anos de vida útil dele, e esse será o valor depreciado por ano.

Aluguel de terra

Em alguns dos casos de pesquisa foi considerado um valor adicional no projeto devido
ao preço do aluguel de terras para a instalação do sistema de energia eólico. Blanco (2009)
considera o valor de aluguel de terra como um dos custos variáveis do investimento em energia
eólica mais importantes, somando esse valor ao custo de O&M. Para Montes et al. (2011), o
aluguel de terra está incluído no custo de O&M e representa em torno de 16% deste custo. Já
Neto et al. (2018), adotam o valor de aluguel de terra como sendo igual a 1% da receita bruta
do projeto. Em todos os casos, para considerar o valor de aluguel de terra, é preciso conhecer o
35

custo local do aluguel de terras por área e a área que será necessária para instalação do parque
eólico.

De acordo com Kose et al. (2014), a energia eólica, quando comparada a outros métodos
de produção de energia, é economicamente utilizável porque um parque eólico utiliza apenas
1% da área total do terreno, o que permite que atividades agrícolas e outras atividades possam
ser realizadas em torno das turbinas, e isso reduz o custo de terra dos parques eólicos.

3.1.3.3 Fatores políticos

Os fatores políticos são aqueles relacionados às medidas adotadas pelo governo local e
que podem variar de acordo com estratégias políticas e condições da localização. Aqui estão
incluídos fatores como as taxas de juros e impostos, o preço de venda da energia, a taxa de
inflação e as condições de financiamento.

Taxas de juros e impostos

A taxa de juros e impostos estabelecidas pela política local são cobradas sobre os valores
anuais da receita do projeto eólico, sendo vistas como um parâmetro que impacta no estudo de
viabilidade econômica. Essas taxas podem variar de região a região e podem favorecer ou
desfavorecer a viabilidade do projeto. Rocha et al. (2018) comentam a importância do
envolvimento do governo brasileiro na criação de incentivos fiscais para apoiar o crescimento
da indústria eólica e que deveria considerar uma redução nos altos impostos cobrados na
importação, já que a principal tecnologia utilizada no Brasil é fabricada por empresas
estrangeiras no país. Segundo Ali et al. (2017), a taxa de desconto, junta à tarifa elétrica e à
taxa de imposto corporativo são fatores que afetam muito a economia dos parques eólicos.

De acordo com Ramadan (2017), a previsão precisa da taxa de desconto e juros não é
um processo direto e deve ser estimada e assumido um valor que seja coerente com a realidade
do local, em sua pesquisa foi considerada uma taxa de desconto de 5%. Já Serri et al. (2018)
definem o valor da taxa de juros levando-se em conta o interesse aplicado na maioria dos bancos
locais, e utilizam o valor 6% como taxa. Gil et al. (2014) acreditam que a taxa de juros que
deve ser considerada é uma média da taxa de juros do mercado e em suas pesquisas foi adotada
uma taxa de 4,5%, considerando um desvio padrão de 0,2. Portanto, nota-se que a taxa de juros
varia muito de acordo com a região em análise e pode ser estimada como porcentagem média
do que é cobrado no local.

Preço de venda da energia

Em algumas pesquisas, dependendo da política pública da região, é interessante


pesquisar o preço que a energia eólica gerada pode ser vendida à rede elétrica local. Alguns
fatores que geram receita são considerados na geração de energia eólica ligada à rede de
conexão local, como a venda à rede do potencial de energia gerado que não é consumido, como
também a venda do crédito de carbono. Estes valores servem como incentivos de políticas
públicas para viabilizar projetos de energias renováveis. Qolipour et al. (2017) discutem que
inicialmente é necessário determinar o preço da nova energia por kilowatt para calcular a receita
gerada pela eletricidade.
36

Para Rocha et al. (2018), a eletricidade produzida numa residência pode ser vendida por
um preço favorável através do estabelecimento de programas baseados em tarifas premium
conhecidas mundialmente como “feed-in tariffs”, um sistema de medição líquida de compra e
venda de energia. De acordo com Capallero (2016), o método mais simples para promover as
energias renováveis é uma tarifa de alimentação garantida (do inglês feed-in tariffs – FIT),
juntamente com a obrigação das operadoras de rede em comprarem fontes renováveis sempre
que forem produzidas, pois esse incentivo de política pública pode tornar o investimento em
energia eólico viável.

O fornecimento de subsídios e tarifas de capital para a energia gerada acima do preço


de mercado pode encorajar o proprietário de uma edificação a comprar a tecnologia eólica,
mesmo que ele não consiga determinar com precisão se um benefício financeiro positivo será
revertido para ele durante a vida útil do produto (WALTERS e WALSH, 2011). Segundo
Grieser et al. (2015), a introdução do FIT e uma combinação com um sistema de
armazenamento de energia tem uma influência substancial na rentabilidade da turbina eólica.
Eles também falam que o regime FIT desempenha um papel crucial para a decisão de
investimento não só em negócios públicos ou empresas privadas, como também em domicílios
particulares. De acordo com os resultados de pesquisa, o esquema de tarifas de alimentação
adotado na região estudada (Alemanha) melhora significativamente a lucratividade do projeto
de energia eólica.

Taxa de inflação

A tarifa de inflação prevê um aumento no preço da energia ou de outros custos


relacionados ao projeto por período de tempo. Alguns autores consideram um aumento anual
em porcentagem para prever os custos com eletricidade e outros custos envolvidos no projeto
eólico no futuro. A taxa de inflação tem sido um dos fatores utilizados na análise financeira de
projetos eólicos e pode impactar significativamente na viabilidade do projeto.

Segundo Ayodele et al. (2016), a taxa de inflação é utilizada no cálculo do valor atual
do custo da turbina. Gil et al. (2014) utilizam a taxa de inflação para calcular a taxa de juros
real e com isso calcular o custo associado às perdas anuais de energia produzidas durante a vida
útil da instalação. Nor et al. (2014) também usam a taxa de inflação no cálculo do valor presente
do negócio, assumindo essa taxa como sendo igual a 3,5% anual e constante durante o tempo
de vida útil do projeto.

A taxa de inflação deve ser observada para cada local e pode variar de região para região.
Os pesquisadores têm adotado uma taxa média com base no histórico de bancos da região. Para
Mohsin et al. (2018), a taxa de inflação considerada foi de 6,9%, no Paquistão, durante um
tempo de vida útil de 20 anos do projeto. Ali et al. (2017) assumem uma taxa de inflação de
3% na Coréia do Sul. Para Rahman et al. (2017), a taxa de inflação considerada foi de 7,3%,
utilizando-se a média anual de 2014 com base no “Bangladesh Bank”.

Condições de financiamento

Um dos fatores que também pode facilitar e colaborar para a rentabilidade de projetos
de energia eólica, atraindo investidores, envolve as condições de financiamento. Estas
condições podem abranger uma taxa de juros mínima, descontos ou isenções fiscais, longos
37

períodos de financiamento, entre outras estratégias que amortizem o valor do investimento.


Rocha et al. (2018) argumentam que entre as políticas de curto prazo está a estratégia de
subsídios diretos para investimento no projeto de energia renovável, incentivos fiscais como
descontos ou isenções fiscais, além de uma linha de financiamento especial para projetos de
geração de eletricidade renovável, com taxas de juros mais baixas do que aquelas no mercado
e longos períodos de amortização.

Sem as políticas públicas de incentivo, muitos pesquisadores comentam que dificulta o


investimento em energia eólica porque é um investimento caro e que pode ter retorno a longo
prazo ou não ter o retorno esperado, tornando o projeto inviável financeiramente. Portanto,
muitos autores propõem condições de financiamento adequadas para aumentar a probabilidade
de viabilidade econômica de projetos de energia eólica, fazendo do projeto um negócio atrativo
para os investidores.

As condições favoráveis de financiamento para o Banco Nacional de Desenvolvimento


Econômico e Social (BNDES) facilitam o investimento em energia renovável, e a falta de
financiamento adequado de longo prazo é uma barreira pontual na consolidação de fontes
renováveis no mercado brasileiro. A aversão dos credores ao risco é alta porque as energias
renováveis têm altos custos de produção (DA SILVA et al. 2013). De acordo com Aquila et al.
(2017), os resultados obtidos em sua pesquisa reforçam o papel importante dos empréstimos
bancários como estratégia complementar para contratos de longo prazo com parcela de
remuneração fixa. Para eles, sem linhas de financiamento a probabilidade de que o projeto fosse
viável seria de 86,53%, enquanto a probabilidade de viabilidade sobe para 99,17% no cenário
que considera o financiamento, sem uma possível negociação de créditos de carbono.

3.1.3.4 Fatores climáticos e ambientais

Como o próprio nome diz, fatores climáticos e ambientais diz respeito ao clima do local
e fatores relacionados ao ambiente, que podem sofrer alteração de acordo com o período do ano
e as condições climáticas e ambientais da região. Os parâmetros considerados dentro desta
classificação foram a velocidade do vento, a densidade do ar, a temperatura e a pressão
atmosférica.

Velocidade do vento

A velocidade do vento é um fator chave para que o projeto de energia eólica seja viável,
já que é a principal fonte de energia utilizada nesse tipo de projeto. Alguns autores costumam
considerar uma velocidade média do vento no local, geralmente medida em m/s, considerando
dados históricos de velocidade do vento para verificar o potencial eólico da região estudada.
Qolipour (2016) dá ênfase à atenção que deve ser dada às mudanças quantitativas e qualitativas
na velocidade do vento para a produção de energia eólica. Segundo o autor, não há dúvida de
que o vento é o fator mais importante na construção de uma usina eólica, portanto, não apenas
as mudanças na velocidade do vento, mas também o efeito dessas mudanças na quantidade de
energia elétrica produzida deve ser medido.

A velocidade do vento varia muito de acordo com a região e muita atenção deve ser
dada a essa variável quando se verifica a viabilidade econômica de projetos eólicos. Segundo
Li et al. (2018), a estimativa precisa da velocidade do vento é muito importante para todos os
38

aspectos da exploração da energia eólica. De acordo com Ramadan (2017), as características


do vento e o potencial eólico relevante foram muito analisados por meio de estudos recentes no
mundo todo e as metodologias desenvolvidas permitem que a potência de energia e a velocidade
do vento possam ser estimadas, com isso o investimento e o projeto de parques eólicos em uma
região podem ser adequadamente executados com erros relativamente pequenos.

Além da velocidade média do vento, os autores consideram muito importante estimar a


distribuição do vento ao longo do tempo. Segundo Fazelpour et al. (2017), Weibull é o modelo
de probabilidade potencial para análise de distribuições mais comumente utilizado e
amplamente aceito e citado na literatura eólica e é considerado como uma abordagem padrão
devido à sua precisão, simplicidade e flexibilidade. De acordo com Rocha et al. (2018), muitos
estudos baseiam suas análises estatísticas para características de vento e potencial de energia
acreditando que a distribuição de Weibull é uma aproximação adequada para a velocidade do
vento e isto se deve à fácil estimativa dos parâmetros de distribuição para aproximar a
distribuição empírica das observações de vento. Além disso, a distribuição de Weibull tem a
melhor aderência aos mais variados casos de regimes de vento.

A distribuição de Weibull possui dois parâmetros, que são nomeados como parâmetro
de forma “k” (adimensional) e parâmetro de escala “c” (em m/s) e existem vários métodos
numéricos disponíveis na literatura para estimar o valor destes parâmetros (ASHGAR e LIU,
2018). Segundo Ayodele et al. (2016), vários métodos podem ser empregados na estimativa
dos parâmetros “k” e “c” de Weibull, incluindo o Método gráfico, o Método dos mínimos
quadrados, o Método do Padrão de Energia, o Método da Máxima Verossimilhança, o Método
da Máxima Verossimilhança Modificada e Métodos empíricos. Para eles, todos estes métodos
têm a capacidade de estimar os parâmetros Weibull com um erro mínimo, mas são os métodos
empíricos que requerem menos carga computacional e são simples de usar em comparação com
os outros métodos. O modelo empírico foi proposto pela primeira vez por Justus e usa a média
e a variância da velocidade do vento para determinar os parâmetros de forma Weibull “k” e
escala “c”.

Alguns autores consideram ainda a variação do vento ao longo do dia como um fator
importante a ser observado, a fim de verificar horários de pico e de redução na velocidade do
vento e considerar essa variação no impacto econômico. A previsão precisa da produção por
hora pode minimizar as incertezas e os custos do sistema ao posicionar corretamente as turbinas
onde elas proporcionam o maior benefício. Para prever o valor de mercado da produção de
turbinas eólicas, é necessária uma análise estatística dos dados horários (CAPALLERO, 2016).
Para Kassem et al. (2018), a variação da velocidade do vento durante o dia é muito importante
para a integração da energia eólica no fornecimento global de energia e a velocidade média do
vento por hora varia dentro de um período de 24 horas nas regiões do norte de Chipre.

Mohammadi e Mostafaeipour (2013) utilizam dados diários de velocidade do vento hora


a hora, para daí obter os valores mensais e anuais, e todos os procedimentos de cálculo foram
realizados com base nesses dados médios para avaliar a velocidade do vento em termos de hora,
mês e ano. Kose et al. (2014) analisaram dados obtidos em média de intervalo de 10 minutos
de três dias diferentes para velocidades do vento baixo, médio e alto. De Vos e Driesen (2015)
argumentam que a capacidade de reserva de energia eólica disponível em cada hora do dia é
39

limitada pela previsão de energia eólica no dia seguinte, mas a capacidade de energia eólica que
se espera ter disponível pode ser prevista por meio de um modelo de previsão probabilística.

Densidade do ar

A densidade do ar nada mais é que a massa de ar por unidade de volume da atmosfera


terrestre. Esta variável, geralmente medida em Kg/m³, é um fator que pode afetar na produção
de energia eólica porque a energia cinética do vento é diretamente proporcional à densidade do
ar (HULIO et al. 2017). Segundo Mohsin et al. (2018), apenas a investigação da velocidade do
vento não representa uma imagem real do potencial eólico, pois normalmente a densidade de
energia eólica depende do cubo da velocidade do vento, da área da lâmina da turbina e da
densidade do ar.

A densidade do ar é considerada com valor igual a 1,225 kg/m³, de acordo com a


atmosfera padrão internacional (ISA) a 15 ºC e ao nível do mar (ASHGAR e LIU, 2018). Hulio
et al. (2017) falam que a densidade do ar é maior nos meses de inverno e diminui no verão, e
considera os valores médios da temperatura ambiente e da densidade do ar. Alguns autores
calculam o valor da densidade do ar por uma relação entre a pressão atmosférica, a temperatura
ambiente e a constante específica do gás para o ar seco (FAZELPOUR et al. 2017;
RAMADAN, 2017; ALI et al. 2017).

Temperatura

A temperatura ambiente é um fator que influencia na densidade do ar, logo afeta a


densidade de energia eólica, por isso esse fator é muitas vezes considerado na análise de alguns
autores. Segundo Abdelhady et al. (2017), a densidade do ar é proporcional à pressão
atmosférica e inversamente proporcional à temperatura. Logo, o potencial de energia eólica é
inversamente proporcional à temperatura, ou seja, o potencial de energia é maior em dias mais
frios e menor em dias mais quentes.

Na maioria dos casos, o valor da temperatura é considerado pelos pesquisadores para


base de cálculo de 15 °C, onde pode-se assumir a densidade do ar padrão de 1,225 kg/m³ que é
medida ao nível do mar (FAZELPOUR et al. 2017; WATTS et al. 2016; SOE et al. 2015). Para
outros autores é importante observar a variação na temperatura ambiente e considerar uma
temperatura média do local, com base em histórico, e realizar o cálculo da densidade do ar
(RAMADAN, 2017; ABDELHADY et al. 2017; KOSE et al. 2014).

Pressão atmosférica

A densidade do ar é uma variável que tem relação diretamente proporcional à pressão


atmosférica de cada local, por esse motivo alguns autores utilizam a pressão do ar como um
fator de impacto, considerado na análise de viabilidade. Geralmente a pressão atmosférica é
medida em Pascal (Pa), Atmosfera (atm) ou Milímetro de mercúrio (mmHg). Pesquisadores
calculam a densidade de energia eólica com base nos valores de densidade do ar, que tem uma
relação direta com a pressão atmosférica, geralmente considerada igual a 1 atm como pressão
normal atmosférica (FAZELPOUR et al. 2017; MATTAR e GUZMAN-IBARRA, 2017;
WATTS et al. 2016; SOE et al. 2015).
40

3.1.3.5 Fatores técnicos

Os fatores técnicos dependem das características de fábrica dos equipamentos do


sistema eólico ou da maneira como as turbinas são instaladas. Os fatores considerados como
técnicos foram a altura da turbina, a potência instalada, o tempo de vida útil, a eficiência, o
diâmetro do rotor, o tempo de operação, o número de lâminas da turbina e o tempo de
construção.

Altura da turbina

A altura da turbina influencia na densidade de potência do vento. Quanto mais alta a


turbina, maior será a velocidade do vento e maior será a produção de energia. Serri et al. (2018)
falam que ocorre um aumento na produção de energia devido à maior altura do cubo das
turbinas eólicas, além do melhor desempenho dos geradores e maior conhecimento do vento.
Fazelpour et al. (2017) investigaram o efeito do uso de turbinas eólicas com várias alturas e
constataram que o uso de turbinas com várias alturas de cubo pode otimizar a saída de energia
mesmo quando o número de turbinas eólicas é igual. Além disso, vários modelos de custo foram
estudados, e verificou-se que diferentes alturas do cubo de turbinas eólicas reduziriam o custo
por unidade de um parque eólico.

Para uma estimativa mais real da velocidade do vento, autores recomendam que essa
velocidade seja medida por diferentes alturas para prever a média da velocidade do vento. Para
Li et al. (2018), as alturas dos cubos das turbinas eólicas são na maioria de 60 a 80 metros.
Ramadan (2017) analisou as medições horárias da velocidade do vento em diferentes alturas
dos cubos para estimar o potencial médio de geração de energia eólica. Waewsak et al. (2017)
falam que cada gerador de turbina eólica considerado tem alturas de cubo diferentes, variando
de 80 a 100 metros, mas, no processo de seleção, a produção anual de energia foi estimada em
alturas de cubo equivalentes e estendidas a 110 e 120 metros. Para Simons e Cheung (2016), a
altura dos cubos considerada foi entre 44 e 135 metros. Portanto, este é um parâmetro que
depende do modelo de turbina que será utilizado e o local onde será instalado.

Potência instalada

O potencial de energia instalado é sem dúvida um dos fatores que mais impactam na
economia de um projeto eólico. Citado em todas as referências da amostra final da pesquisa, a
potência instalada geralmente é medida em MW ou KW e é calculada de acordo com a demanda
energética necessária, sendo que a capacidade das turbinas é uma escolha a ser tomada antes do
investimento, a fim de escolher o fabricante e o modelo de turbina adequado para o projeto. O
preço das turbinas depende muito do modelo e a capacidade de instalação delas. Fazelpour et
al. (2015) discutem em suas pesquisas que o objetivo principal do estudo era melhorar a
compreensão do uso do potencial de energia eólica e conhecendo esse potencial poderia se
calcular a economia da turbina eólica e avaliar, para as cidades consideradas, o custo unitário
da eletricidade (por KWh).

Para muitos autores, a potência de energia local deve ser prevista antes da instalação de
parques eólicos, a escolha do modelo de turbina adequado depende da capacidade de instalação
de energia, o que pode encarecer o projeto. Para a análise da viabilidade econômica de projeto
de energia eólica, Wyman e Jablonowski (2015) falam sobre a decisão da capacidade de energia
41

do projeto e outros fatores para fixação de dados, e no seu estudo foram consideradas três
capacidades de projeto e três tamanhos de turbinas disponíveis no mercado. Os resultados
mostraram economias de escala à medida que a capacidade do projeto aumentava dentro de um
determinado tamanho de turbina.

Um dos principais fatores que influenciam no desempenho de uma turbina eólica é a


capacidade de potência a diferentes velocidades do vento, normalmente especificadas pela
curva de potência do fabricante da turbina (MOHAMMADI et al. 2016). Segundo Watts et al.
(2016), a geração de energia de uma turbina eólica é fortemente dependente da tecnologia
utilizada, assim é necessária uma seleção adequada de tecnologia de acordo com o regime do
vento. Para eles, a escolha adequada do modelo de turbina é essencial e, de acordo com as
curvas de potência das turbinas, é possível aumentar a produção para o mesmo nível de vento
aumentando a utilização da capacidade e tornando o projeto mais viável.

Tempo de vida útil

O tempo de vida útil do projeto indica o período em que as instalações vão funcionar
em estado padrão. É um fator que pode ser considerado como técnico, visto que é um dado
obtido diretamente do fabricante, dependendo das características, qualidade e tecnologia da
turbina instalada. Para Serri et al. (2018), este tempo, considerado como tempo efetivo de
funcionamento das turbinas, é usado para saber o quanto vai durar o projeto e montar o fluxo
de caixa em cima desse período. Em geral o tempo de vida útil de um parque eólico dura em
torno de 20 anos.

Este fator geralmente é oferecido pelo fabricante das turbinas e depende do modelo e da
qualidade do fornecimento. Neto et al. (2018) falam que, quanto mais longa for a vida útil do
projeto, mais atraente se tornará o negócio, pois quanto mais longa a operação da turbina, mais
renda entra no fluxo de caixa. Belabes et al. (2015) realizaram uma análise de sensibilidade e
constataram que o VPL do projeto é sensível, além de outros fatores, ao tempo de vida útil do
projeto.

Eficiência

Para uma estimativa mais próxima da realidade da produção de energia eólica provocada
pelo potencial de vento local, pesquisadores consideram uma eficiência dos geradores,
relacionando a produção efetiva de energia com a capacidade máxima de produção. Geralmente
os autores analisam essa eficiência em termos de fator de capacidade (em %). Segundo Mattar
e Guzman-ibarra (2017), a análise de viabilidade técnica é o potencial de energia eólica
estimado e sua relação com a produção efetiva de energia, com base na curva de potência do
aerogerador. A partir do modelo da curva de potência, calcula-se o fator de capacidade, que é
definido como a razão entre a geração de energia eólica efetiva produzida pela turbina e a
geração total que ela provoca em plena capacidade durante um período de tempo.

De acordo com Blanco (2009), o indicador que melhor caracteriza a capacidade de


geração de eletricidade de um parque eólico é o fator de capacidade, que expressa a
porcentagem de tempo que uma fazenda de energia eólica produz eletricidade durante um ano
representativo e, para ele, o fator de capacidade é uma das variáveis que mais influenciam no
custo global de um investimento em energia eólica.
42

O fator de capacidade pode ser obtido da divisão da energia total gerada de uma turbina
eólica durante um período de tempo pela energia anual gerada na capacidade total da turbina
(FAZELPOUR et al. 2017). Para Glassbrook et al. (2014), a diminuição da eficiência da turbina
eólica resulta na redução de produção anual de energia.

Diâmetro do rotor

O diâmetro do rotor é um parâmetro que define a área de varredura das turbinas, que
por sua vez define a capacidade da turbina na captação de vento, por isso é considerado por
muitos como um fator de impacto na viabilidade econômica de energia eólica. Segundo Mohsin
et al. (2018), turbinas eólicas com rotores de diâmetros maiores podem ser usadas para produzir
a energia máxima. De acordo com Glassbrook et al. (2014), a produção anual de energia eólica
pode ser calculada em uma relação utilizando o número de horas em um ano a eficiência da
turbina e a área de varredura.

De acordo com Furuya e Maekawa (1984), existem dois métodos básicos de operar um
rotor de turbina eólica: Rotação Por Minuto (RPM) constante; e relação de velocidade
constante. Do ponto de vista da economia, o aerogerador é normalmente projetado em uma
velocidade de vento específica ou nominal. Estes autores argumentam que a redução do custo
de capital foi observada pela redução do número de rotores das turbinas.

Tempo de operação

O tempo de operação é o tempo que as turbinas gastam em funcionamento efetivo para


a produção de energia, geralmente medido em horas por ano. Este tempo define a quantidade
de tempo que a turbina estará em funcionamento produzindo energia, e essa quantidade de horas
é levada em conta para calcular a capacidade total de energia gerada em um período de tempo
(GLASSBROOK et al. 2014; SAIZ-MARIN et al. 2015; SOE et al. 2015).

Alguns autores levam em consideração que as turbinas não funcionarão todas as horas
do ano, por algumas questões como manutenção, reparo ou trocas de peça, por exemplo. Albadi
et al. (2017) consideram o gerador trabalhando apenas 6 horas por dia para o cálculo da
eficiência da turbina. Saiz-Marin et al. (2015) consideraram cenários que representaram uma
estimativa de produção diária de energia de uma turbina eólica trabalhando 438 horas por ano.
Montes et al. (2011) levaram em conta 2350 horas por ano de produção. Outros autores, por
simplificação, consideram que as turbinas trabalharão sem parar durante o ano, ou seja, 8760
horas por ano (AQUILA et al. 2017; LI e DECAROLIS, 2015; ASKARI e AMERI, 2012).

Número de lâminas da turbina

O número de lâminas da turbina é uma característica técnica do fabricante que influencia


na área de varredura das turbinas, logo causam impacto na produção de energia eólica. Alguns
autores incluem o número de lâminas, ou pás, das turbinas como um fator econômico
(BELABES et al. 2015; FAZELPOUR et al. 2015; STOCKTON, 2004; RICHARDSON e
MCNERNEY, 1993; DESROCHERS e BLANCHARD, 1986). Para Richardson e Mcnerney
(1993), os modelos de turbinas envolvem o uso de um eixo horizontal ou vertical e uso de duas
ou três pás. Segundo eles, a turbina eólica mais comum é o tipo de hélice padrão com duas ou
43

três pás montadas no topo de uma torre, mas outros tipos significativos de turbinas eólicas estão
comercialmente disponíveis e podem ser consideradas.

O número de pás em uma turbina eólica, embora aparentemente seja uma escolha fácil
de design, é sutil. Duas pás custam menos que três pás, mas turbinas eólicas de duas pás
precisam operar em velocidades rotacionais mais altas do que as turbinas eólicas de três pás.
Como resultado, as pás individuais precisam ser mais leves e mais rígidas e, portanto, mais
caras em uma turbina eólica de duas pás (RICHARDSON e MCNERNEY, 1993).

Tempo de construção

O tempo de construção é o tempo considerado que se leva do início do projeto até o


funcionamento efetivo do sistema de energia eólico. Esse tempo é considerado por alguns
pesquisadores principalmente devido ao valor investido no início do projeto até que ele entre
em operação.

O tempo de construção varia de acordo com a necessidade do investidor ou a disposição


dos fornecedores. Os autores costumam considerar um período de 12 a 36 meses de construção,
desde o projeto até a instalação completa das turbinas (NETO et al. 2018; LI et al. 2013;
MORAN e SHERRINGTON, 2007; GREENBLATT, 2007; KARLIS et al. 2001).

3.2 ANÁLISE DE FATORES DE IMPACTO NO INVESTIMENTO DE ENERGIA SOLAR

Nesta seção serão apresentados os principais resultados da análise da busca sobre a


viabilidade econômica de energia solar, discutindo a princípio as principais informações e
características dos trabalhos da amostra, a fim de conhecer o perfil dos trabalhos pelo número
de citações e relevância na literatura, o ano em que foram publicados e os locais onde foram
feitos os estudos. Além disso, também serão mostradas e analisadas as principais palavras-
chave utilizadas nas pesquisas da amostra e, como objetivo principal deste trabalho, por fim
serão discutidos os principais fatores de impacto identificados na amostra final.

3.2.1 Caracterização da amostra final

Ano de publicação: O artigo mais antigo desta segunda amostra foi publicado no ano de
1985. O segundo artigo mais antigo da amostra foi publicado cerca de 8 anos após o primeiro,
já em 1993. A partir dos anos 2000 em diante começou a surgir um maior número de
publicações na área, chegando ao pico em 2017 com 50 trabalhos publicados. Nota-se um maior
interesse recente pela pesquisa em viabilidade econômica de energia solar no mundo, com o
crescimento de publicações ao ano, especialmente nos últimos 10 anos, o que significa que essa
é uma área que merece atenção e deve ser estudada. A Figura 11 ilustra a evolução do número
de publicações por ano dos trabalhos encontrados na amostra.
44

Figura 11 – Evolução do número de publicações por ano da amostra final da RSL sobre energia solar
60

50

40

30

20

10

0
1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020

Fonte: autoria própria

Local de publicação: É fácil perceber o quanto um local de estudo influencia na análise


de viabilidade econômica desse tipo de projeto, pois ao analisar os trabalhos percebe-se uma
semelhança da análise entre manuscritos de uma mesma região e algumas diferenças quando o
manuscrito trata de outra região. Observando o número de países encontrados na nossa amostra
de trabalhos, percebe-se que o interesse do estudo em viabilidade de energia solar é uma
tendência em grande parte do mundo, totalizando um número de 57 países encontrados na
busca. A Figura 12 mostra um mapa de publicações, onde pode-se observar um maior interesse
por parte da Europa, América do Norte e Sul, alguns países da África e Ásia e na Oceania,
afirmando, portanto, o interesse no tema por todo o planeta.

O Brasil, como já era esperado por ser o local de realização do nosso estudo, junto à
Itália são os países que mais apareceram na amostra, com 18 publicações cada. Além do Brasil
e Itália, países como Espanha, Estados Unidos e Irã, por exemplo, aparecem na amostra com
um número alto de publicações, com pelo menos 15 trabalhos cada. Outros países aparecem
com menos publicações, mas não menos relevantes, totalizando 57 países, como mostra a
Figura 13.
45

Figura 12 – Mapa de publicações da amostra da RSL sobre energia solar

Fonte: autoria própria

Figura 13 – Número de publicações por país da RSL sobre energia solar


18 18
17
15 15
13
11
10 10

7 7
6 6
5 5 5
4 4
3 3 3 3
2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
Bélgica
Grécia

Bangladesh

Omã
Arábia Saudita

Nigéria

Malásia

Canadá
Alemanha

Jordânia

França

Argélia

Gana
Irã
Índia

Austrália

Kuwait

Suíça
Itália

Coréia do Sul

China

Paquistão

Sérvia
Brasil

Espanha

África do Sul

Turquia

Chipre

Irlanda
Estados Unidos

Suécia

Portugal
Emirados Árabes Unidos

Note: Angola, Armênia, Burkina Faso, Catar, Chile, Colômbia, Croácia, Dinamarca, Egito, Equador, Etiópia,
Filipinas, Finlândia, Indonésia, Iraque, Marrocos, Nepal, Nova Zelândia, Peru, Reino Unido, Ruanda,
Singapura, Tailândia e Taiwan têm 1 publicação

Fonte: autoria própria

Número de citações: Pelo número de citações dos trabalhos é possível ter uma ideia
geral da relevância deles na literatura. A Figura 14 apresenta os artigos mais citados na amostra,
com todos que foram citados pelo menos 50 vezes, nela pode-se perceber os trabalhos com
46

maior impacto na literatura. Também é possível observar na Figura 14 a média de citações


destes trabalhos por ano, o que apresenta uma relevância mais real dos trabalhos na literatura,
mostrando o que está sendo citado ao longo do tempo. Branker et al. (2011), levando-se em
conta o número e a média de citações, é o estudo de maior impacto da nossa amostra na
literatura, com um total de 562 citações e uma média de 62,4 citações por ano. Outras
referências de grande impacto da amostra como Azzopardi et al. (2011), Hoppmann et al.
(2014), Shaahid e El-Amin (2009), Shaahid e Elhadidy (2008), Ghoneim (2006) e Shaahid e
Elhadidy (2007) têm um número maior que 100 citações totalizadas.

A Figura 15 apresenta a evolução de citações dos trabalhos mais citados da amostra


sobre viabilidade econômica de energia solar ao longo do tempo, a partir de 2005. Nesta figura
se observa que no ano de 2005 poucos destes trabalhos eram citados, até porque muitos deles
ainda não haviam sido publicados, mas com o passar dos tempos ocorre uma aglomeração de
trabalhos sendo citados na literatura. A partir do ano de 2011 se pode notar que Branker et al.
(2011) passa a ser a referência de maior destaque em citações, tendo se mantido estável até os
anos atuais, aliado ao crescimento de citações de referências como Hoppmann et al. (2014) e
Sampaio e Gonzales (2017).

Figura 14 – Número e média de citações dos artigos mais citados da amostra da RSL sobre energia solar
600 70,00

500 60,00

50,00
400
40,00
300
30,00
200
20,00

100 10,00

0 0,00
Kolhe et al. (2002)

Akikur et al. (2014)


Celik (2006)
Rodrigues et al. (2016)

El-Nashar (2001)
Linssen et al. (2017)
Branker et al. (2011)

Hoppmann et al. (2014)

Ghoneim (2006)

Odeh et al. (2006)

Ramadhan and Naseeb (2011)


Shaahid and El-Amin (2009)

Sampaio and Gonzalez (2017)

Baneshi and Hadianfard (2016)


Modi et al. (2017)

Peters et al. (2011)


Kaabeche et al. (2011)

Hosseini et al. (2005)

Schmid et al. (2004)


Azzopardi et al. (2011)

Shaahid and Elhadidy (2008)

Shaahid and Elhadidy (2007)

Qoaider and Steinbrecht (2010)

Al-Soud and Hrayshat (2009)


Kornelakis and Koutroulis (2009)

Nº total de citações Média de citações por ano

Fonte: autoria própria


47

Figura 15 – Evolução de citações dos autores ao longo dos anos da RSL sobre energia solar
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Branker et al. (2011) Azzopardi et al. (2011) Hoppmann et al. (2014)

Shaahid and El-Amin (2009) Shaahid and Elhadidy (2008) Ghoneim (2006)

Shaahid and Elhadidy (2007) Kolhe et al. (2002) Sampaio and Gonzalez (2017)

Modi et al. (2017) Kaabeche et al. (2011) Peters et al. (2011)

Hosseini et al. (2005) Rodrigues et al. (2016) Qoaider and Steinbrecht (2010)

Linssen et al. (2017) Baneshi and Hadianfard (2016) Odeh et al. (2006)

Kornelakis and Koutroulis (2009) Akikur et al. (2014) Celik (2006)

Schmid et al. (2004) El-Nashar (2001) Ramadhan and Naseeb (2011)

Al-Soud and Hrayshat (2009)

Fonte: autoria própria

3.2.2 Análise de rede de dados

Utilizando como ferramenta o software VOSviwer, foi realizada uma análise de rede dos
dados da amostra para observar o uso das principais palavras chaves na amostra final de
trabalhos da pesquisa, a fim de avaliar quais os principais termos utilizados e as ligações entre
eles. Nesta análise foi criado um mapa baseado nos dados bibliográficos, selecionando os dados
da amostra final de 234 trabalhos. O tipo de análise selecionado foi de “co-ococrrence”, o
método de contagem “full counting” e a unidade de análise “author keywords”. Para uma
melhor visualização da rede de dados, optou-se por uma ocorrência mínima de 5 vezes, onde
foi gerado um mapa com todas as palavras-chave que aparecem pelo menos 5 vezes nos
trabalhos da amostra. De um total de 725 palavras identificadas, 28 foram mostradas na rede de
dados. Foi selecionado o modo de visualização “overlay visualization” para observar, além das
palavras em si, a evolução com que esses termos foram sendo utilizados ao longo dos anos nos
estudos da amostra, como mostra a Figura 16.

Pela Figura 16, pode-se perceber que a palavra “photovoltaic” é a mais utilizada pelos
autores, que apareceu em 31 publicações da amostra. O termo “solar energy”, que muitas vezes
é usado junto ao termo “photovoltaic”, também é muito utilizado pelos pesquisadores, com um
número de 30 aparições na amostra. Os termos “renewable energy” e “economic analysis”
surgem em seguida, apontados em 21 publicações cada. Também é possível notar, graças ao
modo de visualização overlay, que termos como “net metering”, “techno-economic analysis” e
48

“homer”, por exemplo, são termos mais antigos e estão sendo deixados de se utilizar nestes
trabalhos, em contrapartida novas palavras estão surgindo e sendo usadas como palavras-chave
na busca pelos artigos e revisões como “economic assessment”, “lcoe” e “self-consumption”,
por exemplo.

Figura 16 – Mapa de dados bibliográficos das principais palavras-chave da RSL sobre energia solar

Fonte: autoria própria

3.2.3 Fatores de impacto identificados

De acordo com a RSL realizada nesta pesquisa, foram identificados um total de 29


parâmetros vistos como fatores de impacto na viabilidade econômica de energia solar. O
Apêndice B, discutido na seção 2.3, mostrou as referências que foram investigadas, onde estes
parâmetros foram identificados na amostra.

De todos os fatores encontrados, o custo inicial de investimento foi identificado como o


de maior destaque, presente em 228 dos 234 trabalhos da amostra final. Depois do custo de
investimento, a geração de energia, o custo de operação e manutenção, a radiação solar e o
tempo de vida útil foram os fatores mais recorrentes nos estudos analisados. Além dos fatores
mais recorrentes, há fatores encontrados em menor frequência mas relevantes para os estudos
de viabilidade econômica em energia solar, como é o caso dos efeitos de sombreamento e
sujeira, por exemplo, que são fatores que, segundo os autores, afetam diretamente na eficiência
da geração energética e podem até provocar custos financeiros além dos previstos durante a
vida útil do sistema. A Figura 17 apresenta um gráfico com todos os parâmetros de impacto
identificados na amostra, em ordem de ocorrência.
49

Figura 17 – Fatores de impacto no investimento de energia solar


250

200

150

100

50

Sujeira
Tempo de vida útil

Condições de financiamento
Consumo de energia

Sombreamento
Juros e impostos

Taxa de inflação

Custo de terra
Degradação dos painéis

Níveis de frequência
Investimento inicial

Políticas de incentivo

Temperatura

Venda de energia
Ângulo de inclinação
Radiação solar

Eficiência
Tarifa de energia

Taxa de penetração de energia


Valor residual
Geração de energia

Taxa de desconto

Custo extra de capital


Armazenamento de energia
Custo de operação e manutenção

Economia de energia

Azimute e ângulo de incidência


Localização dos painéis solares

Tempo de operação e manutenção


Fonte: autoria própria

Assim como foi feito para a análise dos fatores de impacto no investimento da energia
eólica, de acordo com Rediske et al. (2018), que separa fatores da tomada de decisão na
instalação de projetos de energia renovável em categorias, os fatores de impacto no
investimento de energia solar foram separados de acordo com o ponto de vista que se
enquadram. Observando as classificações de referência e adaptando para esta pesquisa, de
acordo com os fatores aqui identificados, os parâmetros deste trabalho foram classificados em
5 categorias: fatores de localização; fatores econômicos; fatores políticos; fatores climáticos e
ambientais; e fatores técnicos. O Quadro 4 mostra um resumo dos fatores de impacto
identificados, a classificação em que foram enquadrados e as referências onde eles se
encontram.

Quadro 4: Resumo dos fatores de impacto identificados na RSL sobre energia solar
Total de
Classificação Fatores Referências
referências
1, 4, 9, 12, 17, 21, 26, 27, 29, 31, 33, 36, 38, 45, 47
- 49, 52, 59, 65, 66, 68, 70, 73, 75, 76, 78, 79, 83,
Azimute e ângulo de
84, 86, 88, 89, 99, 102, 106, 108, 112, 115, 121, 57
incidência
122, 130, 137, 142, 144, 147, 149, 155, 163, 181,
183, 190, 197, 201, 204, 206, 222
3 - 5, 11, 12, 14, 27, 29, 31, 33, 35, 37, 39, 52, 55,
57, 59, 62, 64, 65, 67 - 69, 73 - 77, 79, 83, 88, 90,
Localização
Localização dos painéis 93, 94, 100, 102, 104, 109, 110, 113, 116, 120,
66
solares 122, 123, 129, 141, 143, 144, 148, 152, 155, 162,
163, 166, 175, 178, 184, 191, 192, 194, 203, 204,
218, 219, 221, 232
4, 5, 7, 9, 11, 31, 47, 57, 65, 70, 77, 88, 114, 121,
Sombreamento 128, 130, 137, 145, 154, 174, 180, 181, 185, 187, 33
188, 190, 193, 196 - 199, 211, 213
50

1, 3, 5, 6, 8, 12, 14, 15, 18, 20 - 27, 29, 30, 32 - 39,


42 - 47, 54, 56, 57, 60, 62 - 67, 69 - 73, 78, 82 - 85,
87 - 92, 95, 96, 98, 99, 101, 104 - 106, 108, 110 -
113, 115, 118, 120 - 125, 127, 130, 131, 133 - 135,
Consumo de energia 138 - 140, 142 - 145, 149 - 153, 155, 157, 159 - 150
161, 166 - 171, 173, 175, 176, 179, 182, 183, 185 -
190, 192, 193, 195 - 197, 199, 201, 203, 204, 206,
208 - 210, 212, 214 - 219, 221, 223, 225, 227 -
229, 231 - 233
Investimento inicial 1 - 10, 13 - 16, 18 - 51, 53 - 60, 62 - 154, 156 – 234 228
1 - 10, 13, 14, 16, 18 - 23, 25, 26, 29 - 41, 44 - 51,
53 - 60, 62 - 64, 66 - 69, 71 - 73, 75 - 84, 86, 88 -
Custo de operação e
93, 95 - 102, 106 - 120, 122 - 132, 134 - 141, 143 - 204
manutenção
154, 156 - 167, 169 - 171, 173 - 203, 205 - 217,
219, 221 - 224, 226 - 234
1, 3, 5 - 11, 13 - 17, 21, 23 - 26, 28 - 30, 38, 46 -
50, 53 - 56, 60, 62 - 64, 66 - 68, 71, 73, 75, 76, 78,
Econômico
83, 84, 89 - 93, 95, 97, 98, 102, 106, 107, 110, 111,
Custo extra de capital 113, 119, 122, 123, 129, 131, 134, 136, 137, 141, 94
143, 152, 158, 160, 163, 164, 171, 173, 174, 179,
180, 184, 188, 193 - 197, 201, 202, 207, 208, 221,
224, 229
1, 7, 29, 38, 53, 63, 71, 75, 101, 106, 110, 115,
Valor residual 21
122, 123, 132, 139, 181, 189, 209, 221, 223
3, 6, 15, 18, 22, 25 - 32, 34, 35, 41, 42, 47, 48, 51,
55 - 58, 61, 63, 64, 66 - 68, 72, 73, 75, 78, 82, 84,
85, 90, 92, 94, 98, 101, 106, 109 - 113, 115, 116,
Economia de energia 118 - 120, 127, 129 - 133, 135, 136, 144, 147, 149 103
- 153, 155, 157, 158, 163, 165 - 168, 170, 172, 175,
180, 181, 185 - 188, 196, 205, 207 - 209, 212, 214
- 220, 222, 227, 230, 231, 233
6, 7, 13, 16, 40, 47, 62, 91, 104, 107, 108, 111,
Custo de terra 136, 137, 141, 145, 148, 150, 157, 160, 164, 170, 30
174, 177, 178, 180, 200, 206, 211, 216
1, 5 - 9, 11 - 18, 20, 22, 23, 25 - 27, 29, 30, 32 - 42,
44 - 52, 54 - 59, 61 - 64, 66 - 73, 75 - 78, 83 - 88,
90, 92 - 99, 101, 102, 104 - 107, 109, 111 - 120,
Tarifa de energia 122 - 127, 129 - 145, 147, 149, 151 - 153, 155, 158 190
- 161, 163 - 177, 179 - 184, 186 - 196, 198 - 200,
202, 203, 205, 208 - 212, 214, 215, 217 - 228, 230
- 233
3, 5, 7, 13 - 17, 19, 24, 26, 27, 29, 30, 34, 37, 38,
40, 41, 43, 47, 50, 51, 54, 55, 57 - 59, 66 - 68, 72,
75 - 80, 85, 87, 89, 91, 92, 94 - 96, 104, 106, 107,
Condições de 112 - 114, 116 - 118, 125 - 127, 129 - 134, 136,
102
financiamento 139 - 141, 148, 156, 158, 161, 163, 166, 169, 170,
174 - 177, 180, 182, 186, 189, 191, 193 - 195, 198
Político
- 200, 203, 206 - 208, 210, 212, 216, 223, 224, 226,
231
3, 5 - 7, 10, 11, 13 - 15, 18 - 20, 22 - 24, 26, 27, 29,
33 - 38, 41, 45, 47, 48, 50, 53 - 60, 63, 66 - 68, 70,
73, 75 - 80, 84, 88 - 90, 94, 96 - 99, 101, 102, 105 -
111, 115, 116, 119, 123, 126, 128 - 130, 132 - 134,
Taxa de desconto 133
136, 137, 141, 142, 144, 145, 147, 148, 151 - 154,
158, 162 - 165, 168 - 170, 174, 176, 178 - 182,
185, 187 - 191, 193 - 195, 198 - 202, 205, 207,
211, 212, 220 - 224, 226, 227, 229, 231, 233
4, 7 - 10, 12, 17 - 20, 25 - 29, 34, 38, 40, 41, 45 -
Venda de energia 51, 54 - 56, 58, 61, 63, 66 - 69, 76 - 78, 83, 85, 86, 111
88, 90, 92, 95 - 98, 101, 105 - 107, 109, 113, 115,
51

116, 118, 122, 123, 126 - 129, 131, 132, 134, 136,
141, 145, 147 - 150, 152, 154 - 156, 161, 165 -
168, 170, 172, 174 - 177, 181, 184 - 189, 193 -
196, 198, 199, 203, 207, 210, 211, 216, 220, 226,
231, 232
1, 2, 5, 7, 9, 10, 13 - 16, 19, 22, 26, 27, 33, 34, 36,
46, 47, 51, 54, 55, 58, 59, 61, 64, 66 - 68, 74 - 78,
80, 85, 87, 88, 90, 92, 94 - 96, 98, 100, 101, 104 -
107, 109, 113, 116 - 118, 125 - 134, 136, 139, 141,
Políticas de incentivo 119
144, 145, 147, 151, 152, 155, 158, 161, 165, 166,
168, 170, 172, 174 - 176, 178, 180 - 182, 184, 186
- 189, 191 - 196, 198 - 200, 203 - 205, 207, 208,
210 - 212, 216, 220, 221, 225 - 228, 231, 232
5, 7, 9, 10, 14 - 16, 22, 26, 27, 2931, 34, 37, 40, 41,
44 - 47, 49 - 51, 53, 54, 57, 62 - 64, 66 - 71, 73 -
78, 82, 83, 85, 88, 92, 94, 96, 98, 102, 105, 106,
Juros e impostos 110, 112 - 117, 122 - 127, 129 - 136, 139 - 144, 145
146 - 148, 150 - 152, 156, 158 - 176, 179, 180,
182, 183, 185 - 191, 193 - 205, 208, 210 - 213,
217, 220, 221, 223, 225 - 228, 230 – 232
5, 7, 13 - 15, 22, 26, 27, 29, 35, 37, 40, 41, 44, 45,
47, 49 - 51, 55, 56, 63, 66, 68, 73, 75 - 78, 80, 82 -
84, 89, 90, 92, 94 - 96, 99, 102, 104, 106, 111 -
Taxa de inflação 117, 119, 126, 129, 130, 132, 134 - 136, 139, 142, 112
144, 147, 152, 153, 157, 160, 161, 163 - 170, 175 -
182, 186 - 189, 191, 193 - 196, 198 - 203, 209,
211, 212, 217, 220 - 223, 226, 227, 229 - 231, 233
1 - 8, 10, 12, 13, 15, 17, 18, 20 - 23, 25 - 29, 31 -
36, 38, 39, 41, 43, 45 - 66, 68 - 79, 82 - 86, 88, 89,
91 - 95, 97 - 100, 102, 103106, 108 - 120, 122 -
Radiação solar 197
124, 126 - 128, 130 - 144, 146, 148 - 160, 162 -
171, 173 - 187, 189 - 192, 194 - 206, 208, 210,
211, 213, 215 - 230, 234
1, 2, 5, 9, 11, 17, 18, 21, 25, 27 - 29, 31, 33, 36, 48
- 50, 52, 53, 56, 58 - 60, 63 - 65, 68 - 71, 75, 77 -
86, 89, 93, 95, 97, 99, 100, 102, 103, 108, 109,
Climático e 111, 112, 114, 115, 117, 121 - 124, 126 - 132, 135,
Temperatura 115
ambiental 137, 140, 143, 146, 148, 149, 151, 153, 154, 159,
162 - 165, 169, 173, 174, 177, 179 - 181, 183, 185,
189 - 191, 196, 197, 199 - 201, 203, 204, 206, 210,
211, 213, 214, 216, 217, 220, 221, 226 - 228, 230
1, 19, 38, 39, 46, 63, 67, 71, 84, 111, 112, 120,
Taxa de penetração de
122, 141, 150, 157, 171, 172, 194, 197, 215, 218, 23
energia
219
4, 5, 7, 11, 29, 77, 88, 89, 100, 106, 107, 114, 115,
Sujeira 128, 130, 132, 144, 164, 174, 185, 187, 190, 191, 26
197, 199, 202
1, 19, 55, 57, 70, 82, 83, 91, 104, 129, 143, 146,
Níveis de frequência 18
160, 173, 174, 185, 221, 231
1, 14, 18 - 25, 27, 33, 39, 40, 42, 45, 48 - 51, 53,
54, 56, 58, 60, 63, 65 - 69, 71, 80 - 87, 89, 92, 93,
95, 98, 99, 101, 103, 108 - 110, 112, 117, 120 -
Técnico
Armazenamento de 123, 125 - 127, 131, 134 - 139, 141, 142, 145, 146,
118
energia 149, 151, 152, 156, 157, 159, 160, 162, 167 - 173,
175, 176, 178 - 180, 183, 184, 186 - 188, 190, 192,
195, 197, 200, 201, 203, 206 - 208, 210, 215, 216,
218, 219, 221, 222, 225, 229 - 231
52

1 - 4, 6, 7, 9 - 13, 17 - 19, 21 - 40, 43 - 51, 53 - 56,


58 - 61, 63 - 68, 70, 72, 73, 75, 77 - 86, 88 - 95, 98
- 106, 108 - 115, 117 - 132, 134, 135, 137, 138,
Eficiência 140, 142 - 146, 148 - 151, 153, 155, 156, 158 - 191
160, 162 - 171, 173 - 176, 178, 180 - 187, 189 -
191, 193 - 206, 208, 209, 211 - 214, 216 - 219, 221
- 225, 227, 230, 232, 234
1 - 3, 5 - 15, 17 - 52, 54 - 73, 75 - 98, 101 - 127,
Geração de energia 129 - 142, 144 - 158, 160 - 179, 181 - 200, 202, 216
205, 206, 208 - 213, 215 - 226, 228, 231 - 234
1, 3, 23, 30, 38 - 40, 44, 54, 59, 60, 66, 67, 80, 89,
Tempo de operação e 95, 97, 107, 109, 118, 122, 123, 129, 139, 142,
41
manutenção 148, 160, 161, 169, 171, 180, 183, 190, 192, 193,
210, 215, 218, 219228, 229
1 - 3, 5 - 9, 13 - 16, 18 - 24, 26, 27, 29, 30, 32 - 38,
40 - 42, 45, 47 - 51, 53 - 60, 62, 63, 66 - 73, 75 -
85, 88 - 102, 104 - 120, 122, 123, 125, 128 - 142,
Tempo de vida útil 197
144 - 148, 150 - 154, 156 - 163, 166, 167, 169 -
171, 173 - 176, 178, 179, 181 - 202, 204 - 215, 217
- 227, 229 - 233
4, 5, 7, 9, 11, 15, 21, 23, 24, 26 - 29, 31, 34, 35, 37,
40, 41, 45, 47 - 50, 54, 56, 57, 59, 66, 68, 71, 75 -
79, 83, 84, 88, 89, 92, 94, 95, 100 - 102, 106, 110,
Degradação dos painéis 111, 113, 115, 116, 125, 126, 129 - 132, 136, 138, 88
140, 141, 144, 147, 148, 152, 156, 158, 161, 164,
165, 168, 170, 174, 176, 178, 180, 181, 185, 188,
193, 195, 197, 198, 200, 202, 208, 216
4, 5, 7, 11, 12, 17, 21, 26, 29, 31, 33, 35, 36, 38,
42, 43, 45, 47, 48, 50 - 52, 56, 59, 62, 65, 66, 68 -
70, 73, 75, 76, 78, 79, 84, 86, 88 - 90, 92 - 94, 98,
99, 102, 105 - 108, 110 - 112, 114, 115, 117 - 119,
Ângulo de inclinação 122, 123, 128 - 130, 132, 139, 142, 144, 146, 147, 108
149, 150, 152 - 155, 158 - 160, 163, 164, 166, 168,
171, 173 - 176, 181, 185, 188 - 191, 196, 197, 199
- 201, 204, 206, 210, 211, 217, 219, 221, 222, 226,
228
Fonte: autoria própria

3.2.3.1 Fatores de localização

A classe de localização refere-se basicamente à localização geográfica onde os sistemas


de energia solar fotovoltaica estão instalados. Os fatores classificados nessa classe sofrem
alteração de algum modo de acordo com essa localização. Os parâmetros classificados dentro
dessa categoria são o azimute e ângulo de incidência, a localização dos painéis solares e o
sombreamento.

Azimute e ângulo de incidência

O azimute e o ângulo de incidência são os ângulos formados entre a projeção dos raios
solares e a superfície da terra e variam de acordo com o movimento do sol. Estes ângulos devem
servir como referência na montagem e instalação dos painéis solares, de modo a maximizar a
captação da energia solar durante o dia. Para Bhakta e Mukherjee (2017), a orientação da matriz
fotovoltaica pode ser descrita por dois ângulos: o da inclinação e o de azimute.

De acordo com Awan (2019), o desempenho do sistema fotovoltaico pode ser


melhorado se ajustado continuamente a posição e os ângulos de inclinação dos módulos em
53

relação à posição azimutal, isso ajuda a manter a posição dos painéis fotovoltaicos normal ao
sol e maximiza sua eficiência. Segundo Farias-Rocha et al. (2019), estudando a radiação solar
média da região se define a melhor posição e inclinação dos painéis em relação ao ângulo de
azimute, a fim de aumentar a radiação solar anual nos painéis.

Para Bimenyimana et al. (2019), o ângulo de incidência e azimute solar variam durante
todo o ano e com isso varia a produção de energia solar. Segundo a pesquisa, a produção solar
variou de 0,7 a 6,4kW durante o ano, o ângulo de incidência variou de 0º a 92º e o azimute solar
variou entre -162,5º e 171º. De acordo com Yendaluru et al. (2019), o valor do ângulo de
incidência pode ser usado para determinar regiões completamente livres de sombra no local e
o conceito da formação de sombra é influenciado por esse valor.

Localização dos painéis solares

O local onde serão colocados os painéis influenciará diretamente na geração de


energia solar. Além das condições geográficas, deve ser avaliada a melhor posição onde o
sistema solar será instalado porque isso influencia na captação da energia, seja com a
instalações em locais livres de sombra, poeira ou outros fatores ambientais, ou até mesmo pelas
políticas de energia atuantes na região instalada. O fato é que muitos pesquisadores se
preocupam em estudar e comparar locais antes da instalação do sistema solar fotovoltaico
(ABNAVI et al. 2019; SERRI et al. 2018; LI et al. 2018; ASGHAR e LIU, 2018).

Chiacchio et al. (2019) falam da análise de uma usina fotovoltaica doméstica conectada
à rede avaliada em locais geográficos diferentes e consideram importante avaliar como
diferentes condições ambientais podem afetar não apenas a produção de energia e os regimes
de autoconsumo, mas também o envelhecimento dos componentes do sistemas, em especial no
sistema de armazenamento. Awan (2019), antes de avaliar o desempenho de um sistema
fotovoltaico em coberturas na Arábia Saudita, fala que 44 locais foram analisados no país e do
resultado se definiu a melhor região viável para o projeto fotovoltaico na Arábia Saudita.
Segundo Tomosk et al. (2017), a viabilidade econômica depende mais das tarifas de eletricidade
que dos níveis de radiação, por isso argumentam sobre a importância de se comparar locais
quanto às políticas e tarifas energéticas aplicadas.

Ilse et al. (2019) alertam para a questão da sujeira no local dos painéis, que provoca uma
queda na eficiência da geração de energia solar, e fala que quanto mais o local estiver próximo
de uma fonte de geração de poeira, maior será o risco de sujeira. Para ele, locais próximos a
fábricas de cimento, fazendas de agricultura e pecuária, estradas de terra ou estradas com alto
tráfego, por exemplo, podem ser evitadas na seleção do local.

Sombreamento

O sistema de energia solar fotovoltaico produz eletricidade em função da quantidade de


radiação solar que recebem os módulos. Os efeitos de sombra sobre os painéis podem ser
provocados por barreiras como objetos, vegetação, edificações próximas, entre outros, e isso
diminui a produção de energia. De acordo com Goswami et al. (2019), o efeito de
sombreamento nos painéis solares causado por árvores ou estruturas próximas ou pelo acúmulo
de poeira dificulta a quantidade de energia solar incidente nos painéis. Segundo estes autores,
a confiabilidade e a eficiência energética da usina solar são determinadas pela taxa de
54

desempenho e essa taxa depende, entre outros fatores, do sombreamento nos painéis solares.
De acordo com Yendaluru et al. (2019), o dimensionamento da matriz solar e do balanço do
sistema deve ser realizado com base na área livre de sombras.

Diversos autores consideram os efeitos do sombreamento como perdas na geração


elétrica pelo sistema de energia solar fotovoltaica e consideram uma redução na energia causada
por esse efeito. Para Lopes et al. (2019), o valor obtido da energia gerada deve considerar perdas
por diversos fatores, entre eles o sombreamento (considerado -2,3% em perdas na pesquisa).
Segundo Ilse et al. (2019), o sombreamento parcial em parte de um módulo fotovoltaico pode
degradar a produção de energia significativamente.

3.2.3.2 Fatores econômicos

Foram classificados como fatores econômicos aqueles que de alguma forma estão
relacionados diretamente com os custos financeiros ligados à geração de energia solar e que
devem ser considerados no fluxo de caixa do projeto, seja como entrada ou saída de caixa.
Encontram-se aqui o consumo de energia, o investimento inicial, o custo de operação e
manutenção, o custo extra de capital, o valor residual, a economia de energia e o custo de terra.

Consumo de energia

O consumo de energia é determinado por uma média padrão da demanda de eletricidade


e é previsto em muitas pesquisas a fim de se conhecer a capacidade de energia que deverá ser
instalada no local. Essa capacidade pode influenciar em muitos fatores, como o custo de
investimento que depende da potência instalada, a geração de energia, a quantidade necessária
de armazenamento (quando considerado), entre outros. Segundo Das et al. (2017), o consumo
médio de carga elétrica é previsto considerando o padrão de uso de eletrodomésticos na área,
assim é feito um cálculo probabilístico para gerir um perfil de carga. Com os valores de
consumo é possível prever a capacidade de instalação de energia solar e conhecer a quantidade
de energia gerada excedente, que pode ser armazenada para o autoconsumo ou até vendida à
rede elétrica.

Para Karimi et al. (2019), o consumo de energia e a produção devem ser avaliados para
realizar o estudo de viabilidade econômica e justificar a utilização dos sistemas fotovoltaicos.
De acordo com Espinoza et al. (2019), serão obtidos valores diferentes de VPL e Taxa Interna
de Retorno (TIR) na análise de viabilidade dependendo do perfil de consumo, nível de
autoconsumo, tarifas alocadas à venda de energia fotovoltaica excedente e economia da
eletricidade não consumida.

O nível de consumo energético também pode influenciar na tarifa de energia paga à rede
elétrica, dependendo das políticas locais estabelecidas. Muitas pesquisas consideram o preço
da energia separado individualmente para cada plano de consumo. Para Eshraghi et al. (2019),
o preço da energia deve ser considerado para cada plano de consumo individual, além de
considerar um cenário em que a geração de energia deve ser baseada no consumo. Viana et al.
(2019), consideram várias categorias de consumidores na análise das curvas típicas de demanda,
baseadas nos horários de uso da eletricidade durante o dia, observando horários de pico. Para
Anagnostopoulos et al. (2017), o preço de venda da eletricidade que os consumidores pagam
na Grécia flutua muito e o preço da eletricidade por tipo de consumidor varia para refletir o
55

máximo possível o custo real de geração e diminuir quaisquer subsídios entre os diferentes tipos
de consumidores.

Investimento inicial

O custo de investimento inicial é o fator que aparece mais vezes nos trabalhos da
amostra, e isso pode ter ocorrido por vários motivos. Esse custo serve muitas vezes de
parâmetro principal na análise de viabilidade econômica, além de ser muitas vezes um custo
alto e flutuante, que gera um grande impacto financeiro. Ele é obtido pelo fabricante dos painéis
solares e muitas vezes inclui custos como o de transporte, mão-de-obra, construção e serviços
de instalação. Esse custo pode ainda variar muito de acordo com o fabricante, as políticas de
incentivo estabelecidas na região (como redução ou exclusão de impostos sobre venda), a
tecnologia utilizada pelo fabricante etc.

O custo de investimento inicial é o principal fator usado na maioria dos estudos de


viabilidade econômica para saber se de fato o negócio é viável financeiramente. Em Al-Saqlawi
et al. (2018), por exemplo, são utilizados dois critérios para avaliar a atratividade de um
investimento: Pay-back e a TIR. Ambos os critérios usam o custo de investimento para saber
se o negócio é viável. O Pay-back avalia o período de retorno que mede o tempo necessário
para recuperar o custo de um investimento e a TIR considera o valor temporal do dinheiro e
determina a taxa de juros à qual o VPL é igual a zero, ou seja, quando a diferença entre o valor
do investimento na data zero e as receitas e custos durante a vida útil do projeto na data zero é
nula. Para Talavera et al. (2019), a análise de rentabilidade econômica é baseada em vários
critérios. Um deles, o tempo de retorno do investimento descontado, fornece informações sobre
a liquidez do valor do investimento, enquanto o restante dos parâmetros lida com a rentabilidade
do negócio.

O custo de investimento por si só não indica se o sistema é viável financeiramente, às


vezes um custo maior no investimento da instalação gera uma economia maior durante a vida
útil do projeto, como também pode acontecer de um investimento menor ser mais viável
financeiramente, por isso deve-se avaliar cada caso. Em San Miguel e Corona (2018) foi
estudado o efeito do custo de investimento inicial na viabilidade de um projeto de energia solar
e foi relatada uma relação linear entre o investimento de capital e o VPL, porém concluiu-se
que a viabilidade econômica não pode depender apenas da redução dos custos de investimento
inicial, mas também da redução dos custos de operação e manutenção e do aumento da
capacidade de geração de energia. Brunini et al. (2019) concluíram que o sistema fotovoltaico
apresentou um custo de investimento inicial maior que os demais, contudo o custo anual da
eletricidade foi de zero reais, o que demonstrou uma melhor eficiência na geração energética
desse sistema em relação a outras fontes de geração de energia e também a não emissão de
carbono na atmosfera pelo uso de combustíveis fósseis.

Custo de operação e manutenção

O custo de operação e manutenção é um gasto considerado para garantir que o sistema


de energia solar continue operando da melhor forma e mantenha a qualidade na geração de
energia elétrica. Ele depende de fatores, como a capacidade instalada e a geração de energia.
Segundo Kharseh e Wallbaum (2019), O&M representam despesas em um sistema que ocorrem
após a instalação. Para Lammoglia e Brandalise (2019), os custos de O&M são incluídos na
56

despesa operacional anual da geração de energia para cobrir manutenção periódica, limpeza da
superfície dos painéis fotovoltaicos e outros custos de manutenção. Para Adefarati e Bansal
(2017), o custo de manutenção do gerador é considerado proporcional à energia gerada.

Para alguns autores o custo de O&M deve ser considerado como um percentual do custo
da instalação, ou deve estar incluído no contrato da instalação. Patil et al. (2017) consideram
despesas de O&M por ano como 2% do custo total do sistema solar. Para Jo e Jang (2019), esse
custo é de 0,2% do custo de investimento inicial, descontado anualmente. Rocha et al. (2017)
consideram que o sistema possuiu um custo anual de O&M de 0,5% do investimento inicial.
Segundo Goswami et al. (2019), o custo de manutenção deve estar previsto em um acordo para
projetos solares e incluído num contrato de manutenção. Para eles, o contrato anual de
manutenção é concedido por 5 anos e também inclui o treinamento de pessoal para operações
diárias e pode ser renovado a cada 5 anos para manter a saúde dos dispositivos de instalação.

De acordo com Gurturk (2019), os custos de O&M podem ser divididos em custos fixos
e variáveis e são compostos por: custos de manutenção e reparo; preço da eletricidade
consumida pela usina de energia solar; e os custos pagos aos funcionários. Para ele uma das
vantagens mais importantes em termos de custos das usinas de energia solar é exatamente o
custo de O&M, pois elas não precisam de operações de manutenção caras porque não exigem
componentes complexos de máquinas e sistemas que consomem muita energia e isso reduz os
custos. Segundo Peters e Madlener (2017), a manutenção divide-se em manutenção preventiva
e corretiva. O objetivo da primeira é manter a funcionalidade de um item e evitar falhas de
antemão, enquanto a segunda acontece após a ocorrência de uma falha e reestabelece a
funcionalidade do item.

Custo extra de capital

Diversos autores consideram ainda custos extras de capital, como custos de limpeza,
custos de reposição de peças durante a vida útil do projeto, projeto e mão-de-obra, valores
tributários ou multas, entre outros. De acordo com Lopes et al. (2019), além dos módulos e
inversores, o sistema solar precisa do equilíbrio dos componentes do sistema e isso inclui gastos
extras com estruturas de suporte, cabos elétricos, equipamentos de controle, segurança,
proteção e sistemas de monitoramento, além de custos relacionados a projetos de engenharia,
licenciamento e instalações de projetos.

Para Adesanya e Pearce (2019), deve-se prever custos adicionais para cobrir um possível
aumento nos custos de operação e manutenção anual. Bimenyimana et al. (2019) consideram
custos de reposição, além dos custos de investimento e de manutenção, durante a vida útil da
instalação. Babatunde et al. (2019) estudaram investimento de energia solar para iluminação
pública e foram previstos nos gastos adicionais custos relacionados à bateria do módulo
fotovoltaico, no controlador de carregamento e em custos de lâmpadas diodos emissores de luz
(do inglês light-emitting diode – LED), a fim de economizar no gasto de energia do sistema
solar. Haegermark et al. (2017) falam que os custos do sistema solar incluem, além do
investimento inicial e custos de operação e manutenção, custos de substituição do inversor e
custos adicionais associados à geração de eletricidade fotovoltaica.

Valor residual
57

O valor residual nada mais é que o valor de negócio restante após a depreciação
completa do sistema no final de sua vida útil. Alguns autores consideram esse valor no fluxo
de caixa da avaliação econômica de projetos de energia solar. Ajayi e Ohijeagbon (2017)
consideram receitas em relação à geração solar incorporada, incluindo receita recuperada das
vendas para a rede e receita com qualquer valor residual que ocorra ao final da vida útil do
projeto. Para Bhakta e Mukherjee (2017), o valor residual é o valor que permanece em um
componente do sistema de energia no final da vida útil do projeto e é considerado no fluxo de
caixa ao final descontando-se o custo operacional. Segundo Alsharif (2017), o valor residual
coletado no final da vida útil do projeto é considerado e reduz os custos no cálculo do VPL.

De acordo com Sarasa-Maestro et al. (2016), o fluxo de caixa no último ano é


dramaticamente menor que nos anos anteriores, pois se supõe que no final da vida útil do
sistema o valor restante dos componentes seja obtido com a venda deles, como exemplo eles
citam que se o gerador tiver apresentado desempenho de 50% de sua vida útil ao final do tempo
de vida, espera-se que obter fluxo de caixa vendendo-o a 50% do seu custo de aquisição.
Segundo Choi et al. (2018), é prática comum atribuir um valor residual de 15 a 20% do custo
inicial para os equipamentos fotovoltaicos que podem ser vendidos e realocados ao final da
vida útil. Para Poonia et al. (2018), o valor residual é considerado como 10% do investimento
inicial.

Economia de energia

A economia de energia entra no fluxo de caixa do negócio como um ganho de valor,


devido à poupança do que seria gasto de energia consumida da rede elétrica, de acordo com o
sistema tarifário local, e é gerado pelo sistema de energia solar para o autoconsumo. Segundo
De Boeck et al. (2016), um dos tipos de receita de energia fotovoltaica vem da economia de
custos da energia. Uma parte dessa economia na conta da eletricidade vem da diminuição da
demanda por energia da rede, pois uma parte da produção da instalação fotovoltaica é
consumida automaticamente, sendo necessária menos energia vinda da rede. De acordo com
estes autores, além do autoconsumo, a outra parte da economia na conta de energia elétrica vem
de esquemas de medição líquida, presentes em alguns países.

Para Tsoutsos et al. (2003), essa economia pode ser estimada apenas se uma base de
comparação for definida e a economia de energia é com base no custo da energia convencional.
Segundo El-Nashar (2001), o número ideal de efeitos e a taxa de desempenho correspondente
aumentam à medida que o custo do combustível aumenta, mas o aumento da taxa de
desempenho também aumenta o custo de investimento inicial da planta, que é compensada pelo
benefício obtido com a economia de energia.

O fator de economia de energia pode ser muito benéfico no sistema solar fotovoltaico,
devido a preços altos de tarifa cobrados pela rede elétrica ou custo de outras fontes
combustíveis, como os derivados do petróleo. Reduzir gastos de consumo ao gerar energia solar
acrescenta um valor de receita que entrará no fluxo de caixa do projeto na análise econômica.
De acordo com Shaahid e Elhadidy (2007), a porcentagem de economia de combustível
energético usando o sistema híbrido diminui, com o auxílio da energia solar, em comparação
ao sistema convencional. Além disso, a economia de energia segue aumentando à medida que
aumenta a capacidade de geração de energia solar.
58

Custo de terra

Algumas vezes considera-se necessário prever um custo de terra no projeto de energia


solar, seja devido ao aluguel para a instalação dos painéis ou por serviços necessários para essa
instalação (como limpeza do terreno, aterro, nivelação etc.). Mehang et al. (2016) falam que há
um custo fixo de capital que consiste no custo de alocação de terra e é avaliado a uma taxa
muito baixa comparada ao custo da instalação total. Para Gonzalez e Flamant (2014), o custo
de investimento da terra necessário não leva em consideração o custo de nivelamento do
terreno. Napoli e Rioux (2016) falam que os custos de terra podem ser calculados
separadamente, pois as instalações geralmente exigem uma área grande. Xue (2017) fala que o
custo do terreno se refere à taxa de aluguel das terras ocupadas e não há custo adicional para o
sistema fotovoltaico.

De acordo com Okoye e Solyali (2017), os custos de terra podem ser considerados como
uma porcentagem do custo total da instalação (ou estimados quando conhecidos) e na pesquisa
consideram como 20% do custo total do sistema. Segundo Kumar et al. (2014), quando a
instalação solar é feita no telhado e construção de painéis fotovoltaicos integrados (BIPV) pode
ser excluído o custo de terra, mas no caso de uma planta em larga escala os custos de terra
precisam ser incluídos no investimento total e na maioria das plantas esse custo é de 20% do
investimento. De acordo com Li et al. (2014), o custo da terra tem o menor efeito dos
parâmetros na viabilidade econômica do sistema solar devido ao custo de terra representar
apenas de 0,1 a 1% do custo total do investimento.

Em Sabo et al. (2017) é discutida a questão de aquisição de terras para a implementação


da instalação fotovoltaica. Segundo eles, o processo de aquisição de terras continua sendo um
impedimento, pois além de atrasar a instalação oportuna, também aumenta o custo da
instalação.

3.2.3.3 Fatores políticos

Fatores políticos diz respeito aos parâmetros que são de alguma forma decisão do
governo e tem seus valores estabelecidos pela política local. Foram considerados como fatores
políticos: a tarifa de energia; as condições de financiamento; a taxa de desconto; a venda de
energia; as políticas de incentivo; os juros e impostos; e a taxa de inflação.

Tarifa de energia

Quando se trata de gasto com a energia consumida da rede elétrica, o valor da tarifa de
energia é de grande impacto na economia e varia muito de acordo com a região, além de
sofrerem variação com a taxa de aumento anual e até mesmo de acordo com o perfil do
consumidor. De acordo com Al-Saqlawi et al. (2018), o principal benefício associado a um
sistema de energia solar fotovoltaica independente da rede é uma redução anual nas contas de
energia, que é calculado usando a estrutura tarifária de eletricidade. Por outro lado, um sistema
conectado à rede é considerado como tendo um benefício adicional ao do sistema independente
por causa da exportação do excedente de energia para a rede. Segundo Ayadi et al. (2018), o
custo do sistema fotovoltaico depende do período de transferência de energia acordado e da
tarifa de eletricidade que será cobrada ao usuário final. Para Lee et al. (2018), quanto maior o
59

preço médio da eletricidade no varejo, mais notável é o valor econômico da eletricidade gerada
pelo sistema fotovoltaico.

Segundo Cucchiella et al. (2017), a economia de energia através do consumo interno é


avaliada em função do preço de compra da eletricidade, esse valor também pode ser chamado
de preço da energia por kWh para o consumidor final e sua evolução ao longo dos anos é
calculada de acordo com a taxa de inflação da energia. De acordo com Ramirez et al. (2017), o
preço da energia depende de muitos parâmetros, incluindo situação geopolítica, diversificação
de importações, custos de rede elétrica, custos de proteção ambiental e condições climáticas e
geralmente o preço pago pelo cliente final depende do tipo de cliente, se é comercial, residencial
ou industrial.

Noro e Lazzarin (2018) falam que há uma economia devido à energia elétrica produzida
pelo sistema de energia fotovoltaica que não precisa ser comprada pela rede e essa economia
foi calculada por meio de duas tarifas diferentes: uma é o preço tradicional aplicado às
residências; a outra é uma nova taxa especial, para eletricidade dedicada a clientes particulares
que usam bombas de calor elétricas como fonte de aquecimento. Talavera et al. (2019)
argumentam a necessidade de obter diferentes dados sobre tarifas de eletricidade para compará-
las com os sistemas fotovoltaicos e, assim, permitir uma análise comparativa de custos, além
de considerar variações significativas no preço da eletricidade, dependendo da quantidade de
consumo de eletricidade, que foi agrupada em diferentes faixas de consumo.

Condições de financiamento

Um dos fatores que podem influenciar na viabilidade financeira do projeto são as


condições de financiamento fornecidas pelo local, que inclui as taxas de juros, o prazo de
amortização e financiamento, o valor financiado, entre outros quesitos. Segundo Corona et al.
(2016), devido ao alto custo de investimento inicial envolvido e os benefícios da diversificação
de capital, a construção de uma usina fotovoltaica normalmente não é totalmente coberta pelo
investidor, mas cofinanciada por bancos ou outras instituições financeiras. Para eles isso
implica em dificuldades na aplicação do método de avaliação da viabilidade financeira, uma
vez que o investimento inicial é distribuído em pagamentos anuais. Segundo Ellabban e Alassi
(2019), o custo anual de financiamento se refere ao reembolso do empréstimo para instalação
do sistema fotovoltaico, se houver, e o pagamento anual do empréstimo deve ser incluído nos
custos do sistema. Para eles, obter um financiamento compensado pela eletricidade exportada
para a rede aumenta a economia do sistema.

De acordo com Chiaroni et al. (2014), com relação às opções de financiamento, elas são
analisadas com o cenário de patrimônio líquido (100% de capital próprio) e capital
compartilhado (75-25%, 50-50% e 25-75% de capital próprio e empréstimo financeiro,
respectivamente). Para eles, ao modificar o modo de financiamento aumentando ou reduzindo
o uso de capital próprio, quanto maior for o investimento inicial no ano zero, maior será o tempo
de retorno do investimento. Para Garcia et al. (2018), a existência de programas de
financiamento para os interessados em comprar seus próprios centros de microgeração seria de
grande importância. A criação de um programa nacional destinado à introdução de energia
fotovoltaica não apenas nas residências, mas também nas empresas traria prosperidade ao país.
60

Em Holdermann et al. (2014), assumiu-se financiamento por ações porque, segundo os


autores, não existem programas de financiamento adequados disponíveis no Brasil e uma
mudança substancial na taxa de desconto seria possível se forem introduzidas opções de
financiamento adequadas no país. Concluindo a pesquisa, os autores falam que os resultados
do estudo de viabilidade econômica demonstram que atualmente os sistemas fotovoltaicos não
são economicamente viáveis no Brasil e seria necessária a introdução de opções de
financiamento para viabilizar o sistema fotovoltaico no local, tanto no setor comercial, quanto
no residencial.

Taxa de desconto

A taxa de desconto é o cálculo aplicado sobre um valor futuro para determinar sua
equivalência no presente, utilizada para a análise de retorno de investimentos. Essa taxa indica
o nível de atratividade mínima do investimento e seu valor pode ser calculado de várias formas,
sendo o Custo Médio Ponderado de Capital (WACC) um dos métodos mais usados para esse
cálculo.

De acordo com Vale et al. (2017), a taxa de desconto varia principalmente com o risco
do negócio, custo de oportunidade e liquidez e cada empresa geralmente possui seu próprio
parâmetro econômico para analisar o projeto. De acordo com Rocha et al. (2017), para calcular
a taxa de desconto usada na análise de viabilidade do sistema de microgeração fotovoltaica, foi
usado o WACC. Segundo Okoye e Oranekwu-Okoye (2018), para incorporar o risco do projeto
no processo de decisão do orçamento de capital, é desenvolvido o método da taxa de desconto
ajustada ao risco (RADR) que agrupa o valor do dinheiro no tempo puro, representado pela taxa
livre de risco e um prêmio de risco.

As taxas de desconto consideradas são muitas e variam de acordo com a pesquisa. Para
Hammad et al. (2017), a taxa de desconto assumida é igual à taxa de juros do banco nas
condições de empréstimos bancários, considerado como 6,7%. Em Schopfer et al. (2018), a
taxa de desconto definida foi de 4%. Já para Anagnostopoulos et al. (2017), a taxa de desconto
selecionada foi de 5%, assumindo que essa taxa é satisfatória para a maioria dos investidores
se a situação econômica na Grécia for levada em consideração, onde praticamente o melhor
investimento alternativo das contas bancárias essa taxa de juros é muito menor. De acordo com
MacDougall et al. (2018), a adição do prêmio de risco (de 1 a 3%) fornece uma taxa de desconto
ajustada ao risco de 5 a 7%. Para eles, ao avaliar um projeto solar pela TIR, uma taxa de
desconto razoável para os proprietários é de 3 a 7%, inferior às taxas usadas para projetos
comerciais (8 a 9%).

Venda de energia

Uma das principais formas de incentivo citadas na instalação de sistemas de energia


solar fotovoltaica é a possibilidade de venda da energia, estabelecida por políticas de incentivo
locais. Esse fator pode gerar receita com o preço de venda da energia gerada no projeto solar,
fornecida à rede elétrica, e tornar o investimento viável. Segundo Ramanan et al. (2019), a
variação na análise econômica do sistema solar se deve à política de medição líquida. A geração
de energia fotovoltaica e as vendas à rede aumentam simultaneamente com a capacidade
fotovoltaica. Yaqub et al. (2012) falam que o investimento a longo prazo é considerado viável
61

se houver estabilidade de preços a longo prazo de modo que a concessionária possa continuar
a vender a eletricidade gerada a um preço que cubra os custos.

Choi et al. (2013) falam que se uma política de venda de eletricidade for incluída, pode
melhorar a viabilidade financeira vendendo o excesso de energia do sistema fotovoltaico. Eles
concluem que o retorno do investimento aumenta e o período de Payback diminui quando a
taxa de venda de energia à rede aumenta, melhorando a viabilidade financeira do sistema. Para
Qoaider e Steinbrecht (2010), o período de retorno do projeto de energia desenvolvido depende
da política de venda da eletricidade, onde o período de retorno será inversamente proporcional
ao valor do preço de venda e se o valor da energia vendida for igual ao custo de produção, não
haverá lucro. Hoppmann et al. (2014) reforçam que se as famílias também puderem vender sua
eletricidade no mercado atacadista no futuro, um número cada vez maior de famílias passará de
consumidor de eletricidade a produtor de energia, aumentando o interesse e uso de energia
produzida de fonte solar.

Para Goswami et al. (2019), o valor presente da entrada de caixa gerada pela venda da
energia à rede tem uma correlação com os incentivos dados pelo governo, onde consideram o
preço unitário da eletricidade vendida à rede, o preço da eletricidade vendida acima da taxa do
governo, a quantidade de energia usada para carga ativa e uma taxa anual de incremento. Em
Barone et al. (2019), diferentes cenários são investigados para o excedente de eletricidade
produzida, como: uma estratégia padrão de compra e venda da eletricidade, em que a
eletricidade exportada para a rede é vendida ao preço nacional unitário; e uma medição líquida
ideal, onde o excedente de eletricidade produzida exportada para a rede possa ser devolvido ao
edifício quando necessário.

Políticas de incentivo

Há diferentes políticas em forma de incentivo aplicadas ao redor do mundo, e as


condições fornecidas por essas políticas podem facilitar o retorno do investimento em energia
solar e atrair investidores. Muitos pesquisadores chamam atenção para as políticas públicas de
incentivo, como meio de tornar o investimento em energia fotovoltaica mais facilmente viável
economicamente. Segundo Focacci (2009), promover o uso de fontes renováveis de energia
deve se tornar um objetivo importante das políticas nacionais de energia após crises
impulsionadas pelos choques do petróleo e os desequilíbrios ambientais causados pelo uso
maciço de combustíveis fósseis. Para ele, os mecanismos adotados até então para apoiar o setor
fotovoltaico foram orientados em duas direções principais: tarifas de alimentação, considerando
os custos ambientais evitados associados à baixa qualidade do ar e à redução das emissões de
gases de efeito estufa; e incentivos de capital para aquisição de equipamentos fotovoltaicos, a
fim de permitir o custo direto do investimento.

Lee et al. (2016) analisaram o impacto econômico dos incentivos solares estaduais nos
EUA, considerando vários cenários com base em incentivos fiscais e incentivos em dinheiro.
Eles propõem estratégias de melhoria para os incentivos solares, onde estão a oferta de crédito
de imposto de renda estatal e isenção de impostos. Segundo Hirvonen et al. (2015), sem
subsídios os sistemas fotovoltaicos residenciais têm tempo de retorno muito longos. De Boeck
et al. (2016) realizaram uma comparação das políticas de incentivo em vários países e
concluíram que o nível mais alto de rentabilidade possível nem sempre é igual à melhor política,
mas uma política estável e consistente reduz os altos e baixos da demanda dos investidores e
62

leva a um crescimento estável mais gerenciável do mercado. Zhang et al. (2018) afirmam que
quando as políticas de incentivo são aplicadas, o período de retorno do sistema solar pode ser
reduzido em diferentes níveis, dependendo da localização e do tipo de construção.

Farias-Rocha et al. (2019) falam que a política de incentivo pode ser aprimorada
diminuindo os custos iniciais e/ou a taxa de juros da dívida e que isso pode ser feito por meio
de doações governamentais, reduções fiscais para equipamentos de energia renovável,
incentivos para equipamentos de fontes locais e estabelecimento de linhas de crédito para o
desenvolvimento solar, também foi reforçado que a taxa de exportação de eletricidade afeta
muito a viabilidade financeira de um projeto. De acordo com Rocha et al. (2017), a isenção
tributária atende o objetivo de incentivar o desenvolvimento de setores produtivos, como a
indústria fotovoltaica e, além disso, o subsídio contribui indiretamente para melhorar a
qualidade de vida da população, fornecendo suporte para uma produção de energia mais limpa.

Juros e impostos

As taxas de juros e impostos cobradas no investimento de energia solar muitas vezes


podem causar um impacto significativo no negócio. Essas taxas são cobradas pelo governo,
muitas vezes incluídas no custo de investimento pelos fabricantes, e uma das soluções sugeridas
por pesquisadores do mundo é reduzir os impostos e taxas cobradas a fim de facilitar o
investimento. Para Varela et al. (2004), devem ser incluídos nos custos de operação e
manutenção gastos com seguro anual da instalação e impostos anuais pagos pela instalação,
independente da eletricidade gerada. Schmid et al. (2004) consideram a exportação de
equipamentos fabricados fora do Brasil e contam com custos de fornecimento ao Brasil,
incluindo excedentes de transporte, impostos e serviços.

De acordo com os trabalhos, na análise de viabilidade econômica geralmente se


considera diferentes cenários com as condições de juros e impostos. Haegermark et al. (2017)
argumentam que para os cálculos, com base no VPL, foram realizados três cenários diferentes
dos incentivos financeiros disponíveis: o primeiro cenário incluiu um desconto de imposto, o
segundo incluiu um subsídio ao investimento e o terceiro incluiu tanto um desconto quanto um
subsídio. Hoppmann et al. (2014) ressaltam que além dos custos de geração de eletricidade no
sistema solar, os preços devem incluir taxas de rede, margem de lucro da concessionária,
impostos e custo de tarifa da alimentação redistribuído ao consumidor. Li e Yu (2016) se
preocupam em analisar a viabilidade econômica do sistema solar antes e depois do imposto,
como no cálculo do índice da taxa interna de retorno antes do imposto sobre o patrimônio
líquido e a taxa interna de retorno após o imposto sobre o patrimônio líquido. Para Ramirez et
al. (2017), uma das principais políticas de suporte implementada nos principais países da União
Europeia está na redução de impostos, taxas mais baixas de imposto sobre valor agregado ou
esquemas de amortização quando considerar empréstimos.

O crédito de imposto de renda, que oferece crédito de imposto pelo custo de instalação
do sistema fotovoltaico solar, pode ser categorizado em crédito de imposto de renda federal e
estadual. O crédito de imposto de renda federal é um incentivo solar concedido pelo país a todos
os estados e o crédito de imposto de renda do estado é um incentivo solar baseado no estado, e
sua implementação e a quantidade de crédito diferem por estado. Já a isenção de impostos
geralmente pode ser categorizada em isenção de impostos sobre propriedades e vendas. A
isenção do imposto predial é um incentivo solar que isenta o imposto predial cobrado pelo
63

aumento do valor residencial devido à instalação do sistema fotovoltaico solar. A isenção do


imposto sobre vendas é um incentivo solar que isenta o imposto sobre vendas do custo de
instalação do sistema fotovoltaico solar (LEE et al. 2018).

Taxa de inflação

A taxa de inflação é a média de crescimento dos preços envolvidos na instalação, essa


variação nos preços deve ser observada. Geralmente a inflação é considerada pelos autores
sobre os preços das tarifas energéticas. De acordo com Hammad et al. (2017), a taxa de inflação
é um percentual que deve ser considerado como taxa de juros no aumento da tarifa de
eletricidade e como referencial para o cálculo da taxa de desconto. Para Rocha et al. (2017), o
fluxo de caixa é derivado de variáveis como a taxa de juros, o valor da energia vendida à
concessionária e o custo de compra do equipamento, que pode variar durante a vida útil do
projeto. Essa variação traz incerteza envolvida em cada variável e, quando consideradas juntas,
podem aumentar o risco do projeto, por isso se propõe incluir essa incerteza para avaliar o VPL.

Talavera et al. (2019) falam que o preço pelo qual a eletricidade excedente é vendida
para a rede e o preço da eletricidade consumida normalmente é igual à tarifa elétrica de varejo,
mas é necessário definir uma taxa de crescimento anual do preço da eletricidade que geralmente
está vinculada à evolução dos mercados de eletricidade, que é difícil de prever e, em caso de
falta de informações, é definida igual ao valor da inflação anual definida para cada país. Choi
et al. (2018) utilizam a taxa de inflação de preços que podem afetar a compra para prever o
custo de energia para os setores residencial, comercial e industrial em vários níveis das taxas
gerais. Para eles, a taxa média de inflação ao longo da vida útil do sistema solar assumida foi
de 4%, considerada como taxas incrementais de varejo de eletricidade para os sistemas
fotovoltaicos para estimar as tarifas futuras de eletricidade. Segundo Okoye e Oranekwu-Okoye
(2018), o custo-benefício do sistema fotovoltaico é afetado pela taxa de inflação e esse valor
muda de acordo com a localização, afetando a viabilidade econômica do sistema. Para eles, a
taxa de inflação considerada foi de 8,1%.

O preço da eletricidade não permanece constante e, portanto, é necessário definir uma


taxa de escalada anual do preço da eletricidade. Em qualquer mercado liberalizado de
eletricidade, a tarifa de varejo de eletricidade é normalmente uma função da oferta e demanda
disponíveis e depende do tipo de matriz de energia existente em um país. É esperado que os
preços da eletricidade continuem subindo ao longo da vida útil do sistema solar (TALAVERA
et al. 2019).

3.2.3.4 Fatores climáticos e ambientais

Nesta categoria encontram-se os fatores que são determinados pelas condições de clima
e do meio ambiente onde se encontra a instalação de energia solar. Os parâmetros considerados
nesta categoria foram a radiação solar, a temperatura, a taxa de penetração de energia e a sujeira.

Radiação solar

A radiação solar é a energia emitida pelo sol. Ela ocorre diretamente da fonte em todas
as direções e não precisam de um meio para se propagar. A média dessa radiação varia muito
de acordo com o local e são importantes para a análise de viabilidade econômica de sistemas
64

de energia solar, observando-se a capacidade de geração elétrica pela fonte solar na região.
Segundo Xu et al. (2019), a radiação solar é geralmente medida em uma superfície horizontal
da região em particular. A radiação solar direta recebida por um painel solar produz um alto
rendimento energético. De acordo com Ellabban e Alassi (2019), a radiação está sujeita a muitas
mudanças periodicamente devido a diferentes condições climáticas e ao sol.

A média de radiação está diretamente ligada à produção de energia elétrica no sistema


solar fotovoltaico. Li (2019) fala que a saída de energia de um módulo fotovoltaico é
determinada pela quantidade de radiação solar em um local específico. Segundo Barone et al.
(2019), quanto maior a radiação solar, maior a produção de eletricidade pelos módulos
fotovoltaicos, mas é detectado um crescimento não linear da produção devido à diminuição da
eficiência elétrica causada pelo superaquecimento dos painéis. Fereidooni et al. (2018)
estabelecem uma relação entre a saída de energia e a radiação. De acordo com eles, a potência
máxima registrada ocorre no mesmo período da máxima radiação registrada.

Aderemi et al. (2018) criaram um modelo de análise do sistema solar onde simularam
as condições sob a temperatura ambiente média e a radiação solar da localização e os resultados
mostraram um aumento na produção de energia fotovoltaica à medida que a radiação solar
aumentou, dependendo da hora do dia, mas a produção diminuiu quando houve um aumento de
temperatura.

Temperatura

A temperatura ambiente média do local influencia na geração de energia solar e pode


gerar impacto na eficiência dos módulos do sistema solar fotovoltaico. A variação nessa
temperatura também pode ser um problema e pode causar degradação nos equipamentos do
sistema solar. De acordo com Andika et al. (2017), pode-se dizer que existe uma relação entre
as mudanças de temperatura operacional e o custo nivelado da energia. A mudança de
temperatura afeta o custo total de investimento, o custo anual de operação e manutenção e a
geração anual de eletricidade.

Apesar do alto índice de radiação ser bom para o poder de geração de energia solar, altas
temperaturas podem afetar no desempenho do sistema, reduzindo sua eficiência. Kang et al.
(2017) falam que a alta radiação solar geralmente aumenta as temperaturas ambiente e do
módulo fotovoltaico, mas quando a temperatura do módulo excede a condição de teste padrão,
a eficiência do módulo e a correspondente geração de energia diminuem devido à degradação
relacionada ao coeficiente de temperatura. Portanto, uma radiação maior nem sempre garante
uma maior geração de energia. Para Sampaio e Gonzalez (2017), a eficiência das células solares
depende da temperatura, radiação solar e poeira. A temperatura pode afetar drasticamente o
desempenho da célula e, devido a esse fato, estudos têm se concentrado em reduzir a
temperatura por meio de extração de calor e utilizá-la para outros fins, como aquecer a água ou
aquecer o ar.

A temperatura da célula fotovoltaica tem um efeito significativo na potência de saída


fotovoltaica. Por esse motivo, é imprescindível estabelecer um balanço energético da energia
solar absorvida pelos painéis fotovoltaicos, a saída elétrica resultante e a transferência de calor
para o ambiente (BAHRAMI et al. 2017). Para Barone et al. (2019), a eficiência elétrica é, de
65

fato, afetada pela temperatura operacional das células fotovoltaicas e, no estudo, a eficiência
diminuiu de 16,4% para 14,8% à medida que a temperatura fotovoltaica aumenta.

Taxa de penetração de energia

No sistema de geração solar fotovoltaica, nem todo poder de energia captado é


aproveitado na geração elétrica e isso ocorro porque há perdas de energia no sistema, causadas
por diversos fatores. A taxa de penetração de energia considera o quanto da capacidade elétrica
será produzida pelos módulos fotovoltaicos. Shaahid e El-Amin (2009) analisaram a viabilidade
econômica de um sistema híbrido com energia fotovoltaica e a diesel. Eles concluem que, à
medida que a penetração do sistema fotovoltaico aumenta, as horas operacionais dos geradores
a diesel diminui, o que reduz o custo de energia e também a emissão de gases do efeito estufa.
Para Hirth (2015), se a energia solar for gerada constantemente, seu valor seria reduzido com
baixa penetração, mas aumenta fortemente com alta penetração. Para ele, o impacto econômico
da variabilidade da taxa penetração de energia solar é alto.

Alguns pesquisadores alertam para o desperdício de eletricidade, que pode ser causado
pela alta penetração de energia solar. You et al. (2018) falam do desperdício de energia quando
é produzida em excesso pelo sistema solar e a taxa de penetração de energia afeta nessa
produção. Para eles, a maior proporção ideal seria de 27%, para evitar o desperdício, mas se o
preço da energia for muito alto, maiores taxas de penetração poderiam ser uma boa escolha,
apesar do desperdício de eletricidade gerada. Para Yu (2018), a rápida penetração de energia
fotovoltaica diminui as horas de carga total das capacidades convencionais existentes e ela à
otimização da matriz energética. Porém, com uma alta penetração de energia fotovoltaica,
preços negativos podem ser observados devido ao excesso de produção de energia.

Sujeira

Fatores externos, como a questão da sujeira, também podem afetar a eficiência de um


painel fotovoltaico. Razões que podem ocasionar o acúmulo de sujeira nos painéis, como
poeira, materiais orgânicos ou organismos microscópios e outros tipos materiais diversos
podem impedir a passagem dos raios solares até as células das placas, afetando a produção de
energia elétrica. De acordo com Bianchini et al. (2016), o acúmulo de sujeira pode ter um
impacto significativo no desempenho do módulo fotovoltaico e as usinas fotovoltaicas podem
ter uma perda de potência na faixa de 1 a 7%, dependendo das características da sujeira e
métodos de limpeza.

De acordo com Askari e Ameri (2012), um dos fatores de redução no sistema solar, que
explica qualquer discrepância entre o desempenho nominal e o desempenho real dos módulos
fotovoltaicos, é devido a fatores como a sujeira dos painéis, incluindo a cobertura por neve.
Sampaio e Gonzalez (2017) discutem sobre o efeito da poeira na eficiência das células solares
e falam que é aconselhável que a superfície fotovoltaica seja limpa com frequência para manter
o desempenho, pois o acúmulo de poeira pode bloquear a radiação nos módulos fotovoltaicos
e quanto menor a radiação, menor a eficiência da célula. Para Yendaluru et al. (2019), a sujeira
do painel depende da área onde está instalado o sistema solar e pode ocorrer sujeira em área
com muitas árvores e devido a excrementos de pássaros. Ilse et al. (2019) sugerem um custo
adicional para mitigação da sujeira. Segundo eles, a faixa de custo para a qual os investimentos
66

em tecnologia de mitigação de sujeira podem se tornar mais lucrativos em comparação com o


as faixas de custos de limpeza padrão.

Kang et al. (2017) falam que as perdas de redução do sistema fotovoltaico incluem
perdas de conversores/inversores, sujeira, sombreamento, neve, desencontros, fiação, conexões,
degradação induzida pela luz, placas de identificação, disponibilidade etc. Para eles, as perdas
totais de redução no sistema devem estar na faixa de 15 a 35%. Para Dagtekin et al. (2014), a
sujeira do painel fotovoltaico é semelhante ao efeito do sombreamento e pode causar perdas em
torno de 3%.

3.2.3.5 Fatores técnicos

Fatores técnicos são aqueles que são determinados pelo fabricante dos painéis solares
ou que dependem da maneira como os painéis são instalados, seja numa fase de planejamento
do sistema ou na execução da instalação. Nesta categoria foram classificados os seguintes
parâmetros: níveis de frequência; armazenamento de energia; eficiência; geração de energia;
tempo de operação e manutenção; tempo de vida útil; degradação dos painéis; e o ângulo de
inclinação.

Níveis de frequência

Os níveis de frequência são considerados geralmente quando o sistema de energia solar


estiver conectado à rede elétrica, pois estes devem trabalhar em conjunto com a rede pública de
distribuição de energia elétrica, e por isso devem se comportar exatamente como uma usina de
energia comum, operando na mesma faixa de frequência e tensão. Bimenyimana et al. (2019)
falam que os níveis de frequências dos inversores no sistema solar devem estar próximos da
frequência padrão para a rede elétrica nacional. A eletricidade gerada a partir de matrizes
fotovoltaicas flui apenas em uma direção e é convertida pelos inversores para tensões e
frequências adequadas. Para eles, é possível verificar se a usina solar está em bom modo
operacional observando as análises de alimentação de energia na rede elétrica nacional (kWh),
a frequência (Hz) e o fator de potência.

Para Dagtekin et al. (2014), é necessário o uso de inversores para converter a corrente
alternada e controlar a frequência porque os módulos fotovoltaicos geram corrente direta da luz
do sol, enquanto as redes de distribuição de energia pública usam corrente alternada. Segundo
Munoz-Cruzado-Alba et al. (2016), as redes fracas têm um número relativamente pequeno de
cargas da fonte de energia comparadas a uma rede elétrica nacional convencional, por isso
qualquer mudança inesperada pode variar a tensão e frequência do sistema e,
consequentemente, levarão o sistema solar a reduzir sua produção de saída. Para Khouzam
(1999), os sistemas fotovoltaicos conectados à rede devem usar inversores padronizados e
projetados com configurações de disparo de frequência e tensão fixas, de acordo com os códigos
e requisitos aplicáveis.

É preciso manter a frequência da rede, mas para isso os operadores da rede devem ser
capazes de prever com precisão o quão forte o sol brilharia e uma previsão tão exata é quase
impossível. Um pequeno erro de julgamento desencadeará flutuações de frequência e, portanto,
instabilidade na rede. A perda de luz solar ou o desvio de nuvens sobre uma usina solar pode
reduzir significativamente sua produção de energia e, se a usina solar estiver fornecendo uma
67

parcela importante da energia da rede, essa rápida perda de energia poderá resultar na queda da
frequência da rede bem abaixo de 50 Hz, causando instabilidade da rede ou mesmo um apagão
(HAIRAT e GHOSH, 2017).

Armazenamento de energia

O armazenamento de energia consiste basicamente em guardar a energia produzida para


mais tarde ser utilizada. As tecnologias de armazenamento de energia permitem ajustar as
diferenças temporais e geográficas entre a oferta e a demanda de eletricidade. Além disso,
combinando diferentes fontes de energia no mesmo sistema de geração aumenta a eficiência do
sistema, onde uma fonte de energia compensa as falhas e fragilidades da outra na produção.
Para o sistema de armazenamento de energia é necessário um custo adicional em equipamentos,
tais como baterias.

De acordo com Adesanya e Pearce (2019), a economia aumenta com a adição de baterias
para o sistema fotovoltaico acoplado a sistemas híbridos. O armazenamento facilita fornecer
um meio para o aumento da penetração de energia solar, o que reduz o uso de outras fontes de
energia, melhorando os benefícios financeiros. Eshraghi et al. (2019) falam que o uso de
dispositivos de armazenamento geralmente resulta em custos mais altos e menor produção, mas
isso não torna o uso desses dispositivos infundado. Geralmente, o uso de armazenamentos
melhora a qualidade da saída e pode causar uma economia considerável de custos, caso se
pretenda satisfazer uma certa demanda. Estes autores também concluem que, além das
condições técnicas e econômicas, outros fatores estão envolvidos na atratividade do
investimento em tecnologias de armazenamento, incluindo a garantia de uma vida útil do
sistema, mesmo quando este não for utilizado por um longo período.

Adesanya e Pearce (2019) falam que o dimensionamento do sistema de bateria


geralmente é feito para absorver o excesso de energia produzido pelos módulos solares, que
pode ser utilizado quando a luz solar não estiver disponível. Segundo eles, as baterias devem
estar no mesmo nível operacional em termos de tipo, idade, fabricante e temperatura do sistema.
Segundo Bimenyimana et al. (2019), nos sistemas de armazenamento de energia, as baterias
são conectadas para armazenar a energia a ser usada pela demanda, uma vez que não haja
radiação ou luz solar disponível.

Hoppmann et al. (2014) investigaram as condições em que o armazenamento por bateria


seria viável economicamente em sistemas fotovoltaicos residenciais sem suporte de políticas e,
considerando uma família economicamente racional, os investimentos em armazenamento de
baterias já são lucrativos para pequenos sistemas fotovoltaicos residenciais. O sistema e os
tamanho de armazenamento aumentam com o tempo, de modo que as famílias se tornam
produtoras líquidas de eletricidade se tiverem acesso ao mercado de energia. Desenvolvimentos
que levam a um aumento ou queda no preço de venda da energia contribuem ainda mais para a
viabilidade econômica do armazenamento.

Eficiência

A eficiência dos painéis solares está diretamente relacionada à quantidade de energia da


luz solar captada que o painel converte em energia elétrica. Essa eficiência pode ser afetada por
diversos motivos, como já foi discutido em outros fatores, e a queda na eficiência dos módulos
68

solares causa perda na qualidade da produção de energia, podendo tornar o projeto inviável
financeiramente. Segundo Sampaio e Gonzalez (2017), a pesquisa em células solares visa
aumentar a eficiência de conversão de energia solar, uma vez que a produção total de energia
de uma célula solar é igual ao produto de sua eficiência e vida útil e esses fatores afetam o valor
de um sistema de produção de energia baseado na tecnologia fotovoltaica. De acordo com
Hosseini et al. (2005), um dos principais fatores na avaliação técnica de diferentes usinas
solares é a eficiência.

Para Kazem et al. (2017), a eficiência do inversor no sistema fotovoltaico é muito


importante para o sistema. No estudo deles, foi produzida uma quantidade de 7,4 kWh para a
rede com uma eficiência de 4,1 a 8% do sistema. Segundo Cucchiella et al. (2018), a energia
produzida por uma planta solar fotovoltaica reduziu do primeiro ano de operação para o
vigésimo ano devido a um fator de redução de eficiência. Para Mostafaeipour et al. (2019),
quanto menor a quantidade de perdas de energia, maior a eficiência do sistema solar
fotovoltaico, porque menos energia é desperdiçada no sistema.

Chiacchio et al. (2019) falam que o principal processo de degradação da eficiência


depende de fatores meteorológicos, como a velocidade dos ventos, passagem de nuvens nas
unidades fotovoltaicas, radiação incidente e temperatura ambiente. Para Goswami et al. (2019),
a eficiência do sistema solar e a temperatura ambiente têm uma relação indireta entre si, pois o
aumento da temperatura provoca a diminuição na produção dos painéis. A maior produção
diária de energia das plantas fotovoltaicas, devido ao aumento da eficiência, causa um retorno
do investimento maior.

Wang et al. (2019) apresentam como as eficiências energéticas afetam o custo total do
sistema na vida útil e relatam que a alta eficiência energética tem um alto nível de economia de
custos. Na pesquisa deles, o período de retorno do investimento é em torno de 3 anos quando a
eficiência é de 90% e aumenta para 4 e 5 anos quando a eficiência cai para 80% e 70%,
respectivamente, e quando a eficiência atinge 52% o período de retorno é de 9 anos. Ou seja,
quanto maior a eficiência, mais rápido será o retorno do investimento, tornando o projeto mais
economicamente viável.

Geração de energia

A quantidade de energia gerada pelo sistema solar afeta diretamente nos custos do
sistema, uma vez que os painéis são instalados para gerar energia que atenda a demanda e corte
gastos com a compra de energia da rede elétrica convencional. Por essa razão, é importante
avaliar a geração de energia produzida pelo sistema solar fotovoltaico. De acordo com Jo e Jang
(2019), o valor do sistema fotovoltaico pode ser melhorado com o efeito de mudança de geração
solar, que alivia o congestionamento na rede de distribuição.

Ellabban e Alassi (2019) falam que a maior parte da receita do sistema fotovoltaico
depende da energia produzida. A energia útil gerada por um sistema fotovoltaico depende de
muitos fatores, como a potência instalada, a radiação solar, a orientação do painel fotovoltaico,
as condições ambientais (sombra, temperatura, sujeira, neve etc.) e as diferentes eficiências dos
componentes do sistema. Segundo Viana et al. (2019), o uso do sistema fotovoltaico resultaria
em uma redução na demanda diária que seria contratada pela rede elétrica, o que, por sua vez,
geraria economia, tratadas como receita financeira no fluxo de caixa do projeto. Essa premissa
69

constitui o efeito da diminuição da demanda devido à geração de eletricidade pelo sistema


fotovoltaico solar.

Para Mehrpooya et al. (2019), a geração de energia elétrica solar híbrida depende
principalmente da taxa de radiação solar e é afetada pela posição do sol durante o dia, pelas
condições ambientais e pela velocidade do vento. Podem ser obtidos altos valores de geração
de energia elétrica solar híbrida quando a taxa de radiação solar e a temperatura ambiente são
suficientemente altas e a velocidade do vento é baixa. De acordo com Jamali et al. (2019), a
situação climática tem bastante influência na produção de energia, com aumento da velocidade
do vento e redução da temperatura ambiente, levando ao aumento da geração de energia.

Tempo de operação e manutenção

O tempo de operação e manutenção é o período em que o sistema está de fato operando


ou o tempo que o sistema está parado por algum evento, como para manutenção, reparo, troca
ou limpeza dos equipamentos. Alguns estudos consideram esse tempo na análise de viabilidade
econômica, impactando nos custos do projeto. De acordo com Mohammadi et al. (2018), o
custo do gerador doméstico depende do horário de operação e custo de manutenção e o perfil
de carga solicitada de energia é definido de acordo com a quantidade de horas de operação e o
período real de operação dos aparelhos de armazenamento no sistema solar conectado à rede
depende do cronograma de falta de energia.

Bimenyimana et al. (2019) falam que os custos de armazenamento do sistema dependem


também do tempo de operação das baterias. Para eles, as baterias operam 4380 horas por ano e
tem autonomia de 17,5 horas e uma vida útil esperada de 10 anos. Segundo Serrano-Sanchez et
al. (2019), dependendo das horas de operação, o armazenamento térmico é um fator crítico que
aumenta o custo do investimento da usina solar em mais de 60%, quando oferece operação
confiável por média 15 horas, em comparação a 6 horas de operação. San Miguel e Corona
(2018) aconselham a hibridação do sistema solar fotovoltaico, permitindo mais horas de
operação funcional e, portanto, maior geração e receita de energia. A hibridação também
melhorariam a indisponibilidade, o que permitiria aos operadores da usina adaptar a geração a
períodos horários quando os preços de mercado forem mais altos, aumentando assim as receitas
monetárias.

Segundo Wang et al. (2019), um longo período de operação do sistema solar causa uma
redução no consumo de outras fontes energéticas, o que também reduz significativamente os
custos de operação. Uma redução do uso de outras fontes de energia resulta também na
diminuição da quantidade de emissão de gases liberada. Para eles, a fase de operação contribui
com a maior parte da liberação de emissões entre todos os estágios de vida considerados.

Tempo de vida útil

Os equipamentos do sistema solar fotovoltaico devem operar em perfeito estado para


garantir a qualidade de geração de energia, porém, como toda ferramenta, eles se desgastam
com o tempo, devido a frequência de uso, fatores ambientais, envelhecimento etc. Por esse
motivo, deve-se considerar uma estimativa de tempo em que esses equipamentos possam ser
utilizados sem perder suas características essenciais, e essa estimativa de tempo é determinada
pelas empresas fabricantes e fornecida ao comprador. O tempo de vida útil do sistema é usado
70

como período de avaliação do fluxo de caixa na análise de viabilidade econômica. É nesse


período que serão consideradas entradas e saídas de caixa na análise do projeto.

Estudos anteriores sobre a análise econômica de sistemas fotovoltaicos solares


estabeleceram a vida útil do sistema fotovoltaico solar entre 20 e 40 anos. Se a vida útil real do
sistema exceder o tempo de garantia, o desempenho do painel fotovoltaico solar não poderá ser
garantido devido à degradação. Além disso, devido ao aumento dos custos de operação e
manutenção, o painel fotovoltaico atinge sua vida econômica. Assim, o período de garantia
determinado pelos fabricantes de painéis fotovoltaicos solares é geralmente o tempo usado
como a vida útil do sistema fotovoltaico solar (LEE et al. 2018).

Ouedraogo e Yamegueu (2019) utilizaram métodos de análise de viabilidade econômica


baseados no tempo de vida útil do sistema. Segundo eles, o cálculo do custo nivelado de energia
pode ser definido como a soma de todos os custos descontados durante a vida útil do projeto,
divididos pelas unidades de energia descontada produzida, e o cálculo do VPL considera todos
os custos e receitas incorridos durante a vida útil do projeto e o valor do investimento inicial,
todos descontados na data zero. Chiacchio et al. (2019) falam que a vida útil dos equipamentos
varia dependendo do ambiente e de como são operados. Para Talavera et al. (2019), um aumento
na vida útil de um sistema fotovoltaico pode significar melhorias importantes na
competitividade de custos de um sistema fotovoltaico, porque produz energia por mais tempo.
Analisando o custo nivelado de eletricidade produzido durante toda a duração do sistema,
aumentando a vida útil de 20 para 35 anos (75%), melhora a viabilidade econômica em 17%.

Degradação dos painéis

A degradação é um fator que leva em consideração o desgaste dos painéis solares. Com
o passar do tempo, os equipamentos vão perdendo qualidade e seus preços vão se depreciando.
São várias as causas da degradação dos painéis, como o superaquecimento, o envelhecimento
natural, o acúmulo de sujeira etc. O fator de degradação é considerado nos estudos como uma
taxa de redução na eficiência de geração elétrica, e também nos valores do sistema solar como
forma de depreciação.

A degradação dos painéis provoca um aumento nos custos da eletricidade da geração


solar fotovoltaica. Para Hammad et al. (2017), o custo da eletricidade aumenta com o tempo
durante a vida útil do sistema, pois a produção total diminui com a degradação anual dos
módulos. Tervo et al. (2018) discutem que em qualquer análise econômica os resultados
dependem dos custos dos componentes, métodos de financiamento, eficiência e as taxas de
degradação selecionadas para o modelo do sistema solar. Esses valores afetam tanto a utilização
de eletricidade quanto os parâmetros de valor futuro que afetam a utilização de eletricidade (no
caso de taxa de desconto).

De acordo com Choi et al. (2018), os módulos fotovoltaicos se degradam no


desempenho devido à idade ao longo da vida útil e, em consequência disto, a geração futura de
energia do sistema é estimada usando a geração de energia do primeiro ano normalizada e, em
seguida, diminuída anualmente para levar em conta a degradação do desempenho devido à
idade. Para San Miguel e Corona (2018), a degradação dos componentes do sistema solar causa
uma redução cumulativa de 0,2% por ano na geração de energia, que é levada em consideração
para determinar a produção líquida de energia ao longo da vida útil do sistema.
71

McTigue et al. (2018) falam que além da bateria, os componentes da planta solar sofrem
degradação com o tempo e alguns equipamentos precisam ser substituídos. Eles consideram
uma taxa de 1% de degradação e reposição de peças, mas se a planta for operada de maneira
ineficaz, as taxas de degradação podem ser maiores. Para Lee et al. (2018), como os sistemas
solares sofrem um declínio de seu desempenho técnico ao longo do tempo, é importante
determinar e assumir a taxa de degradação do sistema para realizar análises de viabilidade.
Segundo Talavera et al. (2017), a energia gerada com qualquer usina fotovoltaica também é
influenciada pela degradação dos módulos durante sua vida útil. Portanto, é necessário definir
uma taxa anual de degradação na eficiência dos módulos fotovoltaicos da planta solar.

Ângulo de inclinação

Para muitos autores, a inclinação em que os painéis solares serão instalados vai
influenciar diretamente na captação de energia do sol e, consequentemente, na rentabilidade do
projeto. Assim, para tirar o máximo proveito do sistema, deve-se estudar uma inclinação ideal
dos painéis, mas a luz solar não é constante durante todo o dia, por esse motivo a inclinação
ideal em um determinado horário é diferente em outro horário. Diversos pesquisadores estudam
a melhor inclinação, onde os painéis terão maior eficiência na maior parte do dia, ou até mesmo
a possibilidade de se alterar a inclinação dos painéis ao longo do dia à medida que a luz do sol
muda de direção.

Segundo Xu et al. (2019), os painéis solares são inclinados para aumentar a eficiência
da radiação solar sobre eles, e é necessário maximizar o rendimento de energia solar para
determinar o ângulo de inclinação ideal. Para eles, ajustando os painéis para o ângulo de
inclinação ideal, o rendimento de energia solar pode ser elevado de acordo com o local. De
acordo com Asif et al. (2019), a saída de um sistema solar fotovoltaico é bastante influenciada
pela orientação e ângulo de inclinação dos painéis instalados. Awan (2019) alerta que uma
inclinação muito grande pode provocar sombra entre os painéis. Para ele, os módulos
fotovoltaicos inclinados têm um efeito de sombreamento automático que diminui a eficiência
de desempenho das matrizes fotovoltaicas paralelas, mas essa eficiência pode ser melhorada
aumentando a distância entre as matrizes paralelas.

De acordo com De Lara et al. (2019), é necessário determinar os ângulos de inclinação


dos painéis para maximizar a geração de energia solar, mas para garantir que os painéis sejam
instalados nesse ângulo, seria necessário investir em estruturas de suporte dos painéis e, por
isso, geralmente é decidido usar a estrutura existente (do telhado, como no caso) que tem uma
inclinação fixa. Khalid e Junaidi (2013) sugerem que a usina fotovoltaica tenha instalação de
inclinação fixa, pois se espera que a usina de inclinação fixa tenha baixos custos de operação e
manutenção, por não utilizarem componentes com peças móveis, como rastreadores. No
entanto, é necessária a limpeza regular dos painéis nessas instalações, bem como a substituição
ocasional dos inversores.

4. CONCLUSÃO

Este trabalho foi elaborado com a finalidade de se conhecer e estudar fatores que podem
influenciar na viabilidade econômica de projetos de duas fontes de energia renovável: a energia
72

eólica e a energia solar. Como metodologia de trabalho, foram realizados dois processos de
RSL divididos em três fases: entrada; processamento; e saída. Na fase de entrada definiu-se,
entre outras coisas, a base de dados onde seriam realizadas as buscas principais pelos trabalhos
a serem analisados, e a Web of Science foi a plataforma definida para esta finalidade. As buscas
iniciais dos trabalhos geraram um resultado de 219 e 485 artigos e revisões para trabalhos sobre
viabilidade econômica em energia eólica e em energia solar, respectivamente. Ao serem
analisados os trabalhos das amostras, depois de lidos e revisados, a amostra final foi definida
com 120 e 234 trabalhos sobre a viabilidade econômica do investimento em energia eólica e
solar, respectivamente. Os trabalhos da amostra final foram sintetizados e analisados a fim de
identificar os fatores de impacto na análise financeira dessas fontes energéticas.

Depois de definidas, as amostras finais foram caracterizadas de acordo com as


informações consideradas mais relevantes na literatura. Analisando as principais características
das amostras finais, foi possível perceber o crescimento do interesse por estudos nessas áreas
de pesquisa, através do número de artigos por ano de publicação, além da relevância destes
trabalhos para a literatura, sendo observada através do número geral e média de citações. Pelo
número de citações, Blanco (2009) pôde ser visto como a referência de maior relevância na
amostra sobre a viabilidade econômica de energia eólica, seguido por Greenblatt et al. (2007)
e Diaf et al. (2008). Já na amostra de artigos sobre a viabilidade econômica de energia solar,
Branker et al. (2011) se mostrou a referência de maior relevância na literatura, pelo alto número
de citações, acompanhado de referências como Azzopardi et al. (2011) e Hoppmann et al.
(2014). Pelos locais de publicação foi possível se ter ideia das regiões onde tem tido maior
interesse na área de estudo, além de notar as semelhanças e diferenças entre os trabalhos de
acordo com a região. Também foi realizada uma análise de rede de dados a fim de estudar sobre
os principais termos usados como palavras-chave dos trabalhos e as ligações entre eles, onde
observou-se os termos que tão sendo mais utilizados atualmente e aqueles que estão sendo
deixados de se utilizar.

Para a análise de viabilidade econômica de energia eólica, o termo “wind energy” é o


que aparece em maior destaque, sendo ainda utilizado em trabalhos mais atuais. Há novos
termos sendo introduzidos nos trabalhos mais recentes, como “wind speed” e “wind power
density”, por exemplo, e termos que estão se tornando obsoletos, como “economic analysis” e
“economic viability”, que aparecem apenas em estudos mais antigos.

Na análise de viabilidade econômica de energia solar, “photovoltaic” é o termo mais


utilizado como palavra-chave da amostra, junto ao termo “solar energy”. Os termos “economic
assessment”, “lcoe” e “self-consumption” têm aparecido na literatura mais recente, enquanto
que “net metering” e “techno-economic analysis”, por exemplo, estão se tornando
ultrapassados.

Na identificação dos parâmetros de impacto, os fatores encontrados nos dois processos


de RSL foram classificados, de forma semelhante, em cinco categorias: (1) fatores de
localização; (2) fatores econômicos; (3) fatores políticos; (4) fatores climáticos e ambientais; e
(5) fatores técnicos.

Para o processo de RSL sobre a energia eólica, o resultado trouxe um total de 23


parâmetros destacados como fatores de impacto na viabilidade econômica do investimento em
73

energia eólica. Analisando os trabalhos e observando os fatores identificados, ficou evidente


que estes fatores dependem muito do local de onde está sendo avaliado.

Há fatores que podem ser interessantes na avaliação em algumas regiões, como exemplo
é possível verificar que para alguns estudos é importante avaliar a variação do vento ao longo
do dia (horários de pico e de menor velocidade do vento), enquanto para outros autores é
importante apenas conhecer a média geral da velocidade do vento. Esta diversidade nos estudos
torna interessante, para a avaliação econômica de energia eólica, conhecer todos os parâmetros
que estão sendo examinados e avaliar quais deles devem ser considerados em cada caso de
estudo.

Sobre os fatores de impacto no investimento em energia eólica, a potência instalada foi


identificada em todos os trabalhos presentes na amostra, o que pode já ser um resultado
esperado por muitos, pois este fator influencia diretamente em outros fatores ligados aos custos
de investimento, como o custo de instalação, a economia de energia gerada pela produção de
energia eólica, condições de financiamento, entre outros. Apesar de ser um fator que pode ser
visto como uma escolha do investidor (e não como um risco de viabilidade econômica),
dependendo dessa escolha o investimento pode-se tornar menos ou mais viável, pois uma maior
potência gera mais energia e encarece o custo de investimento, de forma contrária um projeto
com potência menor instalada torna o custo de investimento mais baixo, porém produzindo
menos eletricidade.

Além da Potência instalada, o custo de investimento, velocidade do vento, tempo de


vida útil e o custo de operação e manutenção foram fatores identificados em mais de 80% dos
trabalhos. O custo de investimento é um fator que depende de outras características do projeto,
como a própria potência a ser instalada e, em alguns casos, a distância do fornecedor ao local
onde será instalado, acrescentando custos de instalação e transporte. A velocidade do vento não
é um custo direto, mas influencia diretamente na viabilidade econômica do projeto, pois é o que
caracteriza o potencial eólico do local onde será gerada a energia através do vento. O tempo de
vida útil é um fator que impacta diretamente na economia porque é ele que indica o efetivo
funcionamento das turbinas para definir, entre outras coisas, o tempo em que vai durar o projeto
e até onde vai ser considerado o fluxo de caixa. O custo de operação e manutenção, assim como
outros fatores, depende de outros parâmetros, como o tempo em que vai durar o projeto e o
tamanho do projeto (potencial de energia instalado), geralmente esse custo é considerado como
um percentual do custo total de investimento e devem ser levados em consideração para garantir
o bom funcionamento do projeto até o final do período de vida útil.

Outros fatores foram identificados nos trabalhos sobre energia eólica com menor
frequência, mas não menos importantes. Alguns dos autores, por exemplo, têm dado atenção às
condições de financiamento através de políticas públicas, como a taxa de juros cobrada, o prazo
de financiamento e o valor financiado pelo governo. Tais condições podem oferecer uma
amortização no custo de investimento, que pode ajudar a tornar o projeto viável.

De acordo com o segundo processo de RSL, sobre viabilidade econômica do


investimento em energia solar, alguns fatores sofrem muita variação de região para região,
como é o caso da radiação solar, a tarifa de energia, a temperatura e as políticas de incentivo,
por exemplo. Cada fator acaba sendo influenciado por outro, o que reforça a necessidade de
análise de todos os parâmetros possíveis para cada caso de estudo. Quando comparados aos
74

locais de publicação, pode-se notar também a diversidade de estudos, os meios e fatores


considerados em cada trabalho muitas vezes varia muito de acordo com a região.

Para o investimento em energia solar, o custo inicial de investimento foi o fator que
mais apareceu na amostra. Como foi visto, esse fator é considerado na maioria dos métodos
como referencial de avaliação econômica dos projetos, porém o investimento inicial por si só
não é suficiente para saber se um projeto é viável ou não financeiramente, pois há outros fatores
que influenciam nessa viabilidade. Nos trabalhos sobre a energia solar foram estudados outros
28 parâmetros, que apareceram com menor frequência, mas que podem não ser menos
importantes que o custo de investimento.

Além do custo inicial de investimento, a geração de energia, o custo de operação e


manutenção, a radiação solar e o tempo de vida útil são os parâmetros que aparecem em maior
destaque no impacto financeiro do investimento em energia solar. Foi visto que a geração de
energia, por exemplo, pode representar a maior parte da receita do sistema fotovoltaico, e que
esse fator depende de outras variáveis, como a potência instalada, a radiação solar, a orientação
dos painéis, eficiência e condições ambientais.

Comparando-se os estudos de viabilidade financeira dos dois sistemas de energia, eólica


e solar, é possível notar que muitos fatores de impacto se repetem, como a localização das
instalações, o custo de investimento, o custo de operação e manutenção, o custo de energia,
taxas e impostos etc. Mesmo aqueles fatores que não se repetem aqui entre as duas energias,
possuem características semelhantes e foram separados às mesmas classificações.

Como sugestão para suprir as carências de cada energia e maximizar a eficiência na


geração de energia elétrica, muitos autores indicam a hibridização dos sistemas. Sendo assim,
em períodos com velocidade baixa do vento e alta temperatura do ambiente, o sistema de
energia solar poderia compensar a queda de produção do sistema de energia eólica, por
exemplo, e o mesmo poderia ocorrer do contrário. Além disso, fica evidente a necessidade de
políticas públicas de incentivo que facilitem o investimento nessas energias. Este trabalho pode
sugerir estratégias nessas políticas de incentivo, de acordo com os fatores que podem impactar
no investimento de energia eólica ou solar, além de oferecer indicações de fatores que devem
ser analisados pelos investidores que desejam investir nas instalações.

Além dos fatores que foram identificados e mencionados aqui, que de alguma forma
podem ser previstos ou calculados, há fatores imensuráveis que podem influenciar bastante na
decisão da instalação de sistemas de energia eólica ou solar e que têm sido uns dos maiores
motivos de incentivo na produção de energias renováveis, que são os fatores socioambientais,
como a redução na emissão de gases na atmosfera, a diminuição de impactos ambientais
causados na geração elétrica, a melhoria da qualidade de vida etc. Estes fatores devem ser
levados em questão e podem ser levados em consideração na elaboração de políticas públicas
de incentivo.

Conhecer estes fatores e a forma como eles têm sido tratados na literatura, pode ser de
extrema relevância no auxílio a investidores e pesquisadores, de modo que eles possam
identificar e considerar as variáveis mais adequadas para seus estudos.
75

Com base nas conclusões desta pesquisa, trabalhos futuros podem: (i) avaliar as
melhores localizações para a instalação de turbinas eólicas ou de painéis fotovoltaicos
considerando os fatores de impacto identificados; (ii) estudar o grau de impacto destes fatores
na economia dos sistemas; (iii) realizar uma análise de sensibilidade utilizando os parâmetros
identificados; (iv) realizar um mapeamento de risco, identificando quais fatores causam mais
impacto financeiro de acordo com a região; (v) analisar a viabilidade econômica de projetos de
energias eólica e solar fotovoltaica, de acordo com os fatores de impacto, em um estudo de caso
seguindo critérios de viabilidade usados na literatura; (vi) propor políticas de incentivo na
geração de energia eólica e energia solar, levando em consideração os fatores de impacto que
foram identificados.
76

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YU, H. J. J. A prospective economic assessment of residential PV self-consumption with batteries and its systemic
effects: The French case in 2030. Energy Policy, v. 113, n. October 2017, p. 673–687, 2018.

YU, Z. China’s photovoltaic industry policy performance from the perspective of global value chain. Energy
Sources, Part A: Recovery, Utilization and Environmental Effects, v. 40, n. 14, p. 1737–1742, 2018.

ZAKI, W. R. M.; NAWAWI, A. H.; AHMAD, S. S. Economic assessment of Operational Energy reduction options
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97

ZHANG, J. et al. Integrated photovoltaic and battery energy storage (PV-BES) systems: An analysis of existing
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ZHANG, X. et al. Techno-economic feasibility analysis of solar photovoltaic power generation for buildings.
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ZHAO, M.; SHARMA, A.; BERNT, D. G.; MEYER, J. A.; DICKEY, B.; ROSENBAUGH, S.; JONES, E.;
RILLET, L. Economic Analysis of Using a Renewable Wind Power System at a Signalized Intersection. Journal
of Intelligent Transportation Systems, v.17, p.210-220, 2013.
98

APÊNDICE A – SÍNTESE DA AMOSTRA FINAL DE ARTIGOS DA RSL SOBRE A


ENERGIA EÓLICA

Autor Local Citações Periódico

1 Qolipour et al. (2017) Irã 36 Renewable & Sustainable Energy Reviews

2 Mohsin et al. (2018) Paquistão 18 International Journal of Hydrogen Energy

3 Serri et al. (2018) Itália 16 Renewable Energy

4 Fazelpour et al. (2017) Irã 34 Renewable & Sustainable Energy Reviews

China Energy Sources Part B-Economics Planning and


5 Jie et al. (2018) 0
Policy
6 Blanco (2009) Espanha 291 Renewable & Sustainable Energy Reviews

7 Rocha et al. (2018) Brasil 4 Renewable & Sustainable Energy Reviews


Glassbrook et al. Tailândia
8 10 Energy for Sustainable Development
(2014)
9 Fang (2019) China 1 International Journal of Hydrogen Energy

10 Hulio et al. (2019) Paquistão 1 Energy Strategy Reviews

11 Bhattara et al. (2019) Canadá 0 Journal of Energy Storage

12 Samu et al. (2019) Zimbábue 0 International Journal of Green Energy


Coreia do International Journal of Renewable Energy
13 Lee et al. (2019) Sul 0
Research

14 Abnavi et al. (2019) Irã 1 Environmental Progress & Sustainable Energy

15 De Lara et al. (2019) Brasil 0 Brazilian Archives of Biology and Technology


Arábia
16 Shaahid et al. (2019) Saudita 0 Thermal Science

Adefarati and Obikoya África do International Journal of Engineering Research in


17 Sul 0
(2019) Africa

18 Kassem et al. (2019) Líbano 0 Modeling Earth Systems and Environment

19 Mohsin el al. (2019) Paquistão 2 Environmental Science and Pollution Research


Uzbequistã
20 Bahrami et al. (2019) o 1 Journal of Cleaner Production

21 Rotela et al. (2019) Brasil 0 Energies


Rodriguez-Hernandez México
22 0 Energies
et al. (2019)
23 Al-Nassar et al. (2019) Kuwait 3 Energy

24 Rezaei et al. (2018) Irã 6 International Journal of Hydrogen Energy

25 Bina et al. (2018) Irã 2 Energy


África do
26 Olatayo et al. (2018) Sul 3 Renewable & Sustainable Energy Reviews
99

González-Aparicio et Espanha
27 5 Applied Energy
al. (2018)
28 Kirmani et al. (2018) Índia 7 IET Renewable Power Generation

29 Li et al. (2018) China 12 Renewable Energy


Tuyet and Chou Taiwan
30 2 Applied Energy
(2018)
31 Asghar and Liu (2018) China 8 Neurocomputing

Chipre Global Journal of Environmental Science and


32 Kassem et al. (2018) 3
Management-GJESM
33 Babarit et al. (2018) França 12 International Journal of Hydrogen Energy

34 Calderon et al. (2018) Colômbia 1 Tecciencia

35 Liu et al. (2018) China 30 Energy Conversion and Management

36 Neto et al. (2018) Brasil 3 Electric Power Components and Systems

37 Yarova et al. (2017) Ucrânia 0 Economic Annals – XXI

38 Hulio et al. (2017) Paquistão 9 Energy Sustainability and Society


Arábia
39 Ramli et al. (2017) Saudita 4 Journal of Renewable and Sustainable Energy

40 Ramadan (2017) Egito 19 Journal of Cleaner Production


Coreia do
41 Ali et al. (2017) Sul 9 Energies

Mattar and Guzman- Chile


42 15 Energy
Ibarra (2017)
43 Aquila et al. (2017) Brasil 10 Energy Economics
Abdelhady et al. Egito
44 2 Wind Engineering
(2017)
45 Waewsak et al. (2017) Tailândia 4 Sustainable Energy Technologies and Assessments

Bangladesh International Journal of Renewable Energy


46 Rahman et al. (2017) 4
Development-IJRED
Coreia do
47 Park et al. (2017) Sul 3 Sustainability

Ajayi and Ohijeagbon Nigéria


48 3 International Journal of Ambient Energy
(2017)
Omã International Journal of Renewable Energy
49 Albadi et al. (2017) 3
Research
50 Aquila et al. (2016) Brasil 18 Journal of Cleaner Production
Castro-Santos et al. Espanha
51 20 Energy
(2016)
Simons and Cheung Inglaterra
52 13 Journal of Cleaner Production
(2016)
53 Watts et al. (2016) Chile 16 Renewable Energy

54 Ayodele et al. (2016) Nigéria 34 Journal of Cleaner Production


100

55 Kapsali et al. (2016) Grécia 9 Applied Energy

56 Qolipour et al. (2016) Irã 25 Energy Conversion and Management

57 Silva et al. (2016) Brasil 56 Renewable & Sustainable Energy Reviews


Argatov and Alemanha
58 2 Renewable Energy
Shafranov (2016)
59 Capellaro (2016) Alemanha 9 Renewable Energy
Mohammadi et al. Irã
60 3 Environmental Earth Sciences
(2016)
Coreia do International Journal of Renewable Energy
61 Rasheed et al. (2016) Sul 2
Research
Asumadu-Sarkodie Gana Energy Sources Part A-Recovery Utilization and
62 30
and Owusu (2016) Environmental Effects
63 Belabes et al. (2015) Argélia 30 Renewable & Sustainable Energy Reviews

64 Astariz et al. (2015) Espanha 30 Renewable Energy

Wyman and Estados


65 Unidos 0 Wind Engineering
Jablonowski (2015)

Li and DeCarolis Estados


66 Unidos 19 Renewable Energy
(2015)
De Vos and Driesen Bélgica
67 12 IET Renewable Power Generation
(2015)
68 Grieser et al. (2015) Alemanha 27 Renewable Energy
Saiz-Marin et al. Espanha
69 3 Wind Energy
(2015)
70 Fazelpour et al. (2015) Irã 52 Renewable Energy

Myanmar International Journal of Renewable Energy


71 Soe et al. (2015) 1
Research
72 Juarez et al. (2014) Brasil 29 Renewable & Sustainable Energy Reviews

73 Pena et al. (2014) Portugal 9 Energy Economics

74 Gil et al. (2014) Espanha 27 Applied Energy

75 Kose et al. (2014) Turquia 16 International Journal of Green Energy


Katsigiannis and Austrália
76 23 Renewable Energy
Stavrakakis (2014)
77 Olateju et al. (2014) Canadá 33 Applied Energy

Gillenwater et al. Estados


78 Unidos 7 Renewable Energy
(2014)

79 Nor et al. (2014) Malásia 30 Renewable Energy

80 Albani et al. (2014) Malásia 12 Energy Exploration & Exploitation


Adaramola et al. Gana
81 63 Energy Conversion and Management
(2014)
Mohammadi and Irã
82 52 Energy Conversion and Management
Mostafaeipour (2013)
101

83 Mudasser et al. (2013) Canadá 5 Energy Policy

84 Silva et al. (2013) Brasil 18 Renewable & Sustainable Energy Reviews

85 Li et al. (2013) China 28 Energy

86 Simic et al. (2013) Croácia 38 Renewable Energy


Estados
87 Zhao et al. (2013) Unidos 1 Journal of Intelligent Transportation Systems

Madlener and Latz Alemanha


88 91 Applied Energy
(2013)
O’Keeffe and Haggett Inglaterra
89 35 Renewable & Sustainable Energy Reviews
(2012)
90 Erturk (2012) Turquia 29 Energy Policy

91 Hamouda (2012) Egito 14 Renewable & Sustainable Energy Reviews


Saiz-Marin et al. Espanha
92 26 IEEE Transactions on Power Systems
(2012)
93 Li et al. (2012) Irlanda 12 Applied Energy
Oliver and Groulx Canadá
94 5 Journal of Renewable And Sustainable Energy
(2012)
Askari and Ameri Irã Energy Sources Part B-Economics Planning and
95 25
(2012) Policy
96 Montes et al. (2011) Espanha 14 Renewable & Sustainable Energy Reviews
Walters and Walsh Inglaterra
97 17 Energy Policy
(2011)
98 Mota et al. (2011) Brasil 4 IEEE Latin America Transactions

99 Genc (2011) Turquia 12 Journal of Energy Engineering-Asce


Estados
100 Wang et al. (2010) Unidos 6 EMJ – Engineering Management Journal

101 Recalde (2010) Argentina 10 International Journal of Hydrogen Energy


Akdag and Guler Turquia Energy Sources Part B- Economics Planning and
102 19
(2009) Policy
Jordânia Energy Sources Part B- Economics Planning and
103 Hrayshat (2009) 3
Policy
104 Ucar and Balo (2008) Turquia 26 International Journal of Green Energy

105 Diaf et al. (2008) Argélia 142 Energy Policy

106 Ngala et al. (2007) Nigéria 50 Renewable Energy


Moran and Escócia
107 37 Energy Policy
Sherrington (2007)
Soderholm et al. Suécia
108 89 Renewable & Sustainable Energy Reviews
(2007)
Greenblatt et al. Estados
109 Unidos 148 Energy Policy
(2007)
Kissel and Krauter Brasil
110 24 Energy Policy
(2006)
102

Estados
111 Stockton (2004) Unidos 10 Renewable Energy

África do
112 Teetz et al. (2003) Sul 14 Renewable Energy

Wachsmann and Brasil


113 15 Renewable Energy
Tolmasquim (2003)
Papadopoulos and Grécia
114 13 Renewable Energy
Dermentzoglou (2002)
115 Karlis et al. (2001) Grécia 7 Energy Conversion and Management
Kaldellis and Gavras Grécia
116 54 Energy Policy
(2000)
Munksgaard and Dinamarca
117 9 Energy Policy
Larsen (1998)
Richardson and Estados
118 Unidos 56 Proceedings of the IEEE
Mcnerney (1993)
Desrochers et al. Canadá
119 47 IEEE Transactions on Energy Conversion
(1986)
Furuya and Maekawa Estados Journal of Solar Energy Engineering –
120 Unidos 2
(1984) Transactions of the Asme
103

APÊNDICE B – SÍNTESE DA AMOSTRA FINAL DE ARTIGOS DA RSL SOBRE A


ENERGIA SOLAR

Autor Local Citações Periódico

1 Bimenyimana et al. (2019) Ruanda 0 International Journal Of Photoenergy

Coréia
0 Renewable Energy
2 Lee (2019) do Sul

African Journal of Science Technology Innovation


Nigéria 0
3 Babatunde et al. (2019) & Development

4 Yendaluru et al. (2019) Índia 0 Environmental Progress & Sustainable Energy

Austráli
2 Energy Reports
5 Ellabban and Alassi (2019) a

6 Mehrpooya et al. (2019) Irã 0 Energy Reports

7 Goswami et al. (2019) Índia 1 Environmental Progress & Sustainable Energy

8 Karimi et al. (2019) Irã 1 Environmental Progress & Sustainable Energy

9 Lopes et al. (2019) Brasil 0 Journal of Material Cycles and Waste Management

Coréia
0 Energy & Environment
10 Kang et al. (2019) do Sul

Aleman
0 Joule
11 Ilse et al. (2019) ha

Building Services Engineering Research &


Índia 0
12 Ramanan et al. (2019) Technology

Ouedraogo and Yamegueu Burkina


0 Energy Science & Engineering
13 (2019) Faso

Adesanya and Pearce


Nigéria 0 Renewable & Sustainable Energy Reviews
14 (2019)

15 Silveira et al. (2019) Brasil 0 Navus-Revista de Gestao e Tecnologia

Alhaj and Al-Ghamdi


Catar 0 Solar Energy
16 (2019)

17 Barone et al. (2019) Grécia 3 Energy Conversion and Management

18 Garcia-Saez et al. (2019) Espanha 7 Renewable Energy

Coréia
0 Sustainability
19 Jo and Jang (2019) do Sul

20 Eshraghi et al. (2019) Irã 3 Sustainable Energy Technologies and Assessments

Energy Sources Part A-Recovery Utilization and


China 2
21 Li (2019) Environmental Effects

22 Viana et al. (2019) Brasil 0 Engenharia Agricola

23 Kumar et al. (2019) Índia 0 Energy


104

Austráli International Journal of Electrical Power & Energy


0
24 Liu et al. (2019) a Systems

25 Buonomano et al. (2019) Itália 3 Renewable Energy

26 Farias-Rocha et al. (2019) Filipinas 3 Journal of Cleaner Production

27 Chiacchio et al. (2019) Itália 2 Energies

28 Jamali et al. (2019) Irã 0 Solar Energy

29 Espinoza et al. (2019) Peru 1 Renewable Energy

30 Wang et al. (2019) Turquia 2 Journal of Cleaner Production

Arábia
0 Journal of Renewable and Sustainable Energy
31 Awan (2019) Saudita

32 Milousi et al. (2019) Grécia 1 Sustainability

Paquistã
8 Processes
33 Xu et al. (2019) o

Lammoglia and Brandalise


Brasil 0 Independent Journal of Management & Production
34 (2019)

35 Leite et al. (2019) Brasil 3 Energy Conversion and Management

Arábia
1 Smart and Sustainable Built Environment
36 Asif et al. (2019) Saudita

37 Talavera et al. (2019) Espanha 1 Renewable Energy

38 Gurturk (2019) Turquia 2 Energy

39 Mostafaeipour et al. (2019) Irã 3 Desalination

Serrano-Sanchez et al.
Espanha 1 Applied Sciences-Basel
40 (2019)

41 Talavera et al. (2019) Espanha 1 Energies

42 Brunini et al. (2019) Brasil 0 Revista Brasileira de Ciencias Agrarias-Agraria

43 De Lara et al. (2019) Brasil 0 Brazilian Archives of Biology and Technology

Mohammad and Ismael


Iraque 0 Aims Energy
44 (2019)

Kharseh and Wallbaum


Suécia 4 Energies
45 (2019)

46 You et al. (2018) China 1 Energy

Coréia
7 Applied Energy
47 Lee et al. (2018) do Sul

48 Al-Saqlawi et al. (2018) Omã 6 Energy Conversion and Management

Estados
12 Applied Energy
49 McTigue et al. (2018) Unidos

Estados
11 Renewable & Sustainable Energy Reviews
50 Tervo et al. (2018) Unidos
105

51 Cucchiella et al. (2018) Itália 5 Sustainability

Global Journal of Environmental Science and


Chipre 3
52 Kassem et al. (2018) Management-Gjesm

53 Poonia et al. (2018) Índia 2 Cogent Engineering

San Miguel and Corona


Espanha 5 Renewable & Sustainable Energy Reviews
54 (2018)

55 Mohammadi et al. (2018) Irã 5 Energy

56 Schopfer et al. (2018) Suíça 22 Applied Energy

57 Lorenzo et al. (2018) 0 6 Energy

58 Buonomano et al. (2018) Itália 13 Energy

59 MacDougall et al. (2018) Canadá 2 Renewable Energy

África
6 Energies
60 Aderemi et al. (2018) do Sul

61 Lourenço et al. (2018) Brasil 1 Energies

62 Ayadi et al. (2018) Jordânia 7 Sustainable Cities and Society

63 Islam (2018) França 10 Sustainable Cities and Society

64 Noro and Lazzarin (2018) Itália 0 International Journal of Low-Carbon Technologies

Journal of Sustainable Development of Energy


Angola 4
65 Carrico et al. (2018) Water and Environment Systems-Jsdewes

Estados
12 Applied Energy
66 Zhang et al. (2018) Unidos

67 Yu (2018) França 12 Energy Policy

Okoye and Oranekwu-


Nigéria 13 Renewable & Sustainable Energy Reviews
68 Okoye (2018)

Colômbi
8 Renewable & Sustainable Energy Reviews
69 Vides-Prado et al. (2018) a

70 Fereidooni et al. (2018) Irã 12 Renewable & Sustainable Energy Reviews

71 Liu et al. (2018) China 29 Energy Conversion and Management

72 Garcia et al. (2018) Brasil 0 Brazilian Archives of Biology and Technology

73 Silveira et al. (2018) Brasil 0 Brazilian Archives of Biology and Technology

Energy Sources Part A-Recovery Utilization and


China 0
74 Yu (2018) Environmental Effects

Estados
0 International Journal of Sustainable Energy
75 Choi et al. (2018) Unidos

Estados Technological and Economic Development of


4
76 Lee et al. (2018) Unidos Economy

77 Rocha et al. (2017) Brasil 9 Journal of Cleaner Production

78 Hammad et al. (2017) Jordânia 17 Renewable & Sustainable Energy Reviews


106

79 Bahrami et al. (2017) Nigéria 16 Renewable Energy

80 Patil et al. (2017) Índia 26 Renewable Energy

Coréia
7 Solar Energy
81 Andika et al. (2017) do Sul

Adefarati and Bansal África


32 Applied Energy
82 (2017) do Sul

Arábia
3 Journal of Renewable and Sustainable Energy
83 Ramli et al. (2017) Saudita

Arábia
14 Energy Conversion and Management
84 Lari and Sahin (2017) Saudita

85 Asaee et al. (2017) Canadá 13 Energy and Buildings

86 Qolipour et al. (2017) Irã 35 Renewable & Sustainable Energy Reviews

Estados
8 Renewable & Sustainable Energy Reviews
87 Prehoda et al. (2017) Unidos

Ramirez-Sagner et al.
Chile 12 Renewable Energy
88 (2017)

89 Bianchini et al. (2017) Itália 19 Renewable Energy

Coréia
15 Applied Energy
90 Oh et al. (2017) do Sul

Tailândi
1 International Energy Journal
91 Khaenson et al. (2017) a

92 Cucchiella et al. (2017) Itália 10 Energies

93 Kazem et al. (2017) Omã 10 Case Studies in Thermal Engineering

94 Vale et al. (2017) Brasil 6 Energy Policy

95 Das et al. (2017) Malásia 29 Renewable & Sustainable Energy Reviews

Anagnostopoulos et al.
Grécia 5 Energies
96 (2017)

Aleman
5 Applied Energy
97 Peters and Madlener (2017) ha

98 Nyholm et al. (2017) Suécia 10 Renewable Energy

99 Niajalili et al. (2017) Irã 8 Solar Energy

Sampaio and Gonzalez


Brasil 84 Renewable & Sustainable Energy Reviews
100 (2017)

101 Camillo et al. (2017) Portugal 32 Solar Energy

Estados
5 Renewable Energy
102 Tomosk et al. (2017) Unidos

103 Ozcan and Akyavuz (2017) Turquia 5 Applied Thermal Engineering

104 Hairat and Ghosh (2017) Índia 25 Renewable & Sustainable Energy Reviews

105 Silva and Hendrick (2017) Bélgica 24 Applied Energy


107

106 Haegermark et al. (2017) Suécia 7 Energy

107 Xue (2017) China 4 Journal of Renewable and Sustainable Energy

108 Okoye and Solyali (2017) Nigéria 22 Energy

Estados
32 Renewable & Sustainable Energy Reviews
109 Dowling et al. (2017) Unidos

Coréia
6 Energies
110 Alsharif (2017) do Sul

111 Sabo et al. (2017) Malásia 7 Applied Energy

112 Asaee et al. (2017) Canadá 17 Applied Energy

113 Ramirez et al. (2017) Espanha 34 Energy Policy

Estados
1 Journal of Renewable and Sustainable Energy
114 Kang et al. (2017) Unidos

Nova
12 Energy
115 Emmanuel et al. (2017) Zelândia

116 Talavera et al. (2017) Espanha 13 Energy

Dinamar
66 Renewable & Sustainable Energy Reviews
117 Modi et al. (2017) ca

118 Ivan (2017) Sérvia 1 Archives For Technical Sciences

119 Girma (2017) Etiópia 3 International Journal of Sustainable Energy

Arábia
2 Thermal Science
120 Shaahid (2017) Saudita

Rodriguez-Sanchez et al.
Espanha 2 Energy
121 (2017)

Bhakta and Mukherjee


Índia 4 Journal of Renewable and Sustainable Energy
122 (2017)

Ajayi and Ohijeagbon


Nigéria 3 International Journal of Ambient Energy
123 (2017)

Arábia
25 Applied Energy
124 Mokheimer et al. (2017) Saudita

Aleman
58 Applied Energy
125 Linssen et al. (2017) ha

Maiorino and Valentini Journal of The Brazilian Society of Mechanical


Itália 3
126 (2017) Sciences and Engineering

127 Brusco et al. (2016) Itália 19 Applied Energy

Coréia
3 Sustainability
128 Choi and Song (2016) do Sul

Quansah and Adaramola


Gana 3 Sustainable Energy Technologies and Assessments
129 (2016)

Estados
16 Renewable Energy
130 Lee et al. (2016) Unidos
108

Baneshi and Hadianfard


Irã 58 Energy Conversion and Management
131 (2016)

132 Edalati et al. (2016) Irã 24 Energy

Banglad
15 Renewable & Sustainable Energy Reviews
133 Halder (2016) esh

134 Isa et al. (2016) Malásia 42 Energy

Coréia
17 Solar Energy
135 Hussain et al. (2016) do Sul

136 Corona et al. (2016) Espanha 18 Solar Energy

137 Askari and Ameri (2016) Irã 28 Desalination

138 Zhang et al. (2016) China 8 Applied Thermal Engineering

Sarasa-Maestro et al.
Espanha 7 Energies
139 (2016)

140 Arsalis et al. (2016) Chipre 9 Energies

Schinko and Komendantova


Argélia 16 Renewable Energy
141 (2016)

142 Li and Yu (2016) China 17 Journal of Cleaner Production

143 Jones et al. (2016) Jordânia 32 Desalination

144 Rodrigues et al. (2016) Portugal 60 Solar Energy

Arábia International Journal of Water Resources


4
145 Napoli and Rioux (2016) Saudita Development

Munoz-Cruzado-Alba et al.
Espanha 5 Energies
146 (2016)

Estados
17 Renewable & Sustainable Energy Reviews
147 Lee et al. (2016) Unidos

148 Bendato et al. (2016) Itália 15 Energy

149 Arabkoohsar et al. (2016) Brasil 31 Energy

150 Ranjan and Kaushik (2016) Índia 7 International Journal of Low-Carbon Technologies

151 Akikur et al. (2016) Malásia 6 Clean Technologies and Environmental Policy

152 De Boeck et al. (2016) Bélgica 31 Renewable Energy

153 Solano et al. (2016) Equador 3 Ieee Latin America Transactions

Coréia
17 Energies
154 Song and Choi (2016) do Sul

Estados
10 Progress in Photovoltaics
155 Haysom et al. (2016) Unidos

Aleman
15 Environmental Science & Technology
156 Falter et al. (2016) ha

Indonési International Journal of Renewable Energy


1
157 Mehang et al. (2016) a Research
109

Finenko and Soundararajan Singapu


0 International Journal of Global Energy Issues
158 (2016) ra

159 Felipe Andreu et al. (2016) Croácia 12 Thermal Science

Banglad International Journal of Renewable Energy


12
160 Rahman et al. (2016) esh Research

161 Blanco-Silva et al. (2016) Espanha 1 Journal of Environmental Protection and Ecology

162 Baral and Kim (2016) Nepal 4 Sustainability

Asumadu-Sarkodie and Energy Sources Part A-Recovery Utilization and


Gana 21
163 Owusu (2016) Environmental Effects

164 Bianchini et al. (2016) Itália 43 Renewable Energy

165 Bianchini et al. (2015) Itália 9 Solar Energy

166 Cucchiella et al. (2015) Itália 8 Energies

167 Xavier et al. (2015) Brasil 10 Energies

Finlândi
12 Energy Policy
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