Filosofia Contemporânea
Filosofia Contemporânea
Filosofia Contemporânea
Racionalismo: é uma corrente filosófica que defende a primazia da razão como fonte de
conhecimento. Surgiu na França, no final do século XVII, e caracterizou-se por afirmar que a razão é a única
fonte válida de conhecimento e de acesso à verdade. Seus principais representantes são René Descartes,
Baruch Espinoza e Gottfried Leibniz. O racionalismo se opõe ao empirismo, que sustenta que o
conhecimento deriva da experiência sensível. Para os racionalistas, as ideias inatas, os princípios lógicos e
as verdades universais são anteriores e superiores à experiência 45
Utilitarismo: é uma doutrina ética que defende que as ações devem ser julgadas de acordo
com as suas consequências para o bem-estar geral. O utilitarismo propõe que se deve agir de forma a
maximizar a felicidade e minimizar o sofrimento da maior quantidade possível de pessoas. O utilitarismo se
baseia no princípio da utilidade, que afirma que uma ação é boa na medida em que produz mais utilidade
(prazer, satisfação, benefício) do que desutilidade (dor, insatisfação, prejuízo). Os principais expoentes do
utilitarismo são Jeremy Bentham e John Stuart Mill6
Pragmatismo: é uma corrente filosófica que surgiu nos Estados Unidos no final do século
XIX e início do século XX. O pragmatismo defende que o significado e a verdade de uma ideia ou conceito
dependem das suas consequências práticas para a vida humana. Assim, o pragmatismo valoriza a
experiência, a ação e os resultados como critérios para avaliar o conhecimento e a moral. O pragmatismo
se contrapõe ao dogmatismo, ao racionalismo e ao idealismo, que consideram que há verdades absolutas
ou universais independentes da experiência. Os principais representantes do pragmatismo são Charles
Sanders Peirce, William James e John Dewey789
Niilismo: é uma doutrina filosófica que atinge as mais variadas esferas do mundo
contemporâneo (literatura, arte, ciências humanas, teorias sociais, ética e moral) cuja principal
característica é uma visão cética radical e sobretudo pessimista em relação às interpretações da realidade,
que aniquila valores e convicções. É a desvalorização e a morte do sentido, a ausência de finalidade e de
resposta ao “por quê”. Os valores tradicionais depreciam-se e os “princípios e critérios absolutos
dissolvem-se”. O niilismo pode ser considerado como um movimento “positivo” – quando pela crítica e pelo
desmascaramento nos revela a abissal ausência de cada fundamento, verdade, critério absoluto e universal
e, portanto, convoca-nos diante da nossa própria liberdade e responsabilidade, agora não mais garantidas,
nem sufocadas ou controladas por coisa alguma. Mas também pode ser considerado como um movimento
“negativo” – quando nesta dinâmica prevalecem os traços destruidores e iconoclastas, como os do declínio,
do ressentimento, da incapacidade de avançar, da paralisia, do “vale-tudo” e do célebre silogismo ilustrado
pela frase de Ivan Karamazov, em Os Irmãos Karamazov personagem de Dostoiévski: " Se Deus não existe,
então tudo é permitido ". O niilismo foi abordado por filósofos como Friedrich Schlegel, Friedrich Hegel,
Friedrich Nietzsche, Martin Heidegger, Ernst Jünger, Arthur Schopenhauer e Jürgen Habermas 1213
Idealismo: é uma corrente filosófica que defende que a existência das coisas no
mundo depende das ideias presentes no espírito humano. Para os filósofos idealistas, a realidade é
conhecida por meio dessas ideias. Ou seja, o contato dos seres humanos com o mundo é mediado pelas
ideias. Os objetos possuem algo que vai além de sua aparência ou da forma como eles são percebidos. O
idealismo é a afirmação dessas ideias como ponto central do conhecimento. O idealismo pode ser
remontado a Platão, que afirmou a existência de duas realidades distintas: a realidade material ou sensorial
e a realidade ideal. A realidade ideal seria um todo complexo contendo todas as ideias, conceitos e formas
de maneira perfeita, eterna e imutável. A realidade material seria apenas a cópia imperfeita daquela
realidade ideal. O idealismo foi retomado na Modernidade por pensadores racionalistas, como René
Descartes e Baruch de Espinoza, e pelos idealistas alemães do século XVIII e XIX, como Immanuel Kant,
Johann Gottlieb Fichte, Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling e Georg Wilhelm Friedrich Hegel 1415
Materialismo dialético: é uma filosofia que utiliza o conceito de dialética para entender
os processos sociais ao longo da história. Essa teoria faz parte do marxismo socialista, criada por Karl Marx
(1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895). Além do materialismo, Marx e seu companheiro Engels
desenvolveram diversas teorias juntos com o intuito de compreender as relações sociais. Segundo eles, a
realidade da sociedade é definida por meios materiais, como a economia, a geografia e as ciências. Eles
também afirmaram que a história é movida pela luta de classes entre os exploradores e os explorados. O
materialismo dialético se opõe ao idealismo filosófico que acredita que o mundo material é um reflexo do
mundo das ideias. Para o materialismo dialético, o corpo e a mente são indissociáveis e os seres humanos
podem modificar o mundo real, e não somente observá-lo7