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A) Faça uma síntese de A escola de Frankfurt:
A Escola de Frankfurt foi um movimento intelectual que surgiu na Alemanha na década
de 1920, mais precisamente no Instituto para Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt. Essa escola, com uma abordagem interdisciplinar, buscou compreender e criticar a sociedade moderna, especialmente o capitalismo e a cultura de massa.
Principais características e ideias:
Teoria Crítica: A Escola de Frankfurt desenvolveu a chamada Teoria Crítica,
que visava não apenas descrever a sociedade, mas também transformá-la. A crítica era direcionada às raízes do sistema capitalista e às formas de dominação que ele impunha. Marxismo e Freud: Os pensadores da Escola de Frankfurt combinaram elementos do marxismo com a psicanálise freudiana. Essa combinação permitiu analisar as relações de poder, a alienação e os mecanismos de controle social de forma mais profunda. Cultura de Massa e Indústria Cultural: A Escola de Frankfurt foi pioneira na análise da cultura de massa e da indústria cultural. Os pensadores argumentavam que a cultura de massa, produzida em larga escala, servia para manipular as massas e legitimar o sistema capitalista. Razão Instrumental: Os filósofos da Escola de Frankfurt criticaram a razão instrumental, que se coloca a serviço do poder e da dominação, em vez de buscar a emancipação humana. Autoritarismo e Fascismo: A Escola de Frankfurt dedicou especial atenção à análise do autoritarismo e do fascismo, buscando compreender as raízes psicológicas e sociais desses fenômenos.
Principais pensadores:
Max Horkheimer: Um dos fundadores da Escola, Horkheimer desenvolveu a
Teoria Crítica e analisou a relação entre razão e irracionalidade na sociedade moderna. Theodor Adorno: Colaborador de Horkheimer, Adorno dedicou-se à análise da cultura de massa e da indústria cultural, mostrando como a música, o cinema e outros produtos culturais contribuíam para a alienação. Herbert Marcuse: Marcuse desenvolveu a ideia de "homem unidimensional" e analisou o papel da repressão na sociedade capitalista. Jürgen Habermas: Embora não tenha participado diretamente da Escola de Frankfurt em seus primeiros anos, Habermas é considerado um dos principais herdeiros de suas ideias. Ele desenvolveu a teoria da ação comunicativa e a teoria do conhecimento.
Legado:
A Escola de Frankfurt exerceu grande influência sobre as ciências sociais e as
humanidades. Suas ideias continuam relevantes para a compreensão da sociedade contemporânea, especialmente no que diz respeito à crítica do capitalismo, da cultura de massa e das novas tecnologias. B) Características do Existencialismo:
O existencialismo é uma corrente filosófica que se concentra na experiência individual
da existência humana, enfatizando a liberdade, a escolha e a responsabilidade individual. Ao invés de buscar verdades universais ou essências pré-determinadas, o existencialismo se volta para a análise da condição humana concreta e singular.
Características principais:
Existência precede a essência: Ao contrário da visão tradicional que coloca a
essência (natureza humana) antes da existência, os existencialistas afirmam que a existência vem primeiro. O ser humano não possui uma natureza fixa e imutável, mas a constrói através de suas escolhas e ações ao longo da vida. Liberdade e responsabilidade: A liberdade é um aspecto fundamental da condição humana. Os indivíduos são livres para fazer escolhas, mas essa liberdade traz consigo uma grande responsabilidade. Cada escolha molda a identidade e o destino do indivíduo. Angústia e absurdo: A consciência da liberdade e da finitude da vida gera angústia e um sentimento de absurdo. A busca por um significado absoluto para a existência é frequentemente frustrada, levando à sensação de que a vida é sem sentido. Autenticidade: Os existencialistas valorizam a autenticidade, ou seja, a capacidade de ser fiel a si mesmo e viver de acordo com os próprios valores. A máscara social e a conformidade são vistas como obstáculos à autenticidade. Isolamento e solidão: A experiência da existência é frequentemente marcada pelo isolamento e pela solidão. O indivíduo se encontra sozinho diante das escolhas que deve fazer e das consequências de suas ações.
Temas centrais:
Significado da vida: A busca por um significado para a vida é uma questão
fundamental para os existencialistas. No entanto, a resposta a essa pergunta é individual e não pode ser encontrada em dogmas ou sistemas filosóficos preexistentes. Escolhas: As escolhas são cruciais para a construção da identidade e do destino. Cada escolha define quem somos e para onde vamos. Responsabilidade: A liberdade implica em responsabilidade. Os indivíduos são responsáveis por suas escolhas e pelas consequências de suas ações. Angústia: A angústia é uma emoção fundamental na experiência existencial. Ela surge da consciência da liberdade e da finitude da vida. Morte: A consciência da morte é um fator que impulsiona a busca por um sentido para a vida.
Principais filósofos existencialistas:
Søren Kierkegaard: Considerado o precursor do existencialismo, Kierkegaard
explorou temas como a angústia, a fé e a escolha individual. Friedrich Nietzsche: Nietzsche criticou a moral tradicional e defendeu a afirmação da vida e da vontade de poder. Martin Heidegger: Heidegger analisou a questão do ser e a relação entre o homem e o mundo. Jean-Paul Sartre: Sartre desenvolveu o conceito de "existencialismo é um humanismo" e enfatizou a liberdade e a responsabilidade individual. Albert Camus: Camus explorou o tema do absurdo da existência e a busca por um significado na vida.
O existencialismo e seus impactos:
O existencialismo exerceu uma grande influência na filosofia, na literatura, na arte e na
psicologia. Suas ideias sobre a liberdade, a responsabilidade e a autenticidade continuam relevantes e desafiadoras até os dias de hoje.