Matheus e Natan relatório

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Forças impulsivas

Matheus Utsch, Natan Dos Santos

PR7B- Física Experimental Básica - Mecânica

Departamento de Física,Universidade Federal


de Minas Gerais, Belo Horizonte, Brasil
12 de Janeiro de 2025

1. Introdução

Em muitas situações na mecânica, a força resultante que atua sobre um objeto


pode variar ao longo do tempo, especialmente em eventos que ocorrem em
intervalos de tempo muito curtos, como colisões. A compreensão dessas
variações é essencial para a análise precisa dos movimentos e das interações
entre corpos.

De acordo com a segunda lei de Newton, a força resultante F aplicada sobre


uma partícula está diretamente relacionada à taxa de variação do seu
momentum P, expressa pela equação:

dp
F=
dt
O momentum, que é o produto da massa pela velocidade de uma partícula ( p=mv ¿
desempenha um papel central na dinâmica das partículas.Quando uma força F atua
sobre uma partícula, seu momentum varia de um valor inicial ( pi ¿ no instante (ti ¿,
para um valor final ( pf ¿ no instante (tf ¿ . A variação do momentum Δ p ao longo
desse intervalo é dado por:
tf
Δ p= pf − pi=∫ ❑ Fdt
ti

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Essa relação destaca a dependência direta entre a força aplicada e a variação do
momentum, mostrando que a integral da força em relação ao tempo fornece a
mudança total no momentum da partícula. O vetor impulso I é definido como:

tf
I =∫ ❑ Fdt
ti

Este impulso representa a "quantidade de movimento" transmitida à partícula pela


força durante o intervalo de tempo considerado. Portanto, o impulso 𝐼 é equivalente
à variação do momentum da partícula, ou seja, 𝐼 = ∆𝑝. Este princípio, conhecido
como Teorema do Impulso-Momentum, é fundamental na análise de colisões e
outros processos dinâmicos, fornecendo uma ferramenta poderosa para descrever o
comportamento de sistemas físicos sob a ação de forças variadas.

Além disso, o Teorema do Impulso-Momentum é amplamente aplicável em situações


práticas, desde o estudo de impactos em veículos até o comportamento de
partículas em aceleradores. A compreensão deste teorema permite a análise
detalhada de como as forças externas modificam o estado de movimento de um
objeto, o que é crucial para a engenharia e a física aplicada.

2. Objetivos

● Medir e analisar a força de tração sobre um fio ao ser esticado bruscamente.

3. Metodologia

3.1 Materiais utilizados

● Computador;

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● Interface;

● Sensor de Força

● Fio de nylon

● Fio de algodão

● Objeto com gancho para ser preso ao fio

● Régua

3.2 Procedimento experimental

Utilizou-se o aparelho representado na imagem abaixo para o experimento. O


sistema consiste em um fio conectado a um transdutor, que está preso a uma
esfera. O transdutor está ligado a uma interface que se conecta ao
computador.

Quando a esfera é solta a partir de uma altura específica, o transdutor converte


a força exercida sobre ele em um sinal elétrico. Este sinal é então transmitido
para o computador através da interface. O software no computador registra os
dados recebidos e gera um gráfico com base nas informações coletadas.

O procedimento experimental começou com a inserção do fio de algodão no


aparelho, seguido pelo ajuste da tensão do fio para que ela se anulasse, em

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seguida o transdutor foi então tarado, após isso, objeto foi posicionado a uma
altura de 20 cm e, em seguida, solto.

Esse processo foi repetido utilizando um fio de nylon em vez do fio de algodão.

Após a realização dos experimentos, foram registrados os gráficos “Tensão no


fio em função do tempo” para ambos os tipos de fio, com foco no primeiro pico
observado. Também foram anotados os valores mínimos e máximos de tensão,
além da área de cada gráfico, conforme demonstrado abaixo:

Gráfico 1 – Força x tempo fio de algodão

Mínimo Máximo Média Área

-0,255 18,390 0,363 1,738Ns

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Grafico 2- Força x tempo fio de nylon

Mínimo Máximo Média Área

0,050 7,757 1,815 0,146Ns

2. Calculou-se o impulso da força resultante sobre o projeto. Com o impulso, é dado


a área do gráfico força em função do tempo, conclui-se que:

● Nylon: 0,146 Ns
● Algodão: 1,738 Ns

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Calculou-se a velocidade do objeto no instante em que ele começou a ser puxado
por cada fio, com base na lei da conservação de energia:

m = (50,00 ± 0,1) g
g = (9,78 ± 0,05)m/s²
h = (20,0 ± 0,1) cm
v0 = 0 m/s
vi² · m / 2 = m · g ·h
vi = 2 × 𝑔×ℎ 𝑣𝑖 = +2×9,78×0,20 𝑣𝑖 =1,978𝑚/𝑠

= 0,005

Incerteza:

Erro percentual: (0,005/1,978) * 100 = 0,3% medida confiável


Diante disso, 𝑣𝑖 = (1,978 ± 0,005) m/s.

3. Calculou-se a velocidade do objeto no instante em que o fio deixou de


exercer força sobre ele: I = Δp = m (vf – vi) vf = I/m + vi

Incerteza:

, l tem incerteza nula, então:

vf (nylon) = 0,146/0,05 +1,978

vf (nylon) = 4,898 m/s

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Incerteza:
𝑣𝑓=

= 0,01

Erro percentual: (0,01/4,898) * 100 = 0,20% medida confiável

Logo, vf(nylon) = (4,898 ± 0,01) m/s.

Vf (algodão) = 1,738/ 0,05 + 1,978

Vf (algodão) = 36,738

Incerteza:
𝑣𝑓=

= 0,1

Erro percentual: (0,1/36,738) * 100 = 0,27% medida confiável 7

Logo, vf (algodão) = (36,738 ± 0,1) m/s.

4. Calculou-se a perda percentual de energia nesse processo:

Nylon

Ei = mvi²/2 Ei = 0,050*1,978²/2 = 0,0978 J6

Ef = mf²/2 Ef = 0,050*(4,898)²/2 = 0,599 J

E(%) = ((0,09784,898) / 0,0978) × 100 = - 4908%

E(%) = -4908 * (-1) = 4908 %

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Algodão

Ei = mvi²/2 Ei = 0,050*1,978²/2 = 0,0978 J

Ef = mf²/2 Ef = 0,050*(36,738)²/2 = 33.742 J

E(%) = ((0,097833,738) / 0,0978) × 100 = - 34396%

E(%) = -34396 * (-1) = 34396 %

Logo, a perda percentual de energia é maior ao utilizar-se o fio de algodão.

5. Calculou-se o tempo de interação do fio com o objeto em cada caso: Δt = I/F.

Nylon: 0,146/ 7,757 = 0,0188 s

Algodão: 1,738/ 18,390 = 0,0945 s

Logo, o tempo de interação do fio com o objeto foi maior ao utilizar-se o fio de
algodão.

5.Questão do roteiro

Suponha que você vai saltar de determinada altura, preso a uma corda que vai
sustentar seu corpo antes de chegar ao solo. As curvas I e II do gráfico
mostram como varia a força de duas cordas em função do tempo, quando elas
são tensionadas bruscamente.

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Apenas com base nesse gráfico, escolha com qual dessas cordas você acharia
mais conveniente saltar. Justifique sua escolha.

Resposta:

Utilizar a corda II, que possui maior flexibilidade, seria mais apropriado para o
salto. Isso se deve ao fato de que sua curva indica um intervalo de interação
mais prolongado e uma tensão máxima mais baixa no cabo, o que reduz o
risco de um impulso excessivamente abrupto. Além disso, considerando a
relação entre impulso e variação de velocidade dada pela fórmula: 𝐼 = 𝑚(𝑣2
− 𝑣1) inicial,𝐼 um impulso maior𝑚 resulta em𝑣2 uma diferença mais significativa
𝑣1 entre onde é o impulso, é a massa, é a velocidade final e é a velocidade 𝑣2
𝑒 𝑣1 . Com a corda II, a diminuição da velocidade é mais gradual,
proporcionando um salto mais confortável e seguro.

6.Conclusões

A análise dos gráficos obtidos a partir dos experimentos revelou que a área sob
a curva correspondente ao fio de algodão foi superior em comparação com a
do fio de nylon. Isso indica que o impulso gerado foi maior para o fio de
algodão, uma vez que a área representa o impulso. Com base nos valores de
impulso calculados, determinamos a velocidade inicial e final do objeto para
ambos os tipos de fio.

Calculou-se, então, a perda percentual de energia durante o processo.


Observou-se que a velocidade final do objeto, quando o fio de nylon foi
utilizado, foi menor em módulo do que a velocidade final obtida com o fio de
algodão, resultando em uma perda percentual de energia menos significativa
para o fio de nylon.

Além disso, foram determinadas as tensões máximas em cada tipo de fio, com
base nos dados fornecidos pelo software. Os resultados mostraram que a
tensão máxima foi mais alta com o uso do fio de algodão.

Cabe salientar também que, o tempo de interação entre o fio e o objeto foi
calculado utilizando a equação ∆𝑡 = 𝐹𝐼 . Os cálculos indicaram que o tempo de

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interação foi maior para o fio de algodão, o que se deve ao fato de que a razão
entre impulso e força de tração foi mais elevada para o fio de algodão.
Portanto, é notório que os valores elevados que influenciaram no resultado final
para a conclusão, podem ter sido por erros de software, tamanho do fio, erro de
execução, entre outros possíveis fatores. Mas ainda assim, foi possível
compreender e entender a importância do experimento para nosso
conhecimento

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